domingo, 30 de novembro de 2014

É MUITO DIFÍCIL COMPREENDER O POVO!...

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Até agora, a Justiça tem andado de cu à mostra; veremos se no futuro, para bem do País e dos Portugueses, consegue tapar o cu.

Os recentes acontecimentos provam o quão difícil é compreender o povo. Se a Justiça não funciona e não apura responsabilidades, o povo reclama e manifesta-se negativamente contra essa mesma Justiça; mas por outro lado, se a Justiça funciona e apura responsabilidades, sem se importar com o estatuto dos implicados, assistimos a declarações patéticas e sem sentido, em sua defesa e fortes críticas à Justiça.

A detenção do ex-Primeiro-Ministro José Sócrates, acusado de corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal qualificada, veio uma vez mais demonstrar que o povo é a favor ou contra a Justiça, consoante os arguidos que estão em causa. Afinal o povo nem para si é bom e, relativamente a certas pessoas, nem sequer se interessa que seja escandalosamente roubado através de actos de corrupção e vergonhosos esquemas fraudulentos que delapidam as finanças públicas e, consequentemente, o dinheiro dos impostos dos contribuintes, do povo.
 
É preso por ter cão e preso por não ter. Nestas alturas, é impossível não relembrar aquela velha história, sempre tão actual, do velho, o rapaz e o burro, lembram-se?
 
As pessoas achavam mal se os dois (rapaz e velho) iam a pé e levavam o burro pela rédea; achavam mal se o velho ia montado e o rapaz a pé; achavam igualmente mal se o rapaz ia montado no burro e o velho ia a pé; e, finalmente, também achavam mal se os dois carregavam o burro às costas. Moral da história: em nenhuma situação é possível contentar o povo.

Esta falta de racionalidade e unanimidade do povo relativamente aos criminosos, é a principal causa da ineficácia da Justiça porque, em democracia, seria impossível que essa cambada de corruptos que por aí andam à solta, escapasse à Justiça, caso o povo actuasse em sintonia, exigindo justiça.

Se a Justiça não tem desempenhado eficazmente o seu papel de "fazer justiça", ao longo de todos estes anos de democracia, em meu entender, o povo também tem, nesse aspecto, uma boa quota parte de responsabilidade.

O POVO devia imitar o grande líder indiano que foi Mahatma Gandhi e o nobre conceito que ele tinha da Justiça: "Se agir contra a JUSTIÇA... a INJUSTIÇA é minha".
 

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

JORGE SAMPAIO PRECIPITOU A CRISE ECONÓMICA DO PAÍS COM A DISSOLUÇÃO DO PARLAMENTO EM DEZEMBRO DE 2004

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O ex-Presidente da República Jorge Sampaio foi decisivo na construção da crise económica que se instaurou no País, a partir do final do primeiro mandato de José Sócrates, quando em 30 de Novembro de 2004 anunciou a dissolução do Parlamento e a convocação de eleições antecipadas, invocando como motivo principal que "desde a posse do Executivo, em Julho, o país assistiu a uma série de episódios que ensombrou decisivamente a credibilidade do Governo". Ficámos então a saber que a razão principal foi a  "a falta de credibilidade" do então Governo liderado por Pedro Santana Lopes, e na comunicação ao País de 10 de Dezembro de 2004 disse sobre o assunto: «Entendi que a manutenção em funções do Governo significaria a manutenção da instabilidade e da inconsistência. Entendi, ainda, que se tinha esgotado a capacidade da maioria parlamentar para gerar novos governos».
 
Acontece que Jorge Sampaio não só impediu Pedro Santana Lopes de continuar a governar como ajudou a denegriu o seu nome, como era necessário, para promover o camarada José Sócrates que haveria de ganhar as eleições legislativas antecipadas realizadas em 24 de Fevereiro de 2005.
 
