segunda-feira, 20 de março de 2017

O MELHOR DO FUTEBOL É O FACTO DE NÃO SER UMA CIÊNCIA EXACTA

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De facto, o futebol não é uma ciência exacta. A paixão, a beleza, a espectacularidade e a incerteza do resultado nos jogos de futebol, são os ingredientes que o tornam tão atractivo e apaixonante para tantos milhões de seguidores em todo o mundo.

Embora não seja esta a regra, a verdade é que grandes equipas são derrotadas por pequenas equipas, por vezes até de escalões inferiores. Há jogos em que uma grande equipa cria uma dúzia de ocasiões flagrantes para marcar e ganhar o jogo mas a bola, teimosamente, embate estrondosamente meia dúzia de vezes na trave ou no poste da baliza adversária e não entra. Pelo contrário, a equipa mais fraca, remata uma vez à baliza e faz o único golo da partida, o golo da vitória. Uma equipa teve 65/70% de posse de bola, fez mais de duas dezenas de remates à baliza, dominou o adversário mas... não ganhou o jogo. Numa situação destas, se um empate já seria escandaloso, uma derrota representa uma enormíssima frustração.

Mas o futebol é assim mesmo, imprevisível, nem sempre ganham os melhores. O campeonato português é um bom exemplo dessa incerteza nos jogos entre as chamadas equipas grandes e as mais modestas. Disputadas 26 jornadas, o Sporting já perdeu 24 pontos (4 derrotas e 6 empates); o Futebol Clube do Porto 15 (1 derrota e 6 empates) e o Benfica 14 (2 derrotas e 4 empates).

A nove jornadas do fim, a imprensa desportiva só já falava do clássico Benfica/Futebol Clube do Porto como sendo a chave do Campeonato, afirmando que quem ganhar o jogo será campeão. A 26ª jornada veio contrariar, uma vez mais, essa tese, na medida em que tanto o Benfica como o Futebol Clube do Porto podem ser campeões mesmo perdendo o jogo da 27ª jornada, por causa dos possíveis pontos perdidos com as chamadas "equipas pequenas".

Nesta jornada 26, depois de o Benfica ter empatado, sem golos, em Paços de Ferreira, ninguém imaginaria que os azuis e brancos iriam desperdiçar a oportunidade de ultrapassar o rival na tabela classificativa, já que jogava em casa com o Vitória de Setúbal. Pois bem, no final dos 97 minutos de jogo (90+7), o placard  indicava 1-1. O Porto não foi além de um empate e o treinador, no final do encontro, falou em frustração, tristeza e decepção. Imagino! Estava a pensar numa vitória folgada e acabou por empatar e perder mais 2 pontos.

Se tivermos em linha de conta que o Benfica perdeu 2-1 e 1-0 com Marítimo e Vitória de Setúbal e empatou 4 vezes com Vitória de Setúbal, Porto, Boavista e Paços de Ferreira e que o Porto perdeu 2-1 com o Sporting e empatou 6 jogos com Tondela, Vitória de Setúbal, Benfica, Belenenses, Paços de Ferreira e Vitória de Setúbal, facilmente constatamos que o Benfica perdeu 12 pontos em confronto com equipas bem mais modestas e que o Porto também desperdiçou 10 pontos.

Portanto, ninguém é capaz de garantir que Benfica e Porto não vão perder mais pontos nas 8 jornadas que ainda faltam disputar, tanto mais que vão encontrar pela frente equipas com muita necessidade de pontuar, umas para fugirem à despromoção e outras para alcançarem as competições europeias.

Creio que será campeão quem alcançar melhores resultados nos jogos com as equipas "pequenas" mas a luta vai ser intensa e renhida até à última ou penúltima jornada. Deixo-vos o conjunto de jogos que Benfica e Futebol Clube do Porto ainda vão disputar, entre a 27ª e a 34ª jornada:

