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Dizem que elas, as praxes, servem para facilitar a integração dos estudantes nas respectivas Universidades. Pelos exemplos que nos chegam de todo País, direi, no mínimo, que é muito estranha esta forma de integração, quando não se respeita a vontade do estudante e se atenta contra a sua integridade física e moral.
Os estudantes inscrevem-se nas Universidades com o objectivo de continuar os estudos e tirar os seus cursos. Para serem informados e esclarecidos, os estudantes têm os professores e os serviços administrativos da Universidade para lhes prestar esse apoio, sempre que necessitem.
Permitir que os alunos mais velhos, pertencentes às tais Comissões de Praxe, se divirtam à custa dos "caloiros", através de práticas imorais e vexatórias, é algo que não devia ser consentido por quem de direito e há muito que as mesmas deveriam ter sido objecto de legislação rigorosa, com punições severas para os prevaricadores.
Os "caloiros" não podem continuar desprotegidos e à mercê, no início de cada ano, da imaginação fértil e depravada de uns quantos "artistas" maquiavélicos. Na verdade, essa gentalha não é a principal culpada. Culpados e responsáveis são os sucessivos Governos que não tiveram a coragem de acabar com tais práticas ou então fazer cumprir rigorosamente o que está legislado, punindo severamente os prevaricadores.
O meu tempo de estudante já lá vai há várias décadas mas de uma coisa eu tenho a certeza: jamais aceitaria que alguém me obrigasse a fazer coisas que atentassem contra a minha integridade física e contra a moral pública. Quem tivesse a ousadia de forçar uma cena dessas, em vez de praxar, saía, muito provavelmente, praxado e maltratado.
Nem na tropa, onde é necessário actuar com alguma dureza para selecionar e colocar os recrutas à prova, são praticados actos tão indecentes e vexatórios, em nome da dignidade e do respeito que cada cidadão merece.
Então porque é que se continua a permitir que nas universidades portuguesas, os jovens "caloiros", sejam tratados abaixo de "gado", por imposição e para gáudio de alguém que perdeu a vergonha e hipotecou o carácter?
Esta república das bananas tem que passar a comportar-se como uma verdadeira República Portuguesa, acabando de vez com o regabofe da justiça e obrigando a que se cumpra a lei.
Um Estado de Direito deve preservar o que é bom e faz falta e acabar com o que é mau e não faz falta nenhuma.
ACABEM COM AS PRAXES: