quarta-feira, 30 de abril de 2014

FORÇA BENFICA! - "NÃO HÁ UMA SEM DUAS, NEM DUAS SEM TRÊS"

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Nas duas meias-finais da Liga dos Campeões, as equipas que jogaram em casa, Bayern de Munique e Chelsea, sofreram pesadas derrotas, 0-4 e 1-3 e como na primeira mão o Real Madrid já tinha ganho por 1-0 e o Atlético de Madrid empatado 0-0, as duas equipas espanholas vão defrontar-se na final que tem como palco, precisamente o Estádio da Luz.
 
Para mim, tanto interessa que ganhe uma como a outra equipa mas sou levado a admitir que a equipa do Real Madrid contará com muito  maior apoio dos portugueses no Estádio da Luz porque na equipa joga o melhor jogador do mundo, o portuguesíssimo Cristiano Ronaldo mas também Fábio Coentrão e Pepe, jogadores da selecção portuguesa, que foram contratados ao Benfica e ao Futebol Clube do Porto, respectivamente.
 
A meia-final entre Bayern e Real foi muito mais espectacular e empolgante, com um futebol mais intenso e esclarecido. Esta meia-final Chelsea/Atlético de Madrid não foi tão espectacular, o futebol foi mais mastigado e faltoso mas a equipa espanhola demonstrou mais frescura e alguma superioridade nas bolas divididas, tendo construído um resultado surpreendente mas com todo o mérito.
 
Duas meias-finais resolvidas em casa do adversário. Há um velho ditado que diz: "não há uma sem duas, nem duas sem três". Se Real Madrid e Atlético de Madrid conquistaram o direito a estar na final da Liga dos Campeões em casa dos adversários, porque não há-de o Benfica fazer o mesmo e garantir a passagem à final da Liga Europa em casa do adversário, neste caso a Juventus?
 
Ao Benfica basta-lhe um empate por qualquer resultado para se apurar para a final mas se perder 3-2, 4-3, 5-4 ou 6-5, dá para seguir em frente. Perder por 1-0 ou por duas bolas de diferença, dá eliminação.
 
Porém, dado o bom momento de forma que a equipa atravessa, acredito sinceramente que o Benfica marcará um ou mais golos à Juventus e, se tal prognóstico se confirmar, os italianos já terão de marcar três ou mais golos para conseguirem chegar à final.
 
O meu conselho é que o Benfica imite o Real Madrid e o Atlético de Madrid e arranque uma vitória em casa da Juve, eliminando a "velha senhora" que teve o desplante de menosprezar a equipa portuguesa. Os benfiquistas e os verdadeiros desportistas portugueses, em geral, estão à espera de um grande jogo e de uma merecida vitória.
 
Força Benfica! ET PLURIBUS UNUM!

terça-feira, 29 de abril de 2014

FANTASTICAMENTE IMPERIAL, O REAL!!!

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Bayer de Munique e Real Madrid, duas grandes equipas mundiais, proporcionaram aos milhões de telespectadores em todo o mundo, um espectáculo de futebol inolvidável, com um desfecho surpreendente, já que ninguém imaginaria que o Real Madrid iria vencer a segunda mão da meia final da Liga dos Campeões por 4-0.
 
De facto, nos dias que antecederam o jogo, poucos se atreveriam a vaticinar que o Real Madrid terminaria a primeira parte a vencer a excelente equipa do Bayer de Munique por 3-0, realizando uma exibição fabulosa.
 
Efectivamente, foi uma primeira parte de luxo, de grande intensidade, em que os jogadores do Real Madrid fizeram uma forte pressão sobre o adversário, não lhe consentindo pôr em prática o seu habitual estilo de jogo, o célebre "tic-tac" bem ao gosto do seu treinador Pepe Guardiola com o qual tão bons resultados obteve ao serviço do Barcelona.
 
A equipa do Real Madrid foi fabulosa a atacar e a defender, guerreira, solidária e com grande espírito de entreajuda, armas suficientes para golear e banalizar a grande equipa alemã, vencedora da última Liga dos Campeões e já campeão da Bundesliga a 5 ou 6 jornadas do fim.
 
Na segunda parte, o Real Madrid baixou a sua intensidade de jogo, defendeu mais do que atacou, permitindo que o Bayern jogasse mais tempo no seu meio campo mas sem nunca lhe permitir grandes ocasiões de perigo, acabando por ser o Real Madrid a estabelecer o resultado final de 4-0, com mais um excelente golo de Cristiano Ronaldo que acaba de estabelecer um novo record na Liga dos Campeões, com 16 golos marcados. É obra!
 
O resultado de hoje vem provar uma vez mais que não há vitórias antecipadas e que os jogos se ganham dentro das quatro linhas, independentemente das fanfarronices do adversário que muitas vezes pretende destabilizar através de declarações depreciativas e até ofensivas.
 
GRANDE JOGO! QUE SIRVA DE EXEMPLO E MOTIVAÇÃO PARA O BENFICA
 
Espero que os jogadores do Benfica tenham visto o jogo Bayern de Munique / Real Madrid e que quinta-feira, em Itália, possam realizar uma exibição idêntica para calar a boca de jogadores, técnicos e dirigentes da Juventus que não respeitaram a Instituição Benfica ao fazer declarações pouco abonatórias e elegantes.
 
Os benfiquistas esperam que a equipa vá a Itália jogar para ganhar e não para empatar. Se jogar para ganhar, dando ao seu jogo intensidade e velocidade, a vitória vai acontecer. Se, por acaso, o objectivo for conseguir o empate, o Benfica sairá de Itália derrotado e sem glória. Só há mesmo uma forma para derrotar os italianos: é ir para cima deles sem dó nem piedade, aproveitando a velocidade de Rodrigo, Lima e Markovic para marcar um ou dois golos. Se isso acontecer, o Benfica chegará à final da Liga Europa e com toda a confiança adquirida, provavelmente conquistará o troféu.
 
Força Benfica!
 
ET PLURIBUS UNUM!

segunda-feira, 28 de abril de 2014

MORREU VASCO DA GRAÇA MOURA - UMA FIGURA ÍMPAR DA CULTURA PORTUGUESA

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Morreu no domingo, dia 27.04.2014, aos 72 anos de idade, no Hospital da Luz em Lisboa, um dos maiores vultos da literatura portuguesa, depois de lutar corajosamente contra o cancro, o qual não o impediu de desempenhar até aos últimos dias de vida, as suas funções de presidente do Centro Cultural de Belém, nem de continuar a escrever e publicar livros e de enviar as suas crónicas semanais para o Diário de Notícias.
 
