terça-feira, 24 de junho de 2014

UMA SELECÇÃO VULGARÍSSIMA!!! - DE QUEM É A CULPA?

Imagem retirada do Google
 
Depois daquele decepcionante apuramento para a fase final do Campeonato do Mundo 2014, no Brasil, em que não conseguimos ganhar à equipa israelita (3-3 e 1-1), à Irlanda do Norte, 1-1 e à Rússia, derrota por 1-0, só conseguindo o apuramento através do play-off jogado a duas mãos com a Suécia, 1-0 e 2-3, graças ao génio de Cristiano Ronaldo que fez dois jogos espectaculares e não deu qualquer chance aos suecos, mais uma grande desilusão da nossa Selecção.
 
Perante os erros cometidos nessa fase, que foram muitos, pensavam os portugueses que algumas arestas iriam ser limadas e depois, no Brasil, as coisas correriam bem melhor. Para nossa decepção, para decepção dos portugueses, as coisas não melhoraram e até pioraram em todos os aspectos, já que a Selecção, nos 2 jogos que realizou, para além de não ganhar, produziu um espectáculo futebolístico de péssima qualidade, deixando neste mundial do Brasil uma imagem muito negativa.
 
A equipa das quinas praticou um futebol de fraquíssima qualidade, os jogadores deram sempre a ideia de estar cansados, mal preparados, sem forças para travar os adversários e muito menos para fazer pressão e imprimir velocidade ao jogo. A derrota copiosa com a Alemanha e o empate com os EUA traduzem fielmente a falta de rendimento da equipa e a sua incapacidade para fazer melhor.

Na verdade, os jogadores portugueses, para além da mais que evidenciada incapacidade física, demonstraram também um fraquíssimo discernimento ao nível da inteligência e sagacidade postas em jogo, enrolando e complicando em todos os sectores do rectângulo, tornando difícil aquilo que aos olhos dos espectadores parecia fácil. Isto traduzido à letra, quer dizer simplesmente que não foram capazes de jogar com os pés nem com a cabeça.
 
Para um País que tem estado mergulhado numa crise económica profunda e para um povo que a tem vivido com muita tristeza e amargura, era necessário uma Selecção guerreira e triunfante para lhe aliviar a dor e reconquistar a sua alegria de viver. Infelizmente, a Selecção não correspondeu às expectativas dos portugueses e em vez de os animar ainda lhes acrescentou mais desgosto e decepção.
 
O treinador deve colocar o seu lugar à disposição pois a sua continuidade, dado que é casmurro e teimoso, não iria trazer melhores resultados no futuro. A Selecção precisa de renovação mas precisa essencialmente que haja um treinador que seja capaz de, em cada momento, colocar em acção os jogadores que se apresentem em melhor forma e os faça trabalhar colectiva e exaustivamente durante os treinos e durante os 90 minutos de jogo, o que não tem acontecido até agora, com alguns atletas.
 
Falta um jogo, com o Ghana, mas independentemente do resultado que venha a verificar-se, o destino da Selecção Portuguesa já está traçado desde o empate com os EUA. Mesmo fazendo 4 pontos, a Alemanha ou os EUA, com a mesma pontuação, passam aos oitavos de final.
 
Pela minha parte, é claro que estou desapontado, pois gostava de ver a Selecção do meu País brilhar neste mundial 2014. Mais desapontados e tristes ficaram os jovens adolescentes, que têm em Cristiano Ronaldo, o seu ídolo de eleição. Perante o fracasso da Selecção, muitos acabaram a chorar na noite de domingo, como aconteceu com os meus netos, a quem tive que dar ânimo e dizer-lhes que a vida deles é muito mais importante que um jogo de futebol e que a derrota da Selecção não vai interferir ou influenciar as suas vidas.
 
Daqui por quatro anos há mais.
 

domingo, 22 de junho de 2014

FORÇA PORTUGAL!!!



Imagem retirada do Google

Estou a escrever esta mensagem a pouco mais de uma hora da realização do jogo Portugal/Estados Unidos da América e não obstante saber que nos momentos difíceis, os portugueses arranjam quase sempre uma forma de se desenrascar, desta vez estou um pouco céptico quanto ao apuramento da Selecção Portuguesa para os oitavos de final, tendo em conta o resultado desastroso do primeiro jogo, nada mais nada menos do que quatro bolas sem resposta, o que constitui uma dificuldade em caso de pontuação igual, dado que nesse caso, será o "goal average" a decidir o desempate.
 
