terça-feira, 27 de março de 2012

OS ÁRBITROS PEDEM MAIS RESPEITO


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Os árbitros admitem parar na 26.ª jornada dos campeonatos profissionais de futebol caso não exista contenção verbal por parte de dirigentes, jogadores e treinadores pois essa jornada contempla dois encontros que podem ser decisivos para a conquista do título: o Sp. Braga - FC Porto e o Sporting - Benfica.
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Segundo a imprensa, a decisão foi comunicada após uma reunião de cerca de três horas entre vários árbitros internacionais e uma delegação da Associação de Árbitros de Futebol Profissional (APAF), com a direcção da FPF, na sequência de vários episódios de contestação a arbitragens e da publicação na internet de dados pessoais dos 25 árbitros das competições profissionais.
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Por sua vez, o Presidente da Federação Portuguesa de Futebol declarou que se existirem declarações que ponham em causa a honorabilidade, a honestidade e a dignidade da arbitragem, não pode garantir que o futebol português não páre efectivamente na 26ª jornada. 
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Este assunto da arbitragem já tem barbas, lembro-me da contestação aos árbitros desde criança e ao longo da minha vida que já tem mais de seis décadas, presenciei actuações escandalosas, tantos foram os erros cometidos durante o jogo, sempre em prejuízo da mesma equipa.
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Há arbitragens que é quase impossível não indignarem jogadores, treinadores, dirigentes e massa adepta e, por outro lado, não causarem mesmo sérias suspeitas.
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Toda a gente repara, jornada após jornada que não há uniformidade de critérios, na marcação de grandes penalidades, nas admoestações com cartões amarelos ou vermelhos, nos divversos tipos de faltas e no tratamento dos próprios jogadores. A uns, os árbitros permitem todo o tipo de prevaricação dentro das quatro linhas e outros são penalizados por tudo e por nada.
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Basta esta gritante desigualdade de tratamento relativamente aos jogadores das duas equipas em campo, para criar casos e descontentamentos em quase todos os jogos.
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Pessoalmente, gostaria de acreditar que nenhum árbitro age de má fé mas sinceramente, depois de tudo quanto já testemunhei com os meus olhos, é muito difícil.
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Os árbitros reclamam respeito. Muito bem, acho uma exigência razoável. Quem é que não gosta de ser admirado e respeitado?
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Porém, com a minha experiência de vida, aprendi uma coisa muito simples: o respeito não se impõe nem se compra no supermercado ou ao balcão de um qualquer estabelecimento. O respeito conquista-se com o exemplo de dignidade, competência e seriedade que conseguimos transmitir a quem nos observa, em todos os actos que realizamos.
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Se o nosso trabalho é mau e não é bom exemplo para ninguém, é provável que apareça quem nos falte ao respeito. No caso dos árbitros, é tudo muito mais visível e escrutinado, com a agravante de estarem a lidar com adeptos dos diferentes clubes e claro, se beneficia uns, é lógico que prejudica outros e, normalmente, quem é beneficiado, fica caladinho como um rato mas quem é prejudicado, contesta e desrespeita os árbitros.
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Em minha modesta opinião, os homens do apito deviam fazer mais workshops sobre arbitragem e treinarem muito bem os aspectos da UNIFORMIDADE DE CRITÉRIOS dentro das quatro linhas.
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Se melhorassem substancialmente nessa matéria, então uma boa parte da contestação e do desrespeito não teria razão de existir e os senhores árbitros colheriam o respeito e a simpatia da grande maioria dos desportistas.
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Pensem nisso!!!
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Todas as profissões são nobres desde que sejam desempenhadas com total nobreza de carácter.