Vasco da Graça Moura foi um homem que sempre me inspirou um grande respeito e admiração, fruto da sua excepcional intelectualidade e nobreza de carácter, uma figura ímpar da cultura portuguesa actual que se notabilizou como poeta e tradutor de grandes poetas, romancista, ensaísta, dramaturgo, cronista, antologiador, historiador honoris causa, advogado, político e gestor cultural, entre outras actividades.
 
Vasco da Graça Moura distinguiu-se da vulgaridade da maioria dos políticos, pela responsabilidade que sempre imprimia a cada uma das palavras que proferia e pela forma extraordinariamente exemplar da sua conduta para com a sociedade. Um Homem com esta grandeza intelectual, ética e cívica, pela enorme perda que representa a sua morte para o País, devia pertencer a uma outra dimensão humana, imune às fatalidades da vida, na doença e na morte e perpetuar para além do espaço temporal da espécie humana, com direito à imortalidade.
 
A verdade é que Vasco da Graça Moura partiu prematuramente quando ainda tinha muito para dar ao País, mas ainda viveu o suficiente para ver reconhecida, em vida, a sua extraordinária obra, tendo recebido inúmeros prémios. Ainda recentemente, mais concretamente no final do passado mês de Janeiro, foi justamente homenageado pelo Presidente da República com a Grã-Cruz da Ordem de Santiago de Espada, no decorrer de um colóquio que a Fundação Gulbenkian lhe dedicou.
 
Na verdade, embora tenha uma grande admiração por Vasco Graça Moura pelos motivos atrás descritos, devo confessar que tenho pena de não conhecer a sua obra; porém, uma das suas facetas que muito admirei, foi sem dúvida a sua intransigente luta nos últimos anos de vida, para travar a aplicação do Acordo Ortográfico, o qual considerava "um crime de lesa-língua" e ao qual dedicou, em 2008, o ensaio "Acordo Ortográfico: a Perspectiva do Desastre".
 
À família enlutada apresento as minhas sentidas condolências.
 
Paz à sua alma e que Deus lhe conceda a felicidade eterna.
 

 

domingo, 27 de abril de 2014

"NÃO HÁ FOME QUE NÃO DÊ EM FARTURA"! - BENFICA COM 10, DERROTA FCP E JÁ ESTÁ NA FINAL DA TAÇA DA LIGA!

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Esta época o Benfica está a corrigir todos os erros cometidos nas duas anteriores, 2011/2012 e 2012/2013 e, nesse sentido, a três jornadas do final, já ganhou o Campeonato, a 15 pontos de distância do grande devorador de títulos dos últimos 20 anos, o Futebol Clube do Porto.
 
Mas o Benfica, esta época, ao contrário do que tem feito nos últimos anos, relativamente ao seu velho rival, esteve imperial e infringiu-lhe uma série de derrotas que o afastaram da Taça de Portugal, na meia-final e da Taça da Liga, também na meia-final. Em épocas anteriores, era impensável uma tal supremacia do Benfica sobre o Futebol Clube do Porto, já que em confronto directo, o afastou da conquista de três títulos. Como diz o povo e com alguma razão, "não há fome que não dê em fartura" e de facto esta época, o Benfica,  para além das vitórias sobre o seu velho rival, tem todas as condições para conquistar três ou quatro títulos.
 
Na verdade, a hegemonia do Futebol Clube do Porto já durava há muitos anos. Praticamente, a meio do campeonato, já levava um avanço tal na tabela classificativa que lhe permitia gerir os jogos do campeonato e das competições europeias em que normalmente estava envolvido. Parece que as coisas mudaram. O Porto esta época foi uma sombra da grande equipa que tem sido ao longo dos últimos 20 anos; resta saber se se vai recompor já para a próxima época ou, pelo contrário vai continuar a debater-se com os mesmos problemas e a entrar numa época penosa de travessia do deserto, tal como aconteceu aos seus rivais, Benfica e Sporting, durante os anos em que dominou o futebol português.
 
O Porto tem sido o carrasco do Benfica, apresentando, nas duas últimas décadas, em confrontos directos, uma supremacia avassaladora; na presente época tudo se inverteu e o Benfica vulgarizou o Futebol Clube do Porto, cometendo a proeza de eliminar o rival nas meias-finais da Taça de Portugal e da Taça da Liga, jogando mais de uma hora, nos dois jogos, com apenas dez elementos, por expulsão de Siqueira, no primeiro e Stevan Vitória, no segundo. Antigamente, nem com a equipa completa ganhava, quanto mais com dez. Há realmente uma grande diferença relativamente às duas equipas: o Benfica está muito melhor e o seu rival está uns furos abaixo e essa diferença está espelhada nesta época relativamente aos resultados obtidos pelas duas equipas.
 
Dado o seu bom momento, espera-se que o Benfica na próxima 5ª feira faça um grande jogo em Itália contra a Juventus e se apure para jogar a final e ganhar contra o Sevilha ou o Valência, os clubes que estão a disputar a outra meia-final.
 
Agora, é de facto a Liga Europa que está em primeiro plano para o Benfica e há que ganhá-la mas a final da Taça de Portugal e da Taça da Liga, contra a extraordinária equipa do Rio Ave, que conquistou o direito de estar nas duas finais, são também para ganhar.
 
  

quinta-feira, 24 de abril de 2014

40º ANIVERSÁRIO DA "REVOLUÇÃO DOS CRAVOS" - UMA EFEMÉRIDE QUE NEM TODOS OS PORTUGUESES TÊM RAZÕES PARA CELEBRAR

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Para mim, falar do 25 de Abril, passados 40 anos, ainda se torna um exercício difícil e penoso. A revolução prejudicou e arruinou a vida de muita gente honesta, generosa, laboriosa e patriota e favoreceu e promoveu uma multidão de chicos-espertos, feitos revolucionários e democratas de um momento para o outro ou, melhor dizendo, de 24 para 25 de Abril de 1974.
 
O ódio e a vingança andaram de braço dado pelo País fora, ocupando, maltratando e ajustando contas com quem, na maioria dos casos, era inocente. Os ricos eram "fascistas" e os adversários eram incriminados como "bufos" da pide. Com estes pretextos "roubavam" os ricos e eliminavam os adversários.

A caça ao homem e aos seus bens, resultou numa onda de ocupações, nacionalizações e expropriações que empobreceram todos os sectores produtivos do País, para mais tarde, já  na década de 80 e 90, uma grande parte desses bens serem devolvidos aos seus legítimos proprietários, com grandes encargos para as finanças públicas que tiveram que ressarci-los com chorudas indemnizações.