  1. 27ª Jornada - Benfica/Porto
  2. 28ª Jornada - Moreirense/Benfica e F. C. Porto/Belenenses
  3. 29ª Jornada - Benfica/Marítimo e Sporting Clube de Braga/F. C. Porto
  4. 30ª Jornada - Sporting/Benfica e F. C. Porto/Feirense
  5. 31ª Jornada - Benfica/Estoril e Desportivo de Chaves/F. C. Porto
  6. 32ª Jornada - Rio Ave/Benfica e Marítimo/F. C. Porto
  7. 33ª Jornada - Benfica/Vitória de Guimarães e F. C. Porto/Paços de Ferreira
  8. 34ª Jornada - Boavista/Benfica e Moreirense/F. C. Porto

Perante jogos com um grau de dificuldade tão elevado, quem se atreve a adiantar palpites sobre o seu desfecho ou mesmo sobre quem será o campeão? Até o prognóstico para o grande jogo da 27ª jornada que põe frente a frente os dois velhos rivais e possíveis campeões, é difícil, porque nestes jogos, o resultado é uma verdadeira incógnita.

Lembrar que só o Vitória de Setúbal "roubou" 5 pontos ao Benfica (vitória e empate) e 4 ao Futebol Clube do Porto (2 empates). De realçar ainda que dos 8 jogos que faltam disputar, o Benfica vai jogar 4 em casa e 4 fora e o F. C. Porto 3 em casa e 5 fora.

Que o campeão seja encontrado dentro das quatro linhas, com fair play e confrontos leais, sem interferências nefastas das arbitragens e, se assim for, o campeão será justo e merecedor dos parabéns de todos os verdadeiros desportistas.

domingo, 19 de março de 2017

UMA DISSOLUÇÃO ENCOMENDADA QUE CONTINUA A SER UM PESADELO PARA O SEU AUTOR, PASSADOS 12 ANOS!!!



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Já me tinha referido por mais de uma vez à polémica e irresponsável decisão do ex-Presidente da República Jorge Sampaio de demitir o Governo liderado por Pedro Santana Lopes, suportado por uma maioria estável no Parlamento, formada pelos deputados do PSD e do CDS/PP.

Na verdade, o uso da "bomba atómica" para demitir o Governo, dissolver o Parlamento e convocar eleições legislativas antecipadas, num cenário em que havia uma maioria no Parlamento a suportar a acção governativa, foi o maior erro político da era democrática e aquele que mais danos económicos e sociais causou ao País e, muito particularmente, à grande maioria das famílias portuguesas.

Escrevi, por exemplo, que não compreendia o silêncio do Dr. Pedro Santana Lopes relativamente ao "plano golpista" de que foi vítima, arquitectada pelo ex-Presidente da República, em conluio com a Direcção do Partido Socialista. Só alguém com uma formação ética e moral irrepreensível seria capaz de agir com tão enorme contenção e respeito por um adversário que o traiu e quis "matar" politicamente.

Na verdade, o mais alto magistrado da Nação, deixou de merecer qualquer respeito e consideração no dia em que colocou os interesses do Partido Socialista acima dos interesses de Portugal e comunicou aos portugueses a sua trágica decisão de demitir o governo maioritário de Pedro Santana Lopes e dissolver o Parlamento.

Perante tão grave e descabida decisão, Pedro Santana Lopes tinha a obrigação de desmascarar o "golpista" e denunciar a armadilha que o ex-Presidente da República lhe montou, informando os portugueses sobre a verdadeira razão de tão catastrófica decisão, a qual, mais tarde, veio a revelar-se terrivelmente ruinosa para o País e para o povo, com a entrada em cena do ex-Primeiro Ministro José Sócrates. O Dr. Pedro Santana Lopes sabia muito bem que a decisão de Jorge Sampaio não tinha como motivação a defesa dos superiores interesses de Portugal mas tão somente facilitar e ajudar o Partido Socialista a reconquistar o Poder, numa época em que andava à deriva, após a demissão do Secretário-Geral Ferro Rodrigues, inconformado com o facto de Sampaio não ter decidido marcar eleições legislativas antecipadas após a saída de Durão Barroso para presidência da União Europeia e ter empossado Santana Lopes como Primeiro Ministro.

Jorge Sampaio continua de consciência muito pesada relativamente ao grave erro que praticou e este pesadelo vai persegui-lo enquanto for vivo e mesmo para além da morte porque ele tem consciência que a dissolução do Parlamento foi um erro clamoroso que arrastou o País para a maior catástrofe económica do pós-25 de Abril/1974, e impôs aos portugueses, durante vários anos, uma austeridade insuportável que lhes causou muitos sacrifícios, pobreza e sofrimento.

