terça-feira, 20 de março de 2018

SERÁ MALDADE OU SERÁ NEGÓCIO?

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Já não é a primeira vez que me deparo com surpresas desagradáveis ao acordar, umas vezes é o carro riscado outras vezes são os vidros partidos. Desta vez foi o óculo traseiro, numa noite de chuva que deixou o interior do carro completamente inundado. 

Sempre que estas coisas acontecem, não posso deixar de pensar: porquê tanta maldade no coração dos homens? Para muitos seres humanos, fazer mal, é o seu desporto favorito. E fazem mal por tudo e por nada, causando incómodos e prejuízos a pessoas que nem sequer conhecem. Chegar a um qualquer sítio e riscar ou partir os vidros de um carro, é um acto ignominioso e covarde, próprio de gente da pior espécie que é capaz de cometer todo o tipo de crimes.

Infelizmente, este tipo de vandalismo prospera no nosso País porque as autoridades não fazem o que devem relativamente aos seus criminosos autores. As autoridades fogem desses gangs como o diabo foge da cruz, deixando que os seus constantes crimes gozem de total impunidade. E não agem, provavelmente, por terem medo dos seus actos de vingança, permitindo, dessa forma, que muita gente inocente seja vítima das suas maldades e, por outro lado, permitem também que essa gentalha se sinta poderosa e intocável e, por isso mesmo, completamente à vontade para continuar a cometer toda a espécie de crimes. ´

Por vezes já fico confuso e até já tenho dúvidas se este tipo de vandalismo não será também um negócio, porque não sejamos ingénuos, alguém vai lucrar com o arranjo dos estragos. Sinceramente, com tudo o que já vi ao longo da minha vida, já nada me admira. Já não é a primeira vez que oiço notícias sobre este tipo de vandalismo, por vezes em dezenas de carros de uma só vez. Será só maldade pura ou haverá outros interesses por detrás?

Deixo no ar a minha dúvida mas adianto que esta coisa de vandalizar com intenção de daí tirar proveito, acontece frequentemente noutros sectores. Não é isso que acontece com uma grande parte dos incêndios que têm devastado as nossas florestas? Não é isso que acontece com gente que mata para receber os seguros das vítimas? Não é isso que sucede com fogos-postos em grandes Empresas para depois poderem receber os respectivos seguros? E não é isso que sucede actualmente, na era da informática, com os vírus e os anti-vírus. Não são as próprias empresas que lançam os vírus para depois facturarem milhões com a venda dos anti-vírus?

Vivemos num mundo louco de grande insensibilidade e crueldade, onde ninguém olha aos meios para atingir os seus fins. Pobres daqueles que são vítimas inocentes destes marginais sem lei nem roque e que sofrem danos materiais e físicos, por vezes irreparáveis.


segunda-feira, 19 de março de 2018

SÃO NECESSÁRIAS MAIS ALBUFEIRAS

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"Não há mal que sempre dure nem fome que não dê em fartura"! A chuva tem caído intensamente ao longo de todo o País desde o início de Março. Neste momento já não há situações de seca em nenhum ponto do País e as albufeiras já se encontram com uma capacidade acima dos 80%.

Portugal é um território com um clima privilegiadíssimo e a natureza tem sido mais que magnânima, uma vez que todos os anos chove abundantemente em todas as regiões do País. Nesse sentido, a falta de água nas albufeiras nos meses de Verão e até do Outono, não tem qualquer tipo de justificação.

A falta de água deve-se à incúria de autarcas e governantes que ao longo das últimas décadas ignoraram as mudanças que se vêm verificando no clima, não tomando medidas compensadoras, construindo mais albufeiras e alargando as que já existem para que a captação e o armazenamento de água aumente significativamente e possa continuar a garantir o regular abastecimento em todo o País.

Em Portugal não se actua preventivamente. Governo e autarquias andam sempre a reboque das tragédias. Nada é feito atempadamente, antes mesmo de surgirem os primeiros indícios de insuficiências. É de facto um péssimo hábito que tem causado grandes tragédias e o consumo desnecessário de grandes somas de dinheiro para reparar o que foi destruído e que podia ter sido utilizado no bem-estar da população.

Depois de tudo o que tem acontecido nos últimos anos devido à carência de água, é necessário que governo e autarquias, em plena sintonia, criem rapidamente projectos para captação e armazenamento de água, ao longo de todo o País para que o bem mais precioso e indispensável à vida humana não falte aos portugueses.

Não podemos continuar a ver correr, imparável e descontroladamente, para o mar, o precioso e necessário  líquido de que tanto necessitamos. 