Na época, como hoje, considerei que não havia razões que justificassem, por parte do então Presidente da República, o recurso à "bomba atómica", solução que só deve ser adoptada para derrubar um Governo, em casos muitíssimo graves, o que não foi o caso, pois que eu saiba, o Primeiro-Ministro de então e a sua equipa governativa, não foram acusados de actos de corrupção, gestão danosa, branqueamento de capitais, fraude fiscal qualificada, falsificação de documentos, traição à Pátria ou qualquer outro crime de enorme gravidade.
 
É preciso recordar que esta sentença condenatória, foi decretada a um governo sólido, com maioria absoluta no Parlamento e que, no entender de muita gente, tinha todas as condições para continuar a dirigir os destinos do País, talvez até com mais rigor, competência, responsabilidade e eficácia do que veio a verificar-se com a governação de José Sócrates.
 
Em bom rigor, o ex-Presidente da República não tinha motivos claros e inequívocos para tomar a decisão que tomou. Fê-lo apenas porque na qualidade de ex-Secretário-Geral do Partido Socialista e um dos seus mais proeminentes membros, não resistiu à tentação de aproveitar tão soberana ocasião para reabilitar o Partido e oferecer-lhe de bandeja a hipótese de voltar à área da governação.
 
Foi isso que aconteceu, nada mais. Sócrates iniciou uma fase de divinização, adorado por todos, e sem nunca ter feito nada de jeito na vida, é eleito Secretário-Geral do PS em Setembro de 2004 e 5 meses depois, torna-se Primeiro-Ministro, ao ganhar as eleições legislativas antecipadas, com maioria absoluta, num confronto desigual com um adversário que tentaram "assassinar" politicamente.
 
Aliás, fiquei com a ideia que o ex-Presidente da República não marcou imediatamente eleições legislativas após o pedido de cessação de funções de Durão Barroso para ser investido no cargo de Presidente da Comissão Europeia, porque à data, o Partido Socialista andava à deriva, sem Secretário-Geral, o que só veio a acontecer a 24 de Setembro com a eleição de Sócrates. A partir daí, Sampaio apenas esperou que o PS se organizasse, mantendo o Governo a queimar em lume brando e logo que teve a percepção do sucesso de Sócrates, não perdeu tempo e dissolveu o Parlamento, utilizando uma débil justificação para o fazer.
 
Por mim, não tenho qualquer dúvida acerca de quem foi mais responsável na errada ascensão meteórica de José Sócrates, pormenor enganador que o levou pateticamente ao convencimento de que era "o maior" e podia fazer tudo o que lhe desse na real gana. Daí nasceu também, a sua arrogante postura, má criação, falta de humildade e ódio por aqueles que o criticavam, fazendo jus ao apelido por que era conhecido: "animal feroz".
 
Mas voltando à ideia inicial sobre a culpabilidade de Jorge Sampaio na grave crise económica que se instaurou no País durante a governação de José Sócrates, reafirmo convicto que a mesma está relacionada com a dissolução do Parlamento, um acto de extrema irresponsabilidade, uma vez que não havia motivos para demitir um Governo de maioria sólida, que estava a dar os primeiros passos e a tentar encontrar o rumo certo para Portugal. Santana Lopes tinha tomado posse no dia 17.07.2004 como Primeiro-Ministro do XVI Governo Constitucional, tendo 4 meses de governação quando foi anunciada a dissolução.
 
Pois bem, Sampaio tem agora que tirar as respectivas ilacções, não só acerca da governação do camarada que levou ao colo até à cadeira do poder, mas também acerca do homem que favoreceu e defendeu com unhas e dentes durante o seu desastrado reinado e que no momento, se encontra a contas com a justiça e em prisão preventiva, acusado de corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal qualificada.
 