Com a ajuda de Jorge Sampaio, o lunático e megalómano Engº José Sócrates chegou a Primeiro Ministro, tendo arrastado o País para a bancarrota com a sua governação ruinosa e, pelos vistos, também devido aos inúmeros esquemas de corrupção em que se envolveu, os quais estão a ser investigados pelo Ministério Público há mais de dois anos e ainda não foi possível deduzir acusação porque a cada passo surgem novos factos onde consta também o seu envolvimento.

Passados mais de 12 anos sobre a data em que dissolveu o Parlamento, Jorge Sampaio continua de consciência pesadíssima porque ele sabe que foi o causador da tragédia que se abateu sobre Portugal e sobre os portugueses e, por isso mesmo, tem absoluta necessidade de continuar a desculpar-se e a mandar areia para os olhos dos portugueses, como foi agora o caso, ao fazer referências depreciativas sobre Santana Lopes, no seu recente livro biográfico, dizendo, entre outras coisas: "fartei-me do Santana como primeiro-ministro, estava a deixar o país à deriva".

Finalmente, uma resposta adequada! O actual Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, afirmou na SIC Notícias: "Não aceito, de todo, que se diga que o País estava à deriva. À deriva ficou ele depois". E disse mais: "Se o Dr. Jorge Sampaio porventura quiser falar disto civilizadamente perante as câmaras de televisão, eu tenho todo o gosto".  Pois bem, ficamos à espera, os portugueses esperam que Jorge Sampaio aceite o repto que lhe foi dirigido para debater o assunto na televisão e se disponha a explicar aos portugueses quais foram as causas da dissolução, na presença do acusado. Se o não fizer, os portugueses saberão interpretar a sua recusa.

Já li alguns excertos da referida biografia de Jorge Sampaio e verifiquei que há nela a intenção de procurar justificar a trágica dissolução em Novembro de 2004, algo que é manifestamente injustificável. Claro que é o peso na consciência que o corroi e o obriga a procurar desculpar-se de um acto que não tem desculpa.

Quanto a Santana Lopes, alegra-me o facto de finalmente romper o silêncio. Porém, embora reconheça e louve a sua cordialidade e elevação, não posso deixar de criticar a sua tardia reacção (já passaram 12 anos!) e, mesmo assim, muito branda, tendo em conta o mal que lhe fez.

O acto praticado pelo ex-Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio, em Novembro de 2004, foi uma traição ao então Primeiro-Ministro Dr. Pedro Santana Lopes, ao País e aos Portugueses que desde então têm sofrido na pele as consequências de tão trágica decisão.

sábado, 11 de março de 2017

QUE SE PASSA COM AS CRIAÇAS E JOVENS À GUARDA DA SEGURANÇA SOCIAL?

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O programa "Sexta às 9" da RTP trouxe ao conhecimento público um tema que a ser verdadeiro, para além de clamorosamente imoral e chocante, demonstra uma vez mais que a desmedida ganância humana não tem limites e é capaz de cometer toda a espécie de crimes para a alimentar.

Pelos vistos o negócio da "guarda" de crianças é muito apetitoso e rentável para a Segurança Social e para todas as instituições que recebem e acolhem crianças da Segurança Social (SS).

Em média, o Estado paga 800 euros mensais por criança a essas instituições que as acolhem. Pois bem, sabendo-se que a maioria das crianças são "confiscadas" aos progenitores e às famílias por falta de condições económicas, achamos escandaloso, mesmo criminoso que o Estado negue às famílias das crianças essa preciosa ajuda e se disponha a alimentar uma cadeia imensa de destinatários, à custa do seu sofrimento e daqueles a quem são "arrancadas à força".

A família é um bem único, essencial e indispensável que transmite identidade e estabilidade aos seus membros. Como tal, o Estado deve investir na sua preservação, ajudando aquelas famílias cuja situação económica não lhes permite tratar das crianças com a dignidade e conforto que elas merecem. Nesse sentido, nos casos em que fosse possível, as famílias teriam que ser obrigatoriamente ajudadas com a verba que é disponibilizada às instituições.