quinta-feira, 22 de março de 2012

MAIS UMA GREVE GERAL DA CGTP, INOPORTUNA E INCONSEQUENTE

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A CGTP está imparável, ainda esta greve não terminou nem foi feito o seu balanço e já o seu Secretário-Geral, Arménio Carlos, anunciou novas lutas para o próximo mês!
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Caramba! O homem está com uma pedalada danada!
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O que faz correr o recém-eleito Secretário-Geral da CGTP? Quais são os seus verdadeiros objectivos?
  1. Melhorar as condições de vida dos trabalhadores?
  2. Afrontar a actuação do actual Governo?
  3. Mostrar trabalho às cúpulas do PCP?
Sinceramente, só se for mesmo esta terceira hipótese, porque no 1º caso, as actuais greves só pioram as condições de vida dos trabalhadores e quanto à 2ª hipótese, as greves da CGTP também não causam qualquer mossa ao Governo porque a grande maioria dos portugueses compreende e aceita as difíceis medidas que está a tomar por causa da frágil situação económica em que se encontra o País, herdada do anterior Executivo.
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Neste assunto das greves, há sempre quem esteja a favor e contra. Eu alinho ao lado daqueles que condenam a actuação da CGTP pelo facto de empurrar os trabalhadores para uma greve, que sabe os vai prejudicar.
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Claro que a conjuntura em que vivemos é muito difícil e os trabalhadores estão a pagar um preço demasiado alto. Claro que é injusta a situação. Claro que não foram os trabalhadores os principais culpados da crise em que estamos mergulhados. Claro que os trabalhadores têm toda a razão para fazer greve e reivindicar melhores condições de vida. Claro que sim.
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Porém, para se reivindicar, é necessário ter a certeza que há condições mínimas para que as nossas exigências possam ser satisfeitas, o que não é o caso. Então a greve, neste caso, é um mero exercício político para atingir outros fins que não o de acautelar o bem-estar dos trabalhadores.
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De resto, a greve foi um fiasco. Se há 700.000 desempregados, bastava que um terço desses trabalhadores dessem a cara para que pudesse ser organizada uma grande manifestação mas nada disso aconteceu porque a maioria dos serviços públicos funcionou.
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Em dia de greve, há sempre uns quantos que teimam em dar nas vistas pelos piores motivos, nomeadamente, não cumprindo as lei e desobedecendo às autoridades  e hoje, como não podia deixar de ser, voltou a haver confrontos com as forças policiais.
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Não sou a favor da desordem e do caos e muito menos daqueles que apregoam e incentivam tais métodos; acredito até que quando o povo acordar de vez, quando esse povo trabalhador se cansar de tanto ser usado e manipulado, essas organizações têm os dias contados.
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Numa verdadeira democracia, não eram necessárias tantas organizações sindicais nem tantos milhares de sindicalistas. Um País para ser economicamente forte e produtivo e poder recompensar justamente quem trabalha, precisa efectivamente de mais trabalhadores e menos sindicalistas.

