quinta-feira, 31 de maio de 2012

Conheciam os perigos da MARGARINA???

Sinceramente, não conhecia!!!
 
Imagem retirada do google
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Recebi no meu mail um artigo sobre os perigos do consumo de margarina e, contrariamente ao que normalmente faço (elimino-os sem ler), acabei por lhe dar uma vista de olhos.
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Depois de ler o artigo fiquei bastante curioso e fui procurar na internet informação sobre o assunto, já que nunca tinha tido conhecimento que a margarina era prejudicial à saúde. A verdade é que descobri diversos trabalhos de estudo sobre a matéria em que todos eles alertam para os perigos do consumo de margarina, aconselhando a sua substituição por manteiga.
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Há mil e uma marcas de margarina à venda no mercado e será difícil encontrar uma família que não a consuma regularmente na sua cozinha. Porém, é no mínimo intrigante que um produto comprovadamente (?) prejudicial à saúde tenha tanto sucesso comercial. Porque é que a população não é oficialmente informada dos perigos que corre ao consumir margarina e a exemplo do que acontece com outros produtos, não é retirada do mercado?
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Que a empresa titular da patente e beneficiária dos lucros da comercialização do produto esteja interessada em camuflar a situação não nos admira; mas que nenhuma organização a nível mundial, pública ou privada tenha feito nada para impedir a sua produção, isso deixa-nos perplexos e, de alguma forma, vem reforçar aquilo que há muito vimos constatando: os interesses económicos sobrepõem-se à saúde e ao bem-estar dos cidadãos.
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Porque com a saúde não se brinca, deixo aqui reproduzido o referido artigo, sem identificação do autor, tal qual como me foi enviado:
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"A margarina foi originalmente fabricada para engordar perús. Mas quando os perús começaram a morrer por causa dela, as pessoas que tinham investido na sua pesquisa começaram a procurar uma utilização alternativa que lhes permitisse, no minimo, recuperar o investimento. Foi nessa altura que alguem se lembrou de juntar um corante amarelo àquela que era até aí uma substância branca, tornando-a mais apetecivel para consumo humano e apresentá-la no mercado como um substituto da manteiga.
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Mas será que você sabe qual é realmente a diferença entre a margarina e a manteiga?
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Vejamos: - Ambas têm a mesma quantidade de calorias. - A manteiga tem um pouco mais de gorduras saturadas (8 gramas contra 5 gramas da margarina). - De acordo com um estudo da Harvard Medical, comer margarina pode aumentar em 53% as doenças cardíacas em mulheres, relativamente àquelas que comem a mesma quantidade de manteiga. A manteiga: - aumenta a absorção de nutrientes presentes em outros alimentos. - traz mais benefícios nutricionais do que a margarina (e os que a margarina tem foram adicionados artificialmente!) - é mais saborosa que a margarina e pode melhorar o sabor de outros alimentos. - existe há séculos e a margarina há menos de 100 anos. A margarina: - Triplica risco de doença cardíaca coronária ... - Aumenta o colesterol total e o LDL (este é o colesterol ruim) e diminui o colesterol HDL (o colesterol bom) - Aumenta o risco de cancro em 500%. - Reduz a qualidade do leite materno. - Diminui a resposta imunológica. - Diminui a resposta à insulina. E finalmente a parte mais interessante e perturbadora: A margarina está a uma molécula de ser... plástico. E possui 27 ingredientes que existem na... tinta de pintar. Se não está convencido faça a seguinte experiência: Abra uma embalagem de margarina e deixe-a aberta num local à sombra durante alguns dias. Vai poder constatar algumas coisas muito interessantes: 1º Não há moscas! (isso deve querer dizer alguma coisa!!!) 2º A margarina não mostra sinais de apodrecimento, decomposição ou alteração no cheiro. 3º Não tem bolor. Nada se desenvolve ou cresce nela. Ou seja, nem as moscas nem os mais pequenos microrganismos se interessam por aquilo. Não há ali nada de bom. Porquê? Bom, porque a margarina é quase plástico. A questão agora é: - Será que vai continuar a barrar as suas tostas com plástico derretido? Se sim, lembre-se que, quando lhe acabar a margarina, pode obter praticamente o mesmo efeito derretendo um Tupperware... e até tem mais cores à escolha."

sexta-feira, 25 de maio de 2012

ESTRANHA FORMA DE REIVINDICAR EM DEMOCRACIA!!!