Foram anos de sucessivos desmandos e de delapidação do património público e privado, uma época em que a lei das esquerdas revolucionárias(?) imperou, até com recurso a uma série de atentados, levados a cabo por "organizações terroristas", entretanto criadas, do tipo das FP-25, cuja actuação desprestigiou e ridicularizou Portugal aos olhos do mundo.
 
Foram essas esquerdas revolucionárias que provocaram a maior traição da história de Portugal e que atingiu de forma violenta, trágica e cruel mais de um milhão de portugueses, à data, a residir e a labutar nas ex-Colónias portuguesas.
 
O papel vergonhoso dessas esquerdas, influenciou os militares estacionados nessas Colónias, especialmente em Angola e Moçambique, com a missão de fazer respeitar a lei da República Portuguesa e defender as suas populações, os quais, cedo se demitiram dessa missão, desarmando a população civil e entregando o armamento do exército português a um dos movimentos de libertação, no caso de Angola, o MPLA, consentindo-lhe todo o tipo de crimes: prisões sem culpa formada, em pleno dia ou pela calada da noite, torturas e fuzilamentos, obrigando a população a fugir para os Países vizinhos e para outros destinos, um pouco por todo o mundo, antes mesmo de as autoridades revolucionárias de Abril autorizarem  a "ponte aérea" Angola-Moçambique/Portugal, que haveria de transportar os refugiados para o seu País de origem, o que só aconteceu depois de americanos e sul-africanos terem iniciado esses vôos.
 
Mais de um milhão de portugueses foram abandonados e atirados às feras. Milhares foram brutalmente assassinados, em muitos casos para serem despojados dos seus bens, causando luto e dor a dezenas de milhar de famílias que nunca mais puderam ter uma vida normal e aspirar a ser felizes.
 
Nessa altura, um dos grandes "arquitectos" da traição perpetrada contra os portugueses residentes nas ex-Colónias, pela vergonhosa e trágica descolonização, a qual desprezou as suas vidas e não protegeu os seus interesses patrimoniais, não vi Mário Soares preocupado com a sua sorte nem lamentar tão gigantesca tragédia. Nessa altura, Mário Soares classificou de "exemplar" a criminosa descolonização, constituindo tal afirmação um monstruoso insulto a todos quantos sofreram na pele, os horrores de tão catastrófica e vergonhosa descolonização.

Agora, quando passam 40 anos sobre tão trágicos acontecimentos, o octogenário ancião, ex-PR e ex-tudo, está muito preocupado com a situação dos portugueses e até sugere que é necessário correr com este governo, se necessário, pela força, já que lhe atribui todas as culpas pela difícil conjuntura económica que o País atravessa e pela situação de miséria em que vive uma grande parte do povo.

Que grande democrata! E que grande exemplo de democracia! Sugerir que se demita um governo pela força das armas e com recurso à violência, é uma posição bizarra de alguém que devia saber que em democracia é o povo que elege ou demite os governos através dos mecanismos que a Constituição da República põe à sua disposição e o voto livre do povo nas eleições legislativas, que eu saiba, é a arma utilizada em democracia para eleger ou demitir os governantes. Pobre criatura! Nem a velhice lhe alterou o mau carácter que sempre ostentou ao longo da sua vida!

Ele que foi em 1974/75 um dos grandes obreiros da descolonização e da situação de pobreza em que  ficou mais de um milhão de portugueses e que é também agora, um dos principais responsáveis pela bancarrota a que chegou o País e pela pobreza em que vive uma boa parte da população, devia ter algum decoro quando abre a boca. Ele que foi um dos grandes privilegiados da "revolução dos cravos", devia ter tento na língua e mais respeito por um povo politicamente analfabeto que, infelizmente, por isso mesmo, lhe permitiu que desempenhasse todos os cargos importantes a que um político  ganancioso e sem escrúpulos pode aspirar e que tivesse ampliado o seu património e dos seus familiares, vivendo estes 40 anos sumptuosamente, à custa do Estado,  rodeado de privilégios e mordomias, ao contrário da maioria do povo que tem regredido e vive na penúria.

Francamente! É preciso ter muita lata! É preciso ser muito cara de pau! Se há responsáveis pela situação dramática a que chegámos, Mário Soares e o seu partido socialista estão na primeira linha, porque esbanjaram recursos financeiros gratuitamente e em benefício próprio, não souberam governar, antes se governaram, não levaram a cabo as reformas necessárias e endividaram escandalosamente o País e os portugueses.

Portanto, a celebração dos 40 anos da "revolução dos cravos" não é igual para todos os 10 milhões de portugueses. Se uns têm razões para celebrar e ostentar ufanos um cravo vermelho na lapela, outros têm mil razões para não celebrar e até para detestar a flor que simboliza a efeméride, embora, como é obvio, o cravo não tenha culpa nenhuma, apenas o facto de estar associado a um acontecimento de que muitos não gostam.

Ao contrário dos parasitas deputados que errada e abusivamente se intitulam "representantes do povo" e dos militares que cometeram a suprema proeza(!) de "derrubar" um regime que estava a cair de maduro e nada fez para se defender, não comemorarei a efeméride na Assembleia da República nem no Largo do Carmo e durante esta quadra abrilista, nem sequer utilizarei a televisão para não vomitar de nojo ao ouvir pela enésima vez os feitos gloriosos dos "revolucionários" de Abril, narrados pelos protagonistas de sempre, agora velhos e caquéticos, os quais se consideram imprescindíveis e insubstituíveis e não arredam pé há 40 anos!!!

Dar lugar aos mais novos, dizem eles, com grande lata!!! Como?, se aos oitenta e tais anos de idade ainda continuam agarrados aos tachos? "Bem prega Frei Tomás, faz o que ele diz, não faças o que ele faz". Esta gentalha não é para levar a sério. Porque é que acham que o País chegou a tão dramática situação de miséria? Precisamente porque o povo entregou a governação do País nas mãos de gente incompetente e irresponsável, nada tendo feito ao longo destes 40 anos para inverter a situação, continuando a entregar religiosamente o seu voto nas mesmas formações políticas.

Costuma dizer-se e com alguma razão que "cada povo tem aquilo que merece" e a maioria do povo português não se pode queixar porque é cúmplice da acção governativa dos sucessivos governos  da era democrática.
 

segunda-feira, 21 de abril de 2014

MUNICÍPIOS - O "ELDORADO" DOS AUTARCAS!

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Pela profusão de notícias divulgadas pela comunicação social ao longo dos anos sobre esquemas habilidosos e fraudulentos nas autarquias, não tenho dúvidas que o povo português já elegeu os Municípios de norte a sul e de este a oeste de Portugal, como os locais mais apropriados e vulneráveis para sacar dinheiro, de mil e uma maneiras, em benefício próprio, sendo o cancro da corrupção o esquema mais usado. 
 