sábado, 17 de março de 2012

"FALTA DE LEALDADE INSTITUCIONAL", CRITICA CAVACO SILVA


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Depois das críticas organizadas e ferozes da elite socialista ao Prefácio do Presidente da República no livro de intervenções “Roteiros VI”, com data de 9 de Março de 2012, veiculadas pela imprensa diária, fiquei bastante curioso e não descansei enquanto não li na íntegra o referido prefácio.
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De facto, depois de ler o documento, que reproduz fielmente a actuação do actual Presidente da República relativamente aos muitos alertas de (des)governação que fez ao Executivo socialista, percebo perfeitamente o desnorte, a irritação e a histeria que reina no partido da rosa relativamente ao conteúdo do referido prefácio porque elas, as críticas, lhe assentam que nem uma luva.
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Percebo perfeitamente o contra-ataque desesperado e sem nexo de um partido que colaborou cega e incondicionalmente com a má governação socrática e que infelizmente, mesmo depois do monumental fracasso, continua a defender um ex-Primeiro-Ministro arrogante, fanfarrão e disparatado, merecedor de forte censura e reprovação por parte da maioria dos portugueses.
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Percebo perfeitamente a reacção do maior partido da oposição às verdades inquestionáveis contidas no Prefácio do livro "Roteiros VI", no momento em que são oficialmente divulgadas e conhecidas dos portugueses.
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Percebo perfeitamente que tais verdades doam como golpes profundos de punhal àqueles que, deliberadamente, não quiseram ouvir atentamente o Presidente da República e agir em conformidade, preferindo ignorá-lo e fazer chacota e tábua rasa dos seus avisos.
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Percebo perfeitamente o silêncio do ex-Primeiro-Ministro, lá longe, no seu exílio dourado, gozando dos rendimentos e, ao mesmo tempo, segundo se consta, estudando e valorizando o seu curriculum vitae, tentando compensar uma licenciatura duvidosa conseguida em Portugal, com um diploma passado ao domingo.
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Percebo perfeitamente! E porquê? Porque após 37 anos de democracia, pude constatar que a acção dos partidos se revelou muito nefasta para o País, já que colocam os seus interesses acima de tudo e, por outro lado, representam um encargo para o erário público, suportado pelos impostos de todos os portugueses, insuportável, consumindo sem dúvida uma percentagem considerável do OE.
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Nesse sentido, percebo perfeitamente o comportamento incorrecto do Partido Socialista, porque verdadeiramente, na defesa intransigente dos seus interesses, a todo o custo e sem olhar a meios, não lhe interessa fazer o que está certo porque tal procedimento não defende os seus interesses. Para os partidos, defender os seus interesses, é contrariar sistematicamente o adversário, ainda que este tenha carradas de razão.
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Se os partidos defendessem os interesses do País como defendem os seus, tenho a certeza que Portugal se encontraria numa situação bem mais vantajosa para todos os portugueses.
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As críticas feitas pelo Presidente da República no referido Prefácio à actuação do ex-Primeiro-Ministro Sócrates e ao seu governo, são uma pequena gota de água no imenso oceano se comparadas com o rol imenso de atropelos à lei, mentiras e deslealdades que contribuiram  para o descalabro das finanças públicas e o descrédito do País perante o Mundo.
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O Presidente da República diz que a deslealdade institucional do primeiro-ministro José Sócrates ficará registada na história da nossa democracia. Perante os factos conhecidos, o tratamento dado pelo Chefe de Estado ao ex-responsável pela governação de Portugal que lhe foi desleal e lhe sonegou informação importante para o futuro do País e dos portugueses, é muito, mas mesmo muito lisonjeiro.
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O Presidente da República deveria ter demitido Sócrates logo que confirmou que o mesmo lhe mentiu e lhe foi desleal, já que não teve a coragem necessária para o demitir, ainda no primeiro mandato, pela sua notória incompetência e pelos "casos" em que andou constantemente envolvido: Vale da Rosa, Cova da Beira, Freeport, Face Oculta, Licenciatura, Luis Figo e tantos outros.
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Fui um dos muitos críticos do Presidente da República por não ter rompido com a ruinosa política socrática, ainda no primeiro mandato, já que com tal actuação, teria porventura evitado o recurso de Portugal à ajuda externa e poupado muitos sacrifícios aos portugueses. Porém, esta denúncia, embora tardia, ainda vem a tempo, "mais vale tarde do que nunca", essencialmente porque vem confirmar oficialmente, aquilo que todo o País já sabia há muito.
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Depois deste primeiro passo, é agora absolutamente necessário que o Presidente da República faça a denúncia de toda a política socrática de terra queimada e bancarrota.

quinta-feira, 1 de março de 2012

"ESTE É O MAIOR FRACASSO DA DEMOCRACIA PORTUGUESA"