Imagem retirada do Google

Em qualquer País democrático do mundo, uma grande percentagem dos trabalhadores não tem qualquer poder reivindicativo e, por isso mesmo, estão condenados a aceitar as condições de trabalho e de remuneração que lhes são impostas.
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No entanto, há uma outra percentagem que pelo facto de exercerem a sua actividade em grandes empresas públicas e privadas, algumas com grande responsabilidade na área dos transportes públicos, utilizados diariamente por milhares de pessoas (Carris, Metro, CP, Ana, etc.), se servem dessa circunstância para reivindicar e impôr regras às administrações onde trabalham.
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É muito estranha e injusta esta forma de reivindicar em democracia porque só alguns trabalhadores beneficiam dela. Os trabalhadores da ANA, da Metro, da Carris, da CP e de outras importantes empresas de prestação de serviços, podem decretar uma greve e impedir que em determinada data, não circulem autocarros, comboios, metro e não haja movimento de aviões nos aeroportos, mesmo que uma boa parte dos companheiros e a população em geral não concorde.
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Reivindicar melhores condições salariais ou outras, através de greves que prejudicam e põem em causa a liberdade de outros trabalhadores, não me parece uma actuação consentânea com o conceito de democracia, se nos lembrarmos que (a liberdade de cada um termina onde começa a liberdade do outro).
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Onde está, neste caso, a liberdade do outro, o que é contra a greve, o que pretende ir trabalhar e precisa do transporte? Onde está a liberdade dos que sofrem contratempos e prejuízos significativos por terem sido privados dos meios de transporte? E, por outro lado, que dizer dos "piquetes de greve" que sistematicamente impedem e ameaçam os que querem trabalhar?
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Os transportes colectivos são de todos os trabalhadores e não deveria ser possível que um pequeno grupo de grevistas, pudesse paralisar os transportes, prejudicando toda uma população.
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Cada vez que há greves no sector público ou privado, ao nível das grandes empresas, oiço sempre falar em milhões de euros de prejuízo. Se antes das greves as empresas argumentavam não poder suportar os encargos com as reivindicações, como é possível, depois, dar satisfação a essas mesmas reivindicações?
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Durante cerca de quarenta anos de actividade profissional ao serviço do Estado, nomeadamente a partir de 25 de Abrl de 1974, porque antes não havia greves, sempre recusei aderir, precisamente porque entendia que a população em geral não tinha que ser prejudicada com problemas que não lhe diziam respeito. Fui sempre a favor do diálogo e continuo a pensar que é por essa via que se resolvem os problemas. O homem é o único animal do planeta a quem Deus privilegiou com o dom da fala para que pudesse comunicar e sanar conflitos através dela. Desperdiçar tão maravilhoso dom, é contrariar a intenção do Criador e, ao mesmo tempo, complicar e agravar situações de simples resolução que redundam sempre em prejuízo da grande maioria dos trabalhadores.
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Por último, só queria lembrar que numa conjuntura económica tão difícil em que cerca de um milhão de portugueses não tem emprego, ao assistirem a reivindicações de classes privilegiadas de trabalhadores que continuam a ter garantido o seu emprego e o vencimento no final de cada mês, não deixarão de pensar o quanto tal actuação é insensata, insensível e desprovida de qualquer sentido de solidariedade.
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Estranha forma de reivindicar em democracia!


quinta-feira, 24 de maio de 2012

DESMESURADAMENTE AMBICIOSO!!!

