Imagem retirada do Google
Até agora, a Justiça tem andado de cu à mostra; veremos se no futuro, para bem do País e dos Portugueses, consegue tapar o cu.
Os recentes acontecimentos provam o quão difícil é compreender o povo. Se a Justiça não funciona e não apura responsabilidades, o povo reclama e manifesta-se negativamente contra essa mesma Justiça; mas por outro lado, se a Justiça funciona e apura responsabilidades, sem se importar com o estatuto dos implicados, assistimos a declarações patéticas e sem sentido, em sua defesa e fortes críticas à Justiça.
A detenção do ex-Primeiro-Ministro José Sócrates, acusado de corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal qualificada, veio uma vez mais demonstrar que o povo é a favor ou contra a Justiça, consoante os arguidos que estão em causa. Afinal o povo nem para si é bom e, relativamente a certas pessoas, nem sequer se interessa que seja escandalosamente roubado através de actos de corrupção e vergonhosos esquemas fraudulentos que delapidam as finanças públicas e, consequentemente, o dinheiro dos impostos dos contribuintes, do povo.
É preso por ter cão e preso por não ter. Nestas alturas, é impossível não relembrar aquela velha história, sempre tão actual, do velho, o rapaz e o burro, lembram-se?
As pessoas achavam mal se os dois (rapaz e velho) iam a pé e levavam o burro pela rédea; achavam mal se o velho ia montado e o rapaz a pé; achavam igualmente mal se o rapaz ia montado no burro e o velho ia a pé; e, finalmente, também achavam mal se os dois carregavam o burro às costas. Moral da história: em nenhuma situação é possível contentar o povo.
Esta falta de racionalidade e unanimidade do povo relativamente aos criminosos, é a principal causa da ineficácia da Justiça porque, em democracia, seria impossível que essa cambada de corruptos que por aí andam à solta, escapasse à Justiça, caso o povo actuasse em sintonia, exigindo justiça.
Se a Justiça não tem desempenhado eficazmente o seu papel de "fazer justiça", ao longo de todos estes anos de democracia, em meu entender, o povo também tem, nesse aspecto, uma boa quota parte de responsabilidade.
O POVO devia imitar o grande líder indiano que foi Mahatma Gandhi e o nobre conceito que ele tinha da Justiça: "Se agir contra a JUSTIÇA... a INJUSTIÇA é minha".
Esta falta de racionalidade e unanimidade do povo relativamente aos criminosos, é a principal causa da ineficácia da Justiça porque, em democracia, seria impossível que essa cambada de corruptos que por aí andam à solta, escapasse à Justiça, caso o povo actuasse em sintonia, exigindo justiça.
Se a Justiça não tem desempenhado eficazmente o seu papel de "fazer justiça", ao longo de todos estes anos de democracia, em meu entender, o povo também tem, nesse aspecto, uma boa quota parte de responsabilidade.
O POVO devia imitar o grande líder indiano que foi Mahatma Gandhi e o nobre conceito que ele tinha da Justiça: "Se agir contra a JUSTIÇA... a INJUSTIÇA é minha".