Não sendo isso que é feito em Portugal, o Estado é o principal responsável por este negócio imoral com crianças retiradas à força do seio da sua família de sangue. Se o Estado fosse uma pessoa de bem, interessado na defesa dos direitos das crianças, deveria ajudar as suas famílias de origem a criar condições económicas que lhes permitissem mantê-las no seu seio, para aí poderem crescer saudáveis e felizes.

Mas o Estado, neste e em tantos outros casos, demonstra não ser uma pessoa de bem e, por isso mesmo não tem qualquer pudor em pagar a instituições que ganham a vida com os filhos alheios, negando às famílias esse precioso apoio, a quem atribui um mísero abono de família de 20/30 euros mensais por cada filho.

Párem de "roubar" as crianças aos pais para alimentar negócios escandalosos e imorais. Os problemas resolvem-se na fonte, sempre a montante e nunca a jusante. Canalizem os recursos (milhões e milhões de euros) gastos no actual sistema para ajudar directamente as famílias. Este processo de retirada das crianças aos pais, encerra práticas tenebrosas de violência psicológica extrema que o Estado tem obrigação de solucionar.

Este "negócio" de contornos nebulosos, deve ser banido porque implica "roubo" de crianças às famílias, gerando grande desespero e sofrimento e privando-as do indispensável amor maternal e paternal.





quinta-feira, 9 de março de 2017

LIGA DOS CAMPEÕES - O BENFICA FOI GOLEADO E PROTAGONIZOU MAIS UMA GRANDE DESILUSÃO

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São histórias que se repetem e que todos os benfiquistas e portugueses em geral já conhecem. As equipas portuguesas são normalmente afastadas das competições europeias, ficando por vezes a sensação de que podiam ir mais longe, caso adoptassem uma atitude mais ousada nos jogos em que são afastadas.

Ontem aconteceu isso com o Benfica. A equipa saiu do jogo da primeira mão com um resultado animador (1-0) e os dirigentes e adeptos criaram algumas espectativas quanto ao resultado do jogo da segunda mão e a esperança de passar aos quartos de final da Champions. 

Passados os primeiros minutos de jogo, foi fácil vislumbrar qual seria o desfecho da eliminatória. O Benfica entrou em campo meio adormecido e pôs-se a jeito para que o adversário inaugurasse o marcador quando iam decorridos apenas 4 minutos de jogo. É evidente que este golo tão madrugador veio empolgar e sossegar a equipa adversária que tinha agora 86 minutos para marcar o golo que lhe faltava para ficar por cima na eliminatória.

Depois, foi o que se viu, os alemães construíram sucessivas jogadas de golo, com a defesa benfiquista a cometer erros sobre erros e a facilitar a goleada, não tendo a equipa, no seu todo, capacidade, engenho e arte para neutralizar o adversário e construir jogadas para inaugurar o marcador e colocar os alemães sobre pressão.

Quanto a mim, a razão maior do desaire, foi sem dúvida a errada táctica que Rui Vitória utilizou. Imaginem o que aconteceria se tivesse sido o Benfica a marcar em primeiro lugar! Para além de transmitir aos jogadores mais tranquilidade e confiança para encarar o resto da partida, punha os alemães nervosos e intranquilos, mais sujeitos a cometer erros porque seriam necessários 3 golos para ganhar a eliminatória.

Isto só não aconteceu porque o Benfica entrou em campo com medo e a render demasiadas homenagens ao adversário. A equipa benfiquista tinha que iniciar o jogo ao ataque e aguentar os primeiros 15/20 minutos em alta rotação, sem dar tréguas aos alemães. Para que serve aos encarnados possuírem atacantes de luxo, dos melhores da Europa, se a equipa não joga ao ataque? Depois o resultado é sempre o mesmo: a equipa é eliminada sem que tenha aplicado em campo todas as suas potencialidades e faz uma triste figura na montra mais importante do futebol mundial.

