O Bloco de Esquerda, bafejado com o voto e a simpatia de 10% dos eleitores portugueses nas últimas eleições legislativas, não deixou, contudo, de ser considerado um pequeno partido da extrema esquerda.
Porém, o seu protagonismo desde as últimas eleições legislativas tem sido muito superior ao seu verdadeiro peso político e, nesse sentido, o seu contributo foi decisivo para a formação de um governo de esquerda, liderado pelo Secretário-Geral do Partido Socialista. Partido Socialista, Bloco de Esquerda, Partido Comunista Português e Partido Ecologista os Verdes, juntaram-se e formaram uma coligação de esquerda que tornou possível uma maioria de esquerda na Assembleia da República, usurpando o direito de governar o País à coligação formada pelo PSD/CDS que ganhou as eleições legislativas.
Desta forma, esta maioria de esquerda tem concretizado uma série infindável de iniciativas políticas desfavoráveis para o País, as quais seriam impossíveis de levar a cabo se não se tivessem unido no golpe de usurpação desferido à coligação ganhadora.
O protagonismo do Bloco de Esquerda tem sido intenso, de tal forma que até o seu parceiro de coligação o PCP, já veio a público acusar e denunciar tal comportamento. Há grande frenesim no Partido e os seus dirigentes desdobram-se em múltiplas intervenções na comunicação social.
Nesta maratona de iniciativas, o Bloco de Esquerda tem dado muitos tiros nos próprios pés, prejudicando a imagem do Partido. Porém, esta sua última iniciativa que tinha como objectivo celebrar a aprovação da adopção por casais homossexuais a 10.02.2016, ultrapassou todas as marcas da tolerância e convivência democrática, ao apresentar um cartaz com a imagem de Jesus e uma frase que ofende a Igreja e os católicos portugueses: "JESUS TAMBÉM TINHA 2 PAIS".
É mais uma intervenção despudorada das hostes bloquistas, um partido que não olha a meios para tentar justificar o injustificável. Não contente com essa "vitória estrondosa!" obtida na AR com a aprovação da adopção por casais homossexuais, vem agora o BE afrontar a religião católica, produzindo um cartaz que choca e indigna os verdadeiros católicos.
Provavelmente haverá cidadãos católicos nas fileiras do Bloco de Esquerda. Imagino qual foi a reacção desses cidadãos perante tão descabida e grosseira afronta! Que cada um lute pelos seus ideais e convicções, é absolutamente natural e compreensível e ninguém tem que levar a mal; porém, já não é aceitável, tolerável e admissível que para lutar por esses ideais e convicções se ofenda, amesquinhe e ridicularize os outros.
Esta iniciativa do Bloco de Esquerda merece a censura e o repúdio de todos os católicos, inclusive e por maioria de razão, os que militam nas suas fileiras, os quais devem abandonar um partido que não foi capaz de respeitar as suas convicções religiosas.