Governantes e autarcas, acordem e sejam responsáveis e competentes.


quinta-feira, 15 de março de 2018

JUSTIÇA À PORTUGUESA!

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Segundo notícia veiculada pelo jornal Correio da Manhã de 14-03-2018, uma prostituta combinou encontrar-se com um indivíduo no dia 1 de Março de 2015, para uma sessão de sexo. 

Ao chegar à residência combinada no dia e hora marcada, encontrou o namorado da mulher que imediatamente o imobilizou e o amarrou e que depois de lhe roubar todos os pertences e o obrigar a revelar os códigos bancários, o asfixiou até à morte.

Neste caso, foi a prostituta que armou a cilada ao indivíduo, de modo consciente e premeditado. Ela sabia o que ia acontecer ao infeliz e, mesmo assim, levou o embuste até ao fim, entregando o pobre homem nas mãos do namorado assassino. 

Depois, para se verem livres do cadáver, tentaram desmembrar o corpo com uma faca mas não conseguiram. Então utilizaram uma tesoura em aço para cortar o cadáver em dois, depositando depois os restos mortais num terreno baldio, os quais viriam a ser encontrados em Novembro do mesmo ano.

Agora veja-se o desempenho da justiça!:

O Supremo Tribunal de Justiça condenou o criminoso a 16 anos e a criminosa a seis anos de prisão porque os juízes entenderam que a mulher não foi responsável pelo homicídio mas apenas pelo roubo.

No Tribunal de 1ª Instância, o criminoso foi condenado a 22 anos de prisão e a criminosa a 6 anos, porque também o Tribunal de Júri entendeu que a mulher não participou no homicídio. Porém, o Tribunal da Relação condenou a mulher a 20 anos mas o Supremo voltou a reduzir-lhe a pena para os 6 anos.

Então esta mulher não tem tanta ou mais culpa do que o namorado? Não foi ela que preparou a armadilha fatal ao infeliz,  com a promessa de sexo, sabendo como iria terminar toda aquela trágica história? 

Como puderam os juízes encontrar atenuantes no comportamento desta mulher relativamente ao namorado, se os dois arquitectaram e levaram a cabo tão macabro crime? Ela só teria atenuantes se não concordasse com o crime e tivesse feito tudo ao seu alcance para o evitar, o que não foi o caso.

É mais uma nódoa negra na justiça à portuguesa que deve envergonhar alguns dos magistrados que não se revêem em decisões deste tipo.




segunda-feira, 12 de março de 2018

SÉRGIO CONCEIÇÃO! QUE COMPORTAMENTO VERGONHOSO!!!

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No final do jogo Paços de Ferreira/Futebol Clube do Porto, o treinador dos azuis e brancos protagonizou mais uma cena lamentável, para não dizer vergonhosa, ao não ter cumprimentado o técnico do Paços, quando este lhe estendia a mão. Sérgio Conceição, de cabeça perdida, recusou cumprimentar o colega de profissão que educadamente lhe estendia a mão, ao mesmo tempo que lhe dirigia palavras recriminatórias sobre o comportamento da sua equipa durante o jogo que, no seu entender, abusou do anti-jogo.

Sérgio Conceição tem que ter fair play nas vitórias e nas derrotas e tem que saber valorizar o trabalho do treinador e da equipa adversária quando conseguem criar problemas à sua equipa, empatando ou ganhando os jogos. Quando se inicia uma partida de futebol há três resultados possíveis: vitória, empate ou derrota e por muito que custe ao treinador do Porto, a sua equipa não está livre de poder ter uma tarde ou uma noite má, tal como aconteceu em Paços de Ferreira e perder. Na verdade, a equipa do Porto, no jogo de domingo à noite, não teve arte nem engenho para levar de vencida a aguerrida equipa do Paços que lutou muito durante todo o jogo, com as suas armas, para marcar um golo e impedir que a sua baliza fosse violada. Se há alguém culpado de o Porto ter sofrido a primeira derrota nas competições nacionais relativas à época em curso, esse alguém é Sérgio Conceição que não soube  encontrar soluções para contrariar a táctica pacense.

O falhanço da equipa portista foi bem visível durante todo o jogo, ao ponto de ter falhado uma grande penalidade que no entender da maioria dos comentadores desportivos, não existiu falta merecedora de tal castigo.

Ora, nesse sentido, ficou uma vez mais bem patente o mau feitio do treinador portista que não foi capaz de se conter perante o desaire da primeira derrota e reagir com cordialidade e fair play para com o treinador e os jogadores da equipa adversária.

