sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

HÁ TSUNAMIS & TSUNAMIS

Ainda está bem vivo na memória da população mundial, o devastador tsunami que surpreendeu alguns Países da Ásia, naquela fatídica manhã do dia 26 de Dezembro de 2004, espalhando nas zonas atingidas, um rasto de destruição, pânico e morte. Recordar que nos treze Países atingidos, uns mais do que outros, perderam a vida cerca de 250.000 pessoas! Uma enorme tragédia que levou o sofrimento a muitas famílias em muitos pontos do Mundo mas que atingiu com maior intensidade uma imensidão de lares asiáticos.

O Homem, um ser dotado de um queficiente elevado de inteligência, ainda não deu passos suficientes na Ciência que lhe permitam detectar com antecedência estes fenómenos da natureza, de forma a prevenir, em tempo útil, as populações das áreas atingidas e evitar, pelo menos, a perda de tantas vidas humanas.

Nesta enorme catástrofe, o homem foi completamente vencido por um fenómeno da natureza que tinha obrigação de detectar com alguma antecedência e permitiu que centenas de milhar de pessoas fossem surpreendidas com a fúria de gigantescas ondas assassinas, provocadas por um terramoto ao largo da Ilha de Sumatra, em pleno mar, na extremidade norte da Província de Aceh.

Recentemente ocorreu um outro gigantesco tsunami que fez tremer o mundo mas desta vez, não teve origem em nenhum terramoto ocorrido ao nível do leito do mar, provocado por movimentos tectónicos. O epicentro, desta vez, situou-se num conjunto de instituições financeiras de dimensão mundial que as suas Administrações, de forma leviana e irresponsável, movidas pelo lucro fácil, conduziram à falência, através de fraudes gigantescas e prática de negócios especulativos de alto risco.

Neste tsunami de fraudes e desfalques financeiros de proporções nunca antes verificadas, os prejuízos são catastróficos, ao ponto de provocarem instabilidade nos Governos de alguns Países e até a sua queda. Grandes instituições bancárias em todo o Mundo caíram numa situação de insolvência, quase falência e foram salvas pela intervenção do Estado, através do empréstimo de grandes somas em dinheiro e por via de tudo isso, a Europa e os Estados Unidos da América entraram em recessão, provocando o desemprego a milhões de trabalhadores e arrastando milhares e milhares de famílias para a miséria.
Embora sendo tsunamis de origens bem diferentes, uma coisa têm em comum: num e noutro caso, a supervisão do homem falhou estrondosamente. Se no primeiro, a ciência ainda não avançou o suficiente para evitar catástrofes como a ocorrida em 26.12.2004, já no segundo, o homem possui todos os ingredientes necessários para efectuar uma fiscalização eficaz e não o fez.
Neste devastador tsunami que delapidou a economia mundial, há uma quantidade enorme de agentes envolvidos que não fizeram bem o seu trabalho, por desleixo ou má fé. É imperioso que seja apurada a quota parte de responsabilidade desses agentes e, ao mesmo tempo que seja feita justiça. É o mínimo que se espera das autoridades competentes de cada País.
Aqui em Portugal, assiste-se ao mesmo filme de sempre: Aqueles que têm culpas no cartório, sacodem a água do capote e juram a pés juntos que fizeram tudo quanto lhes era possível. Mesmo quando aparecem documentos ou informações comprometedoras, continuam a jurar que é mentira e que se pretende com tais mentiras manchar o seu bom nome, que é uma campanha negra, etc. Os inquéritos e investigações não chegam a lado nenhum, quando dos mesmos fazem parte agentes do Governo, políticos, magistrados e outras personalidades importantes, nunca se sabendo a verdade.
Por este andar, não nos espanta que em Portugal, mais uma vez não haja culpados e que no próximo dia 10 de Junho, o Senhor Presidente da República ainda venha a condecorar alguns dos agentes que por desleixo ou má fé, não fizeram bem o seu trabalho.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

QUE GRANDE MINA!!!

