QUE RAIO DE CIVILIZAÇÃO ESTAMOS A CONSTRUIR?

Sim, que raio de civilização estamos a construir? As pessoas são cada vez mais mal formadas ao nível da educação. Todos os dias nos deparamos com situações que revelam isso mesmo, muita falta de educação. Pessoas sem ética, sem moral, sem responsabilidade, descaradas e sem vergonha. 

Hoje em dia, vemos gente que emporcalha os espaços públicos, deixando por onde passa toda a espécie de lixo: papel, beatas, cascas de fruta, equipamentos estragados, roupas que já não querem, máscaras e um sem número de objectos que deviam levar para casa, reciclar e depois depositar nos respectivos contentores municipais.

Mas diariamente, deparamo-nos também com outra situação terrível que demonstra a incivilidade e a falta de respeito pelos outros, quando gente sem escrúpulos passeia os seus animais de estimação e deixa ficar espalhadas pelo território que frequenta, as suas fezes. Não há um espaço público, um jardim, uma rua ou um passeio onde não haja esses montículos de caca de cão, um perigo para a integridade física de quem anda na rua e muito mais ainda para a saúde das crianças que se aventuram a brincar nos jardins.

Em pleno século XXI, estas anormalidades por falta de educação já deviam estar erradicadas e só não estão porque as ideologias que nos governam não querem saber da educação dos cidadãos, a qual devia começar na pré-primária e continuar a fazer parte do ensino até à universidade. Porém, os governos preferem incluir matérias que agradam a uma certa sociedade e mais concretamente aos grupos minoritários e nada acrescentam para resolver os graves problemas de falta de educação. 

Hoje, nas escolas, o que está na moda é discutir a sexualidade, nas suas múltiplas vertentes e dar protagonismo a gays, transsexuais, lésbicas e a todos os grupos que se desviam da principal categoria de orientação sexual da humanidade, a heterossexualidade.

Os governos, em todo o mundo, nada fazem para educar convenientemente as crianças desde tenra idade para os cuidados que se devem ter em conta para viver em sociedade e especificamente quanto à higiene urbana, problemas ambientais e consequentes alterações climáticas. Tudo quanto está a acontecer ao nível das alterações climáticas, é em grande parte provocado pela falta de educação do homem e o grosseiro desrespeito pela natureza.

A política é a coisa mais vergonhosa que existe, a qual não passa de uma coutada dos mais poderosos, cujo objectivo principal é servirem-se dos recursos dos países que governam, em proveito próprio, dos amigos e dos figurantes mais destacados dos partidos a que pertencem. Eles querem lá saber da educação das crianças, o que eles querem é engordar as contas bancárias, quanto mais depressa melhor.

SONDAGENS VERGONHOSAMENTE ENGANADORAS

O que se tem visto ao nível das sondagens é muito mau, decepcionante. As empresas resonsáveis pelas sondagens deviam ser absolutamente independentes e isentas, pois só assim teriam credibilidade as suas projecões antecipadas relativas a qualquer evento político.

Porém. na prática isso não acontece, uma vez que as pessoas que fazem os trabalhos de campo e as respectivas avaliações são, normalmente, figuras proeminentes pertencentes aos partidos políticos, os quais, na hora de tratar correctamente o material que recolheram, acabam por ser tendenciosos, bneficiando o partido A, em detrimento do partido B.

Só assim se compreende que determinadas sondagens tenham começado por atribuir uma maioria absoluta ao candidato do PS à Câmara de Lisboa, quarenta e tal por cento e apenas 26 ou 28 por cento à coligação do PSD. Numa segunda sondagem, continuavam a dar uma vitória folgada a Fernando Medina e na sexta feira, dois dias antes da ida às urnas a sondagem da Católica ainda dava 38% a Medina e 28% a Moedas.

Sinceramente, custa-me imenso compreender como é que na véspera da votação se atribui uma vitória tão expressiva a uma candidatura que acaba por sair derrotada no final da longa noite eleitoral.

É no mínimo estranha esta situação, tanto mais que os grandes equívocos das sondagens, são sempre em prejuízo das forças de centro direita e, na minha óptica, estas manobras de falta de isenção e profissionalismo, terão como objectivo, desmoralizar as hostes adversárias, levando muitas pessoas a desinteressar-se, pelo facto de haver uma tão grande diferença.