O ideal seria que Portugal conseguisse ganhar os dois jogos da fase de grupos que lhe falta realizar, este, de hoje, com os EUA e o próximo com a fortíssima equipa do Ghana que empatou 2-2, mas esteve muito próxima de derrotar os alemães que nos esperam 4-0.

Nada é impossível mas reconheço que a missão não está nada fácil, tanto mais que a equipa se debate com alguns graves problemas de sub-rendimento de alguns jogadores, entre eles o "melhor do mundo", o nosso Cristiano Ronaldo.

Nesse sentido, se o CR não resolve, a equipa das quinas terá muita dificuldade para ultrapassar os dois adversários com quem vai jogar na fase de grupos, os EUA e o Ghana e, se isso não acontecer, a aventura lusitana no Campeonato do Mundo 2014 no Brasil, termina mais cedo, para desilusão dos portugueses e de muitos milhões de brasileiros que gostariam de ver a Selecção portuguesa chegar às meias-finais ou mesmo à final.

No jogo desta noite está a chave, vamos esperar para ver.

terça-feira, 17 de junho de 2014

CATORZE TIROS NA VÍTIMA, É MESMO PARA LHE TIRAR TODAS AS CHANCES DE SOBREVIVER!

Imagem retirada do Google

Na tarde de 21 de Novembro de 2012, alguém matou com 14 tiros (!), Filomena Gonçalves de 80 anos. A Polícia Judiciária e o Ministério Público acusaram a inspectora da Polícia Judiciária Ana Saltão de matar a tiro a avó do marido por entenderem que existiam "indícios mais do que suficientes".

Segundo a Directoria do Centro da Polícia Judiciária, que em coordenação com a Directoria do Norte, liderou a investigação do crime no sentido de apurar o motivo do homicídio, o móbil do crime poderá  estar relacionado com as dificuldades financeiras do casal e com empréstimos que teriam pedido à familiar do marido que tinha sido proprietária de um talho no mercado de Coimbra.

Em julgamento, a acusada tem arranjado alibis para todos os indícios com que é confrontada pelo Ministério Público. Por exemplo quando lhe perguntam a origem de uma lesão que tinha na mão, a qual o MP associa à utilização da arma que matou a octogenária, Ana Saltão diz que se queimou a fazer uma omelete. Depois, quando confrontada com o facto de ter ido buscar a filha ao infantário no dia do crime, mais tarde que o habitual e não ter atendido as chamadas telefónicas feitas para casa, admitiu que foi buscar a filha mais tarde, por não ter condições para estar com a criança por ter feito uma cirurgia; já quanto a não ter atendido o telefone de casa,respondeu que no quarto onde dormia não ouvia o telefone. Também apresentou uma versão para o facto de ter o telemóvel desligado, dizendo que dias antes, num jantar de comemoração do aniversário de casamento, o marido entornou um copo de vinho em cima do aparelho e que ficou com problemas, tendo-se desligado sozinho na tarde em que ocorreu o homicídio. E, por fim, ao ser confrontada com a existência de resíduos de disparos no casaco, disse que só poderia ser "por contaminação", quando a peça de vestuário foi transportada no carro da PJ, após a apreensão.

Um crime desta natureza, tão bárbaro e hediondo não pode escapar impune; o criminoso, seja ele qual for, tem que ser julgado e severamente condenado à pena de prisão máxima, porque no nosso País não há pena de morte.

Alguém que com tanta frieza e premeditação mata uma idosa sozinha e inofensiva, na verdade, não merece usufruir de um dos maiores privilégios do ser humano, a LIBERDADE. Prisão máxima para o autor ou autora deste crime.

 

segunda-feira, 16 de junho de 2014

SELECÇÃO PORTUGUESA - O ADVERSÁRIO MAIS FRACO QUE ATÉ AGORA ACTUOU NO MUNDIAL!

 


Imagem retirada do Google
 
A Selecção Portuguesa foi até agora o adversário mais fraco em actuação neste campeonato do Mundo, oferecendo uma vitória fácil à equipa germânica, tão fácil que até os jogadores alemães devem ter ficado surpreendidos pois não estariam à espera de tantas facilidades e uma prestação tão deficiente.
 
A maioria dos jogos têm tido os ingredientes que fazem do futebol um espectáculo emocionante e vibrante, com as equipas a darem o seu máximo, a jogar com intensidade e a proporcionar grandes espectáculos de futebol.
 
Porém, a equipa portuguesa entrou em campo desmotivada, desconcentrada, lenta e sem ideias, tendo feito, na verdade, um jogo para esquecer rapidamente, porque esta prestação é humilhante para uma selecção que ocupa o 4º lugar no ranking da FIFA.
 