O desvio de verbas nos Municípios e suas empresas municipalizadas, através de uma infinidade de esquemas fraudulentos e a oneração dos seus orçamentos muito para além do seu real custo, para que o excesso reverta a favor dos autarcas corruptos, representa um sorvedoiro astronómico do dinheiro público que se fosse possível, como que por magia, recuperá-lo, daria para aliviar substancialmente a carga dos impostos dos portugueses e tornar-lhes a vida menos penosa.
 
O ex-autarca que hoje dá corpo e origem a esta crónica, pelos piores motivos, é o ex-Presidente da Câmara Municipal de Braga, impedido por lei de se recandidatar a novo mandato, visto que era um dos "dinossauros" autárquicos do regime democrático, há mais de três décadas no desempenho da função (1976-2013).
 
Enquanto esteve no activo, Mesquita Machado foi alvo de diversas acusações de irregularidades na gestão do Município, as quais encobririam esquemas que redundariam em benefício próprio. A verdade é que as investigações(?) das autoridades judiciárias e do Ministério Público nunca encontraram matéria incriminatória(!).
 
Porém, na qualidade de autarca "dinossauro", fez jus ao cognome e enquanto chefiou o Executivo bracarense, a família Mesquita Machado prosperou e criou um império empresarial e um património imobiliário de milhões. Foram tempos de vacas gordas que o dinheiro fácil alimentou mas que, pelos vistos não assegurou aos filhos uma situação de desafogo financeiro, agora que chegou o tempo das vacas magras e a fonte de financiamento secou.
 
Na área do urbanismo, os autarcas foram e continuam a ser, reis e senhores, valorizando terrenos agrícolas que depois transformam em terrenos urbanizáveis através do seu poder na autarquia, alterando o PDM, para favorecerem determinada empresa imobiliária, a qual retribuirá o favor, antes ou depois do processo terminado, com choruda recompensa, já que esses terrenos beneficiaram de uma valorização que por vezes atinge os 2000%!

Mesquita Machado tinha um plano bem montado para salvar a empresa do genro, a construtora CCR mas pelos vistos, como estava em fim de mandato, não teve tempo para concluir o plano, estando agora em risco a sua execução porque o actual presidente da Câmara, Ricardo Rio se opõe ao negócio arquitectado pelo seu antecessor.

O plano era simples: a filha adquiriu um prédio por 1 milhão de euros numa zona da cidade onde o autarca idealizou a construção de uma nova Pousada da Juventude. Para a concretização desse projecto, a Câmara, invocando interesse público, expropriaria um conjunto de edifícios, inclusive o da filha, na zona de construção da Pousada, a quem pagaria 2,5 milhões de euros.

Belo negócio!!! Um projecto idealizado pelo autarca, a pensar na valorização do edifício da filha,  através de uma expropriação em que a Câmara invocou o interesse público, proporcionaria um lucro milionário de 1.500.000,00 euros, ou seja: 150%!!!

Incrível! Normalmente, neste tipo de expropriações em que é invocado o interesse público, a avaliação é sempre inferior ao seu valor real e, por vezes, mesmo muito inferior. Ora, na Câmara de Braga, quando se trata de favorecer a filha do Presidente, desavergonhadamente, não se olha a meios... para encher os bolsos dos protegidos, à custa dos dinheiros públicos, sacado sem dó nem piedade aos contribuintes.

O actual autarca, Ricardo Rio, agora conhecedor do esquema do seu antecessor, está de parabéns por ter inviabilizado o projecto, pois outra coisa não seria de esperar de alguém que durante a campanha denunciou a má gestão de Mesquita Machado, prometendo rigor e transparência caso fosse eleito.

Para quem quiser saber um pouco mais sobre os meandros autárquicos deve consultar este link:
 
 
 

UM IMENSO MAR VERMELHO CELEBROU DELIRANTEMENTE O 33º TÍTULO DE CAMPEÃO NACIONAL!!!

 
 
A nação benfiquista acreditava nos festejos do 33º título a duas jornadas do final do campeonato e tal crença aconteceu, precisamente no jogo da 28ª jornada, no seu majestoso estádio, frente à aguerrida equipa do Olhanense, embora último classificado (21 p.) e com poucas possibilidades de permanecer no escalão máximo do futebol nacional, a não ser que aconteça algum milagre nas duas últimas jornadas e vença os confrontos com o Futebol Clube do Porto, em casa e com o Vitória de Setúbal, fora. Mesmo ganhando os dois jogos, o que não acredito, seria necessário que os seus adversários directos, Paços de Ferreira (23 p.) e Belenenses (24 p.), não conquistassem pontos nesses dois jogos finais.
 
O jogo decisivo para atribuição do título não teve grande história mas a equipa algarvia ainda conseguiu suster a euforia e a celebração dos 64 mil espectadores, mantendo o nulo durante toda a primeira parte; porém, na segunda metade tudo se alterou e Lima resolveu em três minutos, aos 57 e aos 60, a questão do título, com dois golos de rajada.
 
Depois foi a loucura, dentro e fora do Estádio, com milhares de adeptos e simpatizantes benfiquistas, a festejarem nas ruas e praças de todo o País, o 33º título de campeão nacional. Os jogadores, técnicos  e todo o pessoal responsável pelo futebol encarnado também vibraram com a conquista do título e festejaram-no, logo após o apito final, com grande entusiasmo, abraços e beijos, entre todos os componentes, demonstrando grande espírito de união e camaradagem, indubitavelmente, dois dos ingredientes que muito contribuíram para o sucesso da equipa.
 
O desfile do autocarro que transportava os jogadores foi seguido por uma multidão impressionante! Era um imenso mar vermelho! Alguns jogadores que nunca tinham conquistado um título nem imaginavam que pudesse originar tão grandioso espectáculo humano, ficaram impressionadíssimos e confessaram que de facto não imaginavam a grandeza do Benfica!
 
Como benfiquista, também fiquei muito satisfeito mas gostaria que nesta época outros objectivos fossem conseguidos. Delirei com a vitória sobre o velho rival da Invicta na meia-final da Taça de Portugal e ficaria radiante se na final da Taça da Liga o Benfica voltasse a repetir a proeza.
 
Este ano, a final da Taça de Portugal é para ganhar e na Liga Europa, o Benfica tem todas as possibilidades de fazer história, eliminando já na meia-final o líder do campeonato italiano, para depois vencer na final a equipa que sair vencedora da outra meia-final entre os espanhóis do Valência e do Sevilha.
 