Neste País já vi e assisti a tantas coisas bizarras que já nada me surpreende. Mesmo assim, às vezes ainda nos indignamos com determinadas práticas com que deparamos no dia-a-dia.
Recentemente, para poder acompanhar de perto um familiar que foi internado no Hospital de Santa Maria, fui obrigado a servir-me de um dos parques de estacionamento existentes naquela Unidade Hospitalar.
No primeiro dia quando me dirigi à máquina para pagar, esta apresentou-me uma importância de 6,40 €. Fiz as contas tempo/dinheiro e verifiquei que cada hora me custou 1,20 €. Claro que achei esta importância uma exorbitância e não deixei de pensar que o negócio dos parques de estacionamento é uma grande mina, tanto mais que neste caso nem sequer houve grandes investimentos uma vez que o seu perímetro é demarcado por uns blocos de cimento.
Pagar 1.20 € por hora num parque de estacionamento ao ar livre, com espaços reduzidos para estacionar e manobrar, praticamente sem investimento e sem manutenção, é obra!
Pessoalmente, não tenho condições económicas que me permitam utilizar estes parques de estacionamento do Hospital Santa Maria e, por isso, passei a deixar o carro a cerca de mil metros de distância.
Embora resolvendo o problema desta maneira, não resisto à tentação de perguntar: não será exagerado cobrar 1,20 € por cada hora de estacionamento? Já repararam que as pessoas que ali vão estacionar, na sua grande maioria, vão visitar familiares ou amigos doentes e dar-lhes apoio e assistência?
Não haverá leis adequadas no País que regulem este negócio da china?

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

O mais odiado Presidente dos EUA, saiu de cena

O mais odiado Presidente dos Estados Unidos da América, saiu de cena no passado dia 20 de Janeiro de 2009.
A América e o Mundo, em geral, respiraram de alívio com o fim do mandato presidencial do Senhor da Guerra.

Porém, é preciso não esquecer que o 11 de Setembro de 2001 marcou decisivamente a sua actuação e condicionou o seu mandato como Presidente.

Nenhum Governante de qualquer País do Mundo poderia ficar indiferente e inactivo perante o ataque terrorista perpetrado sobre as Torres Gémeas (World Trad Center), Pentágono e Casa Branca, embora este último alvo tenha falhado.

O ataque foi gigantesco, brutal e horrorizou o Mundo.

A América, o País mais poderoso do Mundo, acabava de ser atingida em pleno coração, por um grupo de terroristas ao serviço da Al-Qaeda, liderada por Bin Laden, servindo-se de aviões de passageiros das Linhas Aéreas Americanas, sequestrados e desviados para atingir alvos previamente determinados. E mais espantoso ainda: os pilotos terroristas estudaram e tiraram os seus cursos de navegação aérea na própria América!
A concretização deste monstruoso atentado, inimaginável para a Nação americana, constituiu uma gigantesca humilhação para a Administração Americana e para o seu Presidente que de seguida, impelido pelo desejo de vingança, cometeu uma série de erros que custaram caro aos EUA e aos seus aliados.

George W Bush jurou que iria perseguir os terroristas onde quer que se encontrassem e que não descansaria enquanto não capturasse os culpados e os julgasse.

O Presidente da América tomou inúmeras decisões, algumas acertadas e outras nem por isso, sendo a invasão do Iraque, provavelmente, o maior erro cometido e aquele que lhe causou maior desgaste, descrédito e desprestígio.

Uma coisa é certa, os terroristas fundamentalistas ligados à Al-Qaeda ou a qualquer outra organização do género, das muitas que existem em todo o Mundo, não acabaram e não penso que estejam dispostos a prestar vassalagem ao novo Presidente Barack Obama. Se lhes derem oportunidade, continuarão a planear e a perpetrar atentados contra os interesses da América e de outros Países, em qualquer parte do Globo.

Que se desenganem aqueles que vêm no novo Presidente da América o salvador do Mundo, capaz de acabar milagrosamente com o terrorismo, com os inúmeros conflitos existentes entre países soberanos e com a maior crise económica à escala global, desde a Segunda Guerra Mundial.

Obama terá enorme vontade de intervir positivamente e com sucesso nos graves problemas referidos mas a solução não depende só da sua vontade, obedece a muitos outros factores que não pode controlar.

A sua capacidade e inteligência vai ser posta todos os dias à prova e seria óptimo que todos aqueles que em si depositaram tanta esperança, não viessem a sofrer amargas desilusões, a curto ou a médio prazo. Seria um bom sinal para todos os que nele acreditaram mas também para aqueles que não confiaram na sua capacidade de liderança.