Como adepto do bom futebol e que gosta de ver em campo os melhores jogadores das equipas, depois de ver as trapalhadas em que a defesa benfiquista esteve envolvida, ocorre-me perguntar ao treinador Rui Vitória porque não utilizou Jardel e Lisandro Lopez? A falta de ousadia e os erros pagam-se caros. Teria o Benfica perdido a eliminatória se tivesse jogado deliberadamente ao ataque? Duvido.

Eu sempre ouvi dizer que "dos fracos não reza a história". Perder por perder que seja com honra e dignidade, jogando futebol espectáculo, mostrando ao mundo do futebol que o Benfica está à altura das melhores equipas do mundo e que em cada jogo luta sempre pela vitória.

Caro treinador Rui Vitória, abra os olhos, o Benfica está demasiado sonolento, lento e sem objectividade. A posse de bola assenta numa lateralização fastidiosa e enervante, sempre muito longe da grande área adversária. Assim é difícil criar jogadas de perigo e chegar ao golo, a matéria-prima com que se constroem as vitórias.

sexta-feira, 3 de março de 2017

AOS FRACOS GOVERNANTES ESTÁ ASSOCIADO O FRACO ENSINO EM PORTUGAL

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A incompetência dos governantes e dos sucessivos ministros da educação reflecte-se no sistema de ensino que vigora em Portugal.

Cada ministro que chega ao poder quer fazer as coisas à sua maneira e provavelmente de acordo com interesses de empresas e grupos do sector. Nesse sentido, com frequência assistimos à revogação de legislação do anterior governo e à criação de outra que se adapte ao seu modelo de ensino, sem que haja um estudo profundo e alargado na Assembleia da República e, ao mesmo tempo, reúna o imprescindível e precioso contributo daqueles que trabalham no sector do ensino, os docentes, que, como é lógico, são os principais interessados na melhoria da sua qualidade.

A ligeireza, para não lhe chamar leviandade com que todos os anos se alteram os manuais escolares do ensino primário e secundário, é algo que nos leva a formular esta interrogação: Porquê?

Sinceramente, só nos ocorre uma razão e essa tem a ver com a sustentação da indústria livreira que necessita gerar receitas com a publicação de novos manuais. Depois, dado o seu poderio económico, as empresas livreiras exercem a sua influência sobre quem pode decidir, neste caso, o ministro da educação ou o seu secretário de estado, acabando por alcançar os seus objectivos, em detrimento dos estudantes que têm que deitar fora os manuais dos irmãos ou de outros familiares e comprar outros.

Se há coisa que o 25 de Abril de 1974 testou e clarificou, foi sem dúvida a qualidade do ensino em Portugal durante o antigo regime. Senão vejamos: Em todo o período da era democrática vimos em acção grandes personalidades políticas e independentes, na condução governativa do Estado Português e das grandes Instituições públicas e privadas que estudaram e se formaram no sistema de ensino do antigo regime e que ainda hoje, passados quase 42 anos, exercem cargos de relevo na hierarquia do Estado, como por exemplo, o Presidente da República.

Mas nesse período de antes do 25 de Abril, os manuais escolares mantinham-se durante décadas e passavam de avós para netos e de pais para filhos. Por vezes, já se encontravam em tão mau estado de conservação que já faltavam partes de algumas folhas e havia dificuldade em ler algumas passagens porque as letras já estavam gastas.

Por outro lado, no interior dos estabelecimentos de ensino, havia respeito e disciplina e ai daquele que infringisse as regras. Naquele tempo, os professores não eram processados e condenados por castigar os alunos. Outros tempos, outras gentes!

Em contraste com os tempos actuais, era de facto outro mundo. Hoje, os alunos fazem o que querem dentro das salas de aula. São eles quem mandam, riem, contam anedotas, telefonam, interagem nas redes sociais, levantam-se dos lugares para ir falar com os colegas e até para agredi-los, etc., etc., etc. O professor(a) não é respeitado e não tem autoridade para se fazer respeitar. É uma bandalheira e uma autêntica balbúrdia o ensino em Portugal. Não é possível alcançar níveis de sucesso onde prevalecer a falta de respeito e a indisciplina.

No actual sistema de ensino, os mais prejudicados, são sem dúvida os jovens que iniciam a actividade escolar porque a falta de autoridade, disciplina, carências e a fragilidades de toda a ordem, acabam por afectar irremediavelmente o seu carácter e deformar o seu sentido de respeito e responsabilidade.