Temo, porém, que Jorge Sampaio, não pretenda tirar qualquer lição ou ilacção dos actos que praticou e dar conta deles aos portugueses, porque ainda recentemente se juntou a personalidades como Mário Soares, Almeida Santos, Manuel Alegre e outros camaradas do Partido, para apoiar e ajudar o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa a "correr" com António José Seguro do lugar de Secretário-Geral do Partido, depois de este ter ganho todas as eleições em que o Partido Socialista esteve envolvido.
 
São negócios políticos complicados que nem todos entendem, mas os seus autores sabem muito bem porque os fazem.

 

ANTÓNIO JOSÉ SEGURO - ELE ESTAVA CERTO! OS ÚLTIMOS ACONTECIMENTOS PROVAM-NO!


 Como eles eram tão amigos!...
 
Os seguidores de António José Seguro (AJS), o ex-Secretário-Geral do Partido Socialista, são com certeza, neste momento, no universo de filiados e simpatizantes socialistas, aqueles que menos "tristes", "consternados" e "chocados" estarão com a detenção e prisão preventiva de Sócrates, ex-Secretário-Geral do PS e ex-Primeiro-Ministro, na medida em que AJS, deposto oportunisticamente por um movimento popular afecto a António Costa, tudo fez para se demarcar das catastróficas políticas governativas do seu antecessor, distanciando-se também, ao mesmo tempo, do seu carácter irrascível e irreverente com que brindou os portugueses ao longo da sua carreira política.
 
A actuação de AJS foi pautada pela decência e grande nobreza de carácter e, politicamente falando, foi ponderado, moderado e inteligente, mesmo quando pressionado e criticado por alguns sectores do Partido, porque ele sabia que qualquer líder socialista que se colasse à governação Sócrates, teria sempre grandes problemas no confronto com a oposição, ao tentar atribuir-lhe mérito e vantagens para o País, uma vez que a mesma se traduziu num enorme desastre nacional, mercê da concretização de uma infinidade de actos administrativos disparatados e sem sentido que delapidaram o erário público e conduziram ao resgate financeiro, o qual está a ser pago por todos os portugueses à custa de pesados sacrifícios
 
AJS soube, com louvável sagacidade e grande lucidez, ao contrário de outros camaradas socialistas, seguidistas da política socrática, separar a pesadíssima herança governativa do ex-Primeiro-Ministro, dos verdadeiros interesses do Partido e do País, mas teve contra si a concertada interferência dos notáveis, com Mário Soares à cabeça, acolitado por Jorge Sampaio, Almeida Santos, Manuel Alegre e tantos outros que infelizmente, para o bem e para o mal, neste caso para o mal, têm essa capacidade para influenciar as decisões do Partido e, como tal, promoveram, sem surpresa, o autarca lisboeta a secretário-geral do PS.
 
Pela forma inesperada e pouco ética como aconteceu a sua deposição, creio que neste momento, AJS, ao presenciar os acontecimentos  que envolvem de forma tão contundente e demolidora o seu antecessor e que muito provavelmente antecipadamente previra, embora não seja motivo de regozijo pessoal, como é óbvio, porque os mesmos afectam e de que maneira o seu Partido, creio, no entanto, que tais acontecimentos, quiçá por via indirecta (Deus escreve direito por linhas tortas), vieram repor justiça na sua actuação e lembrar àqueles que contribuíram para a sua "substituição" que estavam completamente errados e prestaram um péssimo serviço ao País e ao Partido Socialista.
 
Com a minha idade já ouvi imensos relatos sobre pessoas que "morreram" nos fogos que atearam para queimar os outros e, pelos vistos, ainda irei assistir a muitos mais.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

JOSÉ SÓCRATES QUE SE ENCONTRAVA DETIDO PARA INTERROGATÓRIO, FICA EM PRISÃO PREVENTIVA

 
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Pessoalmente, não fiquei "chocado" e muito menos surpreendido com a notícia da detenção do ex-primeiro-ministro José Sócrates para interrogatório judicial, na sequência da investigação denominada "operação Marquês", levada a cabo pelo ministério Público, em que está indiciado de fraude fiscal agravada, branqueamento de capitais e corrupção.
 