A equipa portuguesa se não alterar o seu método de jogo e não arranjar soluções atacantes com transições rápidas, arrisca-se a sair do mundial sem ganhar nenhum jogo. E digo isto, porque tenho estado a acompanhar a partida entre o Ghana/EUA, nossos próximos adversários e qualquer uma das equipas tem demonstrado muita qualidade tecnica e excelente capacidade física para imprimir um ritmo acelerado ao jogo. Pelo que tenho observado, jogando como jogou hoje contra a Alemanha, Portugal seria derrotado facilmente pelos Estados Unidos e pelo Ghana. Neste momento, aos 55 minutos da segunda parte, a equipa norte americana vence por 1-0, com um golo fortuito marcado logo no início da partida. O Ghana tem demonstrado alguma superioridade mas a verdade é que a equipa americana se tem defendido com muita garra e determinação e tem mantido essa vantagem mínima.
 
Portugal que se cuide e o treinador que não invente e deixe de ser casmurro. Colocar em campo jogadores em clara inferioridade física, apenas porque são os seus preferidos, não é aceitável porque prejudica o rendimento colectivo e depois provoca estas tremendas desilusões ao povo lusitano.
 
Comigo, o Rui Patrício não seria titular da baliza porque qualquer um dos outros dois guarda-redes faria melhor. Depois, o Pepe foi o que se viu, o Raul Meireles, idem, o Miguel Veloso mais lento que um cágado e depois sobra o Ronaldo que no meio de tanta mediocridade também não pode brilhar e até hipoteca a sua reputação. Se a equipa não for capaz de formar um colectivo coeso, guerreiro e solidário, será difícil tirar partido do melhor jogador do mundo.
 
Oxalá que no próximo jogo Portugal seja capaz de mostrar ao mundo que merece ocupar o 4º lugar no ranking da FIFA, apenas com a Espanha, Alemanha e Brasil à sua frente.
 
 
 
 

SELECÇÃO PORTUGUESA - AS INCONCEBÍVEIS E ESCANDALOSAS ABÉBIAS DO COSTUME

Imagem retirada do Google

Ainda decorriam os primeiros momentos de jogo e já Rui Patrício, completamente desastrado, oferecia de mão beijada, o primeiro golo aos alemães, o que só não aconteceu porque o médio Khedira, com a baliza completamente escancarada, atirou ligeiramente ao lado.
 
Depois, numa jogada aparentemente inofensiva do ataque alemão, os defesas centrais facilitaram e João Pereira embrulhou-se com o avançado germânico, Gotze e o árbitro apitou para a marca de grande penalidade, por agarrão de João Pereira (?). Na altura achei a penalidade muito forçada mas a verdade é que os defesas portugueses se puseram atabalhoadamente a jeito.

Eu nem queria acreditar que era a Selecção Portuguesa, onde joga o melhor futebolista do Mundo que ali estava a disputar o primeiro jogo deste mundial Brasil/2014, de tão desastrada que estava a ser jogada a primeira parte, a qual haveria de demonstrar à evidência que alguns jogadores não têm pernas nem estofo para representar a Selecção e, por isso, permitiram que os adversários fizessem deles gato-sapato, criando um sem número de oportunidades de golo, pelo que o resultado de três bolas a zero ao intervalo até nem era exagerado.

Mas a primeira parte ainda iria presentear-nos com mais uma monumental abébia protagonizada por um jogador experiente, talentoso e de grande nível mundial mas demasiado temperamental, o que, por vezes, faz com que borre a escrita toda com suas atitudes agressivas e incontroladas, como aconteceu aos 37 minutos numa disputa de bola com Muller, supostamente, por ter encostado a cabeça à do alemão. O árbitro, pelos vistos não teve dúvidas quanto à infracção e mimoseou-o com cartão vermelho directo, impedindo-o de dar o seu contributo à equipa nos próximos jogos. Pepe, com esta sua inadmissível irresponsabilidade, contribuiu para o resultado volumoso do jogo de abertura, o qual vai provavelmente condicionar a prestação dos jogadores nos próximos confrontos.

Na segunda parte, os alemães ainda marcaram mais um golo e tiveram várias grandes oportunidades para ampliar o resultado. O 4-0 final é na verdade pesado e não será descabido associar-se a uma arbitragem tendenciosa porque tanto a grande penalidade que deu o primeiro golo aos alemães como a expulsão de Pepe, pareceram decisões forçadas assumidas pelo juiz da partida.