Para que tal aconteça, é preciso ter consciência de que a época ainda não acabou, que ainda há muito prestígio a alcançar pelo SLB e muito dinheiro para ganhar. Nesse sentido, aconselho muita contenção nos festejos e o máximo de concentração para os jogos que faltam. É tempo de o Benfica começar a ganhar as finais!
 
 

quarta-feira, 16 de abril de 2014

FINALMENTE!!! BENFICA HUMILHA FUTEBOL CLUBE DO PORTO!!!

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A nação benfiquista tinha esperança que desta vez, o Porto não alcançasse a final da Taça de Portugal, já que acreditava na vitória do Benfica por duas ou mais bolas de diferença e, de facto, assim aconteceu: o Benfica não permitiu que o seu rival salvasse a época.
 
O Benfica começou muito bem a partida e remeteu o adversário para o seu meio campo, conquistando até meia dúzia de cantos seguidos dos quais não resultou grande perigo para a baliza à guarda de Fabiano, mas aos 17 minutos de jogo, Sálvio marcou de cabeça, aproveitando um excelente cruzamento de Rodrigo.
 
No entanto, alguns jogadores do Benfica, demonstrando alguma desconcentração, cometeram uma série de faltas desnecessárias, as quais vieram a ser fatais, pondo em risco a vitória e a passagem à final da Taça de Portugal, já que Siqueira, no espaço de dois minutos, foi expulso com dois cartões amarelos, aos 27 minutos de jogo e obrigou o treinador a fazer alterações na equipa, retirando Cardozo do ataque e fazendo entrar André Almeida.
 
É verdade que Siqueira foi muito mal expulso porque a falta cometida sobre Defour, não justificava a amostragem do primeiro cartão amarelo mas o protagonismo de Pedro Proença já nos habituou a estas coisas: depois de mostrar o cartão amarelo a Quaresma, era sabido que não tardaria a fazer o mesmo ao primeiro jogador do Benfica que fizesse uma falta.
 
Com a equipa reduzida a dez jogadores, o Porto criou algum ascendente e adivinhavam-se grandes dificuldades. Porém o intervalo chegou sem que o resultado se alterasse.
 
Na segunda parte, os azuis e brancos continuaram com algum ascendente e aos 52 minutos chegam ao empate, por intermédio de Varela que à entrada da área driblou André Almeida e rematou forte, fazendo passar a bola por entre as pernas de Artur.
 
A partir deste momento, tudo ficou mais difícil porque o Benfica teria de marcar mais dois golos para eliminar o adversário e com menos um jogador, a tarefa não era fácil. Porém, a equipa acreditou sempre e demonstrou uma grande solidariedade, lutando até ao limite das suas forças. Como prémio, aos 58 minutos, na sequência de uma falta de Reyes sobre Sálvio, dentro da grande área, Enzo Perez, chamado a marcar, não perdoou, fazendo o 2-1. Este golo veio dar ânimo à equipa e fazê-la acreditar que era possível marcar mais um golo, o que realmente viria a contecer aos 80 minutos, numa jogada espectacular de André Gomes, já dentro da grande área portista, ludibriando Fernando e rematando para o fundo das redes.
 
Estava construído o resultado que apuraria o Benfica para a Final da Taça de Portugal, destroçando por completo a equipa adversária que não conseguiu tirar proveito de uma expulsão injusta quando faltava ainda mais de uma hora de jogo, para delírio dos adeptos que não vão esquecer tão cedo esta jornada de futebol entre os dois velhos rivais.
 
Jorge Jesus está a vingar-se das humilhações que sofreu na época transacta e relativamente ao F. C. do Porto, essa vingança é a dobrar: depois do Campeonato, agora foi a Taça.
 
O Benfica está em óptima posição para chegar à dobradinha, o que já não acontece há 27 anos mas atenção, é preciso levar o Rio Ave muito a sério, para evitar a desilusão da última final, perdida para o Vitória de Guimarães.
 
O campeonato já está conquistado. Agora é necessário ganhar a Liga Europa e a Taça de Portugal. Se não ganhar a Taça da Liga, os benfiquistas não ficarão aborrecidos. Nesse jogo, o treinador encarnado poderá fazer as poupanças que entender que toda a gente vai aceitar.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

GENOCÍDIO NO RUANDA - 800 MIL MORTOS EM 100 DIAS DE MASSACRES - UMA LIÇÃO QUE O MUNDO NÃO APROVEITOU!



Foto retirada do Google

Fez no dia 7 de Abril 20 anos que ocorreu no Ruanda um dos maiores genocídios da história da humanidade, mais de 800 mil mortos durante 100 dias de consecutivos e horrorosos massacres.

As etnias Hútus e Tutsis foram cultivando ao longo de séculos uma rivalidade odiosa que se agravou com o processo de descolonização do pós-Segunda Guerra, quando o território ruandês foi deixado pelos belgas, depois de meio século de colonização.

 A partir desse momento, a maioria hútu que sempre atribuiu todas as desgraças da nação à população tutsi, intensificou o ódio e as hostilidades e começou a arquitectar um plano para os aniquilar, plano esse que era do conhecimento e tinha o consentimento dos governantes da época.

Por coincidência, ou não, ocorreu no dia 6 de abril de 1994, um atentado que derrubou o avião que transportava o presidente ruandês Habyarimana e imediatamente o atentado foi atribuído aos tutsis ligados ao FPR (Frente Patriótica Ruandense) e agarrado como pretexto para iniciar uma caça à minoria tutsi que durou 100 dias.

Este trágico acontecimento tem muitas outras variantes e origens, mas o meu objectivo não é contar a história mas tão somente estabelecer um paralelo entre o que se passou no Ruanda há 20 anos e o que aconteceu no Congo, na República Centro-Africana, no Egipto e  na Líbia e ainda acontece na Síria, na Venezuela e na Ucrânia e em tantas outras regiões do Mundo, relativamente à intervenção da ONU e dos seus estados-membros.

Vergonhosa e criminosamente, a ONU e os estados-membros, assistiram passiva e insensivelmente, durante 100 dias aos horrorosos massacres, quando aquele Organismo tinha toda a propriedade para acionar o Conselho de Segurança e evitar, ou pelo menos minimizar, toda aquela tragédia e nada não fez para travar a sede de vingança dos assassinos.

Um acontecimento tão trágico, em consequência do ódio e da crueldade de uns e da insensibilidade e desprezo pela vida humana, de outros, que devia ser recordado e servir de lição para nunca mais se poder repetir uma tragédia idêntica, foi praticamente esquecido, restando apenas o doloroso testemunho dos que sobreviveram ao extermínio, vítimas dos mais inenarráveis episódios de violência, bem visíveis nos seus corpos mutilados.

