Uma família programa a sua vida e administra a sua casa em função dos rendimentos que aufere mensal ou anualmente e fá-lo com a devida antecedência. Se por qualquer circunstância esses valores sofrerem algum corte significativo, pode colocar em risco o planeamento feito e causar incumprimentos que podem acarretar graves problemas a essa família.
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Se nos lembrarmos que o Executivo liderado por Pedro Passos Coelho decretou que este ano, os funcionários públicos não irão receber subsídio de férias e de natal, imaginem o impacto negativo que tal medida irá causar no orçamento de milhares de famílias portuguesas!
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É do conhecimento geral que a maioria dos que agora vão ser privados do 13º e do 14º mês, utilizavam as respectivas importâncias para tapar todo o tipo de buracos que iam surgindo ao longo do ano e, mesmo assim, alguns ficavam por tapar.
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Agora atentem no caso em que os dois membros de um casal são funcionários públicos e, por isso mesmo, penalizados a dobrar. Imaginem que por hipótese os funcionários em questão ganham 1.250 euros mensais cada um e contas feitas, facilmente se chega à conclusão que os dois elementos do casal vão sofrer uma redução nos seus proventos anuais equivalente a 5.000 euros. Cinco mil euros!
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Passará pela cabeça de alguém que uma redução tão significativa nos rendimentos de uma família, não causará sérios problemas?
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E se essa família não puder honrar os seus compromissos, em montante equivalente ao confiscado pelo Governo, as autoridades vão porventura ter em conta esse facto? Claro que não. Se não cumprir, essa família, vai ter problemas com a justiça e os seus bens vão ser penhorados.
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Seria lógico, racional e intuitivo que nos casos em que os dois elementos do casal são funcionários, apenas um fosse atingido no corte dos subsídios. Dividia-se o mal pelas aldeias e evitavam-se muitas dificuldades a quem vive exclusivamente do ordenado.
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A insensibilidade dos governantes é de facto gigantesca, não tendo acautelado estas situações e outras ainda mais gritantes pois tenho a certeza que há famílias em que há mais de dois elementos que são funcionários públicos!
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Não é justa esta cega política governativa e o povo português não merecia tão maus governantes.