domingo, 29 de abril de 2012

OS 3 DÊS DA REVOLUÇÃO DOS CRAVOS

Foto dos intervenientes no Acordo do Alvor. Para que serviu esta encenação?

IMAGEM RETIRADA DO GOOGLE
DESCOLONIZAR - O golpe militar de 25 de Abril de 1974 assentou o seu sucesso na propaganda anticolonial e na promessa de descolonizar e conceder a independência aos territórios ultramarinos sob administração portuguesa no mais curto espaço de tempo.
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O povo que estava muito mal informado à época, acerca dos territórios portugueses em África, sabendo muito pouco do que por lá se passava, a não ser das mortes acidentais dos militares em comissão de serviço, facilmente embarcou nessa propaganda enganosa e daí até aclamar os "heróis do 25 de Abril", foi um pequeno passo.
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Os portugueses do continente não conheciam a realidade das ex-colónias e não faziam ideia de quantos compatriotas havia nas ex-colónias; acreditavam na propaganda que referia cinco ou seis centenas de milhar; não sabiam qual era a sua importância na economia portuguesa e, consequentemente, o grau de dependência dos seus recursos naturais; uma larga percentagem não imaginava o grau de desenvolvimento de Angola e Moçambique, em muitos aspectos, mais avançado que a própria Metrópole;
Neste quadro de desconhecimento da realidade das ex-colónias, foi fácil pintar umas mentiras e convencer a lusitana gente dos "horrores" que por lá aconteciam e pô-la a gritar: "nem mais um soldado para as ex-colónias" e "independência já", aniquilando, com esta insensata atitude, a possibilidade de negociar um período de transição que salvaguardasse a vida e os bens dos portugueses que lá pretendessem ficar e dos que optassem por regressar aos seus locais de origem.
O que a seguir aconteceu, foi uma tragédia sem precedentes em Portugal: o êxodo de mais de um milhão de pessoas expoliadas e em situação de miséria; milhares de pessoas presas, torturadas e mortas, sem culpa formada; militares portugueses que fizeram o jogo do MPLA e permitiram que os seus compatriotas fossem roubados, presos e maltratados na sua presença, traindo os seus deveres sagrados de defender e honrar a Pátria; traição do Governo português de então relativamente aos acordos firmados no Alvor, entre Portugal e os três movimentos de libertação (FNL, UNITA e MPLA), já que tudo fez para entregar o poder a um só partido.
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A Pátria foi envergonhada por governantes e militares e o mundo inteiro gargalhou do ridículo e dos imensos disparates cometidos durante o período revolucionário, os quais traçaram o negro destino dos portugueses até aos nossos dias.
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Por isso, quanto ao primeiro D de descolonização, estamos conversados, um desastre, uma tragédia, uma vergonha sem precedentes que jamais será esquecida por todos quantos viveram esse terrível pesadelo.
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DEMOCRATIZAR - A democratização foi outro objectivo falhado. O regime instaurado em 25 de Abril de 1974 implantou um sistema democrático que discrimina as pessoas em função do seu estatuto social, político, económico ou religioso, não proporcionando a todos os cidadãos as mesmas oportunidades. Teve início, nesta época, a mais descarada forma de protecção dos boys (amigos, amigos dos amigos, familiares e camaradas de partido), bem mais repugnante do que a "cunha" conotada com o antigo regime.
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Uma democratização que se baseou e ainda se baseia numa infinidade de excessos reivindicativos; que tolerou demasiado o desrespeito e a irresponsabilidade; que valorizou demais a incompetência e marginalizou portugueses extraordinários e grandes patriotas que podiam ter dado um enorme contributo para que a democratização pudesse ter alcançado um estádio de realização e satisfação  bem mais interessante e, consequentemente, tivesse sido motivo de orgulho para todos os portugueses; excessos que propiciaram o aparecimento e cescimento exponencial de toda a espécie de crimes; excessos que levaram o País à banca rota, ao empobrecimento generalizado dos portugueses e a um grau de insegurança tão dramático que todos os dias provoca situações angustiantes e trágicas nos lares de muitos portugueses.
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Os excessos permitidos ao longo do regime democrático, permitiram uma confrangedora inversão de valores e levaram muitos portugueses a pensar que sem trabalhar também se podia ganhar a vida e que os direitos se sobrepunham aos deveres. Mais: a certa altura, o chic, o engraçado, o moderno, o revolucionário, era usar uma linguagem escabrosa e insolente e quem não alinhasse era considerada persona non grata.
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Se no antigo regime a "cunha" era fundamental para se conseguir atingir determinados objectivos, no pós 25 de Abril, a cunha tornou-se ainda mais necessária porque os boys passaram a açambarcar tudo.
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Mas como democratizar um País onde os três poderes nunca actuaram de forma democrática? Imaginem se os poderes Legislativo, Executivo e Judicial funcionassem na perfeição! Que colosso de País seria Portugal! E que grau de democratização se teria atingido!
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DESENVOLVER - O terceiro D de desenvolver foi mais um rotundo fracasso. Portugal depende hoje muitíssimo mais do estrangeiro, de onde importa todo o tipo de bens essenciais, os quais, no antigo regime, eram quase todos excedentários.
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Foi destruída a agricultura, a indústria, abatida uma importante frota pesqueira e as grandes companhias de navegação que tinham ao seu serviço dezenas de barcos de carga de grande tonelagem e de transporte de passageiros, também não escaparam ao abate.
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Portugal foi, desde a idade média, um País de intrépidos marinheiros, excelentes navegadores que descobriram e deram novos mundos ao mundo, levando a todos os cantos do globo a bandeira e o nome de Portugal.
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O antigo regime honrou todas essas gerações de marinheiros, já que o País tinha ao seu serviço uma imensa frota marítima que dava emprego e sustento a muitos milhares de portugueses mas, a exemplo do que aconteceu com muitas outras coisas importantes, foi totalmente aniquilada após o 25 de Abril.
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Agricultores, pescadores e industriais foram pagos pelo regime democrático para não produzir, tendo contribuído tal decisão para o empobrecimento do País e o agravamento substancial da política de preços dos bens essenciais.
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O regime implantado em 25 de Abril de 1974 privilegiou a construção de obras megalómanas, nomeadamente auto-estradas, tendo sido claramente manipulado pelas grandes empresas de construção que viram neste sector  a galinha dos ovos de ouro e uma excelente oportunidade de ganhar milhões. Os sucessivos governos pactuaram com os interesses das construtoras porque tratando-se de obras adjudicadas por centenas de milhões, era fácil desviar "luvas" chorudas para os "intermediários", sem qualquer problema, tanto mais que no final da obra havia sempre a possibilidade de invocar acrescentos ou alterações ao traçado inicial e até o agravamento dos preços dos materiais. Não me lembra de nenhuma obra que tivesse sido realizada, nomeadamente auto-estradas que não apresentassem no final dezenas ou centenas de milhões de euros de derrapagem.