Quanto a Bush, seria óptimo que nos próximos anos não se ouvisse falar do seu nome porque isso significaria que o seu sucessor o fez esquecer e que as suas medidas foram coroadas de sucesso na América e no Mundo.

Aguardemos os próximos meses, para podermos avaliar o desempenho do jovem Presidente dos Estados Unidos da América, quando for feito um balanço sobre o seu mandato presidencial, por pessoas entendidas na matéria.

domingo, 25 de janeiro de 2009

CAIU O CARMO E A TRINDADE...

Caiu o Carmo e a Trindade com a arbitragem do Senhor Paulo Baptista no jogo Benfica/Sporting de Braga, da jornada 15, pelo facto de o Benfica ter marcado um golo em posição de fora-de-jogo e não ter sido marcada uma grande penalidade a favor do Braga.

Os comentadores desportivos nem sequer se deram ao trabalho de analisar alguns lances que prejudicaram o Benfica, nomeadamente algumas faltas por marcar, penalti sobre Suazo e um fora de jogo escandaloso que poderia ter dado golo. Esses mesmos comentadores desportivos também não se deram ao trabalho de lembrar outras arbitragens escandalosas como por exemplo a do jogo F. C. Porto/Leixões, dirigido, curiosamente, pelo mesmo árbitro Paulo Baptista, em que foi anulado um golo limpo, não foi marcado um penalti descarado e foi assinalado um fora de jogo escandaloso que daria golo, tudo em prejuízo do Leixões. Para além disso, o F. C. Porto foi beneficiado nos jogos com o Belenenses, Sporting, Naval, Guimarães e Marítimo, tendo sido apenas prejudicado no jogo com o Rio Ave.

O treinador do Sporting de Braga ajudou à festa ao afirmar que em 20 anos de carreira como treinador, nunca tinha assistido a tamanho roubo, sendo imitado pelo Presidente do Clube que fez o mesmo tipo de declarações.

Também o Treinador do Futebol Clube do Porto, aproveitando a maré do bota abaixo, afirmou no final do Jogo com o Trofense que enquanto o Porto tinha sido prejudicado, um outro concorrente directo tinha sido beneficiado, numa alusão ao jogo da Luz. Já sobre o jogo que ia disputar com o Sporting de Braga, foi categórico: "não estamos interessados em pagar facturas que não nos dizem respeito. Isso não". E sobre o árbitro nomeado, Paulo Costa, o treinador tem também um tirada interessante: "é um árbitro experiente e entende tudo o que se está a passar".

Em resultado de toda esta polémica, convem recordar o que aconteceu na última jornada da primeira volta: O Futebol Clube do Porto foi a Braga construir uma vitória, obtendo o primeiro golo em claríssimo fora-de-jogo e como se isso não bastasse, a equipa de arbitragem ainda lhe perdoou dois penaltis. Uma possível derrota, foi transformada em vitória, somando os três pontinhos da ordem na tabela classificativa.
De facto, a referência elogiosa feita à experiência e inteligência do árbitro por Jesualdo Ferreira, revelaram-se palavras sábias porque, como veio a verificar-se, o árbitro entendeu perfeitamente aquilo que ele queria dizer e agiu em conformidade.

Enquanto isso, no Restelo, quem assistiu ao jogo pôde verificar que o Benfica foi prejudicado, a partir do momento em que o Senhor árbitro fez vista grossa a pelo menos dois pemaltis, não esquecendo uma entrada duríssima sobre Di Maria que foi quase de imediato substituído e cujo autor beneficiou de completa impunidade por parte do árbitro. Foi, por conseguinte, uma vitória transformada em empate, tal como tinha acontecido no jogo com o Nacional, não esquecendo que o Benfica tem fortes razões de queixa da arbitragem, nos jogos disputados com o Rio Ave, P. Ferreira, Sporting, Leixões, Guimarães, Setúbal e Marítimo, traduzindo-se estas queixas, no mínimo, em oito pontos a menos na tabela classificativa, suficientes para continuar em primeiro, mesmo subtraindo os eventuais dois ou três pontos do jogo disputado com o Sporting de Braga.
Moral da história: O Futebol Clube do Porto para chegar à liderança, necessitou de uma arbitragem escandalosa em Braga e outra grande ajuda no Restelo. Só a conjugação dessas duas péssimas arbitragens de Paulo Costa e Elmano Santos, permitiram que o FCP passasse a comandar a classificação com um ponto de avanço.