Um artigo de Clara Ferreira Alves 

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É para mim mais do que evidente que a situação actual de Portugal se deve essencialmente, embora não exclusivamente, à péssima actuação dos sucessivos governantes do pós 25 de Abril de 1974 e aqueles que mais tempo exerceram o poder são, como é óbvio, ainda mais responsáveis.
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Nessa perspectiva, o cidadão Mário Alberto Nobre Soares foi o político português que mais influenciou a vida pública portuguesa nos últimos 37 anos e, ao mesmo tempo, um dos políticos que mais tempo exerceu o poder em Portugal.
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O seu grande poder e influência no País, a todos os níveis, permitiu-lhe fazer muitas coisas à margem da lei que nunca foram investigadas e muito menos sancionadas.
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Embora não tenha grande simpatia pela jornalista Clara Ferreira Alves, faço publicidade ao seu artigo "ESTE É O MAIOR FRACASSO DA DEMOCRACIA PORTUGUESA", publicado no Jornal Expresso, porque nele encontrei retratados e corajosamente denunciados alguns dos muitos "pecados" cometidos pelo ex-Primeiro-Ministro e ex-Presidente da República Mário Soares, repetidamente ignorados pela imprensa e pelo Ministério Público, precisamente por se tratar de alguém a quem ninguém ousou fazer frente.
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Este artigo já o vi publicado em muitos blogues que se interessam pela política, embora o mesmo tenha chegado ao meu  conhecimento através do mail. Eis o seu conteúdo:
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Eis parte do enigma. Mário Soares, num dos momentos de lucidez que ainda vai tendo, veio chamar a atenção do Governo, na última semana, para a voz da rua.
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A lucidez, uma das suas maiores qualidades durante uma longa carreira politica. A lucidez que lhe permitiu escapar à PIDE e passar um bom par de anos, num exílio dourado, em hotéis de luxo de Paris.
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A lucidez que lhe permitiu conduzir da forma "brilhante" que se viu o processo de descolonização.
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A lucidez que lhe permitiu conseguir que os Estados Unidos financiassem o PS durante os primeiros anos da Democracia.
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A lucidez que o fez meter o socialismo na gaveta durante a sua experiência governativa.
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A lucidez que lhe permitiu tratar da forma despudorada amigos como Jaime Serra, Salgado Zenha, Manuel Alegre e tantos outros.
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A lucidez que lhe permitiu governar sem ler os "dossiers".
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A lucidez que lhe permitiu não voltar a ser primeiro-ministro depois de tão fantástico desempenho no cargo.
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A lucidez que lhe permitiu pôr-se a jeito para ser agredido na Marinha Grande e, dessa forma, vitimizar-se aos olhos da opinião pública e vencer as eleições presidenciais.
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A lucidez que lhe permitiu, após a vitória nessas eleições, fundar um grupo empresarial, a Emaudio, com "testas de ferro" no comando e um conjunto de negócios obscuros que envolveram grandes magnatas internacionais.
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A lucidez que lhe permitiu utilizar a Emaudio para financiar a sua segunda campanha presidencial.
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A lucidez que lhe permitiu nomear para Governador de Macau Carlos Melancia, um dos homens da Emaudio.
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A lucidez que lhe permitiu passar incólume ao caso Emaudio e ao caso Aeroporto de Macau e, ao mesmo tempo, dar os primeiros passos para uma Fundação na sua fase pós-presidencial.
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A lucidez que lhe permitiu ler o livro de Rui Mateus, "Contos Proibidos", que contava tudo sobre a Emaudio, e ter a sorte de esse mesmo livro, depois de esgotado, jamais voltar a ser publicado.
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A lucidez que lhe permitiu passar incólume as "ligações perigosas" com Angola, ligações essas que quase lhe roubaram o filho no célebre acidente de avião na Jamba (avião esse carregado de diamantes, no dizer do Ministro da Comunicação Social de Angola).
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A lucidez que lhe permitiu, durante a sua passagem por Belém, visitar 57 países ("record" absoluto para a Espanha - 24 vezes - e França - 21), num total equivalente a 22 voltas ao mundo (mais de 992 mil quilómetros).