Foto retirada do Google

Afinal, DOMINGOS DUARTE LIMA, nascido em Poiares da Régua em 1955, no seio de uma família humilde de nove irmãos, residente em Miranda do Douro desde 1956, teve o apoio de uma influente família local para em 1974 rumar à capital, onde concluiu o liceu e se licenciou em Direito na Universidade Católica Portuguesa (UCP).
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Não obstante a sua origem modesta, o advogado Duarte Lima tornou-se uma criatura desmesuradamente ambiciosa, ao ponto de não olhar a meios para alcançar os seus objectivos e, nesse sentido, até do jovem filho se serviu para o envolver nos seus esquemas fraudulentos de branqueamento, fraude fiscal, falsificação, burla e tráfico de influências.
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O homem que nasceu num lar humilde em Poiares, não se contentou com a felicidade de ter sido protegido e ajudado por um casal benemérito que lhe pagou os estudos e lhe abriu o caminho para poder ser uma personalidade prestigiada, com sucesso na vida, honrada e respeitada; o advogado não se contentou com o sucesso na sua profissão; o político não se contentou com o êxito alcançado; o milionário não se contentou com alguns milhões de euros acumulados e queria mais, muito mais. O menino humilde de Poiares da Régua, tornou-se um homem/animal perigoso e insaciável, obcessivamente viciado em todo o tipo de fraudes que lhe permitissem acumular riqueza.
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Inteligente, conhecia bem todos os esquemas, tinha conhecimentos e bons contactos e decidiu utilizá-los em proveito próprio, praticando arrojadas e obscenas fraudes desde há uns anos a esta parte, pelo que é admirável e ao mesmo tempo inadmissível, como só agora a justiça lhe pediu contas.
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Se é verdade tudo quanto se houve e lê na comunicação social escrita e falada, este homem há muito devia ter sido travado pela justiça pois se tal tivesse acontecido, teriam sido evitadas uma série de acções criminosas, envolvendo muitos milhões de euros e evitado a vergonha e o sofrimento do jovem filho, vergonhosamente utilizado pelo pai como testa de ferro das suas trapaças e que ficará psicologicamente afectado para toda a vida.
A justiça portuguesa presta diariamente um péssimo serviço ao País e aos cidadãos, não cumprindo escrupulosamente e com nobreza, a única razão da sua existência: FAZER JUSTIÇA.
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Ainda em vida, os erros pagam-se caro e muitas vezes, aquilo que a cega justiça não quer ver, a Providência se encarrega de resolver. O advogado de Poiares da Régua julgava-se dono do mundo, poderoso e intocável, mercê da impunidade de que beneficiou, durante muitos anos, em todos os casos marginais em que se envolveu e, por isso, insensível e obstinado, continuou a prevaricar e a chafurdar na lama até ficar atolado e completamente sujo até ao resto dos seus dias.

Um homem que curou a leucemia, uma doença fatal para tantos seres humanos, devia estar grato à Divina Providência por lhe ter proporcionado tal privilégio e nunca esquecer essa milagrosa dádiva em nenhum dia da sua vida, procurando ser uma pessoa com carácter, honesta e solidária.
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Em vez disso, Duarte Lima viajou para o Brasil e, segundo a polícia do País irmão, será o autor do crime cometido contra a sua cliente Rosalina Ribeiro, nos arredores do Rio de Janeiro, num local pertencente ao município de Saquarema. Pelos vistos, ainda segundo a mesma polícia brasileira, Duarte Lima, depois de cometer o crime de ajudar a sua cliente a desviar elevados valores das contas da herança de Lúcio Tomé Feteira para a sua conta pessoal, terá decidido apoderar-se de cerca de 5,250 milhões de euros, da forma mais ignóbil e trágica, assassinando a proprietária do dinheiro. Meu Deus!!! Se de facto é verdade a versão das autoridades brasileiras, este homem transformou-se numa criatura monstruosa que a justiça deve punir em conformidade.
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Mas o curriculum criminoso de DL não pára de aumentar a cada dia que passa. Para além dos crimes conhecidos, numa das últimas edições, o Jornal Expresso noticiava que enquanto DL esteve detido preventivamente, terá denunciado uma rede internacional de lavagem de dinheiro, a troco da mudança para prisão domiciliária, cuja fraude fiscal ultrapassou os mil milhões de euros e que o próprio terá usado para branquear 15 milhões.
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Caramba!!! Este sujeito é um ser maquiavélico, sem pinga de vergonha, um lobo faminto e feroz, ornamentado com delicada pele de cordeiro. Quantos mais não haverá neste País? Há que desmascará-los, arrancar-lhes com violência o disfarce de cordeiro, despojá-los de todos os bens que acumularam de forma criminosa, distribui-los pelas pessoas que sofrem de extrema pobreza e, por fim, enfiá-los numa prisão que possua uma extensa área de cultivo, onde sejam obrigados a trabalhar todos os dias em prol da comunidade.
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Justiça!!! Por onde andas??? Que pena este pequeno País não possuir uma justiça forte para os fortes!!!

