quarta-feira, 25 de agosto de 2010

INCRÍVEL DESRESPEITO PELOS SINAIS DE TRÂNSITO



No Verão, especialmente no mês de Agosto, frequento com alguma regularidade a Praia de Carcavelos. Como vivo na Alta de Lisboa, faço parte do percurso pela estrada marginal, a partir das imediações do Estádio Nacional.

Quem conhece este percurso, sabe que existem sinais de limite de velocidade mas que infelizmente muito poucos automobilistas respeitam. Eu pertenço àquele pequeníssimo número de condutores que respeita os sinais de trânsito e, por esse motivo, já fui inúmeras vezes incomodado por quem acha que os sinais de trânsito devem ser ignorados.

Embora respeite religiosamente os sinais de limite de velocidade, nestas deslocações à praia de Carcavelos, quase sempre me acontece ter que parar em todos os semáforos por causa de gente inconsciente que infringe descarada e impunemente o código de estrada, circulando a uma velocidade não permitida e furando perigosamente por todos os espaços por onde possam ultrapassar.

Já tem acontecido cair o vermelho nos semáforos e eu interrogar-me: mas porquê se eu não ultrapassei o limite de velocidade? De facto não fui eu que provoquei a mudança do sinal verde para vermelho mas foi um daqueles condutores irresponsáveis que ignoram os sinais de trânsito e circulam em excesso de velocidade e que com a maior das latas se imobilizam depois ali ao nosso lado, com cara de arruaceiros atrevidos, meio gozões, bem conscientes da merda que fizeram.
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Quem lhes seguir o rasto, verificará que logo no próximo sinal de limite de velocidade fazem a mesmíssima coisa e, por vezes, nem sequer param quando o sinal vermelho cai. É realmente impressionante o comportamento desobediente de certos condutores que ainda insultam e ameaçam qualquer um que se atreva a dizer-lhes alguma coisa.

É claro que este procedimento me irrita solenemente uma vez que sou obrigado a parar em todos os semáforos por culpa de pessoas irresponsáveis e sem civismo que não se incomodam com o transtorno e mal-estar que causam aos outros.

Se realmente a Polícia necessita de verbas, a marginal de Cascais é um bom local para "caçar" esses "artistas" do acelarador, pois quem assim desrespeita os sinais de trânsito, não merece contemplações por parte das autoridades policiais.
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A actuação dos agentes policiais quando tem a ver com autuações a estes figurões atrevidos e mal-educados, dá-me um especial gozo e só tenho pena que não seja possível "apanhá-los" a todos. Se isso fosse possível, haveria mais respeito nas estradas e muito menos sinistralidade.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

O MILLENIUM BCP É UM CANCRO MAS A BOLSA NÃO É PARA TODOS


Ainda hoje estou para saber porque razão caí na asneira de há cerca de um ano ter decidido empregar as minhas poucas economias adquirindo uns quantos milhares de acções do Millenium BCP em Bolsa.

A verdade é que, embora não sendo um expert na matéria, entendi que poderia fazer um bom negócio comprando acções de uma das maiores Instituições Bancárias do País, a 92 cêntimos, tendo em conta que as mesmas já valeram em bolsa mais de 5 euros.

Lembro-me que logo de seguida se verificou uma valorização, tendo a cotação ultrapassado 1 euro por acção e que a partir daí se iniciou uma queda vertiginosa das mesmas que só parou nos 60 cêntimos (!!!) e por aí se mantêm, num enervante e desesperante sobe e desce diário que dá muito jeito a todos quantos negoceiam diariamente em bolsa mas que é frustrante para quem, como eu, pretendeu realizar algumas mais-valias a curto ou a médio prazo.

Portanto, esta situação interessa a muita gente. Quase todos os dias, invariavelmente, as acções do Millenium BCP valorizam e desvalorizam (sobem e descem) 2, 3, 4 ou 5 cêntimos, imitando na perfeição o caranguejo mas servindo às mil maravilhas para proporcionar bons ganhos a quem compra e vende todos os dias.

Compreendo hoje que fiz uma péssima avaliação da grandeza e do valor do Millenium BCP, a começar pelos seus gestores, porque de facto não é um Banco com a capacidade e a estabilidade que lhe cheguei a reconhecer, situação profusamente denunciada na comunicação social com a divulgação de notícias escandalosas que não abonam a sua reputação e que são do conhecimento geral.

