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Morreu um grande patriota, um extraordinário militar e um homem brilhante. A doença que o minou foi mais forte do que a sua indómita vontade de a vencer e de viver, não permitindo que voltasse a sair com vida, do Hospital Militar, na Estrela, onde deu entrada para se tratar, acabando por sucumbir à doença, na madrugada do dia 27, domingo, cerca das 6 horas, com 76 anos de idade, em consequência de graves problemas respiratórios.
O Gereral Jaime Neves foi um militar exemplar, sempre disponível para servir o seu País, nos mais diferentes teatros de operações. Fez cinco comissões de serviço, em África e na Índia e em 25 de Novembro de 1975, na qualidade de Comandante do Regimento de Comandos da Amadora, liderou o ataque ao Quartel da Calçada da Ajuda, em Lisboa, obrigando à rendição das chefias da Polícia Militar, tendo por isso, acção preponderantíssima no insucesso do "golpe" mas também no colocar ponto final à influência da esquerda militar radical que conduziu ao fim do PREC.
Jaime Neves era um dos mais medalhados comandos do Exército e reformou-se com a patente de Coronel. Em 2009, por proposta do ex-Chefe de Estado Ramalho Eanes e do General Rocha Vieira, foi promovido a Major-General pelo Presidente da República, Cavaco Silva, com inteira justiça, tendo em conta a sua brilhante carreira militar e as suas ímpares qualidades humanas, sempre enaltecidas por todos os companheiros de armas que o conheceram e que com ele lidaram.
Como não podia deixar de ser, neste País de gente mesquinha e invejosa, a promoção causou grande polémica entre os militares e nas forças políticas de esquerda. Para todos os que o afrontaram com o veneno da sua inveja, o General Jaime Neves, teve, na altura, uma frase apropriada: "Os cães ladram, a caravana passa", não dando qualquer valor ou significado aos autores de tal contestação.
A minha admiração, o meu respeito e consideração por Jaime Neves é enorme e, por isso mesmo, fico triste com a sua morte. Como última homenagem, já que sou católico, rezo a Deus para que lhe conceda na vida que existe para além da morte, a felicidade eterna.