Hoje, no nosso modelo de sociedade, não há dirigentes experientes, íntegros e independentes, actuam em função de interesses partidários e visões ideológicas e, por isso mesmo, aquilo que um governante de determinada área política acha que é óptimo para reformar o ensino, é imediatamente posto em causa por outro de diferente filiação partidária. Ou seja: prevalecem em primeiro lugar os interesses do partido e só depois os interesses do País. Estará correcto este modelo de sociedade?

Nestas circunstâncias, alguém acreditará que será possível reformar responsável e seriamente o sistema de ensino em Portugal?





quinta-feira, 2 de março de 2017

MARTINS DA CRUZ ATACA JUSTIÇA PORTUGUESA E TRAI PORTUGAL

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Antipatriotas e traidores sempre os houve, em todas as épocas, desde a fundação de Portugal, ocorrida no longínquo século XII, em 1143.

Os relatos históricos dão-nos conta que muitos pagaram com a vida tais actos de traição, nos tempos em que a palavra dada era rigorosamente cumprida e a defesa da honra obrigatória, mesmo com recurso a fatais duelos de morte.

António Manuel de Mendonça Martins da Cruz, um político privilegiadíssimo pelo Estado Português, tendo exercido, entre outros, os cargos de embaixador, ministro e assessor diplomático de Cavaco Silva durante 10 anos, pelos vistos não passa de um sujeito mal agradecido e ressabiado que paga com afrontas a aliciante carreira diplomática que o País lhe proporcionou.

Agora, como assalariado do MPLA e consultor do governo de Angola, perdeu totalmente a vergonha e de forma despudorada, defende frequentemente o regime corrupto e ditatorial angolano, pondo em causa as instituições democráticas portuguesas, nomeadamente a justiça, que não sendo perfeita, está a anos luz daquela que ele defende.

Recentemente, num debate da TVI, contrariando o escritor angolano Rafael Marques que havia classificado o caso Luaty Beirão como uma "fabricação" do sistema de justiça angolano, o ex-ministro assalariado do MPLA defendeu que o processo foi posto pelas autoridades angolanas no plano judicial e não no plano político, acrescentando que foram cumpridos os prazos e que a justiça angolana foi até mais rápida do que a portuguesa, pois marcou o julgamento em tempo recorde.

O mundo inteiro assistiu ao processo Luaty Beirão e companheiros, acusados de rebelião e de estar a orquestrar um golpe de estado, algo que a justiça não conseguiu provar. Em consequência e pressionado pela comunidade internacional, o regime angolano libertou o activista que chegou a fazer greve de fome.

Extraordinário! O ex-ministro português reduziu-se à ridícula insignificância de sipaio submisso do regime angolano e nessa miserável condição, voltou a defender Angola, agora relativamente ao caso Fizz, em que é arguido o vice-presidente angolano, Manuel Vicente. A declaração foi produzida na Televisão Pública Angolana e é do seguinte teor: "Nestas coisas devia haver bom senso, recato e ter cuidado para não serem afectadas as relações entre Portugal e países amigos, como é Angola". "Mandar para a praça pública, ou mandar soltar para a imprensa, este tipo de notícias pode afetar as relações".

No papel de sipaio submisso, Martins da Cruz teve que ignorar que em Portugal há três poderes independentes: executivo, legislativo e judiciário, ao contrário do País que ele defende, onde o poder executivo domina os outros poderes e tudo é feito em consonância com a vontade do chefe de estado.

Nesse sentido, o "moço de fretes" do regime angolano acha que a justiça portuguesa não devia acusar o vice-presidente angolano de corrupção e branqueamento de capitais, tal como procederia certamente no seu país de origem, onde a justiça só amordaça aqueles que têm a coragem de criticar o regime ditatorial e corrupto do MPLA.

Sabiam que este figurão enquanto desempenhou funções ao serviço do Estado Português foi condecorado 25 vezes!!!??? É verdade! 3 condecorações em Portugal e 22 concedidas pelos governos de 19 países diferentes!

O Estado Português devia retirar-lhe as condecorações e considera-lo, a partir de agora, "persona non grata".