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A inutilidade de algumas dessas vias está agora bem visível para quem observe o escasso tráfego que por elas circula. São centenas e centenas de quilómetros de asfalto e betão armado que serviram para proporcionar lucros chorudos às empresas e "luvas" multimilionárias aos "intermediários" e governantes que à época ocupavam os lugares de decisão.
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As velhinhas estradas nacionais, algumas retocadas, outras nem por isso, são a alternativa milagrosa para os portugueses que não têm condições para pagar portagens caríssimas, incompatíveis com o seu nível de vida.
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Metade das auto-estradas que foram construídas chegavam e sobravam para um País com 560 km de comprimento e cerca de 220 km de largura, desde que tivessem sido criteriosa e responsavelmente planeadas, tendo exclusivamente em conta os interesses do povo português.
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A dívida pública portuguesa aumentou exponencialmente com os milhares de milhões gastos escusadamente nas auto-estradas e agora os portugueses estão condenados a pagar, simultâneamente, a dívida e as portagens, sabendo-se que uma boa percentagem nem sequer as utiliza.
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O País podia ter aproveitado as importantes remessas da CEE para se desenvolver a todos os níveis e desperdiçou essa grande oportunidade, essencialmente porque os gananciosos abutres do costume se apoderaram ilicitamente da maior fatia do bolo.
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Por outro lado, gostaria que fossem explicados aos portugueses, os benefícios em termos de desenvolvimento para o País, resultantes da delapidação de seis toneladas de barras de ouro que o antigo regime deixou armazenadas na casa forte do Banco de Portugal. É que das 900 toneladas, já nem 300 lá existem! Para que serviu esse ouro? Para tapar buracos como o do BPN?
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Embora muitas mais coisas negativas houvesse para apontar em variadíssimas áreas, nomeadamente na habitação, saúde e educação, fica claro que o terceiro D de desenvolver foi um fiasco de todo o tamanho e, por isso mesmo, os resultados ao fim de 38 anos de regime democrático não podiam ser piores: Portugal atravessa a maior crise económica de que há memória, o desemprego atingiu números nunca imaginados, as falências das empresas e das famílias acontecem diariamente às dezenas e centenas de milhar de portugueses não têm condições económicas para garantir uma modesta refeição diária (faziam falta os 500.000 € que o ex-primeiro ministro gastou em refeições), já para não falar daqueles que perderam todos os seus bens (penhorados), inclusivé a casa e passaram a viver na via pública, engrossando o número dos sem-abrigo.
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Cada um é livre de opinar e pintar os quadros que entender  relativamente ao grau de realização dos três DÊS em apreciação; mas se o fizer com independência, sem demagogias à mistura e se utilizar exclusivamente a verdade e a realidade dos factos, não será possível atribuir-lhes uma nota positiva, sendo que a descolonização foi efectivamente extremamente negativa e trágica, a pior dos 3 dês.