O sentimento de perda não é igual para todo o ser humano. Enquanto os atentados contra as Torres Gémeas ou contra a Estação de Atocha, entre outros, são recordados todos os anos no 11 de Março e 11 de Setembro, com cerimónias sumptuosas apropriadas, o genocídio do Ruanda caiu no esquecimento, porque as 800 mil vítimas da minoria tutsi, seres humanos iguais a quaisquer outros, assassinadas com requintes de insuportáveis momentos de crueldade e tortura, não geram na comunidade mundial o mesmo sentimento de perda.

Porém, hoje como ontem, a ONU continua a desempenhar um papel meramente representativo por quem os inúmeros beligerantes em todo o mundo não têm qualquer medo ou respeito e, por isso mesmo, cometem toda a espécie de crimes contra a humanidade impunemente.

Desenganem-se pois, aqueles que pensam que a actuação da ONU no Ruanda não se repetirá porque não é verdade, basta lembrar os recentes conflitos da Líbia, da Síria, do Egipto, da Venezuela e da Ucrânia, onde os direitos humanos são ignorados e os civis são massacrados, para se concluir que a ONU não defende nada nem ninguém, a não ser os chorudos tachos e mordomias dos seus  milhares de funcionários em todo o Mundo.

Os acontecimentos nos países atrás citados, é um sério aviso para os seus governantes que não devem confiar naquela organização nem esperar que lhes resolva os seus problemas de soberania, democracia ou outros porque se o fizerem estarão condenados a nunca encontrar uma solução e a assistir, impotentes, à  degradação económica, política e social dos seus Países e à miséria do seu povo.

Aos governantes destes Países, face ao despudorado conformismo, passividade e insensibilidade da ONU e dos seus membros, não lhes resta outra alternativa que não seja enfrentar com sentido democrático, coragem e determinação os gigantescos desafios que a conjuntura económica social e política lhes criou,  para vencê-los, negociando consensos e recolhendo contributos de todas as forças vivas da nação.

Com essa atitude, poderão salvar os seus países da guerra e da bancarrota e evitar a miséria e o sofrimento ao povo.

 
 

quarta-feira, 9 de abril de 2014

A DÍVIDA PÚBLICA PORTUGUESA NÃO FOI OBRA DO POVO, POR ISSO NÃO DEVE PAGÁ-LA

Imagem retirada do Google
 
Não sou de esquerda nem tão pouco concordo com as soluções que apresenta para ultrapassar a conjuntura económica difícil que o País atravessa. Não alinho na teoria da irresponsabilidade e do facilitismo e admiro os homens de grande carácter que sabem honrar os seus compromissos.
 
Porém, há uma ideia com a qual sou obrigado a concordar: a monstruosa Dívida Pública Portuguesa não foi obra do povo nem tão pouco para seu benefício e, por conseguinte, o povo não devia pagá-la. 
 
Todos sabemos que os obreiros de tão gigantesca dívida, foram os governantes incompetentes e corruptos; os autarcas incompetentes, gananciosos, irresponsáveis e corruptos; as administrações das instituições públicas e privadas e, de uma forma geral, as entidades que exerceram cargos de grande responsabilidade por todo o País, que através de esquemas fraudulentos e corruptos e das mais diversas vigarices, lesaram o erário público em quantias astronómicas, ano após ano, até chegar aos quase 215 mil milhões de euros actuais!
 
Isto quer dizer que de forma vergonhosamente irresponsável e criminosa, com total desconhecimento da grande maioria do povo trabalhador, a quem enganavam e mentiam sistematicamente, o Estado endividou cada português em 21.500 euros!
 
Agora, na hora do aperto, quando é necessário saldar as dívidas contraídas por toda essa gente sem carácter, sem vergonha e sem escrúpulos, que não sabe o que é austeridade e vive desafogada e luxuosamente à custa de riquezas acumuladas fraudulentamente, o povo é injustamente intimado a pagar uma dolorosa factura dessa dívida que não contraiu e da qual, infelizmente,  não beneficiou.
 
Se eu mandasse, a Dívida Pública Portuguesa seria paga pelos verdadeiros culpados, ainda que tivesse que penhorar os bens que ficticiamente passaram para nome de familiares e amigos e jamais penalizaria os inocentes, muitos dos quais não têm meios económicos para comer uma boa sopa diariamente quanto mais  pagar dívidas que outros contraíram em benefício próprio.
 
 
 

COMERCIANTES PASSAM FACTURAS QUE DEPOIS NÃO COMUNICAM ÀS FINANÇAS


QUANDO A FUGA AO FISCO ACABAR, PORTUGAL SERÁ, FINALMENTE, UM PARAÍSO À BEIRA-MAR!!!
 
Recentemente, depois de confirmar que não se encontravam registadas no Portal das Finanças, na listagem E-FACTURAS, algumas das facturas por mim solicitadas, para além de tomar a iniciativa de as registar, comentei com a minha esposa o seguinte:
 
Já viste, pedindo ou não pedindo facturas, os comerciantes continuam a não comunica-las às Finanças. Tenho aqui vários exemplos de facturas que solicitei e não constam da listagem do E-Factura para efeitos de devolução do IVA pago e para o sorteio semanal de habilitação a um automóvel. Tenho a certeza que parte destas situações vão ser detectadas e os prevaricadores vão ser alvo de processos de contra-ordenação que irão dar, certamente, origem a pesadas coimas.
 
Quando atrás digo que parte das situações vão ser detectadas e não todas, tem a ver com o facto de nem todos os contribuintes consultarem o Portal das Finanças e, consequentemente, não verificarem as facturas em falta nem procederem ao seu registo.
 
A situação é grave porque o comerciante não comunica às Finanças facturas onde foi cobrada a taxa do IVA em vigor e, mais grave ainda, não entrega esses montantes recebidos ao Estado.
 
Na verdade, deparo com muitos contribuintes que não pedem facturas nem concordam com a medida. Esses contribuintes fazem o papel que interessa às Empresas e comerciantes que fogem ao fisco e, ao mesmo tempo, continuam a penalizar-se a si próprios, porque não havendo receitas de impostos suficientes para o Estado fazer face às despesas, haverá sempre o recurso ao agravamento dos impostos e, nesse caso, quem mais sofre, é o comum dos contribuintes, principalmente aquele que trabalha por conta de outrem.
 
Nessa conversa com a minha esposa, adivinhava que os infractores iriam ser detectados e penalizados e não me enganei. Hoje mesmo, tive acesso a esta notícia que faço questão de aqui deixar para informação de quem visita este blogue:
 
"A Autoridade Tributária e Aduaneira vai avançar com 7424 processos de contra-ordenação contra 5121 contribuintes que não comunicaram às finanças qualquer fatura emitida, nem entregaram a respetiva declaração de IVA, entre janeiro e outubro do ano passado.
 