Na verdade, eu não fiquei surpreendido com a detenção de Sócrates, porque ainda não esqueci as suspeições que sobre ele recaíram, nos diversos casos em que esteve envolvido ao longo da sua carreira política, embora  nunca tenha sido visado directamente.
  • Assinatura de diversos projectos de arquitectura e engenharia relativos à Câmara da Guarda que não seriam da sua autoria;
  • Processo Judicial Cova da Beira -  "Investigou crimes de corrupção e branqueamento de capitais na adjudicação de um aterro sanitário daquela região, teve início em 1999, com uma carta anónima que acusava Sócrates de ter sido pago, enquanto secretário de Estado do Ambiente, para favorecer indevidamente o consórcio que integrava a Conegil, empresa detida pelo seu amigo Carlos Santos Silva. Nenhum dos dois foi, no entanto, constituído arguido".
  • Licenciamento do centro comercial Freeport em Alcochete. - Sócrates foi associado ao processo por suspeita de recebimento de "luvas" e ter efectuado, em tempo recorde, a aprovação do estudo de impacto ambiental ao projecto, ao mesmo tempo que o Governo fazia uma alteração dos limites da área da Zona de Protecção Especial (ZPE) do Estuário do Tejo para a preservação das aves selvagens.
  • As dúvidas e trapalhadas sobre a Licenciatura em Engenharia Civil pela Universidade Independente;
  • Processo Monte Branco - Relacionado com uma vasta rede de lavagem de dinheiro. Foi noticiada uma quantia superior a mil milhões!
  • Processo Face Oculta -  Relacionado com uma alegada rede de corrupção que teria como objectivo o favorecimento do grupo empresarial do sucateiro Manuel Godinho, nos negócios com empresas do sector empresarial do Estado e privadas. As escutas em que Armando Vara e José Sócrates foram apanhados em 11 conversas, foram mandadas destruir pelo Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Noronha Nascimento, depois de o PGR, Pinto Monteiro, ter considerado que o seu conteúdo não tinha relevância criminal, não tendo por isso, chegado ao  conhecimento da opinião pública.
  • Tagusparque - Foi noticiado que a Empresa terá pago a Luis Figo um eventual caché de várias centenas de milhar de euros para intervir e dar apoio na campanha eleitoral a Sócrates.
  • A Venda da TVI que depois não se concretizou,  fazia parte do processo de controlo da comunicação social - "A partir de escutas telefónicas, o Ministério Público concluiu que “a operação de aquisição da TVI se desenvolvia com um grande secretismo por solicitação do Primeiro-Ministro José Sócrates ao presidente executivo da PT, Zeinal Bava, cabendo o desenvolvimento das negociações a um grupo diminuto de pessoas integrado por Rui Pedro Soares, que se socorreu da ajuda de Paulo Penedos, Américo Thomati e João Carlos Silva”.
  • Conflitos com a comunicação social - O ex-primeiro-ministro nunca soube lidar com as críticas dos jornalistas e foi acusado de pretender controlar os meios de comunicação social, através de actos de censura e perseguição dos profissionais da informação. Processou 11 jornalistas e todos eles foram absolvidos.

Por outro lado, não posso esquecer que o resultado da sua governação precipitou o País numa enorme crise económica e financeira que levou milhares de famílias e empresas à ruina e gerou quase um milhão de desempregados.
 
O homem que hoje recebeu a medida de coacção mais gravosa (prisão preventiva), relativamente aos crimes de que está indiciado (fraude fiscal agravada, corrupção e branqueamento de capitais), teve nas suas mãos, entre 2005 e 2009, a búsula orientadora do País que se fosse usada com sensatez e sentido de estado, seguindo com muita atenção a indicação dos seus ponteiros magnéticos que lhe apontavam os caminhos da contenção nas despesas, a todos os níveis, abstinência dos investimentos dispensáveis e megalómanos e realização urgente de algumas reformas fundamentais para revitalização da economia, teria evitado a bancarrota e o sofrimento dos portugueses.
 
