quarta-feira, 30 de setembro de 2015

BENFICA VENCE EM MADRID - UMA AGRADÁVEL SURPRESA!!!

Nélson Semedo (à direita) com Tiago
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Os putos da formação, Nelson Semedo e Gonçalo Guedes brilham na equipa principal
 
Em função do momento de forma da equipa do Benfica e até das exibições e dos resultados conseguidos no início desta época, não deixa de ser uma agradável surpresa a vitória desta noite, frente ao poderoso Atlético de Madrid, em sua casa, no Vicente Calderon, nas barbas dos seus adeptos.
 
É verdade que o Atlético de Madrid não nos parece tão forte como na época transacta, mas mesmo assim, o jogo foi muito intenso e o Benfica foi capaz de resistir nos primeiros 15/20 minutos à maior pressão atacante do Atlético e depois equilibrou o jogo e respondeu com algumas jogadas de bom nível que colocaram por diversas vezes em perigo a baliza de Oblak, guarda redes que já foi titular na equipa do Benfica.
 
Havia o receio que os jogadores da equipa portuguesa não aguentassem o ritmo de jogo imposto pela equipa adversária, que joga sempre num ritmo muito intenso e cria grandes dificuldades a qualquer adversário por mais poderoso que seja. Porém, esse receio não se concretizou já que o Benfica correspondeu brilhantemente às exigências do jogo, não permitindo grandes veleidades aos jogadores espanhóis, sempre bem marcados.
 
Após as duas primeiras jornadas da Fase de Grupos da Champions League, o Benfica conquistou duas importantes vitórias e já é líder isolado do Grupo C, com 6 pontos, a uma distância de 3 pontos do segundo e a 5 pontos do terceiro e do quarto.
 
Esta excelente prestação na Champions League nas duas primeiras jornadas, pode muito bem empurrar o Benfica para o topo da classificação do Grupo C e, dessa forma, passar aos oitavos de final, e depois, nesta fase, com um pouquinho de sorte, até pode alcançar os quartos de final e chegar ao grupo das 8 melhores equipas da Europa, o que já não seria nada mau.
 
Para já, parabéns merecidos à equipa do Benfica que conquistou uma brilhante vitória, tendo demonstrado neste jogo que tem evoluído consideravelmente desde o início da época e que está pronta para jogar de igual para igual com qualquer equipa do mundo.
 

CAMPANHA ELEITORAL - O MESMO TRISTE FADO DE SEMPRE!!!



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Os agentes das diferentes forças políticas não foram capazes, ao longo de quatro décadas, de dignificar a democracia e enobrecer as campanhas eleitorais, demonstrando ser incapazes de adoptar um comportamento respeitável uns para com os outros, muito mais preocupados em defender interesses pessoais a qualquer preço, entrando no jogo do "vale tudo", desde mentir, injuriar e caluniar, do que pugnar pelos interesses do País, falando verdade, somente verdade.

Os agentes dos diferentes partidos utilizam o período de campanha eleitoral para atacar os adversários com todo o tipo de acusações e golpes baixos, em vez de procurarem esclarecer os eleitores sobre os grandes problemas do País e a forma mais adequada para os resolver, apresentando soluções.

Tal atitude obrigou os portugueses a detestar os políticos e a desinteressarem-se da actividade política, como o têm demonstrado as últimas eleições, onde a abstenção tem sido rainha e senhora e vencido por larga margem.

A classe política tem transmitido muitos maus exemplos aos portugueses e é a principal responsável pela degradação económica a que chegou o País e, consequentemente, do crescente mal estar da população. Os políticos têm sido anti-patriotas, incompetentes e irresponsáveis e parte deles, corruptos, incapazes de governar com acerto e transparência, produzir riqueza e distribuí-la com equidade e justiça. Todos os governos têm sido maus demais, na defesa dos interesses do País, mas competentíssimos a zelar pelos seus, razão pela qual têm agravado sucessivamente a situação económica, aumentando exponencialmente a dívida pública.

Em tempo de eleições, a classe política repete, vergonhosamente, comportamentos condenáveis já anteriormente censurados, não se importando em se expor e lavar na praça pública, carradas de roupa suja, que guardam e conservam religiosamente no seu íntimo, para estas ocasiões, na esperança de que essa actuação capte a simpatia dos eleitores e lhes acrescente mais alguns votos nas urnas.

Puro engano. Os portugueses estão fartos da mediocridade dos políticos e detestam a sua forma de fazer política, assente na mentira, no enjeitar de responsabilidades e na acusação aos adversários. Esquecem-se que os portugueses, na sua grande maioria, já têm uma opinião formada acerca dos principais dirigentes políticos da nossa praça, muitos dos quais se mantêm no activo desde a alvorada democrática e têm também uma ideia clara sobre os partidos a que pertencem, suficiente para decidir onde colocar o seu voto no dia das eleições.

Todos os partidos têm a sua base de apoiantes, os quais, só em circunstâncias excepcionais são capazes de alterar o seu sentido de voto. Estas eleições não são excepcionais mas devem recompensar aqueles que tiveram a árdua tarefa de evitar a bancarrota do País; nesse sentido, os resultados eleitorais de 4 de Outubro não serão muito diferentes daqueles que foram obtidos no dia 5 de Junho de 2011.

E oxalá que assim seja, para consolidação da retoma económica do País e do bem-estar dos portugueses, que depois da vida difícil por que passaram, bem merecem ser felizes.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

OS MAIORES CRIMES ECONÓMICOS FORAM PRATICADOS NA BANCA

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É ao nível da Banca que se têm cometido os maiores crimes económicos em Portugal, à custa de esquemas de negócios fraudulentos e corruptos, levados a cabo pelos seus administradores, em conluio com entidades públicas e privadas com as quais tinham relações privilegiadas.

Estamos habituados a ver diariamente cidadãos que são acusados, julgados e condenados por crimes menores que não põem em causa a estabilidade económica do País nem tão pouco contribuem para o empobrecimento dos portugueses. Desgraçadamente, não vemos julgadas e condenadas as pessoas que administraram ruinosamente a maioria dos bancos e todos aqueles que beneficiaram dos favores desses administradores.

A Banca funcionou durante quase todo o período democrático sem lei nem roque, sem qualquer tipo de regulação e o resultado foi o que todos os cidadãos portugueses puderam constatar: uma multidão de abutres bem relacionados, de todas as áreas de actividade do País, a sacar fraudulentamente milhões de euros emprestados dos Bancos, para engrossarem as suas fortunas pessoais, sem qualquer intenção de algum dia amortizarem tais empréstimos.

Foi esta criminosa pouca vergonha que levou a totalidade dos bancos portugueses a uma situação de falta de liquidez que culminou com a nacionalização do BPN (Banco Português de Negócios) e do BPP (Banco Privado Português) e com a insolvência (falência) do BES (Banco Espírito Santo), operações que custaram aos cofres do Estado milhares de milhões de euros, dinheiro que podia e devia ter sido utilizado para aliviar a angustiante austeridade que atingiu os portugueses nos últimos quatro anos.

A Banca, toda a Banca, perdeu a pouca credibilidade que tinha mas longe de arrepiar caminho, continua a actuar de forma agressiva e mentirosa, enganando tudo e todos, mas mais facilmente os incautos. Os exemplos de um passado recente de nada serviram porque os métodos não foram alterados.

Colocar as poupanças à guarda de um Banco, é hoje uma opção arriscada porque de um momento para o outro, o dinheiro desaparece da conta, vítima da acção dos hackers ou de outra qualquer operação de pilhagem e a administração não se responsabiliza. Por outro lado, também em caso de falência, todos sabemos qual é o resultado: a grande maioria fica sem o dinheiro porque o valor total do património não cobre uma grande parte dos encargos com os depositantes.

Se dúvidas houvesse sobre o funcionamento  fraudulento dos Bancos, o caso BES acabou por dissipá-las completamente, pois todos ouviram dizer aos governantes e aos principais agentes económicos, uns dias antes de falir, que ninguém tivesse receio porque o Banco estava forte e de boa saúde, preparado para resolver todos os problemas. E qual foi o resultado? Bem, o resultado foi dramático, milhares de pessoas foram enganadas e estão agora numa situação económica difícil, vivendo na incerteza de algum dia poderem receber o seu dinheiro, fruto das poupanças de uma vida de trabalho.

Os Bancos já me enganaram, já me mentiram e já me causaram danos patrimoniais consideráveis. Atrapalharam a minha vida mas felizmente não me liquidaram. Deu para aprender a lição e chegar à única conclusão possível: "vale mais um pássaro na mão do que dez a voar" ou ainda reflectir no seguinte provérbio: "quem tudo quer tudo perde".

Tudo quanto se faz na vida, tem que ser feito com a máxima segurança e na verdade, com os Bancos não é possível fazer nada com segurança.


terça-feira, 15 de setembro de 2015

DR. ANTÓNIO COSTA, O TEMA EMIGRAÇÃO MERECE MAIS RESPEITO



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O Secretário-Geral do Partido Socialista, em situação de desespero, deita mão a todos os temas para fazer campanha eleitoral e atacar a coligação que governa, mesmo que a utilização de muitos dos temas não faça qualquer sentido e acabem por descredibilizar e ridicularizar quem tem o desplante de os utilizar.

O Dr. António Costa ao atacar o governo com o tema da emigração com o objectivo de lhe causar embaraços e caçar os votos dos portugueses nas próximas eleições legislativas de 4 de Outubro, está a lavrar em crasso erro porque o problema da emigração não é um problema dos nossos dias nem deste governo, mas antes uma herança genética que começou praticamente com a fundação do Reino de Portugal, há cerca de nove séculos.

O Dr. António Costa não deve gostar mesmo nada da brilhante História de Portugal e dos feitos gloriosos dos nossos antepassados que preenchem as suas páginas. Se gostasse, saberia com certeza que os portugueses começaram a rumar a outras paragens espalhadas pelo mundo, por volta do século XII, primeiro na Europa e depois pela África, América, Ásia e Oceânia, fundando Países e construindo cidades, tendo demonstrado ao longo dos séculos uma criatividade e uma capacidade de trabalho ímpar que muito contribuíram para o desenvolvimento dos locais onde se fixaram.

Mas o Dr. António Costa como não gosta da História de Portugal, nada sabe desses feitos gloriosos dos milhões de portugueses emigrantes espalhados pelo mundo nem tão pouco o que foi o período da expansão imperial e colonial. Não sabe, portanto, que Portugal é, por natureza, um País de emigrantes. Foi assim durante a monarquia e continuou a sê-lo na Primeira e na Segunda República e não acabou com a instauração da democracia na alvorada de 24 de Abril de 1974.

E porque haveriam de deixar de emigrar os portugueses, agora que o Mundo se tornou numa pequena aldeia global, tudo à distância de um click, tudo facilitado com a livre circulação de pessoas e bens e com  os locais mais longínquos do planeta a uma distância de meia dúzia de horas?

Agora é fácil emigrar, ao contrário do que acontecia no passado. Hoje é tudo perto mas antigamente era tudo longínquo e extremamente difícil de alcançar. O Dr. António Costa, por muito que critique e clame pelo regresso dos emigrantes, sabe que não o vai conseguir e até aposto que quando acabar a campanha eleitoral nunca mais se vai lembrar do tema.

O Secretário-Geral do Partido Socialista pensa uma coisa e diz outra, na medida em que sabe que os portugueses vão continuar a emigrar e a escolher os Países onde melhor possam atingir os seus objectivos, o que não deixa de ser uma iniciativa louvável, já que é absolutamente legítimo que os portugueses continuem a procurar melhores condições de vida.

Utilizar o tema da emigração para criticar o governo não é sério e demonstra uma enorme falta de responsabilidade e bom senso, sobretudo porque um candidato a primeiro-ministro deve demonstrar que tem capacidade e perfil para desempenhar tão importante cargo.

