sexta-feira, 25 de agosto de 2017

O MELHOR TIO DO MUNDO



Olá tio Oswaldo Jorge do Carmo. Com muito carinho e amizade, dedico-te o espaço de hoje no meu modesto Blogue.

Lembro-me bem! É das coisas que tenho mais frescas na memória relativamente aos meus tempos de criança! Lembro-me muito bem dos elogios que toda a gente te dava, sempre que falavam em ti. Diziam que eras muito inteligente, muito obediente e que na escola primária foste dos melhores alunos. Diziam que vinhas para a varanda da rua ler em voz alta as lições do livro de leitura e recitar poemas. Talvez por isso te tenham posto o apelido de "poeta". Por tudo isso, desde os meus 4/5 anos de idade, criei na minha imaginação um tio fenomenal, um super-herói do qual eu tinha muito orgulho e também queria imitar, embora nessa época mal te conhecesse porque teria 3/4 anos de idade quando embarcaste para Angola.

Mais tarde, essa admiração aumentou muito mais quando comecei a ler as cartas que enviavas religiosamente todos os meses, do Dondo, à Avó. Achava a tua caligrafia o máximo embora tivesse alguma dificuldade em lê-la, ao princípio. Ficava orgulhoso ao ver aquelas letras maiúsculas bem desenhadas e aquela escrita fluente e elegante como nunca vira . Mas o que mais me entusiasmava e me deixava feliz, eram as fotos que geralmente enviavas e que eu via e revia e admirava, orgulhoso por ter um tio tão elegante e eloquente. Cheguei a "roubar" algumas dessas fotos à avó, fotos essas que conservei e levei comigo quando fui para Angola.

Em pessoa, só te conheci realmente quando cumpriste o serviço militar na Força Aérea, na Ota e em Tancos. Lembro-me bem da primeira vez que apareceste em Misquel, impecavelmente fardado a rigor e o impacto que a tua figura imponente causou em mim! Mas depois, pude também apreciar a tua esmerada educação, tão diferente da das gentes da nossa terra! Tu eras o meu ídolo e eu sonhava ser como tu.

Estava longe de pensar que um dia iria ter oportunidade de privar muito mais de perto contigo e viver inclusive na mesma pensão, por ironia do destino e em consequência do "desabafo" infeliz que a tia Maria teve contigo. Foste um tio responsavelmente incrível que mais uma vez demonstraste ser um homem bom e de grande carácter. Outros teriam enjeitado essa responsabilidade e sacudido a água do capote.

Hoje, como ontem, continuo a ter por ti a mesmíssima estima e consideração. Fostes e continuas a ser o meu ídolo, alguém que eu gostaria de poder imitar, sobretudo naquela tua vertente de homem bom, íntegro, responsável, cordial e amigo. De uma coisa eu tenho a certeza: posso não ter copiado e posto em prática todas as tuas virtudes mas o teu exemplo marcou-me e ajudou-me a ser um homem melhor.

Vejo como tens seguido e comentado o meu modesto blogue. Também aqui tens demonstrado a tua grandeza de alma e coração. Sei que nem tudo aquilo que escrevo será do teu inteiro agrado, o que é normal porque todos temos a nossa própria maneira de agir e de pensar. Contudo, não me lembro de teres feito qualquer comentário menos correcto e totalmente discordante. Pelo contrário, procuraste sempre valorizar os meus escritos e agiste de forma a que eu nunca me sentisse constrangido, aborrecido ou arrependido acerca do que escrevi. Obrigado tio.

Obrigado por tudo quanto fizeste por mim. Desculpa-me se alguma vez te desiludi porque de facto não o merecias. A vida, a maioria das vezes, não é aquilo que desejámos que fosse. A minha não foge à regra. Tu sabes que na grande maioria dos casos, as pessoas não conduzem a vida, a vida é que nos conduz. Andamos todos ao sabor da corrente e temos que nos adaptar às contingências da vida. Se tivesse sido eu a conduzir a minha vida, teria sido provavelmente de outra maneira mas agora não vale a pena chorar sobre o leite derramado. Na próxima vida será melhor se Deus quiser.

Forte abraço do teu sobrinho Manuel que te estima muito.


quinta-feira, 24 de agosto de 2017

TRIBUNAL DE VILA FRANCA DE XIRA - JUÍZA DE TURNO SOLTA VIOLADOR!!!

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Em Março de 2015, segundo notícia do "CM", uma mulher de 32 anos, saiu do comboio e dirigiu-se ao seu carro que se encontrava no parque de estacionamento da estação de comboios da Póvoa de Santa Iria. Com o comando, abriu o carro à distância e mal se sentou, um homem de 28 anos, armado, entrou pela porta do pendura, apontando-lhe uma arma à cabeça, para de seguida a violar e depois de consumar o acto lhe roubar os pertences e a obrigar a fornecer os códigos dos cartões multibanco, com os quais fez vários levantamentos.

Durante dois anos, o violador conseguiu despistar a polícia judiciária e adiar a detenção, montando esquemas e destruindo provas. Porém, não conseguiu contrariar o resultado dos exames de ADN do Instituto Nacional de Medicina Legal que não deixaram margem para qualquer dúvida. Na posse dos exames, a polícia judiciária prendeu-o e levou-o a tribunal.

Num caso destes, em que uma mulher é ameaçada com arma de fogo, dentro do seu próprio carro, roubada e violada, que sentença merecia o violador? O cidadão comum, esperaria com toda a certeza, uma sentença condizente com a gravidade do crime e, nesse sentido, alguns anos de prisão.