A notícia é avançada pelo site do jornal Público que revela, de acordo com dados da Secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais, que os 5121 contribuintes foram detetados através da comunicação dos elementos das faturas efetuada pelas pessoas singulares adquirentes, ao inserirem esses dados no portal das Finanças, e pelo cruzamento das faturas emitidas pelas empresas em falta a outros agentes económicos.
 
Em causa estão 7424 processos de contra-ordenação que poderão dar origem a coimas, no mínimo, de 1,9 milhões de euros".

 

terça-feira, 8 de abril de 2014

GRANDE OPORTUNIDADE PARA O BENFICA VINGAR O PESADELO DA ÉPOCA PASSADA!!!

Imagem retirada do Google
 
Entre 10 de Abril, dia da realização da 2ª mão dos quartos de final da Liga Europa, em casa, com o AZ Alkmaar e 14 de Maio, data da final da Liga Europa, o Benfica tem 10 jogos para disputar, os quais correspondem a um calendário bastante apertado e do seu desfecho, resultará o sucesso ou o insucesso da época 2013/2014.
 
Foi precisamente neste período, na época transacta que o Sport Lisboa e Benfica se afundou e perdeu os três títulos que disputava: Campeonato Nacional para o Porto, Liga Europa para o Chelsea e Taça de Portugal para o Vitória de Guimarães. Foi realmente um fim de época decepcionante para os adeptos benfiquistas que não imaginavam semelhante fracasso.
 
De uma coisa, eu tenho a certeza, em função dos jogos que faltam e dos pontos que leva de avanço: o Benfica vai ser campeão esta época. Leva 15 pontos de avanço sobre o 3º classificado e já completamente arredado do título e 7 sobre o 2º classificado, o Sporting, quando faltam 4 jornadas e 12 pontos em disputa.
 
Se analisarmos com cuidado os jogos que faltam, verificamos que o Benfica vai jogar fora com o Arouca na próxima jornada e com o Porto na última. Depois, joga em casa com o Olhanense e Vitória de Setúbal, na  28ª e 29ª jornada. Destes 12 pontos, o Benfica precisa de conquistar 5, isto no caso do seu adversário directo ganhar todos os jogos que lhe falta disputar, 2 em casa, Gil Vicente e Estoril Praia e 2 fora, Belenenses e Nacional, tarefa que não me parece fácil.
 
Perante este cenário, o treinador do Benfica, embora não menosprezando o Campeonato que está praticamente ganho, pode agora gerir o plantel de forma a privilegiar as outras competições em que está inserido e com fortes possibilidades de as conquistar, casos da Liga Europa, Taça de Portugal e Taça da Liga.
 
O Benfica é dos Clubes de top, aquele que mais finais e meias-finais já perdeu, tanto a nível interno como externo. Há um treinador português que sempre afirmou: "as finais são para ganhar". No caso do Benfica, esta frase deve ser levada à letra e de uma vez por todas, começar a ganhar as finais, sejam elas nacionais ou internacionais.
 
O treinador do Benfica leva muitos anos de aprendizagem no futebol e os últimos 5, foram ao mais alto nível, pelo que deve ter tirado elucidativas ilacções dos erros que cometeu e que lhe valeram a perda de alguns títulos.
 
Neste final de época, uma vez mais, depende da actuação do treinador o sucesso da equipa. Se for capaz de definir muito bem os seus objectivos e souber incutir nos seus jogadores confiança, garra e ambição, é provável que venham a fazer um brilharete e a devolver aos benfiquistas a alegria que lhe roubaram no ano transacto.
 

segunda-feira, 7 de abril de 2014

MORREU EUGÉNIA LIMA


Eugénia Lima, na Associação de Moradores do Bairro das Calvanas, em Lisboa, no dia 6 de Novembro de 2011, num espectáculo de solidariedade, memorável.

Morreu na sexta-feira, dia 4 de Abril, ao fim da tarde, aos 88 anos de idade, na sua residência, em Rio Maior, a mais brilhante acordeonista portuguesa de todos os tempos, Eugénia Lima e o seu funeral realizou-se no domingo, dia 6 de Abril, da Capela Mortuária, onde foi rezada missa de corpo presente, para o cemitério de Rio Maior.
 
Eugénia Lima começou a tocar acordéon aos 4 anos de idade, provavelmente influenciada pelo seu pai que era um reputadíssimo afinador de acordéons e a sua estreia profissional e oficial, ocorreu em 1935, no Teatro Variedades, em Lisboa, integrada no elenco da revista "Peixe-Espada".
 
Nos últimos anos da sua vida, Eugénia Lima lutou contra a doença de Parkinson que lhe foi afectando os movimentos e a impediu de fazer o que mais gostava de fazer na vida: tocar acordéon.
 
Era uma pessoa amiga e solidária e a prova disso é que actuou por todo o País, nos mais diversos palcos, em espectáculos de solidariedade.
 
Deixou-nos aos 88 anos, depois de uma carreira longa e brilhante, para gozar da felicidade eterna.
 
Até sempre.
 


 

sexta-feira, 4 de abril de 2014

OS INCENDIÁRIOS - ATÉ NO INVERNO ACTUAM!!!



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2014 tem-se revelado um adversário poderoso contra os covardes criminosos que incendeiam as florestas de Portugal e queimam os bens e as vidas das pessoas.
 
No entanto e não obstante chover com intensidade quase todos os dias, os órgãos informativos noticiam fogos frequentemente e, por exemplo, na semana de 10 a 16 de Março, entre segunda e sexta-feira, ocorreram em todo o País cerca de 264 fogos, combatidos por 1.754 operacionais, apoiados por 527 viaturas!!!
 
É inacreditável!!! Em 5 dias, a maior parte dos quais, a chover copiosamente, 264 fogos oficialmente contabilizados!!!
 
Interrogo-me sobre o que vai acontecer quando a chuva parar e nos depararmos com temperaturas na ordem dos 25/35º? Por este andar, o próximo verão será novamente uma tragédia para as florestas, para os proprietários e para os bombeiros, a exemplo do que tem acontecido nos verões anteriores.
 
Mas de facto é inacreditável que em Janeiro, Fevereiro e Março, com o tempo impiedosamente chuvoso que se tem feito sentir, se verifiquem tantos incêndios. Tem de haver por esse País fora uma legião de loucos piromaníacos, ansiosos para satisfazer os seus ímpetos depravados, que espreitam todas as oportunidades para atear os fogos e se deleitam com a devastação das chamas.
 
O que têm feito, entretanto, as entidades responsáveis pela vigilância das florestas, para evitar este espectáculo trágico que todos os anos se repete?
 
