sexta-feira, 6 de julho de 2018

POR QUE ESPERA A FIFA PARA ACABAR COM O "ANTI-JOGO"?


ANTI-JOGO
- O CANCRO DO FUTEBOL PORTUGUÊS

O "anti-jogo" é uma prática que torna o futebol um espectáculo feio e desagradável, sem chama e sem emoção. Assistimos a jogos que no final, contabilizado o tempo útil de jogo jogado, não vai além dos 35/40 minutos, menos de metade do tempo oficial de jogo. Os jogadores simulam faltas e lesões, retardam a marcação das faltas e usam um sem número de estratagemas para "queimar tempo" que os 4/5 minutos de tempo extra dado pela equipa de arbitragem não compensa o tempo perdido.

O anti-jogo" não acontece só nas provas oficiais dos respectivos Países, também acontece nas grandes competições mundiais, como se verificou agora no Mundial da Rússia, nomeadamente, no jogo Polónia/Japão, em que as equipas passaram os últimos 10/15 minutos a trocar a bola de forma passiva, sem qualquer intenção de visar a baliza adversária.

Porque é que a FIFA não acaba de vez com esta prática tão nociva para o espectáculo futebol? Não seria difícil acabar com o anti-jogo, caso a FIFA e a UEFA quisessem dar esse passo em favor da evolução e prestígio do Desporto-Rei. No Basquetebol, andebol, voleibol, hóquei em patins e outras modalidades desportivas, o cronómetro pára sempre que o jogo sofre interrupções, o relógio só avança e regista o tempo real de jogo. No futebol, deveria ser implementada a mesma metodologia e a partir daí, deixaria de haver qualquer interesse em "queimar tempo".

Poder-se-á questionar o facto de os actuais 90 minutos de jogo ser muito tempo e, nesse caso, teria que ser reduzido para 80 ou 70 minutos, jogando-se 35 ou 40 minutos em cada parte. O futebol ganharia com esta alteração, tornando-se mais dinâmico, vibrante e entusiástico, ingredientes que o povo muito aprecia.

Também o desempate através de grandes penalidades não é a melhor solução. Fazer depender o apuramento de um campeão da marcação de grandes penalidades, desvirtua a competição e não respeita o esforço dos jogadores. Após o prolongamento, se a igualdade subsistir, deve o jogo continuar até uma das equipas marcar o chamado "golo de ouro". Esta seria a forma mais justa para apurar o vencedor.

Há muitas coisas a melhorar e o Organismo máximo do futebol deve estar atento.

quinta-feira, 5 de julho de 2018

MUNDIAL DA RÚSSIA - O "FAIR PLAY" COMO FACTOR DE DESEMPATE É UMA TRETA!!!

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Verificamos que neste Campeonato do Mundo de Futebol a decorrer na Rússia, se privilegiou o "fair play", ao ponto de o mesmo decidir, em caso de empate, apurar a equipa que tem menos cartões amarelos. É mais uma decisão carregada de enorme subjectividade, uma vez que não há uniformidade de critérios nas decisões da arbitragem.

No grupo de Portugal, por exemplo, o primeiro lugar foi atribuído à Espanha, em detrimento de Portugal, por a equipa das quinas ter visto mais cartões amarelos. 

Não sei se esta experiência é para continuar mas em nossa opinião é um erro utilizar tal prática porque a sua aplicação não é justa, uma vez que em muitas situações faltosas, merecedoras da amostragem do cartão amarelo e até vermelho, os mesmos não são exibidos. Porém, noutras circunstâncias, em situações normais, em que apenas se justificaria, quando muito, a marcação de uma falta, são exibidos cartões amarelos.

Por exemplo, no jogo Portugal/Espanha, Diego Costa marcou um golo a Portugal precedido de falta sobre Pepe, a cotovelada seria merecedora de cartão amarelo. Neste caso, pode dizer-se que Portugal foi duplamente penalizado, com um golo ilegal e um cartão amarelo que viria a influir na sua classificação. 

Mas Marrocos também não passou aos oitavos de final por causa dos cartões amarelos, tendo beneficiado desse factor o Japão que passou os últimos 15 minutos do jogo com a Polónia a trocar a bola no seu meio campo, sem arriscar um único ataque, porque o resultado lhe convinha. Será que todos os jogadores do Japão não mereciam ser admoestados com cartão amarelo? E episódios desta natureza não envergonham os patrões da FIFA? Em contrapartida, no outro jogo do grupo, Senegal e Colombia, lutavam com todas as suas forças para vencer o jogo, já que aos colombianos só a vitória interessava porque o Senegal tinha mais 1 ponto, 4 contra 3.

De facto, o "fair play" é uma treta e neste Mundial da Rússia mais uma vez ficou inequivocamente provado que assim é. Assistimos a simulações vergonhosas de faltas que não existiram. No jogo Portugal/Uruguai, vimos Luiz Suárez caído por terra durante longo tempo, agarrado à cabeça, simulando uma agressão, quando na realidade o jogador luso mal lhe tocou nas costas.

Toda a gente viu também o jogador do Irão a encenar uma pretensa agressão de Cristiano Ronaldo quando é o próprio jogador iraniano que começa por agarrá-lo, não tendo havido razão para a amostragem do cartão amarelo. E toda a gente viu também a vergonhosa pressão que toda a equipa do Irão exerceu sobre o árbitro, acabando por beneficiar de uma grande penalidade forçada, já que outras do género, bem mais claras, não foram marcadas, como por exemplo, no jogo Argentina/Nigéria.

Utilizar o "fair play" como factor de desempate num Campeonato do Mundo ou em qualquer outro evento futebolístico, é desvirtuar a verdade desportiva e brincar com a dignidade e o esforço dos jogadores.

quarta-feira, 4 de julho de 2018

AINDA O PROCESSO DE PEDOFILIA "CASA PIA"!

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O escândalo Casa Pia rebentou em finais de Novembro de 2002, por conseguinte, há cerca de 16 anos e começou a ser julgado cerca de 2 anos depois,  a 25 de Novembro de 2004 mas desde há muito que se ouviam rumores sobre o abuso dos menores à guarda da Casa Pia

Carlos Silvino foi o primeiro arguido a ser detido e poucos dias depois foram presos Carlos Cruz, Ferreira Dinis e Hugo Marçal.

No primeiro depoimento, a 16 de Dezembro de 2004, Carlos Silvino incriminou todos os arguidos e, mais tarde, os jovens também identificaram os arguidos e relataram detalhes dos abusos e dos locais onde os mesmos ocorreram. Nalguns casos, os jovens até descreveram características físicas dos abusadores, inclusivé determinados sinais situados na zona pélvica.

A 3 de Dezembro de 2010, cerca de 6 anos após o início do julgamento, o Colectivo de Juízes deu os factos como provados e ordenou a condenação de 6 dos 7 arguidos, absolvendo Gertrudes Nunes, a proprietária da casa de Elvas, onde também teriam ocorrido actos pedófilos com os menores casapianos. 

O período de julgamento foi longo e as defesas tiveram todo o tempo do mundo para provar a inocência dos arguidos. Porém, isso não se verificou em face da forte evidência das provas. 

Os arguidos negaram sempre os factos, antes e depois de serem condenados, excepto Carlos Silvino que confessou os abusos e revelou que também ele, enquanto jovem casapiano, foi vítima dos mesmos abusos. 

Clamando a sua inocência e não se conformando com o facto de ter sido condenado, Carlos Cruz recorreu para o TEDH (Tribunal Europeu dos Direitos do Homem), que agora lhe vem dar razão num dos pontos em que se queixa de o Tribunal não ter ouvido algumas testemunhas que pretendiam alterar os seus depoimentos, matéria que não põe em causa o julgamento e os crimes que lhe são imputados.

Quem acompanhou as notícias sobre o Processo de Pedofilia da Casa Pia creio que ficou esclarecido quanto à culpabilidade ou não culpabilidade dos arguidos. todo o mundo ouviu e viu relatos impressionantes das vítimas que até implicaram abusadores que não chegaram a ser constituídos arguidos e outros que o foram, acabaram por ser inocentados pela justiça. Toda a gente ficou com a ideia de que as crianças não mentiram e a prová-lo está o facto de que algumas personalidades processaram as crianças por difamação e o tribunal não lhes deu razão. Por outro lado, também ninguém acredita que o Colectivo  dos Juízes tenha tido alguma dúvida sobre a sentença que proferiu. Se a tivessem, então em caso de dúvida, teriam absolvido os arguidos.

"O Processo de Pedofilia Casa Pia foi o resultado de uma fantasia colectiva dos alunos casapianos"! Para quem proferiu esta frase, a pedofilia na Casa Pia não existiu e é tudo fruto da fantasiosa imaginação dos jovens abusados! Uma defesa que utiliza este ridículo argumento, sem pés nem cabeça, para além de atentar contra a inteligência das pessoas, é também desprestigiante para a classe.

Quem comete um crime pode e deve regenerar-se e merecer a compreensão e o perdão da sociedade, se tiver a humildade de confessar que errou, mostrar arrependimento e depois pedir desculpa àqueles a quem fez mal e causou dor e sofrimento. Quem nega os crimes que praticou nunca poderá regenerar-se e terá sempre um enorme pesadelo na consciência.