Porém, ignorando completamente a correcta indicação dos ponteiros da búsula, o ex-primeiro-ministro esbanjou milhares de milhões de euros em trivialidades, negociatas e favorecimentos à sua rede de camarradas e amigos, ampliando a dívida pública para patamares incomportáveis e fazendo chegar o País a uma situação de colapso financeiro que teve de ser suprido através da intervenção da TROIKA e um empréstimo de cerca de 78 mil milhões de euros que o povo português está a pagar à custa de grandes sacrifícios.

Pelos vistos, à luz dos últimos acontecimentos, o ex-primeiro ministro, para além de ter governado péssima e ruinosamente o País, também cometeu um conjunto de actos ilícitos de enorme gravidade, pelos quais está agora a responder perante a justiça portuguesa.

Tendo em conta as nefastas consequências da sua governação para o País e para os portugueses e os crimes de que agora está indiciado, caso os mesmos se confirmem, na qualidade de cidadão severamente penalizado pelas medidas de austeridade impostas pelo actual governo para reabilitar o País, espero que a justiça seja capaz de realizar o julgamento com rigor e transparência e proferir a sentença adequada.

A detenção de um primeiro-ministro neste País de brandos costumes, é inédita e leva-me a pensar que a justiça, neste momento, está a agir correctamente, sem olhar à condição social dos arguidos. Será que estaremos perante a reabilitação do poder judicial e que doravante nada mais vai ser como antes?

O País teria muitíssimo a ganhar.

sábado, 8 de novembro de 2014

25º ANIVERSÁRIO DA QUEDA DO MURO DE BERLIM

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Há 25 anos, a 9 de Novembro de 1989, o mundo assistia com muita satisfação e alguma estupefacção  à queda do Muro de Berlim, construído pela República Democrática Alemã em 1961, durante o período da "Guerra Fria", o qual circundava toda a Berlim Ocidental, separando-a da Alemanha Oriental e Berlim Oriental e impedia a população de passar para o outro lado.
 
O muro, para além de dividir Berlim ao meio, também simbolizava a divisão do mundo em dois blocos: de um lado a República Federal da Alemanha e os países capitalistas, com os Estados Unidos à cabeça e do outro, a República Democrática Alemã, juntamente com os países socialistas simpatizantes do regime soviético.
 
A construção da muralha teve início na madrugada de 13 de Agosto de 1961. Tinha 66,5 km de gradeamento metálico,  302 torres de observação, 127 redes metálicas electrificadas com alarme e 255 pistas de corrida para os ferozes cães de guarda. Os militares que patrulhavam o muro tinham ordens de atirar a matar contra todos os cidadãos que tentassem passar para o outro lado, havendo registos de 80 mortos, 112 feridos e muitos milhares aprisionados quando tentavam fugir.
 
Embora as autoridades da Alemanha Oriental tenham baptizado aquela vergonhosa fronteira física como "muralha de protecção antifascista", nunca pronunciando uma palavra sobre o verdadeiro motivo que era, na verdade, o êxodo da população oriental para o ocidente, aos milhares, diariamente, desde o início dos anos 50, não esquecendo que antes da sua construção, mais de 3,5 milhões de alemães orientais já tinham fugido para a Alemanha Ocidental.
 
A 9 de Novembro de 1989, em consequência de uma enorme onda revolucionária que invadiu o bloco Leste, o Governo da Alemanha Oriental, após várias semanas de gigantescos distúrbios civis, anunciou que todos os cidadãos da República Democrática Alemã podiam visitar Berlim e Alemanha Ocidental. Foi a loucura: multidões de alemães orientais atravessaram o Muro e juntamente com os alemães ocidentais celebraram efusivamente o desaparecimento de tão tenebrosa barreira e, como que por instinto, começaram de imediato a desmantelar o muro, servindo-se de todo o tipo de ferramentas, levando consigo pedaços dos blocos como recordação.
 