A velha táctica de pressionar os árbitros antes dos jogos, para alguns clubes dá resultados. Achincalham-nos quando têm uma prestação menos feliz nos jogos que não lhes dizem respeito e depois quando são escandalosamente beneficiados, saem a terreiro em sua defesa, dizendo que errar é humano e que se deixem os árbitros em paz. Esta postura é reprovável e deve ser censurada e denunciada. Enquanto houver dirigentes desta natureza que protestam e insultam os agentes da arbitragem quando se sentem prejudicados e depois se calam ou os elogiam quando são beneficiados, o futebol português não poderá evoluir para um patamar superior, será motivo de guerrilha constante entre clubes e as Entidades que o dirigem e transmite para o Mundo um vergonhoso postal ilustrado da modalidade, o que é pena porque o Campeonato Português tem excelentes praticantes, óptimas estruturas e equipamentos e podia ser um dos melhores da Europa.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

O MELHOR DO MUNDO É PORTUGUÊS

Que extraordinário feito do jogador português Cristiano Ronaldo que ao longo da época 2007/2008 ganhou todos os prémios que havia para ganhar!
Tão inequívoca e brilhante actuação dissipou, desde logo, todas as dúvidas, naqueles que iriam participar na votação final, atribuindo-lhe, por larga margem, a vitória.

Cristiano Ronaldo é um vencedor nato porque é muito exigente consigo próprio e deseja fazer sempre mais e melhor.

É um grande exemplo para os jovens de todo o Mundo mas especialmente para os seus compatriotas, a quem Cristiano Ronaldo demonstrou que quando a ambição e o querer são tão grandes como o sonho, não há barreira que impeça o mais comum dos mortais de o conseguir.

Cristiano Ronaldo é um atleta de eleição, um perfeccionista que ama a sua profissão e sente grande prazer a praticá-la.

Essa sua forma tão responsável e séria de encarar a profissão, proporcionou-lhe, aos 23 anos de idade, ganhar todos os prémios mais importantes a que um jogador aspira no mundo do futebol, de forma muito convincente, sempre a grande distância do segundo classificado.

O título de melhor jogador do Mundo, a maior e mais ambicionada distinção para um futebolista, foi também indiscutível, tão grande foi a diferença de votos entre ele e o segundo classificado.

Cristiano Ronaldo tem tudo para continuar instalado nos lugares cimeiros do futebol mundial e a ganhar os mais apetecidos prémios, desde que continue a ser exigente consigo próprio, respeite a sua profissão e seja bafejado pela sorte quanto a lesões complicadas.

Em termos de responsabilidade, Cristiano Ronaldo deu mais uma lição na noite em que era consagrado como o melhor do Mundo quando respondeu a uma pergunta do jornalista se ia comemorar pela noite fora: "não tenho tempo para grandes comemorações, porque tenho que ir já para o aeroporto pois na quarta-feita tenho um jogo importante onde quero participar".

No futuro, sempre que a sua profissão lho permitisse, gostaria de ver Cristiano Ronaldo associado a grandes eventos sociais, em todo o Mundo. A enorme projecção e prestígio mundial que o seu nome alcançou deve ser rentabilizado em favor de Organizações Humanitárias que se dedicam a minorar o sofrimento de milhões de pessoas. Conhecendo a sua forma de estar na vida, não tenho dúvidas que Cristiano Ronaldo saberá dar os passos necessários nesse sentido.

Quero também nesta crónica deixar registadas as palavras de Xavi, um grande jogador e profissional de futebol que quando o jornalista lhe perguntou se pensava um dia ser eleito o melhor do mundo, respondeu com a pureza e a simplicidade de uma criança: "na minha opinião foi um prémio muito justo para Cristiano Ronaldo, claro. Se eu poderei ganhar um dia? Sinceramente acho que jamais ganharei. Já foi uma honra estar aqui. O que se passa é que sou um jogador de equipa, de colectivo, é difícil distinguir-me ao ponto de merecer ganhar um troféu assim".