Contudo, a equipa portuguesa, integrando alguns jogadores que não teriam lugar no onze, caso o seleccionador tivesse convocado e escolhido os melhores jogadores portugueses do momento, podia e devia ter feito muito melhor; porém, se a goleada sofrida servir para que jogadores e equipa técnica façam uma grande reflexão e corrijam o que não esteve bem neste jogo, então talvez possa tornar-se útil para os próximos jogos e ajude a levar de vencida os adversários. Se isso acontecer, nada está perdido porque os resultados são avaliados quando as competições terminam e não quando começam.

E agora, não vale a pena culpar a arbitragem pelo mau resultado. O que é preciso é jogar com mais garra, concentração e determinação nos próximos jogos e não permitir a existência de situações faltosas, jogando limpo.

domingo, 15 de junho de 2014

MUNDIAL BRASIL/2014 - ARBITRAGENS MUITO POLÉMICAS

 
Imagem retirada do Google
 
Não se compreende que os melhores árbitros do mundo produzam exibições tão fracas, com decisões tão desajustadas da realidade dos lances. Até ao momento, a par da equipa espanhola, os árbitros são a grande decepção deste Campeonato do Mundo de Futebol.
 
Nestes primeiros jogos tem-se visto de tudo: golos limpos, anulados e golos sujos, validados; faltas duras perdoadas e faltas normais, marcadas e admoestadas com cartão amarelo e até cartão vermelho. Já vi agressões merecedoras de expulsão que passaram em claro e até já vi ser admoestado o jogador que foi agredido! Já houve várias situações de grandes penalidades claras que não foram marcadas e, ao contrário, já foram marcadas grandes penalidades inexistentes. Estes lances prejudicam claramente umas equipas e fazem com que outras conquistem resultados que não mereciam.
 
Os árbitros vão nas simulações e palhaçadas de alguns jogadores, em favor de certas equipas e fazem vista grossa a determinadas infracções cometidas sobre outros jogadores, em prejuízo das suas equipas. Porque em futebol, é assim mesmo: quando uma equipa de arbitragem beneficia uma equipa, a outra é prejudicada. E a verdade, é que neste momento, quando ainda não se completou a primeira jornada da fase de grupos, já há várias equipas que se podem queixar da actuação dos árbitros e das suas decisões mal avaliadas.
 
É pena verificar que num Campeonato do Mundo, os melhores árbitros escolhidos pela FIFA não produzam exibições compatíveis com o seu estatuto. E a pergunta que me ocorre fazer relativamente a esta pertinente questão é, porquê? Sentir-se-ão os árbitros inibidos ou pressionados pela grandeza do evento ou terão eles instruções claras da FIFA para actuarem de certa maneira, os quais para lhe agradar, cometem erros grosseiros? Agirão por qualquer outro motivo? Por exemplo, pela simpatia pessoal que possam ter pelas equipas ou jogadores em confronto? Ou, finalmente, será apenas incapacidade, falta de inspiração ou simplesmente um mau momento, um dia mau?
 
Sabemos que o erro é próprio do ser humano mas na indústria do futebol, uma das mais importantes a nível global, as más decisões da arbitragem podem valer a perda de títulos e prejuízos de muitos milhões aos clubes. Nesse sentido, a FIFA, para acautelar a verdade desportiva e evitar prejuízos financeiros por decisões erradas dos árbitros, deve introduzir no jogo as necessárias alterações, nomeadamente, o recurso às imagens gravadas.

E já agora, espero que amanhã, segunda feira, 16 de junho de 2014, a equipa de todos nós, a Selecção Portuguesa tenha sorte com a arbitragem e que no final do jogo não tenha razões de queixa.

FORÇA PORTUGAL.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

HOUVE QUEM SE REGOZIJASSE COM A INDISPOSIÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA!!!


 
No dia 10 de Junho, durante as cerimónias comemorativas do dia de Portugal, o Presidente da República sentiu uma leve indisposição que o obrigou a interromper o seu discurso e a ser imediatamente retirado em braços pelos seguranças, pelo Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas e pelos ajudantes de campo do Exército e da Marinha para as traseiras da tribuna de honra, onde recebeu assistência. Passados cerca de 20 minutos, o Presidente da República, já recuperado, voltou à Tribuna para concluir o discurso, tendo sido muito aplaudido.
 
Trago este triste episódio ao meu blogue, pelos miseráveis comentários feitos na imprensa e nas redes sociais, de gente que se regozijou com o momentâneo problema de saúde do mais alto magistrado da nação. Eu sempre soube da existência de gente miserável, vingativa e rancorosa que passam a vida a desejar o mal dos outros e que até são capazes de matar o pai e a mãe para usufruir mais cedo dos seus bens, mas expressar nas redes sociais o regozijo e a satisfação pelo que aconteceu a Cavaco Silva e até desejar a sua morte, é coisa que não lembra ao diabo e deve ser veementemente repudiada.
 