A cotação actual das acções do BCP (23.08.2010), é 62 cêntimos! Se realmente fosse um Banco com grande saúde financeira, as acções estariam ao preço da uva mijona, em saldo e já teria sido alvo de uma OPA; se isso não aconteceu é porque os potenciais investidores não vislumbram grande negócio e daí o desinteresse na sua compra.

No final de um ano, feitas as contas, uma vez que comprei as acções a 92 cêntimos e elas estão cotadas a 62, estou a arder com 30 cêntimos por acção o que equivale a uma desvalorização de cerca de 33%.

Não sei se chegarei a recuperar o meu investimento porque um dia destes canso-me desta situação e vendo as acções a qualquer preço mas uma coisa pelo menos eu aprendi: jamais investirei um cêntimo que seja em acções nacionais ou estrangeiras.

Esta actividade é muito perigosa para incautos como eu, já que, para além de não saberem nada sobre os segredos da bolsa, também não têm acesso às informações privilegiadas que muita gente bem relacionada recebe e à custa das quais realizam importantes mais-valias.

Que o Millenium BCP é um cancro maligno com poucas hipóteses de cura, não tenho dúvidas nenhumas mas pelos vistos, o resto da Banca portuguesa padece igualmente dessa doença corrosiva que mina e fragiliza as suas estruturas e que a pode "matar".

A não ser que haja qualquer acontecimento surpresa e um inesperado volte-face na actual situação estrutural e financeira do Millenium BCP, dificilmente ocorrerá uma valorização significativa das suas acções em Bolsa e, nesse sentido, tanto eu como aqueles que se encontram na mesma situação, terão muita dificuldade em reaver o dinheiro que investiram.

Gostaria de estar enganado quanto ao meu pessimismo mas de facto todos os indicadores confluem no mesmo ponto: O Millenium BCP é um cancro.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

AINDA HÁ MAIS ALGUMA COISA PARA ARDER?


Todos os anos é a mesma coisa, os fogos consomem milhares de hectares de matas, campos de cultivo, casas, equipamentos e deixam em desespero milhares de famílias que vivem das suas culturas, das suas matas e dos seus animais.

Ao ver toda esta tragédia, não posso deixar de pensar: como é possível? Não haveria forma de apostar forte na prevenção, limpando e vigiando as matas? Será que os milhões pagos a combater os incêndios e a pagar os seus prejuízos (uma pequena parte dos prejuízos), não dariam para pagar esses serviços? É que tal medida, para além de dar emprego a muita gente, evitava a delapidação de um património nacional valiosíssimo, a floresta, legado extraordinário das gerações que nos antecederam e que nós, pelos vistos, não sabemos ou não queremos preservar e respeitar.

Mas alguém me sabe responder porque raio não se aposta na prevenção e se consente que todos os anos se assista a este trágico espectáculo que para além dos astronómicos prejuízos materiais também queima e destrói vidas humanas?

Eu sou do tempo em que o território português, de Norte a Sul e de Este a Oeste, era coberto por um autêntico manto verde. Mesmo nos lugares mais recônditos e inóspitos havia árvores e vegetação. Quem viajava pelas estradas nacionais podia deleitar-se ou extasiar-se com essa paisagem verde, até perder de vista e mesmo ao longo das estradas havia sombra contínua devido ao imenso arvoredo que as rodeava.

Nos dias de hoje, nada disso é possível apreciar porque todo esse imenso arvoredo desapareceu consumido pelos sucessivos fogos florestais. O espectáculo que a nossa vista alcança é triste e desolador pois onde outrora existia muito verde e vida vegetal, hoje só existem terras despidas e negras e as pedras que o fogo não queimou.

Ao passar agora por esses lugares onde havia arvoredo exuberante e em muitos casos espécies seculares que nunca mais será possível recuperar, sou tomado por um sentimento de luto que me faz arrepiar e me deixa profundamente incomodado.