Estou contentíssimo com a vitória do Engº Carlos Moedas porque o actual presidente, para além de prepotente e mal educado, não possui capacidade para governar a capital do País e nestes seis anos de reinado fez uma série de asneiras que o seu sucessor vai ter que corrigir.

Fez-se justiça em Lisboa,em Coimbra e até no Funchal, nada tendo valido ao António Costa as imensas promessas que fez e o apoio pessoal que deu aos autarcas concorrentes.

Eu tenho esperança que o que se passou nestas autárquicas tenha continuação nas próximas legislativas e que o PS sofra uma imensa derrota em benefício das forças de direita porque com as esquerdas a governar o País, o futuro seria cada vez mais incerto e difícil.

HÁ NÓDOAS QUE NEM A MORTE CONSEGUE APAGAR

Criou-se esta ideia no comum dos mortais que depois da morte todas as pessoas são boas criaturas. Ora, comigo as coisas não funcionam assim. Se em vida alguém foi um criminoso, após a morte, para mim, esse alguém continuará a ser lembrado como um criminoso. A morte não indulta ninguém, quando muito, em certas circunstâncias, acaba com os remorsos ou problemas de consciência daqueles que cometeram os crimes.

Hoje, 10 de Setembro de 2021, morreu aquele que em vida foi um destacado membro do Partido Socialista e que entre muitos cargos que desempenhou ao longo da sua carreira política, destaco os de Presidente da Câmara Municipal de Lisboa e Presidente da República, cargo onde teve um papel de descarado favorecimento do Partido Socialista que naquela época se encontrava em frangalhos e, depois, influenciou a carreira vitoriosa de José Sócrates até chegar a primeiro ministro, com as consequências trágicas que os portugueses conhecem.

Sócrates não tinha perfil para o cargo de primeiro ministro, tal como veio de imediato a revelar-se: prepotente. mal educado, mentiroso, trafulha, arruaceiro e o maior corrupto de todos os tempos, o qual, ao longo da sua governação delapidou as finanças públicas, em benefício próprio e dos seus amigos socialistas, empobrecendo também a grande maioria dos portugueses, aos quais roubou a alegria de viver e a esperança num amanhã melhor.

Jorge Sampaio usou a "bomba atómica" para derrubar um governo com maioria na Assembleia da República, sem nunca ter explicado muito bem porque o fez. Falou, na altura, em trapalhadas, mas nunca em negócios ruinosos e corrupção como aconteceu ao longo do mandato socrático. Trapalhadas como as que têm sido protagonizadas pelos governos de António Costa, eu nunca vi e, no entanto, para o actual Presidente da República, está tudo bem, não se passa nada.

Ele nunca disse com clareza que coisas terríveis teriam sido praticadas pelo governo de Santana Lopes que justificassem o derrube do governo e a dissolução da Assembleia da República. Ele nunca o disse porque essas razões nunca existiram. O que havia, era uma forte pressão do Partido Socialista que não aprovou o facto de Sampaio ter dado posse a um governo liderado pela direita, facto que até levou à demissão de Ferro Rodrigues do cargo de Secretário Geral do Partido Socialista.

Ora, Sampaio, não tendo feito o que os socialistas queriam logo após a saída de Durão Barroso para ocupar o cargo de Presidente da CEE, acabou por fazer as pazes com o Partido, quatro meses mais tarde, demitindo o governo e dissolvendo o Parlamento.

Esta decisão completamente errada, na tentativa de ajudar o Partido Socialista a chegar ao governo, custou ao País uma factura incomensurável e, por tabela, destruiu a vida de uma grande percentagem das famílias portuguesas. Nesse sentido, a figura pública que hoje desaparece do número dos vivos, deixa um legado negativo que o deve ter atormentado nos últimos anos e que agora termina.

Pode agora o poder político, o Governo e o Estado conceder-lhe todas as homenagens e honrarias que entenderem que jamais conseguirão limpar a nódoa negra que foi a actuação do ex-Presidente da República no processo de destituição do governo liderado por Pedro Santana Lopes.

Ainda assim, paz à sua alma.