terça-feira, 15 de maio de 2012

ANTÓNIO DE SOMMER CHAMPALIMAUD


PERPETUAR PARA ALÉM DA MORTE
António de Sommer Champalimaud foi um dos mais extraordinários empresários portugueses do século XX (1918/2004).
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Aos 19 anos, na sequência da morte de seu pai, abandonou os estudos na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e tomou conta da empresa do progenitor, já que era o mais velho de quatro irmãos. Champalimaud recebeu do pai um negócio tecnicamente falido, reerguendo-o com sucesso e partiu para a construção de um império empresarial que foi considerado o maior do País.
O mundo empresarial de António Champalimaud abrangia construção, imobiliário, vinhos do douro, cimentos, siderurgia, banca, celulose, seguros, etc. O seu mundo empresarial estendia-se às ex-colónias de Angola e Moçambique e também ao Brasil.
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Em 1969 surge um contratempo na vida de Champalimaud, na sequência da contestação feita pelos seus irmãos, no Caso da Herança Sommer, parte para o México, para evitar um mandado de captura no processo.
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Em 1973 volta a Portugal depois de ter sido ilibado no processo pelos tribunais mas por pouco tempo, já que na sequência da Revolução dos Cravos é obrigado a abandonar o País e já no exílio assiste à nacionalização do seu património, considerado na época, a sétima maior fortuna europeia.
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Porém, este grande empresário, depois de passar por França, fixa-se no Brasil e não cruza os braços. Inteligente e empreendedor, dedica-se à actividade agrícola, à criação de gado e à produção de cimento e em década e meia consegue reerguer o seu património.
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O sucesso empresarial alcançado no Brasil permite-lhe regressar a Portugal numa confortável situação financeira, a qual deu muito jeito para investir no processo de privatização das empresas públicas,  encetado pelo Executivo de Cavaco Silva.
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Se dúvidas houvesse quanto à brilhante capacidade de negociar de Champalimaud, a sua actuação entre 1992 e 1997, eliminaria todas as dúvidas. Em cinco anos conseguiu refazer uma boa parte do seu património nacionalizado por Vasco Gonçalves, acabando por negociá-lo com o Banco Santander Central Hispano, recebendo 301 milhões de contos e uma participação de 3,5% do ncapital do maior Banco espanhol, ficando como accionista de referência.
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Há quem veja nesta atitude de Champalimaud (venda do seu património ao Banco espanhol), uma espécie de vingança pelo que lhe fizeram após o golpe militar de 25 de Abril de 1974. Se foi uma vingança, ela foi realmente muito bem orquestrada, graças aos milhões que em tão poucos anos realizou no Brasil.
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Mas a intenção desta mensagem não era de modo algum falar da vida e da obra do maior empresário português de todos os tempos mas tão somente salientar o gesto magnânimo que em final de vida quis legar ao País e ao mundo, deixando em testamento a soma de 500 milhões de euros destinados à construção de uma fundação, em memória dos seus progenitores, Ana de Sommer Champalimaud e Carlos Montez Champalimaud, dedicada à investigação biomédica.
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António Sommer Champalimaud, se em vida foi um extraordinário homem de negócios, na morte demonstrou uma enorme grandeza de alma, oferecendo parte da sua fortuna ao País que tão mal o maltratou, para ser aplicada na investigação científica e na descoberta de medicamentos para a cura de doenças que matam diariamente milhares de pessoas em todo o mundo.
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A sua vontade testamentária foi devidamente acautelada ainda em vida e cumprida à risca pela pessoa que o próprio Champalimaud designou para presidir aos destinos da Fundação. A Drª Leonor Beleza tem desenvolvido um trabalho notável, ao ponto de os maiores investigadores norte americanos afirmarem que o melhor local para se fazer investigação fora da América, é a Fundação Champalimaud, em Portugal.
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Por tudo isto, será fácil constatar que o nome de CHAMPALIMAUD perpetuará para além da morte, ao contrário daqueles que tiveram grandes responsabilidades nos saques que se realizaram em Portugal a seguir ao golpe militar de 25 de Abril de 1974 e que na maioria dos casos, vivos ou mortos, já ninguém se lembra deles.
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Por outro lado, no pós 25 de Abril, os pseudo-empresários portugueses, iniciaram uma outra forma de empreendorismo ruinoso, assente em elaborados esquemas de corrupção, cujos milionários proveitos em vez de serem  aplicados no desenvolvimento do País e na criação de emprego, são sistematicamente desviados e escondidos em sigilosos paraísos fiscais.
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Com raríssimas excepções, é esta espécie de empresários que floresce em Portugal; que é bem vista pelo Estado, pelo poder político e judicial e que até tem honras condecorativas no 10 de Junho; que têm carta branca para sacar todo o dinheiro que querem das instituições bancárias e depois de se encherem, estão-se marimbando para os compromissos assumidos e para a crise económica, abrem falência e zarpam do País para um qualquer lugar tranquilo do globo onde possam gozar dos rendimentos acumulados.
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Meu caro Champalimaud, fazendo uma simples comparação do antes e do depois, só posso dizer: "adeus mundo, cada vez a pior".

