quinta-feira, 21 de abril de 2016

RUI VITÓRIA - UM EXEMPLO A SEGUIR

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O comportamento dos agentes desportivos ligados ao futebol português, antes, durante e após os jogos, não serve de exemplo para ninguém. Há muita deselegância e falta de respeito à volta de um jogo de futebol. Fabricam todo o tipo de polémicas, a grande maioria das vezes infundadas, com o único objectivo de baralhar e condicionar o adversário.

Este ambiente de constantes provocações e guerrilha que se vive à volta do futebol português, só é possível porque os responsáveis não são exemplarmente punidos. Não havendo sanções, a impunidade encoraja os prevaricadores a continuar com o mesmo tipo de comportamento, não permitindo que o futebol português viva em ambiente de paz e concórdia.

O que é normal no futebol português, é os seus agentes ripostarem às acusações e provocações, salvo raríssimas excepções. Na antevisão do jogo Benfica/Vitória de Setúbal, Rui Vitória, em resposta à questão de um jornalista sobre mais uma declaração infeliz do treinador do Sporting que afirmou que a sua equipa ganha os jogos com mérito e outras ganham com sorte, numa alusão clara ao Benfica, Rui Vitória recusou responder à provocação e pediu elevação no futebol português, dizendo de seguida que Benfica e Braga acabavam de representar condignamente o futebol português nas competições europeias e que era necessário dignifica-lo também nas competições nacionais

Não é fácil manter uma postura digna neste ambiente conspurcado em que está mergulhado o futebol português mas Rui Vitória tem resistido a todas as provocações com grande sentido de responsabilidade, um verdadeiro gentleman, tratando com respeito os adversários e recusando responder a questões polémicas que em nada dignificam o futebol.

Rui Vitória, para além de se ter revelado um treinador competente ao serviço do Benfica, como o demonstram os excelentes resultados desportivos alcançados pela equipa, tem  também demonstrado um grande carácter como homem, sabendo comportar-se com elegância e fairplay nos bons e nos maus momentos, nunca tendo abdicado de tratar com simpatia e cordialidade mesmo aqueles que lhe têm faltado ao respeito.

Para bem do futebol português, seria bom que o exemplo de Rui Vitória fosse seguido por todos os treinadores e dirigentes portugueses.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

A CORRUPÇÃO MEDROU PORQUE A JUSTIÇA DEIXOU


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Assistimos com grande preocupação à constante degradação do carácter humano. Constatamos que não há nenhum sector de actividade onde não haja pessoas com comportamentos desviantes, vulneráveis a toda a espécie de esquemas de corrupção. Uma tão gigantesca rede de gente corrupta, coloca em perigo a estabilidade económica e financeira à escala global, contribuindo para gerar mais pobreza no mundo e, consequentemente, tornar cada vez mais difícil a vida dos cidadãos com menos recursos económicos.

Para os corruptores e para os corruptos, a justiça não tem estado à altura. Por serem normalmente as mais proeminentes e poderosas figuras públicas os principais intervenientes em actos de corrupção, a justiça tem ignorado os seus crimes e tem-lhes permitido total impunidade.

Assim tem sido em todo o mundo e Portugal, infelizmente, não foge à regra. A corrupção atingiu uma tal dimensão em Portugal que se torna praticamente impossível calcular o valor astronómico que tais crimes envolvem, uma triste realidade que não é alheia à situação económica difícil em que o País se encontra há vários anos.

Durante as primeiras décadas da democracia, tivemos à frente dos órgãos judiciais, uma espécie de figuras decorativas, personalidades sem carácter e sem independência que foram prestando sucessivos favores ao poder político, colaborando com os seus actores e ajudando-os a defender-se de graves acusações, as quais acabavam invariavelmente arquivadas.

Assim aconteceu ao nível do Ministério Público, da Procuradoria Geral da República, do Tribunal Constitucional e dos Tribunais, em geral. Os portugueses assistiram a actuações condenáveis e ridículas dos responsáveis pela justiça portuguesa, a qual descredibilizaram e envergonharam perante os portugueses e estrangeiros.