O problema do anti-jogo acontece quase sempre entre as equipas menos cotadas e mais cotadas. O que aconteceu com o Porto, acontece com o Benfica e com o Sporting, frequentemente, quando jogam com as chamadas equipas "mais pequenas".

Há que saber ganhar e há que saber perder. Os adversários têm que ser respeitados. Quem não respeita os adversários, anda a mais no desporto e deve retirar-se. O futebol português necessita de agentes desportivos com ética e com moral que vejam o desporto pelo desporto, sem quaisquer outros interesses associados.

quinta-feira, 8 de março de 2018

GRANDE GENEROSIDADE DA ADMINISTRAÇÃO DOS CTT PARA COM OS SEUS ACCIONISTAS!!!

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Acontecem coisas estranhíssimas neste pequeno País que não dão para entender! O resultado líquido dos CTT em 2017, caiu 56% mas em 2015 já tinha caído cerca de 14% ou seja, em dois anos consecutivos, os lucros baixaram 70%!!!

Incompreensivelmente, face a esses resultados negativos, a administração dos CTT vai dividir pelos accionistas mais do dobro dos lucros! Como é possível que uma Empresa se preste a servir os interesses dos accionistas, entregando-lhes em dividendos mais do dobro dos lucros que obteve em 2017, um montante de cerca de 57 milhões de euros?

Esta actuação da Administração dos CTT é ainda mais incompreensível se nos lembrarmos que os CTT têm estado a fechar dezenas de postos de correios, um pouco por todo o País, ao mesmo tempo que se preparam  para dispensar centenas de funcionários, uns através de acordos indemnizatórios e outros através da reforma antecipada. Para além disso, os novos donos dos CTT não têm poupado o seu património, tendo alienado vários dos seus imóveis, como aconteceu agora com a venda da sua antiga sede por 25 milhões de euros.

Temo que a transacção dos CTT feita pelo Estado para os privados, venha a redundar num verdadeiro suicídio e na sua total destruição. Os CTT eram uma grande Empresa rentável ao serviço dos portugueses. Actualmente, nota-se uma grande deterioração dos serviços, a todos os níveis mas desde logo e mais acentuadamente, na distribuição do correio, sector que não dá conta do recado, acumulando dias e dias de atraso. 

Fechar balcões, reduzir funcionários, vender património, são indícios que pressagiam um futuro muito incerto para os CTT. Oxalá o Estado esteja atento e não permita que mais uma grande Empresa portuguesa seja arruinada, vítima da irresponsabilidade dos seus administradores, como aconteceu com a PT, BES, BPN, BPP, BANIF, não esquecendo também a irresponsabilidade das administrações de toda a banca portuguesa que só não colapsou e faliu, devido às sucessivas injecções de capital feitas pelo Estado, no montante de várias dezenas de milhares de milhões de euros. 

A irresponsabilidade que imperou na banca durante a governação socrática, foi sem dúvida uma das causas da falência económica e financeira que se abateu sobre Portugal e que obrigou a um resgate financeiro no montante de 78 mil milhões de euros.

Nesse período, a supervisão do Banco de Portugal falhou rotundamente e contribuiu também para  os excessos criminosos cometidos pela Banca. Espera-se que tenha aprendido com os erros e não volte a repeti-los para que não venhamos a ter mais bancos falidos e os portugueses de novo a pagar a factura. 

Quanto aos dividendos que os CTT vão pagar aos accionistas, eu não imaginava que era possível distribuir dinheiro que não foi ganho. Imaginava que pudessem ser distribuídos dividendos relativos a uma parte dos lucros mas nunca à sua totalidade ou ao dobro dos lucros! Nesse aspecto, confesso a minha total ignorância.


domingo, 4 de março de 2018

CAMÕES - UM HERÓI INCOMPREENDIDO E INJUSTIÇADO!


Theobald Reinhold Freiherr von Oer, c. 1850, Camões e Jau (Imagem retirada do Google)

No Século XVI, por volta do ano 1524, desconhecendo-se o mês e o dia, nasceu em Lisboa/Coimbra, o maior poeta português de todos os tempos e um dos maiores da humanidade, comparado a Virgílio, Dante, Cervantes e Shakespeare, de seu nome, Luiz Vaz de Camões. Pouco se sabe da vida do Homem/Herói/Poeta. A história diz que nasceu no seio de uma família da pequena burguesia  mas muito pouco se sabe acerca da sua infância, da sua vida académica e das suas aventuras amorosas, boémias e turbulentas.