quinta-feira, 10 de maio de 2012

NÃO CUSTA NADA 'ROUBAR' 100 MILHÕES


Mais um "REI" Burlão das Farmácias
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Há muito cheguei à conclusão que Portugal é um paraíso para os vigaristas, os quais aproveitando tantas facilidades e tão descarados privilégios, têm-se apoderado de grandes fortunas, contribuindo decisivamente para o empobrecimento do País e de todos os portugueses honestos.
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Para priveligiar os burlões e toda a espécie de ladrões, maltrata e torna a vida difícil de todos quantos trabalham honestamente, os quais têm que devolver ao Estado, em forma de impostos e taxas, uma boa parte daquilo que ganham.
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Enquanto a maioria dos portugueses se aplica diariamente no trabalho para sobreviver e pagar impostos incomportáveis ao Estado, gangs de ladrões elaboram, estudam  ao pormenor e põem em prática, esquemas mafiosos e fraudulentos, com os quais sacam milhões com surpreendente facilidade!
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Há muitos anos que oiço falar de grandes fraudes na indústria farmacêutica e também ao nível da rede das farmácias e não me lembro de ver nenhum dos muitos burlões envolvidos, julgado e condenado.
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Porque será tão fácil realizar fraudes de milhões em Portugal, sem que ninguém se aperceba e seja capaz de desmascarar os mafiosos antes de os milhões voarem?
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É, no mínimo, intrigante esta situação. Uma fraude de 100 milhões exige a concretização de muitas acções criminosas (irregulares); parece-me de todo impossível que todas elas sejam realizadas com tanta perfeição que nenhum dos responsáveis das áreas burladas se aperceba do que se está a passar.
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Mas apreciem mais esta mega fraude noticiada pelo Correio da Manhã, na sua edição de 29 de Março: "a real dimensão da fortuna de Nuno Alcântara Guerreiro, ocultada com a ajuda de advogados, é inatingível para a Justiça. Os 14 carros de luxo e dois iates apreendidos ficam a léguas do total desviado. À Banca, juntamente com Bruno Lourenço, devem 75 milhões da compra de 60 farmácias. A que se somam 30 milhões em calotes aos fornecedores - na aquisição de medicamentos. E sempre com recurso a vários crimes. Mas estão em liberdade.
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Depois da investigação de seis meses da Unidade de Combate à Corrupção da PJ, acompanhada de perto pelo juiz Carlos Alexandre, que anteontem presidiu às buscas a dois advogados suspeitos de ligações à rede criminosa, ninguém foi detido por decisão da procuradora Maria João Costa, do Departamento Central de Investigação e Acção Penal - o que não permite agora ao juiz interrogar arguidos nem aplicar medidas de prisão domiciliária ou preventiva. Isto apesar de o próprio Ministério Público, pela prova recolhida, ter constituído já quatro arguidos, em oito suspeitos - que estão indiciados por crimes como burla qualificada, falsificação de documentos, fraude fiscal, branqueamento de capitais e associação criminosa.
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Nuno Guerreiro, mais tarde imitado por Bruno Lourenço (o primeiro passou a ter o seu nome ‘queimado' na praça), pedia crédito a bancos para comprar farmácias - sozinho chegou às 30. Não as pagou e colocou-as em nome de testas-de-ferro, farmacêuticos que davam a cara na compra de medicamentos a fornecedores, sem pagar - com os quais Guerreiro lucrava na venda ao público ou que desviava, segundo a investigação, para outro armazenista, a Alliance, tendo ali um administrador cúmplice. Tinham advogados suspeitos de ajudar a esconder, com recurso a crimes, dinheiro e bens.