De momento, parece que algo está a mudar. Estão em curso importantes e mediáticos processos judiciais que romperam com o anterior figurino da justiça, fruto de investigações corajosas e independentes, levadas até às últimas consequências, independentemente do poderio político, económico ou social dos arguidos, como o prova  o processo de inquérito "Operação Marquês" que envolve o ex-primeiro ministro José Sócrates.

Presto minha sincera homenagem à actual Procuradora-Geral da República, Joana Marques Vidal que está a reerguer dos escombros um Ministério Público completamente descredibilizado pelos seus antecessores, as tais figuras decorativas, meros paus mandados, sem vontade própria que cumpriram os seus mandatos ao serviço dos interesses do poder político.

Joana Marques Vidal tem feito um excelente trabalho, longe dos holofotes da comunicação social, indiferente à opinião crítica dos detractores que aqui e além vão aparecendo, consciente do caminho que é necessário percorrer na justiça portuguesa para atenuar os terríveis malefícios da corrupção, um monstro devorador que quer perseguir e combater, ao contrário dos antecessores que até afirmavam que em Portugal o grau de corrupção não era alarmante.

A justiça portuguesa necessita na Procuradoria-Geral da República de pessoas com o carácter impoluto e a coragem de Joana Marques Vidal e de magistradas como Maria José Morgado, uma lutadora incansável ao longo dos anos na denúncia e no combate à corrupção, uma característica que era também reconhecida ao seu falecido marido, o fiscalista José Saldanha Santos. Nos Tribunais, precisamos de juízes como Carlos Alexandre, um exemplo para todos os colegas de profissão que queiram dignificar a justiça portuguesa.

Estes são portugueses que merecem o meu respeito e consideração, pelos quais tenho um grande orgulho e gostaria que na justiça, muitos outros lhe seguissem o exemplo, para ser possível fazer justiça em Portugal.

quarta-feira, 13 de abril de 2016

ACABOU SLB! PONTO FINAL! MISSÃO CUMPRIDA!

Raúl Jiménez
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O Benfica marcou os 2 golos de que necessitava para ultrapassar o poderoso adversário alemão nos quartos de final da Liga dos Campeões mas não conseguiu evitar que os alemães também bisassem na partida e acabassem por empatar o jogo 2-2.

O Bayern de Munique teve mais posse de bola, usou e abusou da circulação, obrigando os jogadores benfiquistas a grande desgaste para acorrer e tapar os buracos resultantes das rápidas desmarcações dos jogadores alemães. A exemplo do que aconteceu no jogo da primeira mão, a equipa do Benfica sofreu e lutou muito, conseguindo disputar a eliminatória com o poderoso Bayern de forma equilibrada, com um parcial de 3-2 (1-0 e 2-2), um feito que não está ao alcance de muitas equipas no mundo. Nesse aspecto, os adeptos benfiquistas devem estar muito orgulhosos com a prestação da equipa e demonstraram essa satisfação no final do jogo com um aplauso que se prolongou  por vários minutos.

O Benfica, é bom que se diga, não foi afastado das meias finais da Liga dos Campeões por causa das equipas de arbitragem- No entanto, há que registar, uma vez mais que os equívocos mais flagrantes das equipas de arbitragem nos dois jogos, foram sempre contra a equipa portuguesa. Na Alemanha, para além de uma grande penalidade não assinalada, houve vários lances faltosos dos jogadores alemães que o árbitro fez vista grossa, sendo que houve mesmo um lance merecedor de cartão amarelo que foi perdoado. Essa sorte não teve Jonas que num lance dividido, foi admoestado imediatamente com o cartão e, dessa forma, impedido de jogar em Lisboa.

No segundo jogo, o critério da arbitragem foi o mesmo: perdoado cartão vermelho a Javi Martinez por derrube a Gonçalo Guedes quando este seguia isolado para a baliza; na sequência desta má decisão do Juiz, Rui Vitória foi expulso por ter protestado; lance na grande área benfiquista com Lahm a dominar a bola com o braço e que o árbitro holandês deixou seguir o lance; falta grosseira de Xavi Alonso sobre Talisca na zona frontal da grande área que o árbitro ignorou; no resto, o árbitro foi condescendente com a impetuosidade dos alemães e sempre muito rigoroso com os jogadores benfiquistas.