A queda do Muro permitiu a reunificação da Alemanha que veio a concretizar-se, praticamente um ano depois, a 3 de Outubro de 1990.
 
Hoje completam-se 25 anos sobre essa efeméride que encheu de esperança e satisfação o mundo civilizado mas desde então para cá as relações entre os dois blocos não melhoraram e ultimamente têm-se degradado. A Rússia anda apostada em refazer o seu antigo império e tem promovido a guerra nas antigas Repúblicas Socialistas, afrontando, ao mesmo tempo, as outras potências mundiais, nomeadamente, a Europa e os Estados Unidos da América. Estaremos na iminência de mais uma "Guerra Fria"?
 
Mikhail Gorbatchov, o pai da "perestroika" e convidado especial das comemorações do 25º aniversário da queda do Muro, em Berlim, acha que sim.

 

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

OS BANCOS SÃO UM PERIGO CONSTANTE - CUIDADO COM O SEU DINHEIRO

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Fugir dos Bancos como o diabo foge da cruz, passou a ser o meu lema, desde que percebi que a minha modesta conta bancária era "assaltada" frequentemente sob a forma de comissões, a pretexto de serviços prestados, os quais, na maioria dos casos, eu pensava que eram gratuitos.
 
Acabei com os cartões de crédito e voltei ao antigamente, pagando em dinheiro ou cheque as minhas contas. Também acabei com as autorizações de débitos directos, excepto para a EDP e EPAL que no acto do contrato me obrigaram a isso. Presentemente, só fica na conta bancária a importância necessária para fazer face aos pagamentos mensais do consumo de água e luz e pouco mais.
 
Esta decisão obriga-me a ter mais dinheiro em casa, pormenor que não me incomoda, porque na actual difícil conjuntura político/económica do País e as consequentes dificuldades com que a Banca se debate, as minhas parcas economias estão mais seguras em casa do que no Banco.
 
Estava farto de ser "assaltado" por aqueles que deviam zelar pelos meus interesses. Eram-me cobradas toda a espécie de comissões por serviços a que qualquer cliente devia ter acesso gratuito, quanto mais alguém que leva 40 anos de fidelização naquela instituição bancária. Cobrar por um cheque visado cerca de 60 euros é inacreditável, tratando-se do meu dinheiro! Para confirmar que eu possuo o dinheiro necessário para pagar uma determinada importância, a alguém, o Banco cobra 60 euros!
 
Mas ontem, no mesmo Banco, aconteceu-me algo que me deixou completamente irritado. Fui fazer um depósito em dinheiro (notas e moedas), em nome da Colectividade de que sou Presidente da Direcção. Eram 9,50 euros em moedas de 1 e 2 cêntimos, devidamente acondicionadas em caixas plásticas, sem necessidade de contagem e consequente perda de tempo.
 
Pois, pasme-se! O banco cobrou 3,12 euros de comissão pelo depósito de 9,50 euros em moedas de 1 e 2 cêntimos, acondicionadas em embalagens próprias de 50 cêntimos e 1 euro, uma comissão que corresponde a cerca de 33%!
 
Nunca me tinha acontecido uma barbaridade destas! É mais uma para somar às inúmeras que me fizeram e que me obrigaram a tomar a decisão de levantar quase todas as minhas economias, precisamente porque cheguei à conclusão que os bancos são um perigo e põem constantemente em risco as nossas economias, por erros de gestão, corrupção e toda a espécie de fraudes, bem como uma total incapacidade para blindar os ficheiros informáticos dos ataques dos hackers que com a maior das facilidades sacam dinheiro das contas dos clientes e sobre as quais também não assumem responsabilidades.

