Desde que começou a guerra contra a Ucrânia, designada pelo presidente russo como "operação especial", já foram assassinados, da forma mais diversa, mais de três dezenas de Oligarcas, gente com muito poder na Rússia, mas que por qualquer razão caíram em desgraça aos olhos do sanguinário Vladimir Putin.
Sobre estes assassinatos, o Kremlin descartou sempre qualquer responsabilidade mas a verdade é que as vítimas apareciam mortas, de um momento para o outro, sem qualquer razão aparente, nalguns casos, juntamente com mulher e filhos, umas vítimas de envenenamento, outras afogadas, outras atingidas com arma de fogo, outras esfaqueadas e ainda outras atiradas das varandas e janelas dos edifícios pelos capangas encarregados de fazer o serviço, obedecendo a ordens, sem qualquer dúvida, emanadas do Kremlin.
Os Oligarcas, na sua grande maioria, pessoas na casa dos 40/50 anos, donos de grandes fortunas, vivendo faustosamente e com posições de relevo na sociedade russa, porque carga de água iriam, por sua iniciativa, por termo à vida? Quem acredita numa barbaridade destas?
Se alguma dúvida subsistisse ainda no espírito das pessoas sobre quem é realmente o mandante destes assassinatos, ela ficou agora totalmente dissipada com o atentado que abateu o avião onde seguia Yevgeny Prigozhin, o chefe máximo do Grupo Wagner, acompanhado de mais nove elementos, com posições de comando no Grupo.
O Presidente russo não lhe perdoou a humilhação que passou com a "marcha" sobre Moscovo contra a cúpula militar russa, pondo em causa a sua autoridade. E a verdade é que no espaço de pouco mais de um mês, planeou e pôs em prática um atentado dirigido ao avião em que Prigozhin se deslocava com frequência, fazendo-o despenhar-se e matando todos os seus ocupantes.
Prigozhin, na conversa que teve com Putin após a rebelião, se acreditou que estava tudo ultrapassado e perdoado, cometeu um erro tremendo que lhe custou a morte pois está visto que ninguém pode acreditar em nada que saia da boca daquele sanguinário.