Esta dualidade de critérios penaliza o Benfica e prejudica as suas aspirações. Quando não são marcadas grandes penalidades a seu favor e depois são assinaladas contra, precisamente com as mesmas características, é evidente que há intenção de prejudicar e de favorecer. Estes casos têm que ser devidamente escrutinados e apresentados como prova às instâncias que dirigem o futebol. Enquanto não houver contestação e denúncia, as equipas portuguesas serão sempre prejudicadas em confronto com as melhores equipas da Europa.

Posto isto, é de inteira justiça dar os parabéns ao Benfica pela sua brilhante campanha europeia. Agora, há que olhar com toda a atenção para o Campeonato porque é muito importante a conquista do TRI. Há mais 5 finais para vencer e a próxima é já no domingo contra o Vitória de Setúbal, no Estádio da Luz. 

segunda-feira, 11 de abril de 2016

SERÁ QUE A MALDIÇÃO PROFETIZADA POR BÉLA GUTTMAN TERMINOU?


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Terá Bélla Gutman entretanto perdoado, as eventuais injustiças praticadas pelo Benfica, por não lhe ter aumentado o ordenado e não lhe ter pago uma bonificação extra pela conquista das duas Taças dos Campeões, reconhecendo provavelmente que foi uma praga demasiado severa e penalizadora e tendo também em conta que o seu Benfica lhe erigiu uma estátua de bronze, de corpo inteiro, com 2 metros de altura, junto à porta 18 do Estádio da Luz, inaugurada no dia 28 de Fevereiro de 2014.
 
Com este gesto, o Benfica quis efectivamente sensibilizar e fazer as pazes com o excelente Técnico da década de 50 e 60 que levou o Glorioso à conquista de  2 títulos europeus, em 1960/61 e 1961/62
e desde então para cá a maldição tem-se cumprido, tendo perdido 2 finais da Liga Europa, em 2013 contra o Chelsea e em 2014 contra o Sevilha.
 
Se assim for, a maldição que Béla Guttman lançou contra o Benfica, dizendo: "Nem em cem anos o Benfica vai conquistar outra taça europeia", ficará pela metade, se nos lembrarmos que esta premonição aconteceu na época de 1962/1963, precisamente há 53 anos!
 
Pois bem, se o velho mago agora se arrependeu e entendeu revogar uma maldição que era irrevogável, pondo-se agora do lado do Benfica, então o poderoso Bayern de Munique que se cuide, porque vai encontrar uma equipa perdoada, espiada dos seus pecados e agora com o apoio inequívoco daquele que durante 53 anos azarou e infernizou o futebol benfiquista com penalties injustos, bolas na trave, bolas no poste, falhanços incríveis de baliza aberta, lesões e até administrações ruinosas que puseram em causa a sobrevivência do Clube.
 
Com Béla Guttman do nosso lado, o Benfica vai voltar aos seus velhos tempos de glória e na quarta-feira vai eliminar o seu poderoso adversário, para espanto do mundo do futebol!

quinta-feira, 7 de abril de 2016

CHAMPIONS LEAGUE - AFINAL, QUAIS SÃO AS EQUIPAS MAIS FRACAS NOS QUARTOS?


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No sorteio para os quartos de final da Champions League, todos os Clubes em prova expressaram o desejo que lhes calhasse em sorte o Benfica ou o Wolsfburg, acreditando que eram as equipas mais acessíveis e, por conseguinte, mais fáceis de derrotar para chegar às meias-finais.

Segui em directo via internet o jogo Wolfsburg/Real Madrid (0-2), vi o Bayern/Benfica (0-1), no canal 1 da RTP e vi resumos alargados dos outros 2 jogos, o Barcelona/Atlético de Madrid (2-1) e o PSG/ Manchester City (2-2) e, sinceramente, não consegui descortinar essa diferença de valor entre as 8 equipas em prova.

O Benfica foi à Alemanha demonstrar que continua a ser um dos grandes Clubes da Europa e do Mundo, enfrentando o poderoso adversário de igual para igual, olhos nos olhos, sem medo e com enorme confiança, tendo feito uma grande exibição que só não resultou num resultado mais positivo porque o árbitro ignorou descaradamente uma clara grande penalidade.