De uma coisa eu tenho a certeza: podem as condições climatéricas ser favoráveis ou difíceis, podem os meios de combate aos incêndios ser suficientes ou insuficientes e pode a boa vontade de quem os combate ser imensa que enquanto não se investir seriamente na prevenção, assistiremos, ano após ano, à completa delapidação das poucas manchas verdes que ainda restam.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

INCÊNDIOS FLORESTAIS NA RÚSSIA



Desde que começaram as medições das temperaturas na Rússia, já lá vão 130 anos que não eram registadas temperaturas tão elevadas. Para se ter uma ideia mais exacta do que está a acontecer, é preciso dizer que as temperaturas médias nesta época do ano na Rússia rondam os 22/23º C e este ano a média alcançou os 37/38º C, o que quer dizer que houve dias com mais de quarenta graus.

Aparentemente, os russos não estavam preparados para enfrentar uma tal calamidade e a verdade é que até ao momento já arderam mais de 700 mil hectares (7.000 Km2!), foram destruídas pelas chamas mais de 2.000 casas, há vários milhares de pessoas desalojadas e já morreram mais de meia centena de pessoas, continuando ainda activos mais de 500 fogos.

Um cidadão russo que estava a ser entrevistado e que ficou sem nada, dizia: "Os bombeiros são poucos e tudo arde sem que apareça ninguém". Esta frase transmite a ideia de que o fogo arde descontrolado, sem aparecerem os meios necessários ao seu combate.

Moscovo encontra-se envolvida em espessa cortina de fumo, obrigando as pessoas a usar máscaras e, ao mesmo tempo, a desviar o tráfego aéreo para outros aeroportos.

De tal forma é dramática a situação que o Governo Russo já autorizou a entrada de meios aéreos estrangeiros para ajudar no combate aos incêndios.

Dados estatísticos dizem que mais de 20% das colheitas de trigo já foram queimadas e como primeira medida, o Governo proibiu a exportação de cereais e seus derivados, colocando em dificuldade todos aqueles Países que importavam cereais da Rússia.

No combate aos fogos florestais, as autoridades russas ficaram uma vez mais muito mal na fotografia e é caso para dizer que esta Rússia já não é a potência de outrora, manifestamente incapaz e sem meios para combater eficazmente os fogos no País.

Embora as condições climatéricas sejam realmente excepcionais, a situação agravou-se porque parece que os fogos não foram combatidos com prontidão e eficácia, facto que levou o Presidente Dmitri Medvedev a destituir quadros e chefias militares.

Esperamos que com a ajuda dos Países que se prontificaram a prestar ajuda seja controlada a situação.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

MÁRIO BETTENCOURT RESENDES


A morte não escolhe idade...
A vida, por vezes prega-nos destas partidas. Aos 58 anos de idade, Mário Bettencourt Resendes, depois de lutar heroicamente durante vários anos contra o cancro, este acabou por roubar-lhe a vida no passado dia 2 de Agosto.

Pessoalmente, admirava o Homem, o Jornalista e o Comentador político, pela sua grande estatura moral e intelectual, respeitador de valores, isento, íntegro e impoluto.

Mário Bettencourt Resendes foi um homem de grande coragem e carácter, incapaz de praticar uma deslealdade. Que o seu exemplo de vida possa ser seguido por todos aqueles a quem Deus continua a conceder o privilégio de viver, conquistando como ele, o respeito, a admiração e o reconhecimento de todos.
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Paz à sua alma.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

O IMENSO PODER DA INDÚSTRIA PETROLÍFERA!

Há no Mundo gigantescos interesses que através do seu imenso poderio económico, impedem que a ciência crie tecnologias alternativas que lhes façam concorrência e que, todavia, seriam muito mais económicas e vantajosas para o bem-estar da humanidade. É o caso da indústria petrolífera.



Sempre acreditei que a dependência do petróleo não é uma fatalidade mas ao mesmo tempo tenho-me interrogado porque é que até agora não foram postas em prática as iúmeras invenções científicas de energias alternativas que o substituiriam com enorme vantagem?



Sempre ouvi dizer que a energia solar, a água, os biocombustíveis e outras, poderiam substituir o petróleo e com muita mais eficácia por serem menos poluentes.



Ora, sabendo-se que as reservas petrolíferas não vão durar eternamente e têm um elevado custo de exploração, porque motivo não são aproveitadas e postas em prática as energias alternativas que permitiriam ao homem utilizar o mesmo tipo de transportes com grande vantagem sobre o petróleo?


A resposta está no vídeo que recentemente recebi no meu mail e que com todo o prazer partilho


com os frequentadores do meu Blogue.