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O actual modelo de regime democrático assente nas estruturas partidárias, provou, ao longo dos 45 anos de existência que não é bom e que não dá felicidade ao povo. Os partidos são como os eucaliptos, secam tudo à sua volta. A Sociedade Civil, apartidária, não tem direito a nada, porque eles "comem tudo e não deixam nada".
Não há Órgãos nem Poderes independentes. Os mais altos cargos da Nação, são ocupados por elementos pertencentes aos quadros dirigentes dos partidos e, a partir daí, também todos os outros lugares importantes do País são ocupados por eles. Os Partidos mandam em tudo, nomeadamente, nos Três Poderes: Legislativo, Executivo e Judicial e, por isso mesmo, a promiscuidade e o compadrio existe a todos os níveis e é a principal causa da corrupção.
A Assembleia da República, a que chamam a "Casa da Democracia", é composta por 230 personalidades pertencentes aos Partidos, eleitos para representar o Povo. Mas representar o povo como? Poderá um indivíduo que vive em Lisboa ou no Porto, defender os interesses das gentes do interior, se não conhecem a região e os seus problemas? Então em Bragança, Mirandela, Carrazeda de Ansiães ou em outro qualquer local do País, não há pessoas competentes para representar a sua região na Assembleia da República? Claro que há pessoas competentíssimas, mas os partidos como mandam no País e têm uma multidão de boys incompetentes e inúteis a quem têm que dar tachos, não permitem que essas pessoas competentes, independentes e patriotas cheguem à AR para defender, melhor que ninguém, os interesses dos seus locais de origem.
O mundo autárquico é o território ideal para fornecer aos partidos os tachos de que necessitam para distribuir por toda aquela miríade de boys que gravita à sua volta. São centenas e centenas de milhar de tachos: Presidentes de Câmara e respectivos Executivos, Vereadores, Assessores, Conselheiros, Juristas, Secretárias, Psicólogos, Presidentes de Juntas de Freguesia e respectivos membros do Executivo, Assembleias Municipais, Assembleias de Freguesia, etc., etc., etc.!
Este modelo de regime é manifestamente mau porque ao depender exclusivamente dos partidos, exclui e veda o acesso a uma parte importante da população que é apartidária, de concorrer e conquistar o direito a exercer um número significativo de cargos públicos.
Mas porque é que este Regime é mau e não tem perspectivas de melhorar? Vou ver se consigo explicar. Numa família tradicional, os seus elementos familiares defendem-se uns aos outros, mesmo em situações em que não tenham razão. Nos partidos políticos passa-se a mesmíssima coisa. Também eles se consideram uma "família", à qual aderem ainda muito jovens, no momento em que se inscrevem na JUVENTUDE Socialista, Social Democrata, Bloquista, Centrista, Comunista, etc.
Esses jovens, para além das afinidades ideológicas que os unem, passam a trilhar caminhos e objectivos comuns, em conformidade com as orientações do partido. Estreitam laços de amizade que os vai marcar e unir para toda a vida, para o bem e para o mal, e ao longo do percurso vão sendo cúmplices, coniventes e confidentes uns dos outros. Ao fim de alguns anos, por esta ou aquela razão, todos têm "rabos de palha" mas a sua cumplicidade obriga-os a guardar segredo e a protegerem-se uns aos outros.
Ora, é gente oriunda dessas "famílias", cheia de vícios e "rabos de palha" que alguns anos mais tarde ascende aos lugares de topo, no partido e no País, sem a necessária honorabilidade e independência para poderem desempenhar cargos importantes na estrutura do Estado.
O que depois acontece, já o povo sabe há muito tempo (corrupção, compadrio, favores, etc., etc.), uma consequência lógica dos maus vícios que aprenderam enquanto membros dessas famílias políticas, cuja principal preocupação não é servir o País e os portugueses, mas servir-se a si próprios.
O País está minado e invadido por essa gente que não presta para nada, gente sem vergonha, da pior espécie. O Povo tem que acordar, tem que fazer alguma coisa para acabar com este tipo de regime e encontrar outro em que todos tenham oportunidades iguais, em função do seu conhecimento, honorabilidade e competência.