Depois, vi também o poderoso Real Madrid ser categoricamente derrotado pelo melhor futebol do Wolfsburg, a outra equipa que todos desejavam, porque jogou como equipa, unida, muito concentrada e guerreira, discutindo todos os lances e fazendo pressing em todo o campo. Ao contrário, o Real nunca se encontrou como equipa e viveu dos fogachos individuais das suas estrelas que não foram capazes de concretizar nenhuma das várias ocasiões de golo.

Os outros dois jogos, como se pode ver pelos resultados, também foram muito equilibrados e, no caso do Barcelona/Atlético de Madrid, referir que o Atlético marcou primeiro, aos 25 minutos da primeira parte, resultado que manteve até aos 62 minutos de jogo, mesmo com um jogador a menos, visto que Fernando Torres foi expulso por acumulação de cartões, aos 36 minutos. Valeu ao Barcelona a inspiração de Luis Suarez que acabou por marcar os 2 golos, aos 62 e 72 minutos.

Afinal, perante os resultados verificados, quais são as equipas mais fracas e mais fortes? Por bem que certo tipo de imprensa queira chegar a brasa à sua sardinha, não vale a pena prognosticar ou especular antecipadamente, porque o futebol, felizmente, continua a não ser uma ciência exacta e as equipas mais fortes, pelo facto de o serem, não podem dar garantias de que vão ganhar todos os jogos.

Ainda bem que assim é, caso contrário o futebol perderia toda a sua magia, paixão, entusiasmo e vibração.

Só para terminar. Sei que é difícil mas não impossível! E se o Benfica cometesse a proeza de superar os alemães e passar às meias-finais? Bem... se isso acontecesse, o Glorioso arriscava-se a ser de novo Campeão Europeu porque os adversários iriam respeitar e temer a equipa que eliminou o Bayer!

Até ao final do jogo da próxima quarta-feira, é sempre possível sonhar!



terça-feira, 5 de abril de 2016

BENFICA - TAMBÉM É GRANDE NA CHAMPIONS LEAGUE!!!

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No jogo da primeira mão dos quartos de final da Liga dos Campeões, a equipa do Benfica não ganhou mas fez uma grande exibição frente ao poderoso Campeão alemão, o Bayern de Munique, renovando o seu prestígio e dignificando o futebol português.

Repetindo-se aquilo que normalmente acontece nos confrontos entre equipas portuguesas e europeias, o Benfica pode queixar-se de lhe ter sido negada uma grande penalidade aos 29 minutos de jogo, após corte com o braço de Lahm, na sequência de um cruzamento de Gaitán. A triste realidade, é que estes lances quando são contra as equipas portugueses são sempre marcadas as respectivas grandes penalidades e, às vezes, até em lances onde não existiu qualquer irregularidade! Infelizmente, as grandes equipas europeias, para além da sua enorme valia, gozam da simpatia da FIFA e da UEFA que preferem estas equipas nas grandes finais e, por isso mesmo, exercem alguma influência nas arbitragens.

Não é justo que haja tratamentos diferenciados ao nível da arbitragem mundial, consoante o "peso" das equipas em confronto. O futebol português, não obstante a sua valia, continua a ser o enteado, o parente pobre do futebol europeu e, com esta discriminação, tanto os Clubes como a Selecção Nacional, têm sido muito penalizados ao longo dos anos, retirando-lhes a possibilidade de terem chegado mais longe nas diferentes competições europeias e mundiais.

Mas voltando ao Benfica e ao jogo da primeira mão dos quartos de final da Liga dos Campeões que é o tema desta crónica, dizer que não obstante o golo madrugador do Bayern, marcado aos 2 minutos por Vidal que se antecipou a Eliseu e cabeceou para o fundo das redes, a equipa portuguesa fez uma partida consistente, sem medo, jogando o jogo pelo jogo e mesmo não tendo tanta posse de bola, o que é compreensível, criou algumas boas ocasiões para inaugurar o marcador. Tal só não aconteceu porque a bola ou esbarrou nos defesas ou foi defendida por Nouer.

Rui Vitória esteve bem e tem grande mérito no resultado alcançado. Destacar a sua coragem ao não descaracterizar a equipa nem a forma de jogar, fazendo subir a defesa e começando a fazer pressing logo no meio campo adversário, dificultando a sua saída para o ataque. Mostrando total confiança na equipa, colocou em campo o onze habitual, com dois avançados, quando toda a gente pensava que Rui Vitória iria armar uma equipa defensiva, retirando pelo menos um avançado para reforçar a defesa e o meio campo.

