ANTI-JOGO
- O CANCRO DO FUTEBOL PORTUGUÊS
O "anti-jogo" é uma prática que torna o futebol um espectáculo feio e desagradável, sem chama e sem emoção. Assistimos a jogos que no final, contabilizado o tempo útil de jogo jogado, não vai além dos 35/40 minutos, menos de metade do tempo oficial de jogo. Os jogadores simulam faltas e lesões, retardam a marcação das faltas e usam um sem número de estratagemas para "queimar tempo" que os 4/5 minutos de tempo extra dado pela equipa de arbitragem não compensa o tempo perdido.
O anti-jogo" não acontece só nas provas oficiais dos respectivos Países, também acontece nas grandes competições mundiais, como se verificou agora no Mundial da Rússia, nomeadamente, no jogo Polónia/Japão, em que as equipas passaram os últimos 10/15 minutos a trocar a bola de forma passiva, sem qualquer intenção de visar a baliza adversária.
Porque é que a FIFA não acaba de vez com esta prática tão nociva para o espectáculo futebol? Não seria difícil acabar com o anti-jogo, caso a FIFA e a UEFA quisessem dar esse passo em favor da evolução e prestígio do Desporto-Rei. No Basquetebol, andebol, voleibol, hóquei em patins e outras modalidades desportivas, o cronómetro pára sempre que o jogo sofre interrupções, o relógio só avança e regista o tempo real de jogo. No futebol, deveria ser implementada a mesma metodologia e a partir daí, deixaria de haver qualquer interesse em "queimar tempo".
Poder-se-á questionar o facto de os actuais 90 minutos de jogo ser muito tempo e, nesse caso, teria que ser reduzido para 80 ou 70 minutos, jogando-se 35 ou 40 minutos em cada parte. O futebol ganharia com esta alteração, tornando-se mais dinâmico, vibrante e entusiástico, ingredientes que o povo muito aprecia.
Também o desempate através de grandes penalidades não é a melhor solução. Fazer depender o apuramento de um campeão da marcação de grandes penalidades, desvirtua a competição e não respeita o esforço dos jogadores. Após o prolongamento, se a igualdade subsistir, deve o jogo continuar até uma das equipas marcar o chamado "golo de ouro". Esta seria a forma mais justa para apurar o vencedor.
Há muitas coisas a melhorar e o Organismo máximo do futebol deve estar atento.