Imagem retirada do Google
Todas as pessoas têm amigos, umas mais do que outras, mas há circunstâncias em que esses amigos são postos à prova, especialmente quando somos vítimas de uma grande tragédia. De facto, é nos momentos mais adversos e mais trágicos que é possível avaliar com mais rigor quem são os nossos verdadeiros amigos.
Valer a um amigo na doença e na desgraça e visitá-lo em casa, no hospital ou num estabelecimento prisional, é o dever daqueles que merecem ser dignos dessa consideração.
Nesse sentido, não fico surpreendido com o elevado número de visitas que o ex-primeiro-ministro José Sócrates, preso preventivamente no estabelecimento prisional de Évora sob a acusação dos crimes de fuga ao fisco, corrupção e branqueamento de capitais, recebe todos os dias, pois alguém que abraçou a carreira política desde os primórdios da democracia e que exerceu vários cargos políticos, entre os quais, Secretário-Geral do Partido Socialista, ministro e primeiro-ministro, tem que ter, inevitavelmente, muitos amigos, alguns verdadeiros e outros talvez apenas por afinidade e solidariedade política.
A prisão de José Sócrates transformou o anonimato e a pacatez do estabelecimento prisional de Évora que passou a ser notícia todos os dias nos meios de comunicação social, com jornalistas instalados nas imediações, prontos a interpelar qualquer dos visitantes do preso nº 44, procurando arrancar-lhes opiniões acerca do preso mais famoso do País.
Alguns dos visitantes fizeram declarações cuidadosas, contidas e responsáveis, respeitando a justiça, enquanto outros se permitiram fazer afirmações demasiado imprudentes, lamentáveis e irresponsáveis, ilibando o acusado e achincalhando a justiça.
Todos sabemos que a presunção de inocência significa que toda a pessoa é considerada inocente até ter sido condenada por sentença transitada em julgado. Nesse sentido, José Sócrates, por enquanto e até ser julgado, goza da "presunção de inocência", independentemente do que dizem as visitas, a opinião pública e a comunicação social.
Sabemos que é inédita em Portugal a prisão preventiva de um ex-primeiro ministro ou de outro qualquer governante! Mas alguma vez tinha que acontecer a primeira! O regime democrático só terá futuro e verdadeiramente se justifica se houver justiça e se esta garantir a defesa dos mais fracos e não tiver medo de julgar e condenar os mais fortes, tratando-os de forma absolutamente igual.
Há muita gente à solta que contribuiu para a ruína do País e que devia estar presa, a prestar contas à justiça e é pena que isso não aconteça porque a impunidade para além de desacreditar a justiça, incentiva e anima os impunes a prosseguir as suas actividades criminosas.
Dos amigos, dos verdadeiros amigos, espera-se sensibilidade, compreensão, solidariedade e partilha, nos bons e nos maus momentos. Neste mau momento de Sócrates, é absolutamente natural que os muitos amigos que granjeou ao longo da sua vida o visitem na prisão, uma situação que o ex-líder socialista provavelmente nunca tinha equacionado, pensando que o estatuto de ex-primeiro-ministro o "salvaria" de todas as acusações que lhe eram imputadas.
Pois bem, se a Justiça "teve a coragem" de lhe pedir contas e decretar-lhe a medida de coacção mais gravosa, a prisão preventiva, que todos demonstrem respeito por ele e pela justiça e saibam aguardar as conclusões da fase de inquérito do processo, para ver se se confirmam ou não os crimes de que está acusado.
Deixem a justiça funcionar e fazer o seu trabalho.
Todas as pessoas têm amigos, umas mais do que outras, mas há circunstâncias em que esses amigos são postos à prova, especialmente quando somos vítimas de uma grande tragédia. De facto, é nos momentos mais adversos e mais trágicos que é possível avaliar com mais rigor quem são os nossos verdadeiros amigos.
Valer a um amigo na doença e na desgraça e visitá-lo em casa, no hospital ou num estabelecimento prisional, é o dever daqueles que merecem ser dignos dessa consideração.
Nesse sentido, não fico surpreendido com o elevado número de visitas que o ex-primeiro-ministro José Sócrates, preso preventivamente no estabelecimento prisional de Évora sob a acusação dos crimes de fuga ao fisco, corrupção e branqueamento de capitais, recebe todos os dias, pois alguém que abraçou a carreira política desde os primórdios da democracia e que exerceu vários cargos políticos, entre os quais, Secretário-Geral do Partido Socialista, ministro e primeiro-ministro, tem que ter, inevitavelmente, muitos amigos, alguns verdadeiros e outros talvez apenas por afinidade e solidariedade política.
A prisão de José Sócrates transformou o anonimato e a pacatez do estabelecimento prisional de Évora que passou a ser notícia todos os dias nos meios de comunicação social, com jornalistas instalados nas imediações, prontos a interpelar qualquer dos visitantes do preso nº 44, procurando arrancar-lhes opiniões acerca do preso mais famoso do País.
Alguns dos visitantes fizeram declarações cuidadosas, contidas e responsáveis, respeitando a justiça, enquanto outros se permitiram fazer afirmações demasiado imprudentes, lamentáveis e irresponsáveis, ilibando o acusado e achincalhando a justiça.
Todos sabemos que a presunção de inocência significa que toda a pessoa é considerada inocente até ter sido condenada por sentença transitada em julgado. Nesse sentido, José Sócrates, por enquanto e até ser julgado, goza da "presunção de inocência", independentemente do que dizem as visitas, a opinião pública e a comunicação social.
Sabemos que é inédita em Portugal a prisão preventiva de um ex-primeiro ministro ou de outro qualquer governante! Mas alguma vez tinha que acontecer a primeira! O regime democrático só terá futuro e verdadeiramente se justifica se houver justiça e se esta garantir a defesa dos mais fracos e não tiver medo de julgar e condenar os mais fortes, tratando-os de forma absolutamente igual.
Há muita gente à solta que contribuiu para a ruína do País e que devia estar presa, a prestar contas à justiça e é pena que isso não aconteça porque a impunidade para além de desacreditar a justiça, incentiva e anima os impunes a prosseguir as suas actividades criminosas.
Dos amigos, dos verdadeiros amigos, espera-se sensibilidade, compreensão, solidariedade e partilha, nos bons e nos maus momentos. Neste mau momento de Sócrates, é absolutamente natural que os muitos amigos que granjeou ao longo da sua vida o visitem na prisão, uma situação que o ex-líder socialista provavelmente nunca tinha equacionado, pensando que o estatuto de ex-primeiro-ministro o "salvaria" de todas as acusações que lhe eram imputadas.
Pois bem, se a Justiça "teve a coragem" de lhe pedir contas e decretar-lhe a medida de coacção mais gravosa, a prisão preventiva, que todos demonstrem respeito por ele e pela justiça e saibam aguardar as conclusões da fase de inquérito do processo, para ver se se confirmam ou não os crimes de que está acusado.
Deixem a justiça funcionar e fazer o seu trabalho.