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A lucidez que lhe permitiu visitar as Seychelles , esse território de grande importância estratégica para Portugal .
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A lucidez que lhe permitiu, no final destas viagens, levar para a Casa-Museu João Soares uma grande parte dos valiosos presentes oferecidos oficialmente ao Presidente da Republica Portuguesa.
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A lucidez que lhe permitiu guardar esses presentes numa caixa-forte blindada daquela Casa, em vez de os guardar no Museu da Presidência da Republica.
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A lucidez que lhe permite, ainda hoje, ter 24 horas por dia de vigilância paga pelo Estado nas suas casas de Nafarros, Vau e Campo Grande
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A lucidez que lhe permitiu, abandonada a Presidência da Republica, constituir a Fundação Mário Soares. Uma fundação de Direito privado, que, vivendo à custa de subsídios do Estado, tem apenas como única função visível ser depósito de documentos valiosos de Mário Soares. Os mesmos que, se são valiosos, deviam estar na Torre do Tombo.
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A lucidez que lhe permitiu construir o edifício-sede da Fundação violando o PDM de Lisboa, segundo um relatório do IGAT, que decretou a nulidade da licença de obras.
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A lucidez que lhe permitiu conseguir que o processo das velhas construções que ali existiam e que se encontrava no Arquivo Municipal fosse requisitado pelo filho e que acabasse por desaparecer convenientemente num incêndio dos Paços do Concelho.
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A lucidez que lhe permitiu receber do Estado, ao longo dos últimos anos, donativos e subsídios superiores a um milhão de contos.
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A lucidez que lhe permitiu receber, entre os vários subsídios, um de quinhentos mil contos, do Governo Guterres, para a criação de um auditório, uma biblioteca e um arquivo num edifico cedido pela Câmara de Lisboa.
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A lucidez que lhe permitiu receber, entre 1995 e 2005, uma subvenção anual da Câmara Municipal de Lisboa, na qual o seu filho era Vereador e Presidente.
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A lucidez que lhe permitiu que o Estado lhe arrendasse e lhe pagasse um gabinete, a que tinha direito como ex-presidente da República, na... Fundação Mário Soares.
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A lucidez que lhe permite que, ainda hoje, a Fundação Mário Soares receba quase 4 mil euros mensais da Câmara Municipal de Leiria.
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A lucidez que lhe permitiu fazer obras no Colégio Moderno, propriedade da família, sem licença municipal, numa altura em que o Presidente era... João Soares.
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A lucidez que lhe permitiu silenciar, através de pressões sobre o director do "Público", José Manuel Fernandes, a investigação jornalística que José António Cerejo começara a publicar sobre o tema.
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A lucidez que lhe permitiu candidatar-se a Presidente do Parlamento Europeu e chamar dona de casa, durante a campanha, à vencedora Nicole Fontaine.
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A lucidez que lhe permitiu considerar José Sócrates "o pior do guterrismo" e ignorar hoje em dia tal frase como se nada fosse.
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A lucidez que lhe permitiu passar por cima de um amigo, Manuel Alegre, para concorrer às eleições presidenciais uma última vez.
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A lucidez que lhe permitiu, então, fazer mais um frete ao Partido Socialista.
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A lucidez que lhe permitiu ler os artigos "O Polvo" de Joaquim Vieira na "Grande Reportagem", baseados no livro de Rui Mateus, e assistir, logo a seguir, ao despedimento do jornalista e ao fim da revista.
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A lucidez que lhe permitiu passar incólume depois de apelar ao voto no filho, em pleno dia de eleições, nas últimas Autárquicas.
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No final de uma vida de lucidez, o que resta a Mário Soares? Resta um punhado de momentos em que a lucidez vem e vai. Vem e vai. Vem e vai.
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Vai... e não volta mais.