Pois bem, uma juíza de turno do tribunal de Vila Franca de Xira, valorizando o choro e o aparente arrependimento do violador, deixou-o sair em liberdade, com a obrigação de se apresentar semanalmente na esquadra da área de residência.

Exemplar castigo, não acham? Imaginem como se sentirá a vítima e toda a sua família e amigos ao tomarem conhecimento de tão ridícula sentença! Depois do sofrimento físico e psicológico, ter de carregar agora o peso de uma monstruosa injustiça perpetrada pelo tribunal de Vila Franca de Xira, pelas mãos de uma irresponsável juíza de turno, que não vê qualquer gravidade numa violação forçada, com ameaça de uma arma de fogo e roubo dos pertences, é obra!

Com magistradas deste calibre, que premeiam os criminosos e promovem a impunidade, é natural que cada vez haja mais criminosos e, nesse sentido, mais mulheres violadas.

sábado, 12 de agosto de 2017

ISALTINO MORAIS SENTE A FALTA DO PODER QUE JÁ FOI SEU NA CÂMARA DE CASCAIS

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Há decisões na vida muito difíceis de tomar. As dúvidas e incertezas balançam no nosso espírito, baralhando as nossas ideias e tornando difícil as nossas escolhas.

Mas por outro lado, há também decisões fáceis de tomar quando somos conhecedores dos factos e estamos perfeitamente informados sobre as coisas que temos de decidir.

Quando conhecemos bem as pessoas e acompanhamos o seu percurso de vida, estamos em condições, de mais facilmente opinar sobre elas, positiva ou negativamente.

Quando se trata de analisar políticos, essa tarefa não é difícil, precisamente porque conhecemos há décadas a sua actividade política bem como os seus actos e atitudes.

Vem todo este introito a propósito do ex-presidente da Câmara de Cascais, Isaltino Morais, na qual exerceu funções durante quase três décadas e onde foi rei e senhor absoluto, situação que lhe permitiu o cometimento de alguns abusos, acabando por ser condenado, no final de um longo e rocambolesco processo judicial, entre 2003 e 2013.

Depois de muitos avanços e recuos, em Agosto de 2009, foi condenado a 7 anos de prisão efectiva, perda de mandato e ao pagamento de 463 mil euros ao Estado, pelos crimes de corrupção passiva, fraude fiscal, branqueamento de capitais e abuso de poder. Em Julho de 2010, o Tribunal da Relação de Lisboa reduziu a pena de 7 para 2 anos de prisão efectiva, deixando cair os crimes de corrupção e abuso de poder.

Entretanto, Isaltino Morais só iniciaria o cumprimento da pena de prisão a 24.04.2013, devido aos sucessivos recursos que apresentou, cerca de 44, tendo permanecido na prisão até 24 de Junho de 2014, data em que saiu da prisão, cumprindo o resto da pena em liberdade condicional.

Decorridos 2 anos sobre o cumprimento da pena, Isaltino Morais volta a candidatar-se ao cargo de Presidente da Câmara de Oeiras, como independente, demonstrando não ter qualquer tipo de pudor mas acima de tudo, demonstrando uma grande avidez e um grande apego ao poder, procurando, desesperadamente e com todos os meios ao seu alcance, reconquistá-lo de novo.

Que há pessoas capazes de não olharem a meios para alcançarem os seus objectivos, isso toda a gente sabe. Porém, as regras democráticas e as leis da República não deviam permitir a candidatura de indivíduos aos cargos que anteriormente já desempenharam e nos quais praticaram crimes graves, sentenciados com penas de prisão efectiva.

Há que travar todos os Isaltinos deste País, criaturas espertalhonas e descaradas, sem pingo de vergonha,  capazes de cometerem toda a espécie de crimes para tirarem proveitos em benefício próprio.

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

FALSOS AMIGOS


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Vivemos e convivemos com pessoas ao longo de muitos anos, a quem consideramos amigas e, por vezes, chegamos a pensar, por nos convencermos que as conhecemos muito bem, que são boas pessoas e que por isso mesmo, estamos em condições de poder emitir uma opinião correcta e positiva sobre o seu carácter.        

Pela minha experiência de vida, sou levado a concluir que por mais que pensemos que as conhecemos, isso nunca acontece. Há sempre algo escondido que em determinado momento do relacionamento se revela e que nos decepciona e surpreende pela negativa, acabando, abruptamente, com uma amizade de muitos anos.

Quem é que ao longo da vida não teve uma experiência deste tipo? Quem é que ao longo da vida não privou com alguém a quem considerou um verdadeiro amigo e com ele partilhou conversas e segredos que não se revelam a mais ninguém?

Imaginem a desilusão que se sente quando verificamos que afinal, alguém em quem confiámos absolutamente e que considerámos um grande amigo, não passa de um sujeito abjecto, sem carácter que nunca mereceu a nossa amizade.

Há quem consiga fingir que é amigo durante demasiado tempo, especialmente, quando oportunisticamente, vai tirando dividendos dessa falsa amizade. Porém, quando é posta à prova a sua amizade e chega a hora de retribuir e demonstrarem toda a sua solidariedade a quem tantas vezes os socorreu, deixam cair a máscara de amigos falsos e traidores que sempre carregaram.

Não é fácil encontrar um verdadeiro amigo, alguém que esteja incondicionalmente presente, tanto nos bons como nos maus momentos. Por ser tão difícil, quem sentir que tem um verdadeiro amigo que o estime porque é um felizardo.