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ADVOGADO FINGE SER CREDOR
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Paulo Almeida, advogado de Nuno Guerreiro, é suspeito de vários crimes - entre os quais por simulação de créditos. Segundo a investigação, terá falsificado documentos de modo a fingir que uma sociedade sua era credora de Nuno Guerreiro. Assim, quando este declarasse insolvência, a sociedade do advogado era a primeira a receber. Depois, o dinheiro era devolvido ao farmacêutico.
 

terça-feira, 8 de maio de 2012

OS PAIS/AVÓS


IMAGEM RETIRADA DO GOOGLE


PAI MAIS IDOSO DO MUNDO - 94 ANOS

Actualmente, acontece-me com frequência deparar com um avó a brincar com o seu neto de tenra idade e de repente oiço o petiz a chamar pelo pai. Afinal, aquele que eu pensava ser o avó da criança, era o pai.
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O mundo em que vivemos é bem diferente daquele em que eu me criei. Rapazes e raparigas começavam a trabalhar muito cedo, mesmo antes de acabarem a instrução primária e aos 14/15 anos estavam precocemente calejados e adultos.
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Era precisamente com 15/16 anos que começavam os namoricos e as raparigas que não casavam até aos 20 anos, começavam a ser faladas em surdina que ficavam para "tias". Já com os rapazes, as coisas eram um pouco diferentes porque faziam questão de cumprir primeiro o Serviço Militar, com excepção daqueles que após a inspecção ficavam livres.
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Mesmo assim, os rapazes casavam bem cedo, entre os 20/25 anos, saindo de casa dos progenitores e passando a responsabilizar-se pelo seu próprio lar.
Hoje, é vulgar constatar que os jovens ficam em casa dos pais até muito mais tarde, 30, 35/40 anos e casam também com uma idade que no meu tempo só excepcionalmente acontecia, daí o facto de observarmos tantos quadros familiares que nos induzem em erro: não é o avô que está a brincar com o neto mas sim o pai.
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Há de facto uma profunda alteração de hábitos no que ao casamento diz respeito pois para além de os homens casarem muito mais tarde, hoje as pessoas optam por viver juntas, dispensando o matrimónio e já nem tempo têm para fazer filhos. Ao contrário, no meu tempo, as famílias eram numerosas e só por manifesta incapacidade de gerar filhos, os casais abdicavam de ter dois ou três filhos.
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Hoje fala-se muito da crise e das dificuldades que se deparam aos progenitores para dar uma educação condigna aos filhos. No meu tempo, o conceito era diferente e dizia-se que à mesa de uma família havia sempre lugar para mais um.
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São realmente tempos diferentes mas ser pai aos 50 ou 60 anos não é a mesma coisa que sê-lo aos 25/30. Um jovem pai de 25 anos tem uma disponibilidade física para acompanhar os filhos que não tem um pai com mais de 50 anos, ao qual, em muitos casos já lhe falta paciência e frescura para poder responder a todas as solicitações próprias de uma criança.
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Não estou a dizer que estes pais/avôs faltem com amor aos filhos, que não lhes queiram bem mas apenas a constatar que é diferente uma criança ter o privilégio de ter um pai jovem, também ele, ainda em idade de brincar e com vontade de brincar.
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E depois, é a própria natureza que nos ensina que há sempre um tempo próprio para  o homem levar a cabo as suas mais importantes realizações. É claro que pode sempre ignorá-la mas muitas vezes sofre as consequências.
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Porque será que os passarinhos fazem os ninhos e criam os filhotes na Primavera e não o fazem nas restantes estações do ano?