Um candidato a primeiro-ministro, não pode brincar com o fogo e não pode pedir aos emigrantes, em todos os seus comícios da campanha eleitoral, para regressarem ao País. Um candidato a primeiro-ministro não deve enredar-se em constantes fait divers e conversas da treta; um candidato a primeiro-ministro deve preocupar-se em discutir com seriedade os imensos problemas do País, informando os portugueses como pensa soluciona-los.

Dr. António Costa, respeite os mais de 5 milhões de emigrantes portugueses que labutam por esse mundo fora e remetem, mensalmente, parte das suas poupanças para Portugal. O Senhor sabe que não é possível dar-lhes, aqui , no seu País de origem, uma vida digna.

Por outro lado, se não fosse a emigração, Portugal teria actualmente mais de 40 milhões de habitantes, pois o total de portugueses e luso-descendentes até à terceira geração soma cerca de 31,9 milhões no estrangeiro, segundo um estudo realizado pelo empresário português Adriano Albino, baseado nos portugueses que emigraram para as diversas partes do mundo, entre 1951 e 1965.

Dr. Costa, haja respeito pelos emigrantes portugueses, pessoas extraordinariamente trabalhadoras e corajosas que muito têm ajudado Portugal. Não prometa aquilo que não pode dar. E sobretudo, antes de acusar os outros de não honrarem a sua palavra, lembre-se que prometeu aos munícipes de Lisboa levar o mandato de Presidente da Câmara até ao fim e não o fez. Dizer aos portugueses residentes e emigrados que "palavra dada é palavra honrada", não passa de um chavão demagógico e sem sentido, em tempo de campanha eleitoral.

domingo, 13 de setembro de 2015

O ESTADO ISLÂMICO E O DRAMA DOS MIGRANTES E REFUGIADOS



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Estamos perante uma das maiores tragédias humanas da história da humanidade! Assistimos diariamente, desde há meses consecutivos, ao êxodo de centenas de milhar de pessoas que fogem da guerra que se instalou nos seus países de origem, deixando tudo para trás, com o único objectivo de salvar a vida e alcançar um modo de vida que lhes permita ter paz e viver o dia-a-dia com tranquilidade, longe dos horrores da guerra e das desesperantes carências que ela gerou.
 
Fogem de uma região onde vigora a lei do mais forte e onde se mata por matar, sem razão ou culpa formada, sem qualquer respeito pela dignidade humana. Os relatos que chegam através da imprensa são de uma violência horrenda; a barbárie instalou-se naquela região do globo onde matar se tornou uma prática diária, sendo que uma grande percentagem dessas mortes dizem respeito a pessoas inocentes que nada fizeram para iniciar a guerra nem para merecer tão desumano tratamento.
 
Naquela região anda um monstro à solta que decapita as pessoas e destrói património único, de valor incalculável, pertença da humanidade. O monstro existe porque alguém o criou. Então quem criou o monstro? Em meu entendimento, os responsáveis pela existência do monstro, são aqueles que invadiram o Iraque e a Líbia e mataram os seus líderes, Saddam Hussein e Muammar Kadafi e que interferiram nas políticas de governação da Síria, originando uma sanguinária guerra civil.
 
A causa da entrada em acção do EI, tem a ver com a instabilidade governativa e a situação de guerra civil que se gerou naqueles países, tudo por culpa da intervenção de americanos e europeus nos seus assuntos internos, os quais assistem agora indiferentes, com uma passividade criminosa, à horrenda matança praticada pelo Estado Islâmico, permitindo o seu avanço e causando a deslocação e fuga de milhões de pessoas em condições miseráveis, muitas das quais morrem antes de chegarem à segurança de um porto de abrigo.
 
Vejo, com bastante tristeza, movimentos anti-refugiados, gente que protesta e se opõe à entrada dessas pessoas em Portugal. Tal atitude representa uma vergonhosa falta de solidariedade e uma insensibilidade sem limites. Eu sei do que falo. Vivi momentos dramáticos inenarráveis aquando da "exemplar descolonização" portuguesa, na altura, com 2 filhos de tenra idade (18 meses e 3 anos).