Dizem que frequentou a corte de D. João III, onde se envolveu em romances amorosos com damas da nobreza e até plebeias mas que, segundo as crónicas da época, não foi bem sucedido e, por via disso, amargurado e frustrado, alistou-se como militar para ir combater para África, tendo aí perdido o olho direito.

Encontrado em Moçambique por Diogo Couto, em condições miseráveis, este pagou-lhe a passagem de regresso a Portugal onde foi muito curta a sua estadia, porque mais uma vez se entregou a uma vida boémia e turbulenta, tendo sido novamente preso por ter ferido um funcionário do Paço.

Após ter sido perdoado, partiu para o Oriente onde permaneceu vários anos, tendo aí enfrentado imensas adversidades, foi preso várias vezes e combateu ao lado das tropas portuguesas. Foi durante o seu exílio no Oriente que escreveu a obra que o imortalizou mas que desgraçadamente não evitou que tivesse passado os últimos anos da sua vida, já depois do seu regresso a Lisboa, em condições miseráveis de extrema pobreza, matando a fome com as esmolas que o seu criado Jau recolhia nas ruas de Lisboa.

Reza a História que o maior poeta português de todos os tempos, morreu no seu miserável catre, no ano de 1580, com 56 ou 57 anos de idade, completamente abandonado por aqueles que tinham o dever e a obrigação de, em vida, lhe garantir uma vida económica desafogada e, ao mesmo tempo, prestar-lhe todas as homenagens e honrarias de que o seu genial feito era merecedor. Infelizmente, o autor de "Os Lusíadas" só depois da sua morte viria a alcançar a fama e a glória e hoje, passados que são 437 anos sobre a data da sua morte, é reconhecido em todo o mundo como um dos maiores poetas da humanidade.

A acção central de "Os Lusíadas" inside sobre a descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama, mas à volta da mesma, Camões vai descrevendo outros episódios da História de Portugal, narrando e glorificando os feitos heroicos dos marinheiros e dos guerreiros portugueses, em terra e no mar.
Luis Vaz de Camões, não obstante todas as tragédias e vicissitudes por que passou, demonstrou ser um grande patriota que sentiu a necessidade de narrar em verso os gloriosos feitos da sua Pátria e da gente lusitana. Outros tempos, outras eras, outros homens!
Hoje, o mundo é diferente e os homens já não se comparam aos de então. Em vez de homens bons, corajosos e patriotas, só encontramos gente sem ética e sem moral, corrupta e covarde.
Se Camões vivesse actualmente, com toda a certeza, não teria motivos nem inspiração para exaltar as qualidades heroicas dos portugueses e provavelmente, tal como nós, não ficaria indiferente ao elevado grau de corrupção que graça no País, não nos espantando que fosse capaz de descrever em verso esse fenómeno destruidor que aniquila as finanças do estado e arruína o bem-estar dos portugueses.
Não sei quem é o autor dos versos que publico a seguir e que recebi no meu mail sem identificação. Digamos que são um esboço de uma versão actualizada de "Os Lusíadas" acerca da realidade quotidiana do Portugal de hoje.
Não gosto de brincar com coisas sérias mas, na verdade, li os versos e concordo plenamente com o seu conteúdo, motivo pelo qual os publico no meu blogue
As sarnas de barões todos inchados
Eleitos pela plebe lusitana
Que agora se encontram instalados
Fazendo aquilo que lhes dá na real gana
Nos seus poleiros bem engalanados,
Mais do que permite a decência humana,
Olvidam-se de quanto proclamaram
Em campanhas com que nos enganaram!

II

E também as jogadas habilidosas
Daqueles tais que foram dilatando
Contas bancárias ignominiosas,
Do Minho ao Algarve tudo devastando,
Guardam para si as coisas valiosas…
Desprezam quem de fome vai chorando!
Gritando levarei, se tiver arte,
Esta falta de vergonha a toda a parte!

III

Falam da crise grega todo o ano!
E das aflições que à Europa deram;
Calem-se aqueles que por engano…
Votaram no refugo que elegeram!
Que a mim mete-me nojo o peito ufano
De crápulas que só enriqueceram
Com a prática de trafulhice tanta
Que andarem à solta só me espanta.

IV


E vós, ninfas do Coura onde eu nado
Por quem sempre senti carinho ardente
Não me deixeis agora abandonado
E concedei engenho à minha mente,
De modo a que possa, convosco ao lado,
Desmascarar de forma eloquente
Aqueles que já têm no seu gene
A besta horrível do poder perene!