sexta-feira, 27 de abril de 2012

MÁRIO SOARES BOICOTOU A CERIMÓNIA OFICIAL DO 25 DE ABRIL

Imagem retirada do Google
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De Mário Soares aliás, Mário Alberto Nobre Lopes Soares (MS),  já tudo se espera, tantas têm sido as suas "façanhas" ao longo destes 38 anos de democracia! Quem vai ter coragem de criticar mais esta sua birra de não comparecer na cerimónia oficial da comemoração do 25 de Abril? Quem vai ousar levantar um só dedo acusatório por não ter cumprido o seu dever de ex-Chefe de Estado, para o qual é pago a peso d´ouro pelos impostos dos trabalhadores portugueses?
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MS sempre se comportou como se fosse imprescindível e insubstituível e, nesse sentido, em muitos momentos do período democrático, especialmente quando teve que fazer campanha e defrontar os opositores, não teve qualquer pudor em afrontar e achincalhar personalidades que mereciam mais respeito, usando uma linguagem rasca e não se dando conta do ridiculo de sistematicamente colocar os portugueses perante o dilema: ou EU ou o caos.
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MS fez alguma falta na cerimónia das comemorações do 25 de Abril? Porventura as comemorações não se realizaram com toda a pompa e circunstância?
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E, por outro lado, teria feito alguma falta ao País se não tivesse desempenhado, entre outros, os cargos de Secretário-Geral do PS, Deputado, Ministro dos Negócios Estrangeiros, Primeiro-Ministro, Conselheiro de Estado e Presidente da República? Eu respondo. Em meu entender, não tinha feito falta nenhuma. O que não faltam é homens com H grande neste País para desempenhar os cargos que MS desempenhou, com mais honestidade, competência e isenção.
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Ele, MS, pensa que sim, que faz imensa falta e, por isso mesmo, com 82 anos de idade, candidatou-se a um 3º mandato como Presidente da República, convicto que não havia mais ninguém com competência para ocupar o lugar e imaginando que a população portuguesa tinha o mesmo pensamento. A resposta não podia ter sido mais categórica, tendo sido brindado com um humilhante 3º lugar, bem atrás do seu "amigo" Manuel Alegre.
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Pela primeira vez na sua vida, provou o sabor amargo da derrota, desceu das nuvens e pisou o solo dos mortais, digerindo com muita dificuldade uma humilhação que há muito merecia e que tardava em acontecer.
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Todos sabemos o quanto o ex-quase tudo, abomina a autoridade e os agentes da autoridade, através dos vários episódios que tem protagonizado no período pós-democrático. Ainda recentemente desancou os agentes da autoridade que tiveram o arrojo e o desplante de mandar parar o carro em que seguia sua excelência a 199 km/h, na A8, dizendo-lhes que o Estado é que iria pagar a multa!
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Pelos vistos, para além do carro, guarda-costas e  motorista, o Estado também lhe paga as multas! É uma situação indecorosa!
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Quem conheça a sua forma desabrida de tratar os agentes da autoridade, tem dificuldade em compreender como é que aceita e tem ao seu serviço, diariamente, 14 agentes da autoridade para lhe guardar as costas e os bens, nomeadamente da casa do Vau e da residência de Nafarros!
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São estas contradições de MS que não são compreensíveis: por um lado abobina e desanca os agentes da autoridade mas por outro, gosta que lhe guardem as costas e lhe protejam os seus bens!
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Os portugueses deviam ser informados de quanto custa anualmente este ex-quase tudo aos cofres do Estado, alimentados pelos seus impostos.
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MS ao longo destes 38 anos, não tem olhado a meios para atingir os seus objectivos, muitas vezes à margens das leis que regem este País, sem que alguma vez tenha sido penalisado por isso.
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Razão tem o ex-Presidente da República Ramalho Eanes quando recentemente afirmou em entrevista à RTP que não tem estima nenhuma por MS, especialmente depois de ter lido o livro de Rui Mateus, embora confesse ter alguma consideração pelo contributo que deu para o estabelecimento da democracia, não deixando, no entanto, de lembrar também que muitas outras personalidades  deram forte contributo para a implantação do regime democrático.
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Ramalho Eanes é bem mais sensível e tolerante do que eu, já que não nutro qualquer estima ou consideração por MS, mesmo antes de ter lido, na íntegra, o célebre livro de Rui Mateus "Contos Proibidos - Memórias de um PS Desconhecido". Para mim bastou-me o papel inqualificável, intolerável e criminoso que protagonizou nas negociações sobre a descolonização e a independência das ex-colónias, permitindo que milhares de compatriotas fossem presos, torturados e mortos sem culpa formada, não salvaguardando as suas vidas e os seus bens e, em consequência, ter provocado o êxodo de mais de um milhão de portugueses que fugiram desesperados, os que puderam, para todos os cantos do Mundo, tentando conservar a vida mas não evitando ser expoliados do produto do trabalho de muitas gerações.
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Nem seres inferiores, animais irracionais, mereciam tão cruel, desprezível e repugnante tratamento.
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Acredito que um dia ainda há-de ser contada toda a verdade sobre a vergonhosa página da descolonização.
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O livro a que me refiro, de Rui Mateus, vendeu 30.000 exemplares no lançamento e depois desapareceu do mercado. Eu tive conhecimento do livro através de um link que recebi no meu mail. Por motivos estranhos à minha vontade, neste momento não é possível disponibilizar o link mas fá-lo-ei logo que possa.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