Esse trágico acontecimento atingiu violentamente mais de um milhão de portugueses, também eles vítimas de movimentos anti-retornados/refugiados, nome por que ficaram conhecidas as pessoas que regressaram a Portugal, fugindo de um País que amavam mas que tiveram que deixar à pressa para salvar a vida, visto que eram procurados e presos a meio da noite sem culpa formada, condenados e assassinados. As autoridades portuguesas demitiram-se das suas responsabilidades e de forma covarde, abandonaram a população portuguesa que vivia e labutava nas ex-colónias à sua sorte, permitindo que muitos fossem maltratados, humilhados e barbaramente assassinados e, simultaneamente, fossem  espoliados dos seus bens.
 
Quem passou por tão dramática provação, compreende a situação desesperada em que se encontra a grande maioria dos refugiados e só pode ter uma atitude: total compreensão, sensibilidade e solidariedade, disposto a colaborar com as autoridades portuguesas para proporcionar aos refugiados que vierem para o nosso País o maior conforto possível e uma vida normal, dando-lhes a possibilidade de adquirir a nacionalidade portuguesa, caso seja essa a sua vontade e refazer a sua vida familiar e profissional.

O País tem uma população envelhecida e uma fraquíssima densidade populacional. A fixação de refugiados poderia ser uma boa solução para travar o decréscimo dessa densidade e aumentar a população activa, factor muito importante para o desenvolvimento do País e criação de riqueza.

Pela minha parte, os refugiados são bem vindos.
 .
 

sábado, 12 de setembro de 2015

DEBATE TELEVISIVO PASSOS/COSTA - "A MONTANHA PARIU UM RATO"

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Poderemos dizer sem qualquer embaraço ou indecisão, relativamente ao frente-a-frente televisivo Passos/Costa que "a montanha pariu um rato". Se havia portugueses mal esclarecidos e indecisos, a fraquíssima prestação dos dois entrevistados, não alterou essa situação e creio até que, nalguns casos, o grau de indecisão aumentou.
 
Para quem vaticinou que este debate seria decisivo para o desfecho das legislativas, a decepção não poderia ser maior porque na realidade, nenhum dos entrevistados se preocupou em falar dos problemas reais do País e de esclarecer os portugueses. Às perguntas objectivas dos jornalistas das três estações televisivas presentes, os representantes da Coligação "Portugal à Frente" e do Partido Socialista não responderam directa e correctamente às perguntas formuladas, refugiando-se em respostas evasivas, fugindo ao tema e queimando o tempo a responder aos argumentos acusatórios mais fortes que cada um ia trazendo ao debate.
 
Incompreensivelmente, Passos Coelho, aquele que na prática estaria mais preparado para este debate, face ao meritório trabalho que realizou, em condições dificílimas, nos últimos quatro anos e, ao mesmo tempo, face às imensas fragilidades do adversário e do próprio Partido Socialista que caiu em desgraça em consequência da ruinosa e trágica governação socrática que obrigou Portugal a pedir um empréstimo externo para poder honrar os seus compromissos e da qual António Costa não se demarcou.

Mas Passos Coelho também não soube afrontar o adversário por causa da sua entusiástica colagem à vitória do Syrisa na Grécia e aos elogios que teceu ao seu líder Alexis Tsipras, vitória essa que redundou num decepcionante fracasso e que obrigou o Primeiro-Ministro Tsipras a demitir-se ao fim de meia dúzia de meses para convocar eleições antecipadas, deixando a Grécia numa situação agonizante, à beira de um colapso total.

Dada a estratégia agressiva com que Costa se apresentou no debate, Passos Coelho deveria ter adoptado a mesma atitude e contra-atacar, utilizando as mesmas "armas" e trazendo à discussão os temas em que o adversário tem necessidade de corar e perder a calma. Se o tem feito, o contra-ataque poderia ter sido demolidor, quase "mortífero".