terça-feira, 1 de maio de 2012

O PINGO DOCE É MESMO DOCE!!!...

IMAGEM RETIRADA DO GOOGLE
O Pingo Doce lembrou-se de fazer uma promoçãozita de 50% e adoçar a boca dos portugueses no Dia do Trabalhador e estes não resistiram e invadiram, de norte a sul de Portugal, as lojas daquela marca.
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Compras iguais ou superiores a 100 € ganhavam o direito a pagar apenas metade. Ouvi relatos incríveis de lojas a abarrotar de gente, onde não era possível movimentar o carrinho das compras; prateleiras vazias; relatos de distúrbios onde foi preciso a intervenção da polícia; relatos de pessoas que aproveitaram para investir centenas de euros e eu estou mesmo a imaginar quanto desperdício foi feito em compras desnecessárias e, portanto supérfluas.
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Mas, sinceramente, não era disso que eu queria falar. Cada um gasta o que quer, quando quer e como quer e ninguém tem nada com isso.
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O que eu quero mesmo salientar é a grande contradição entre o que parece e o que na realidade são os portugueses. Os portugueses não reagem por solidariedade mas tão somente em função da situação em que se encontram. Se estão desempregados e em dificuldades, são capazes de comparecer e integrar uma manifestação de protesto ou reivindicação mas na generalidade, desde que os problemas não lhes digam respeito, não são muito unidos e solidários.
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Aquele ditado muito antigo do "sol na eira e chuva no nabal" encaixa muito bem nas características dos portugueses. O português é muito individualista, quer estar no seu cantinho, sossegado, embora por vezes tenha actuações que podem fazer pensar o contrário.
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Este 1º de Maio veio uma vez mais avivar as minhas convicções já que, se por um lado, algumas centenas de milhar de portugueses se juntaram para protestar contra as medidas de austeridade que nos flagelam a todos, uma multidão imensa, em todo o País, não teve qualquer pudor ou rebate de consciência pelo facto de ir fazer compras no feriado,  às lojas Pingo Doce, as quais deviam estar fechadas, para aproveitar uma promoção de 50% , não tendo minimamente em conta a situação dos trabalhadores, aos quais não foi dado o direito de gozar o feriado, sabendo-se que a maior parte deles, nesta conjuntura de grave crise económica, só compareceram ao trabalho porque foram ameaçados e pressionados.
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Pergunto: onde esteve a solidariedade desses portugueses para com os trabalhadores a quem não foi dado o direito de gozar o feriado de 1 de Maio, dia do Trabalhador?
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Se tivesse havido união, compreensão e solidariedade por parte desses portugueses, as lojas Pingo Doce tinham ficado às moscas.
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A Jerónimo Martins agradece a magnanimidade dos portugueses.