Se Rui Vitória já tinha reconquistado o meu respeito e a minha simpatia pelo que tem feito nas competições internas, com esta sua postura confiante e destemida que tem demonstrado nos jogos da Liga dos Campeões, conseguiu eliminar toda e qualquer dúvida que ainda pudesse pairar no meu espírito acerca da sua competência e do seu perfil para ser treinador do Benfica!

Claro que não podemos transformar uma derrota em vitória. O Benfica perdeu 1-0 no campo do poderoso Bayern, mas é inegável que a vitória tangencial abriu boas perspectivas para o jogo da segunda mão no estádio da Luz, na próxima semana, onde o Glorioso, com o estádio a abarrotar de adeptos, numa noite inspirada, pode muito bem causar sensação, passando às meias-finais da Champions, eliminando o poderoso Bayern de Munique!

Não será fácil mas acredito na vitória. Força, Benfica! Com coragem, determinação e sem medo, é possível vencer os alemães. Oxalá aconteça um resultado e uma vitória histórica!


domingo, 3 de abril de 2016

SURPREENDENTE O VOLTE-FACE DO BENFICA!!!

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Sempre ouvi dizer que o futebol é imprevisível e que durante um jogo tudo pode acontecer. Não raras vezes, acontece que grandes equipas são derrotadas por conjuntos de menor valia, com orçamentos infinitamente mais pequenos. De facto, a incerteza do resultado é a grande magia do futebol.

Se assim não fosse, seria tudo muito previsível e aborrecido e não seria possível que o futebol despertasse tantas paixões e emoções nem tão pouco teria capacidade para atrair multidões.

Vem tudo isto a propósito do extraordinário volte-face que a equipa do Benfica foi capaz de fazer a partir da 8ª jornada que recordo, já levava 8 pontos de atraso para os seus eternos rivais, o Sporting e o Futebol Clube do Porto mas já levava 11 pontos perdidos, resultantes das derrotas com o Arouca, Sporting, Porto e empate com o União da Madeira.

Depois de um início de Campeonato tão mau, 11 pontos perdidos em 7 jornadas, muita gente já não acreditava no sucesso da equipa do Benfica e até a maioria dos comentadores desportivos, com a mania dos juízos extemporâneos e precipitados já lhe tinham feito o "funeral".

Acontece que o Benfica, desde a 8ª jornada até à 28ª só perdeu uma única vez, à 22ª e diga-se, de forma injusta, porque em campo foi superior ao seu adversário, o Futebol Clube do Porto e passou do 6º lugar da classificação para o 1º lugar, ultrapassando sucessivamente, Paços de Ferreira, Rio Ave, Braga e Porto, destronando o líder Sporting à 25ª jornada, vencendo o derby em Alvalade e, de certa forma, desforrando a derrota da 1ª volta por 3-0 no estádio da Luz.

Mas o volte-face que o Benfica foi capaz de realizar não se ficou só pelo Campeonato! Na Liga dos Campeões tem tido um percurso brilhante, difícil de imaginar, até pelos mais optimistas e está nos quartos de final. A partir de agora, haja o que houver e todos sabemos que o confronto dos quartos de final com o gigante Bayern de Munique é tremendamente difícil, o Benfica já tem esta época um lugar nas 8 melhores equipas europeias, o que é um feito extraordinário!

Mas há outros registos impressionantes que fazem do Benfica um justo líder do Campeonato: é o ataque mais realizador, 76 golos marcados, mais 20 que o 2º classificado e mais 23 que o 3º. Jonas, é o melhor marcador do Campeonato com 30 golos e mesmo ao nível do guarda redes, penso que até ao final, os 2 golos de desvantagem vão ser recuperados e também a defesa será a melhor e a menos batida.

Quem é que não quer reconhecer e dar mérito ao treinador Rui Vitória? Só os invejosos e os fundamentalistas são capazes de continuar a não reconhecer em Rui Vitória, um homem vertical, e um treinador competentíssimo.

Já estou a imaginar o que vão dizer e escrever na comunicação social, os comentadores que  foram deselegantes para com Rui Vitória se o Benfica conquistar o TRI, depois de um começo de época tão mau!!!