Na verdade, o debate foi muito fraquinho e nenhum dos candidatos ganhou coisíssima nenhuma. A imprensa, jornalistas e comentadores, empolaram exageradamente o debate televisivo, alimentando as televisões e os jornais antes, durante e após os dias que o precederam, explorando o tema até à exaustão  e chegando com impressionante precisão científica... à conclusão que Costa ganhou o debate em todos os aspectos, tendo sido o preferido dos mais idosos, dos jovens e dos de meia idade, tendo Passos Coelho, pelos vistos e segundo a visão científica da imprensa, seduzido a simpatia das mulheres, as quais lhe garantiram a vitória feminina, uma espécie de prémio de consolação.

Nesta coisa da política, nem tudo o que parece é. A realidade por vezes é desvirtuada, já que tudo está dependente do grau de independência dos jornalistas e comentadores, os quais acabam sempre por pintar o quadro dos acontecimentos de acordo com as cores ideológicas que defendem.

Ao contrário da grande maioria dos jornalistas e comentadores que achavam o debate decisivo, penso que o debate não decidiu nada porque a maioria dos portugueses já sabe há muito em quem vai votar. Um debate de 1 hora, em que nenhum dos intervenientes respondeu concretamente às perguntas dos jornalistas e que, portanto, não esclareceu nada, não vai alterar o sentido de voto dos portugueses e a ideia que têm sobre o que Passos Coelho e António Costa fizeram de bem ou de mal, ao longo dos últimos 4 anos.

Pessoalmente, imagino quão difícil foi governar o País e evitar a bancarrota, reconhecendo ao actual 1º ministro muita coragem e persistência mas também muito empenho, capacidade de decisão e uma boa dose de responsabilidade patriótica.

No que diz respeito a António Costa, sei muito bem em que circunstâncias ganhou a Presidência da Câmara Municipal de Lisboa e de que forma chegou a Secretário-Geral do Partido Socialista; mas sei também da oposição feroz que fez ao Governo, criticando por criticar e negando toda e qualquer colaboração para ajudar a resolver os graves problemas do País. Por outro lado, fez parte e apoiou as políticas governativas de Sócrates, às quais parece querer dar continuidade, uma vez que até ao momento, a menos de um mês das legislativas, ainda se não demarcou, clarificando de vez a sua posição.

Avaliando o desempenho de Passos Coelho como Primeiro-Ministro e de Costa, na qualidade de Secretário-Geral do maior partido da oposição, ao longo dos últimos 4 anos, não tenho dúvidas acerca do símbolo que vou identificar e escolher no boletim de voto, no próximo dia 4 de Outubro.

Portugal necessita de estabilidade governativa. Interromper, neste momento, o ciclo governativo da Coligação, antes de consolidadas as suas medidas económicas, seria uma aventura perigosa, porque seria jogar no escuro e trocar o certo pelo incerto.

Eu sempre afirmei que a dissolução da Assembleia da República e a destituição do governo de Santana Lopes, levada a cabo por Jorge Sampaio, foi um erro monumental e o princípio da trágica austeridade que atingiu os portugueses, como se veio a comprovar, tendo em conta o desastre que foi a governação de José Sócrates. É preciso evitar outra aventura do género, porque o País, desta vez, sucumbiria a tal maldição.



 
 

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

BENFICA - RUI VITÓRIA COMETEU OS MESMOS ERROS NOS 3 JOGOS REALIZADOS


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Não se compreende como é que a equipa do Benfica consegue fazer os primeiros 3 jogos da época 2015/2016, jogando tão mal e cometendo precisamente os mesmos erros. É que, na realidade, o povo diz e com muita razão que "na primeira todos caem; na segunda, cai quem quer e na terceira, só cai quem é tolo.

Pois bem, Rui Vitória, o treinador do Benfica, fez questão de cometer sempre os mesmos pecados nos três jogos: jogar lento, sem pressing, deixando jogar o adversário no seu meio campo e demonstrando uma enorme dificuldade em organizar jogadas de ataque. Por outro lado, a equipa tem dificuldade em ter posse de bola e em fazê-la circular. Dado que nos 3 jogos foram cometidos os mesmos erros, é caso para dizer que o treinador encarnado não aprendeu com os mesmos.

