À volta da pandemia que afecta todo o mundo, há em Portugal uma tremenda confusão, a qual acaba por complicar ainda mais aquilo que por natureza já é tão difícil. As entidades competentes com responsabilidades na área do Governo e da saúde, não falam a uma só voz, entrando em contradição inúmeras vezes e com isso, contribuem negativamente para o esclarecimento correcto das populações.
No início da pandemia, a Directora-Geral da Saúde afirmava, de semblante sorridente que ela, a pandemia, provavelmente nem chegaria a Portugal!
Depois, mais tarde, anunciava com grande convicção que o uso da máscara também não era fundamental e continuou a somar mais umas quantas bacoradas que puseram a nu a sua incompetência para desempenhar o cargo.
Na verdade, a pandemia chegou a Portugal e à quase totalidade dos países do mundo e quanto às máscaras, foi igualmente desmentida e contrariada porque o seu uso foi aconselhado pela Organização Mundial de Saúde, bem como pela totalidade das organizações portuguesas da área da saúde e não só.
O grande problema da pandemia em Portugal é a escassez de testes. Se houvesse facilidade de as pessoas fazerem o teste sempre que sentissem algum dos sintomas característicos do corona vírus, seria possível evitar milhares e milhares de infecções. Assim, desta maneira, as pessoas andam infectadas sem saberem, infectando também todos aqueles com quem contactam de perto.
Por outro lado, também os critérios que têm sido adoptados para os ajuntamentos, deixam muito a desejar. O ponto mais alto e mais escandaloso foi atingido na festa do Avante, com dezenas de milhar de pessoas concentradas na Quinta da Atalaia ao longo de três dias! Mas depois disso, foram realizados eventos que reuniram milhares de pessoas, a exemplo do que se passou no Grande Prémio de Portugal de Fórmula 1 e na Nazaré, para ver o espectáculo das ondas gigantes.
Neste Governo, a incompetência anda de braço dado com uma boa parte dos ministros e secretários de estado mas para o primeiro ministro está tudo bem. Já quanto à Directora-Geral da Saúde, que devia ter sido demitida, continua no cargo. Isto é Portugal no seu melhor, Portugal com a marca socialista.