MANUELA MOURA GUEDES - UMA JORNALISTA OUSADA E CORAJOSA

 IMAGEM RETIRADA DO GOOGLE
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Sempre achei Manuela Moura Guedes uma mulher ousada, sem rabos de palha, uma jornalista corajosa e frontal que quis ir sempre mais além, levando as investigações até às últimas consequências em casos que outros não tiveram coragem e independência para abordar ou então, se o fizeram, foi para atingir fins que nada tinham a ver com a descoberta da verdade, pretendendo provavelmente (tenho verificado isso tantas vezes nos últimos 38 anos!), publicar e fazer vingar umas mentiras e forjar alibis para defender os culpados.
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A sua forma de fazer jornalismo, cortando a direito, sem olhar ao estatuto social das pessoas visadas nem pactuando com qualquer tipo de compadrio ou subserviência, valeu-lhe um grande número de inimigos poderosos, incluindo o então primeiro-ministro Sócrates, os quais não descansaram enquando não suspenderam o Jornal Nacional de Sexta-feira da TVI que ela desassombradamente apresentava e silenciaram a sua voz acusadora.
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Neste dia 25 de Abril de 2012, volvidos 38 anos após a revolução dos cravos, é minha intenção homenagear todos aqueles que se bateram contra a mordaça e enfrentaram o Poder, na pessoa dessa mulher corajosa, MANUELA MOURA GUEDES, maltratada pelo regime democrático por ser uma profissional de excelência e pretender informar com verdade os portugueses, dando publicidade no meu modesto blogue,  a um dos seus últimos artigos publicado no CM.
Ao longo destes 38 anos de democracia (?) foi sem dúvida o poder político aquele que mais prevaricou e mais contribuiu para a degradação do País e a miséria da maioria dos portugueses. A sua promiscuidade relativamente ao poder Local e Judicial e a sua vergonhosa subserviência ao poder económico e financeiro, sentenciou esta trágica situação em que Portugal se encontra e da qual dificilmente sairá.
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Se o poder político em vez de combater, injustiçar e silenciar Manuela Moura Guedes e outras personalidades que como ela tentaram denunciar as poucas-vergonhas da corrupção e os esquemas fraudulentos que delapidaram a economia, a tivessem escutado com atenção e feito investigações sérias a tais denuncias, teriam sido punidos os criminosos, estancada a delapidação do erário público e evitado tantos sacrifícios, desemprego, fome e miséria à maioria da população portuguesa.
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Desde sempre estive de acordo com as denúncias feitas pela ousada jornalista da TVI e concordaria também com muitas outras, tenho a certeza, que ela gostaria de ter feito e foi vergonhosamente impedida de o fazer.
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No dia em que se celebra o 38º aniversário da revolução dos cravos, passando em revista tudo quanto aconteceu e que a minha memória abarca, lamento não ter razões pessoais para sair à rua de sorriso aberto e cravo ao peito para festejar a efeméride.
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IMPUNIDADE
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Por: Manuela Moura Guedes (CM 20.04.2012)
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Enquanto a Justiça for ajustada a cada cliente, tipo fato por medida, Portugal nunca será um país decente. É com total despudor que se passa por cima de princípios, regras e evidências, que os agentes do próprio Sistema mentem, fazem de conta ou dão explicações estúpidas para justificar atrasos, interpretações, arquivamentos e absolvições.
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A sentença do caso Portucale é de estarrecer. Nada, mas mesmo nada o tribunal deu como provado, a não ser a versão pura dos "flagelados e inocentes arguidos". Três ministros, dias antes das eleições, consideraram de "imprescindível utilidade pública" o projecto turístico do Grupo Espírito Santo, autorizando o abate de mais de 2500 sobreiros, depois de dez anos de chumbos, e Abel Pinheiro foi apanhado ao telefone com um administrador do GES a dizer "fazendo as contas, nós metemos na mão [com decisões amigas] da sua gente mais de 400 milhões de euros nas últimas 3 semanas".
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Entre as suspeitas de financiamento ao CDS, ficou o processo dos submarinos, agora em águas paradas, depois de ciclicamente vir à tona conforme as conveniências políticas. Agora, é obviamente fase de pousio justificada com desculpas do PGR desmentidas pelo Ministério da Justiça.
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São nódoas que se estendem, enormes, para o Freeport, com catadupas de testemunhas a incriminarem Sócrates, que não foi acusado nem arguido, nem sequer ouvido e que continua a ser "Engenheiro" porque a Dra. Cândida Almeida se recusa a reabrir um processo que ela arquivou porque quis, tal como o Presidente do Supremo quis, apagar as escutas do ‘Face Oculta’.
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O multifacetado professor António J. Morais, acusado de corrupção no caso Cova da Beira, está para ir a julgamento há ano e meio, mas continua a fazer a sua vidinha, tal como Dias Loureiro faz a sua e muitos outros ligados ao buraco de cinco mil e tal milhões do BPN. A lista é interminável porque se vai ajustando à medida das necessidades, tal como se ajusta a composição dos juízes do Tribunal Constitucional de acordo com as políticas de austeridade do Governo.
O problema atravessa de alto a abaixo todo o Sistema, não é novo, e à força da repetição faz jurisprudência – a impunidade é lei. Mas um país que a aceita e nada faz para mudar, merece mesmo ser tratado abaixo de cão.