Os bancos só têm utilidade para a rede de "amigalhaços" e para os espertalhões da nossa praça, que com a maior das facilidades, sacam milhões a título de empréstimo, sem qualquer tipo de garantias e depois nunca mais pagam.

Para a maioria dos clientes, os bancos não têm utilidade nenhuma, mas em contrapartida, representam uma grande mais valia na obtenção de receitas, as quais alimentam os tais "amigalhaços" e os espertalhões. É o que se chama "roubar a uns para dar a outros". Antigamente, até o dinheiro depositado na conta à ordem recebia juros, agora, para além de não se receber nada, é cobrada uma comissão exorbitante pela sua manutenção.

Bancos? Não, obrigado.

domingo, 2 de novembro de 2014

SER DIFERENTE, É SER DO CONTRA?

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Em Portugal, especialmente no mundo da política, já me habituei à ideia de que ser diferente é ser do contra, estar em desacordo com toda a gente e dizer mal de todas as iniciativas dos outros. Esse é o procedimento habitual de algumas forças políticas, incapazes de demonstrar a "diferença" pela positiva, fazendo melhor que os outros, ao nível das ideias, dos actos e das atitudes.
 
É por causa desse reprovável e nocivo comportamento que os políticos caíram em descrédito e são tão detestados pela maioria dos cidadãos portugueses.
 
A realidade política, porém, não é bom exemplo para ninguém e muito menos para o futebol português, onde é necessária uma certa harmonia entre os dirigentes dos principais clubes, para poderem resolver, com êxito, os muitos problemas que ele enfrenta, em especial, na área económica e estrutural.
 
Erradamente, o Presidente do Sporting Clube de Portugal, Bruno de Carvalho, parece apostado em copiar o modelo político, afrontando e dizendo mal de tudo e de todos, disparando farpas em todas as frentes, em vez de aproveitar a sua chegada recente ao mundo do futebol para vincar a sua "diferença" pela positiva, fazendo melhor que os outros e gerando concórdia e consensos.
 
Bruno de Carvalho entrou a matar no mundo do futebol, com alguma ingenuidade e leviandade à mistura, não sendo essa a melhor forma de defender os interesses da Instituição Sporting que vai, com toda a certeza, pagar com juros, algumas das suas polémicas declarações.
 
Nunca vi caçar moscas com fel. No mundo do futebol, onde cada clube procura o melhor para as suas cores, é preciso uma certa sagacidade intelectual  para ultrapassar os seus inúmeros problemas e, nesse particular aspecto, o presidente do Sporting não tem sido nada sagaz. Cozinhou problemas internos e externos, escusadamente, e vai sair-se mal dessa sua actuação.
 
Em minha modesta opinião, Bruno de Carvalho só sairia ileso desta incómoda situação em que se envolveu, caso o Sporting conquistasse o Campeonato Nacional ou ficasse em 2º lugar e ganhasse, por exemplo, a Taça de Portugal, porque uma prova europeia está completamente fora de questão.
 
Pois bem, embora ainda faltem muitas jornadas para o final, não me parece que o Sporting vá conquistar a principal competição do calendário futebolístico português e quanto à Taça de Portugal, pese embora o facto de ter eliminado categórica e brilhantemente o F. C. Porto, no Dragão, ainda há boas equipas em prova, nomeadamente o Benfica, o Braga, o Vitória de Guimarães, Belenenses, Marítimo, Vitória de Setúbal, Rio Ave e Passos de Ferreira e, por conseguinte, nesta altura, ainda é prematuro um prognóstico sobre quem será o vencedor da Taça de Portugal.
 
Porém, de uma coisa eu tenho a certeza: caso o Sporting não ganhe nada nesta época, vai ser uma frustração muito grande para os adeptos leoninos e a vida do Presidente vai ficar muito difícil, dentro e fora da Instituição Sporting.