Concordo que haja manifestações de desagrado para com os governantes, devido à crise que atingiu os portugueses, em boa parte da sua inteira responsabilidade. Já não concordo com as manifestações organizadas por certas forças políticas que invadem todos os locais onde ocorram cerimónias oficias, causando todo o tipo de perturbações e desrespeitando as leis.
 
Na Guarda, onde se pretendia celebrar o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, mais uma vez, um grupo organizado de mixordeiros sem escrúpulos, a mando das suas organizações políticas e sindicais, gritaram slogans contra o governo e contra o Presidente da República, incomodando os cidadãos que ali se deslocaram para assistir às cerimónias e ouvir o Presidente da República.
 
É esta a democracia que temos e todos somos culpados por ela ser tão má.
 
 

terça-feira, 3 de junho de 2014

REPOR ORDENADOS E PENSÕES E NÃO AUMENTAR IMPOSTOS!!!

Imagem retirada do Google
 
Eu tinha dito no dia seguinte ao das eleições europeias que Seguro fez uma leitura completamente errada do resultado eleitoral, ao declarar que os partidos da direita e simultaneamente partidos do governo tiveram a maior derrota da sua história e que o PS teve a maior vitória de todos os partidos socialistas europeus, já que alguns averbaram até pesadas derrotas. Disse ainda que os portugueses rejeitaram inequivocamente o governo e que o Presidente da República devia tirar as necessárias ilacções, demitindo o governo e convocando eleições antecipadas.
 
Este foi um erro clamoroso de avaliação do secretário-geral do Partido Socialista perante uma abstenção recorde de quase 7 milhões de portugueses que entenderam não votar nos partidos do governo nem nos partidos da oposição. Por isso, rejeitaram também a alternativa Seguro/PS, caso contrário teriam comparecido junto das mesas de voto para colocarem a cruzinha no símbolo socialista, atribuindo-lhe a tão propalada e desejada gigantesca vitória que se cifrou apenas numa pequena vantagem, traduzida na soma de mais 1 deputado, 8/7.
 
Na euforia de tão escasso triunfo, Seguro perdeu as estribeiras e prometeu aos portugueses a reposição de ordenados e pensões sem aumentar os Impostos! Das duas uma: ou já imaginava que não chegava a primeiro-ministro ou então perdeu completamente o sentido de responsabilidade!
 
Onde é que António José Seguro iria arranjar dinheiro para pôr em prática tão irrealista promessa? Deixava de honrar os compromissos do Estado Português e não pagava aos credores? Ou continuava a endividar o País para cumprir as suas promessas?
 
Creio que na conjuntura actual, nenhuma das alternativas seria possível de pôr em prática, em primeiro lugar porque Portugal é um País cumpridor e sempre honrou os seus compromissos e em segundo lugar porque o controlo apertado das contas públicas e do deficit, pelos credores, não permitiriam o agravamento descontrolado da dívida Pública.
 
Mas a resposta ao triunfalismo de Seguro e dos seus seguidores, não se fez esperar e brotou do interior do seu próprio partido, protagonizada pelo actual Presidente da Câmara de Lisboa que está determinado em disputar-lhe a liderança e diz que se Seguro não foi capaz de alcançar uma vitória folgada em disputa com um governo desgastado  e muito fragilizado com as inúmeras medidas de austeridade que foi obrigado a tomar, dificilmente será capaz de conduzir o PS a uma vitória nas próximas legislativas, onde o governo já desfrutará de outra conjuntura económica e terá alguma folga orçamental para poder repor uma parte das regalias subtraídas aos portugueses.
 
De tudo isto, há uma ilacção a tirar: há vitórias que podem ser consideradas quase equivalentes a derrotas e não deixam muita margem de esperança para alcançar melhores resultados, como é o caso desta vitória socialista nas europeias e há derrotas que sofridas em circunstâncias muito adversas podem deixar sentimentos e motivações atenuantes e gerar nos vencidos a ideia de poder superar as dificuldades e reconquistar a confiança daqueles que nestas eleições lhes negaram o seu apoio.
 
Eu tinha dito na anterior crónica, face a uma vitória tão frágil, para Seguro pôr as barbas de molho porque a sua liderança não tardaria a ser contestada. Na verdade, essa premonição cumpriu-se rapidamente, logo no dia seguinte, quando ainda estalavam foguetes e Seguro e os seus seguidores celebravam a vitória.
 
Há erros e demagogia que se pagam caros!...