Não seria muitíssimo melhor gastar na prevenção os milhões que ardem nas chamas? Não seria melhor gastar essas verbas astronómicas que todos os anos se perdem devoradas pelos incêndios, pagando às pessoas, em cada região ou município, para vigiarem e prevenirem os fogos postos?
 
O que se verifica, é que a cada ano que passa, ardem maiores áreas de floresta e campos de cultivo e depois, no rescaldo dos trágicos acontecimentos, as entidades responsáveis, discutem o problema e nunca chegam a nenhuma conclusão que evite novas tragédias, porque todos enjeitam responsabilidades e "sacodem a água do capote".
 
Para agravar ainda mais esta situação, todos os anos se verifica uma certa anarquia no combate aos incêndios porque, em minha opinião, há entidades a mais no comando das operações que se atrapalham, desautorizam e contradizem e, em alguns casos, para além da farda e da patente que ostentam, não percebem nada do assunto.
 
O governo deve intervir e disciplinar essas entidades e se necessário, punir e afastar os incompetentes, porque o País não pode continuar a assistir à devoração da sua floresta pelas chamas, uma riqueza incalculável que nunca mais será reposta, porque algumas espécies de árvores demoram dezenas de anos a formar-se.

Quanto aos incendiários, já que o castigo que eu lhes daria, não tem concretização legal no nosso País, é necessário que a justiça tenha a coragem de proferir sentenças adequadas que possam servir de exemplo àqueles que gostam de "brincar com o fogo".

quinta-feira, 3 de abril de 2014

BENFICA - SE FOR SÓ CAMPEÃO NACIONAL, SERÁ DECEPCIONANTE!!!



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Depois de 2 anos consecutivos em que o treinador Jorge Jesus falhou rotundamente nos momentos decisivos, perdendo para os seus adversários, alguns de muito menor valia, a conquista de diversos títulos, se esta época se ficar pela conquista do campeonato nacional, tal proeza não pode deixar de ser considerada um fracasso, porque isso significaria que não conquistaria a Taça de Portugal e a Taça da Liga ao Futebol Clube do Porto e que perderia igualmente a Liga Europa para qualquer das equipas ainda em prova.
 
Se o Benfica se sagrar Campeão Nacional com os 15 pontos de vantagem que leva sobre o Futebol Clube do Porto, não deixará de ser vexatório e humilhante para o treinador encarnado mas também para a Instituição Benfica, perder dois títulos para o rival nortenho que está a fazer uma época decepcionante, a pior dos últimos 30 anos e que provavelmente ficará em 3º lugar na tabela classificativa, a 15 pontos de distância.
 
E é preciso não afastar totalmente a hipótese de Benfica e Porto se encontrarem na final da Liga Europa, embora eu não acredite que tal aconteça, mas como o futebol não é uma ciência exacta, é melhor esperar para ver. O que eu quero dizer é que o treinador do Benfica deve estar preparado para essa hipótese, imbuído de forte motivação para ganhar essa final contra qualquer adversário.
 
Esta época, não por vingança mas por brio profissional, demonstrando dentro das quatro linhas ser efectivamente a melhor equipa do campeonato, o treinador do Benfica tem que ganhar todos os títulos em confronto directo com o rival azul e branco, pois só dessa forma limpará um pouco a imagem decepcionante deixada na última época.
 
O treinador Jorge Jesus, caso tenha aprendido alguma coisa com os gravíssimos erros cometidos em épocas transactas, deve motivar os seus jogadores, agora que o Campeonato está conquistado, para se empenharem na conquista das outras competições, pondo em campo todas as suas capacidades e lutando com coragem, determinação e inteligência.

Não esquecer que na época 2011/2012, o Benfica não ganhou nada e perdeu a meia-final da Liga Europa com o Sporting de Braga; já em 2012/2013, todos se recordam ainda do monumental descalabro: perdeu a meia-final da Taça da Liga para o Sporting de Braga, a final da Liga Europa para o Chelsea, a final da Taça de Portugal para o Vitória de Guimarães e o Campeonato para o Porto, quando seguia em 1º lugar a duas jornadas do fim, com 5 pontos de vantagem.

O Sport Lisboa e Benfica como enormíssima Instituição que é, merece uma época vitoriosa e merece empenho e esforço por parte dos seus atletas, de forma a aumentar o seu prestígio nacional e internacional com a conquista de novos títulos.

terça-feira, 1 de abril de 2014

"DIA DAS MENTIRAS" OU "DIA DE PENITÊNCIA"?


Imagem retirada do Google

Há muitas décadas atrás, nos tempos dos meus visavós, este título, "DIA DAS MENTIRAS", tinha toda a razão de ser, essencialmente, como escape e motivo para brincar, para pessoas que ao longo do ano conviviam num ambiente de verdade, aproveitando o dia 1 de Abril para brincar e pregar umas "petas" aos familiares e aos amigos mais chegados. Era uma tradição festejada todos os anos com brincadeiras mentirosas que acabavam sempre com sonoras gargalhadas do "mentiroso" e dos "enganados".
 
Actualmente, este "dia das mentiras" já não tem razão de ser, porque diariamente, ao longo do ano, a mentira faz parte do quotidiano das pessoas e está bem presente em todos os sectores da vida portuguesa.
 
No tempo dos meus visavós havia respeito e honestidade. Toda a gente honrava os acordos firmados, selados com um simples e vigoroso aperto de mão; a palavra dada era sagrada e ai daquele que a não cumprisse. Não havia escrituras notariais nem quaisquer outros documentos escritos para acautelar os negócios. Havia simplesmente a "palavra de honra" dos intervenientes nos negócios que era religiosamente cumprida.
 
Desde então tudo se degradou. O homem transformou-se num predador perigosíssimo e num mentiroso compulsivo, sem vergonha e sem escrúpulos, que deixou de honrar a sua palavra e de cumprir os compromissos assumidos, de nada valendo as pomposas escrituras notariais com fiadores e os documentos por si aceites e assinados. O homem não respeita nada nem ninguém. Para conseguir os seus intentos, inventa as mais inimagináveis mentiras e, se for necessário, até o pai e a mãe é capaz de incriminar!!!
 
É por tudo isso que o "dia das mentiras" já não tem aquele carácter brincalhão que as pessoas de bem aproveitavam, uma vez por ano, para pôr à prova a sua capacidade imaginativa de mentir e por isso, deixou de ter qualquer interesse, mesmo que lúdico, porque as pessoas, actualmente, não sabem fazer outra coisa senão mentir.

Em vez de "dia das mentiras", devia ser instituído um "dia de penitência" pelas mentiras de todo o ano.