domingo, 15 de abril de 2012

A ÁGUA É MARAVILHOSA!!!



Ninguém tem dúvidas que a água é a melhor bebida do mundo, a que melhor faz ao corpo humano, ele próprio constituído por cerca de 65% desse precioso líquido. A água é indispensável à vida; sem água não haveria vida neste fabuloso planeta Terra; não haveria espécie humana, não haveria animais, não haveria vegetais e, consequentemente, existiria um planeta de aspecto desolador, em que o verde das plantas e o azul do mar seria substituído por uma imensa aridez de cores sombrias e mortas.

A água é saúde e faz maravilhas no corpo humano, bebida diariamente, com regularidade. O que eu não sabia é que beber água na hora certa maximiza a sua eficácia sobre o corpo humano.

Recebi estas regras sobre como beber água na hora certa, através do meu mail, sem indicação de nome de autor, motivo pelo qual não lhe faço referência. Por ser tão simples e fácil cumpri-las, achei que seria muito boa ideia publicitá-las no meu blogue para que todos os amigos que o visitam possam pô-las em prática e beneficiar delas.
  • - 2 copos de água depois de acordar - ajuda a ativar os órgãos internos
  • - 1 copo de água 30 minutos antes de uma refeição - ajuda a digestão
  • - 1 copo de água antes de tomar um banho - ajuda a reduzir a pressão arterial
  • - 1 copo de água antes de ir para a cama - evita derrame ou ataque cardíaco
Não custa nada, ponham em prática estas quatro regras, cuidem da vossa saúde.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

MAIS UMA HUMILHAÇÃO PARA ENRIQUECER A FABULOSA COLECÇÃO DESTA ÉPOCA!!!


IMAGEM RETIRADA DO GOOGLE

Mais uma época frustrante para o símbolo da águia. À entrada da recta final, a equipa do Benfica perdeu toda a preciosa vantagem que levava na liderança do campeonato para os seus mais directos adversários e foi até ultrapassado por eles.
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Ontem assistimos a um derby em que o Sporting, tal como era previsível, face às últimas exibições do Benfica, mereceu a vitória, afastando de vez e merecidamente os rivais da Luz da disputa do título.
A vitória tengencial sobre o Braga na 25ª jornada, só serviu para oferecer a liderança ao F. C. Porto e, nesse aspecto, oh ironia das ironias, não deixa de ser tremendamente caricato, o facto de serem os encarnados a oferecer-lhe o título! Teria sido preferível a derrota frente aos arsenalistas, a qual daria, com toda a certeza, um ânimo redobrado à equipa minhota para fazer um resultado positivo frente aos dragões.
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O jogo Sporting/Benfica mostrou aos adeptos do futebol, especialmente aos benfiquistas, uma águia sem asas, sem garras e sem bico, incapaz de incomodar um leão também fisicamente fraco e muito cedo arredado do título, face aos sucessivos maus resultados do início do campeonato.
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Este Benfica provou que não tinha estofo de campeão, tal como vaticinei ainda em 2011. Mais uma época em que prometeu poder chegar à conquista do título mas não passou disso mesmo e apenas aconteceu porque o Porto andou perdido durante algumas jornadas, permitindo que o rival ganhasse alguma dianteira.
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Depois, foi o que toda a gente viu, não conseguiu ganhar à Académica, ao Olhanense, ao Vitória de Guimarães, ao F. C. Porto e agora, ao Sporting.
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De facto, não merece ser campeão e creio mesmo que o Braga acabará por ficar justamente à sua frente no campeonato, num honroso 2º lugar, relegando a equipa encarnada para o 3º lugar.
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Quando insisto em afirmar que o Benfica não tem estofo de campeão, tal afirmação deve ter a seguinte interpretação: o Benfica é um colosso mundial, com nome, prestígio e capacidade para ser  campeão e a melhor equipa de futebol do País. Porém, enquanto não for capaz de contratar uma equipa técnica ao seu nível, culta, inteligente, sensata, ambiciosa e ganhadora, de facto, o Benfica não sairá desta frustrante desilusão com que brinda os seus adeptos ano após ano.
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Falar dos problemas que afectam a equipa, é bater no ceguinho, já que o treinador é suficientemente casmurro e teimoso para não dar ouvidos a ninguém. Muitas das suas péssimas decisões têm contribuído para o mau desempenho da equipa. Porém, ele não é o principal culpado. Culpado é quem tem a missão e a responsabilidade de observar e decidir em defesa dos interesses do Sport Lisboa e Benfica (SLB) e não decide rigorosamente nada.
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Adeus campeonato, adeus taça de portugal, adeus champions league e adeus, porque não? taça da liga! Se o Gil Vicente esteve muito perto de ganhar em Barcelos e fez um grande jogo na Luz, porque não há-de ganhar a taça da liga?
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Este Benfica não merece ganhar coisíssima nenhuma e, por outro lado, seria a humilhação completa e merecida! Deixem andar o J.J. que ele se encarrega de ir fazendo uns jeitinhos ao F. C. Porto!