Senão vejamos alguns exemplos:

No primeiro jogo, contra o Estoril, o Benfica entrou em campo para ver jogar o adversário, uma equipa que fez uma excelente primeira parte, graças à apatia dos jogadores encarnados e só não se adiantou no marcador por manifesta falta de sorte. Recordo que as equipas chegaram empatadas ao intervalo e que a vitória do Benfica se concretizou nos últimos 15/20 minutos de jogo, com o primeiro golo a surgir aos 74 minutos, marcado pelo grego Mitroglou. O resultado de 4-0 é exagerado, atendendo ao que se passou dentro das quatro linhas, pois todos viram como o Estoril se bateu de igual para igual, tendo criado algumas boas oportunidades de golo que não conseguiu concretizar.

No segundo jogo, contra o Arouca, um Clube que subiu a época transacta, pela primeira vez ao escalão maior do futebol nacional, em campo neutro, o Benfica entrou em campo, uma vez mais, para ver jogar o adversário e aos 2 minutos de jogo já perdia por 1-0. Tal como na partida da 1ª jornada, o Benfica entrou lento, sem fio de jogo, desconcentrado e sem ideias. Por sua vez, o Arouca, entrou no jogo com determinação, disputando todos os lances com grande empenhamento, impedindo a equipa encarnada de se organizar e criar lances de perigo junto à sua área. O Benfica fez uma primeira parte horrível e o Arouca até podia ter ampliado a vantagem nesse período mas o 1-0 manteve-se até ao final da partida, não tendo a equipa lisboeta sido capaz de alterar o resultado nos restantes 88+5 minutos de tempo de jogo, após a marcação do golo adversário.

No terceiro jogo, mais do mesmo. O Benfica a jogar em casa, entrou em campo com a mesma atitude demonstrada nos dois jogos anteriores: lento, preguiçoso e displicente, permitindo que a equipa do Moreirense jogasse  no seu meio campo, impedindo eficazmente que os jogadores encarnados trocassem a bola e saíssem em ataque organizado, através de forte pressing.

Dessa moleza displicente, resultaram várias jogadas perigosas protagonizadas pela equipa de Moreira de Cónegos, a qual acabou mesmo por inaugurar o marcador aos 30 minutos, resultado que se manteve até ao final da 1ª parte, visto que os jogadores encarnados continuaram a jogar na mesma toada morna, tendo até pertencido aos forasteiros a melhor situação para ampliar o marcador.

Depois, na segunda parte, a equipa benfiquista entrou mais determinada e foi atrás do prejuízo, melhorando o seu sistema de jogo e actuando com mais velocidade, mais acerto no passe e mais pressing sobre o adversário. Essa maior dinâmica permitiu-lhe chegar ao empate e depois colocar-se na situação de vencedor. O Moreirense ainda chegaria ao empate (2-2), devido a um erro clamoroso da equipa de arbitragem que não sancionou um fora-de-jogo escandaloso ao jogador Cardozo, aos 84 minutos.

Estava escrito que o Benfica haveria de sofrer muito para sair vitorioso deste encontro com o Moreirense, por culpa própria, mas o golo milagroso surgiu finalmente aos 87 minutos, apontado por Jonas, quando os adeptos já abandonavam o estádio e se resignavam com o empate.

Perante tão fracas exibições do actual bicampeão, é caso para perguntar por onde anda a raça e aquela diabólica mística benfiquista que tantas jornadas de glória proporcionou ao SLB e aos seus milhões de adeptos. Ainda se lembram da expressão "Inferno da Luz" e da velocidade a que eram jogados os primeiros 15/20 minutos de jogo? Era nesse período que o Benfica destroçava os adversários e, na maior parte dos jogos, construía o resultado.

É preciso voltar rapidamente a esses velhos tempos, incutindo na equipa e na cabeça dos jogadores esse espírito atacante, por forma a podermos reviver esse espectacular início de jogo, denominado, "20 minutos à Benfica" e a conquistar de novo o respeito dos adversários.