quarta-feira, 4 de abril de 2012

NEM SEMPRE GANHA O MELHOR


Nas duas eliminatórias dos quartos de final da Champions League, o Benfica demonstrou, em jogo jogado, ser melhor que o seu adversário e hoje, em Inglaterra, mesmo jogando com dez jogadores, desde os 39 minutos da primeira parte, por expulsão de Maxi Pereira, uma pedra importantíssima no sector defensivo dos encarnados, voltou a ser a melhor equipa.
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De facto, nem sempre ganha a melhor equipa e o Benfica sai da Champions de cabeça levantada. Ao clube londrino tudo correu às mil maravilhas: em lisboa foi beneficiado pela arbitragem que protagonizou algumas decisões que prejudicaram claramente a equipa lisboeta, inclusivé um penalti descarado de braço na bola. Já em Inglaterra, o esloveno Damir Skomina, usou critérios diferentes para situações iguais, não descansou enquanto não trucidou a equipa benfiquista e com essa sua actuação tendenciosa, empurrou os Blues para uma vitória que não mereciam.
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Basta apreciar a dualidade de critérios na amostragem dos cartões amarelos e na marcação das faltas para se perceber que a equipa londrina contou com a falta de isenção do Senhor Skomina. Nos dois encontros, se a dualidade de critérios tem sido a favor da equipa encarnada, o Chelsea teria sido eliminado.
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Mesmo assim, a equipa encarnada manteve a eliminatória em dúvida até aos 90+2 minutos, altura em que Raul Meireles conseguiu interceptar  com êxito uma bola dividida disputada com Pablo Aimar e que deixou muitas dúvidas quanto à validade do lance, correu isolado para a baliza e à entrada da área, descaído para o lado direito, desferiu um potente remate que Artur não teve hipóteses de deter. Estava feito o resultado e resolvida a eliminatória a favor do Chelsea.
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Em jogos internacionais, as equipas portuguesas são sistematicamente prejudicadas pela arbitragem, demonstrando os Senhores que mandam na UEFA muito pouco respeito pelo nosso desporto-rei e mesmo pelo País e dirigentes federativos que são incapazes de agir perante estas espoliações constantes. Porque não expõem os factos, acompanhados das respectivas imagens?
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Ao contrário do que tem acontecido noutros jogos, gostei do futebol praticado pelo Glorioso e os seus jogadores estão de parabéns. Actuando como o fizeram esta noite, nos jogos restantes do campeonato, não tenho dúvidas que serão campeões.
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Quanto ao Chelsea, ou foi uma pequena amostra do que efectivamente pode jogar ou então, repetindo esta pobre exibição contra o Barcelona, nas meias finais, vai ser trucidado.

terça-feira, 3 de abril de 2012

COMO É POSSÍVEL!!!...

"PECAS" SALTA MURO E FOGE DA CADEIA!!!



Ao longo dos anos têm ocorrido evasões extraordinariamente bizarras das prisões portuguesas que levam os cidadãos a interrogar-se: como é possível???!!!...
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Não é entendível nem concebivel que de um estabelecimento prisional de alta segurança possam fugir perigosos cadastrados, implicados em crimes de sangue, que se tiverem oportunidade voltarão a repetir o mesmo tipo de crimes.
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Desta vez, mais um perigooso cadastrado, líder do gang que assaltava multibancos e que em 2005 matou a tiro o chefe Sérgio Martins da P.S.P. de Lagos, condenado a 22 anos de cadeia, evadiu-se da cadeia de Coimbra, servindo-se de um pé de cabra para rebentar dois cadeados e, calmamente chegar a uma zona onde só foi preciso saltar o muro para alcançar a liberdade e colocar novamente em perigo qualquer cidadão que tenha o azar de se cruzar no seu caminho.
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Mal tinha acabado de saltar o muro e já uma cidadã era vítima da sua acção criminosa, ameaçando-a com o tal pé de cabra com que rebentou os cadeados e furtando-lhe a viatura.
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Dos relatos da época, todos sabemos como os assaltos às caixas multibanco eram violentos e os prejuízos materiais que causavam. O grupo servia-se de máquinas retroescavadoras e todo o tipo de viaturas furtadas para arrombar portas ou derrubar paredes e como andava fortemente armado, não hesitava em usar as armas contra quem os incomodasse.
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O perigoso cadastrado, possuidor de uma longa lista de crimes foi condenado a 22 anos de prisão mas, pelos vistos, nunca pensou cumpri-los. Quem lhe teria arranjado um pé de cabra? Numa prisão de alta segurança, este tipo de ferramenta não está ao alcance dos reclusos!
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Será que o produto amealhado, resultante dos assaltos às caixas multibanco ainda faz a diferença, mesmo dentro de uma prisão?
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Vamos esperar o desenvolvimento dos próximos capítulos e ver no que dão as investigações à estranha fuga mas também quais são os resultados da caça ao homem.
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Será que o "PECAS" vai ser  agarrado e obrigado a cumprir a pena integral?
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Ou será que o "PECAS" "comprou" de facto a sua liberdade e vai desaparecer para sempre?
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Oxalá que não se cumpra esta última hipótese, pois se a justiça já anda pelas ruas da amargura, se o Pecas escapasse para sempre, levaria mais uma  valente machadada.
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Uma coisa que não sabia e me deixou indignado, foi o facto de os reclusos, actualmente, não usarem uniforme prisional. Informaram-me que os presos se vestem normalmente, como qualquer cidadão em liberdade!
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Sinceramente, não quis acreditar!
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Os presos já não vestem aqueles uniformes que os distinguiam dos cidadãos em liberdade? Então, será cada vez mais fácil fugir das prisões porque um dos principais entraves, era efectivamente o uso daquele uniforme.
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Como é que a condutora do veiculo roubado ou outro qualquer cidadão poderia adivinhar que se tratava de um recluso em fuga? Se o Pecas tivesse uniforme, talvez a Senhora pudesse ter fugido, antes de ser ameaçada e roubada.
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Senhores governantes, vocês andam a brincar com os cidadãos. Há coisas que soam a ridículo e esta é uma delas.
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Quem não quer ter encargos com a vigilância e a prevenção, arrisca-se a ver o País inteiro a arder.
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Quem não quer gastar uns tostões nos uniformes, arrisca-se a que criminosos perigosos saltem tranquilamente o muro das prisões, sem que ninguém os reconheça como tal.
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Senhores governantes, ponham termo nesta brincadeira, já é tempo de acabar o Carnaval!