segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

UM ÚLTIMO PEDIDO AO PRIMEIRO-MINISTRO EM 2012



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Quando faltam menos de 30 minutos para o início do novo ano, queria fazer um último pedido ao Primeiro-Ministro Passos Coelho, um pedido que centenas de milhar de portugueses lhe fizeram mas ao qual, incompreensivelmente, não deu a devida atenção.
 
Senhor Primeiro-Ministro, demita imediatamente, se possível no primeiro dia do novo ano, o ministro Relvas. Demita essa espécie de ministro, essa nódoa pestilenta que fala e emite opiniões que descredibilizam todas as personalidades a que se refere. O ministro Relvas é como um eucalipto que onde é plantado seca tudo à sua volta, basta abrir a boca e referir o nome de pessoas idóneas para lhes roubar toda a chance de sucesso.
 
Senhor Primeiro-Ministro, como é possível manter como braço direito um cábula parasita que deu a todos os portugueses tão baixíssimo exemplo? V. Excia já cometeu inúmeros equívocos, nomeadamente afirmações que depois veio negar. Porém, o equívoco maior, aquele que lhe provocou mais estragos e que indignou todos os portugueses, foi sem dúvida a protecção dada a esse amigo de infância. Ninguém compreende essa proteção a alguém que andou 20 anos à espera das "novas oportunidades" para alcançar o tão ambicionado canudo e o título de DOUTOR.
 
Mas que DR é este que obtém o diploma de forma dão escandalosa? De facto, as suas intervenções públicas, a avaliar pelas inúmeras bacoradas  que profere cada vez que abre a boca, são a prova inequívoca de que a sua formação é medíocre.
 
Dr. Passos Coelho, sou um homem que até compreende as duras medidas que tem tomado para evitar o caos e reconquistar a credibilidade deste pequeno País com quase nove séculos de existência mas não consigo compreender porque não demite essa espécie de gente que nem sequer tem qualidade e competência para ser ajudante de trolha quanto mais para ser ministro-adjunto do Primeiro-Ministro.
 
De resto, devo dizer-lhe, Senhor Primeiro-Ministro, que ao contrário de muitos portugueses, aprecio o trabalho realizado pela sua equipa ministerial, em circunstâncias tão adversas, nomeadamente do:
 
Ministro de Estado e das Finanças - Vítor Gaspar
Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros - Paulo Portas
Ministro da Defesa Nacional - José Pedro Aguiar Branco
Ministro da Administração Interna - Miguel Macedo
Ministra da Justiça - Paula Teixeira da Cruz
Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares - Miguel Relvas
Ministro da Economia e do Emprego - Álvaro Santos Pereira
Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território - Assunção Cristas Ministro da Saúde - Paulo Macedo
Ministro da Educação, do Ensino Superior e da Ciência - Nuno Crato
Ministro da Solidariedade e da Segurança Social - Pedro Mota Soares
 
Senhor Primeiro-Ministro, há momentos na vida em que é necessário tomar difíceis decisões, especialmente quando as mesmas envolvem familiares ou amigos. Em qualquer caso, a razão deve sobrepor-se ao coração, de forma a que a decisão seja adequada e justa.
 
No caso Relvas, Senhor Primeiro-Ministro, a sua actuação é completamente absurda, incompreensível e injusta e tem dado azo a que os seus amigos e inimigos o censurem com toda a razão.
 
Por ter alguma simpatia pela sua pessoa e admirar até a sua coragem perante algumas situações difíceis, peço-lhe que exonere essa espécie de homem que se dá pelo nome de RELVAS, no primeiro acto de gestão de 2013, porque ele é, sem dúvida, a vergonhosa nódoa deste Governo.
 
Para bem de todos os portugueses, desejo-lhe o maior sucesso em 2013.

sábado, 29 de dezembro de 2012

COMEMORAMOS O NASCIMENTO DO MENINO JESUS

 
Imagem retirada do Google
 
Quando comemoramos o duo milésimo décimo segundo ano do nascimento do Menino Jesus, o filho de Deus, que nasceu da forma mais humilde que se possa imaginar, num velho estábulo para animais, em que a mangedoura Lhe serviu de berço, poderíamos todos reflectir sobre esse imenso gesto de humildade e amor pelos homens, porque foi pelos homens que Jesus Cristo nasceu na pele de um pobre sem abrigo e depois, por vontade do Pai, se deixou condenar pela justiça dos homens e aceitou morrer pregado numa cruz, depois de a carregar às costas e percorrer com ela uma distância aproximada de 600 metros, desde o Pretório (lugar onde foi julgado) e o Calvário (local onde foi cruxificado).
 
Todos nós só poderemos compreender verdadeiramente tão magnânimo gesto de amor de Deus pelos homens, ao ponto de sacrificar o seu único filho, se nos colocarmos na Sua pele. E colocarmo-nos na pele de Deus, é imaginar que éramos colocados perante uma situação irreversível de termos que sacrificar o nosso próprio filho para salvar a humanidade.
 
Creio que ao reflectirmos sobre esta ilustração, compreenderemos melhor a dimensão de tão grande prova de amor e, nesse sentido, a nossa atitude perante Deus, só pode ser de louvor e agradecimento, procurando que o Seu exemplo não tenha sido em vão.
 
Que esta quadra natalícia sirva para aproximar os homens de Deus para que tocados pelo Seu amor possam, finalmente realizar o desejo do Criador e fazer da Terra um eterno Paraíso.
 
Esta é a reflexão natalícia de um homem que não obstante a imensa escuridão que envolve a humanidade, ainda não perdeu a fé e acredita que é possível o milagre da luz e que mais Natal menos Natal, o coração dos homens vai ser tocado por essa luz resplandecente que fará deles seres maravilhosos, dignos de habitar o Paraíso.
 
 

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

SÉCULOS SUCESSIVOS DE PEDOFILIA NO SEIO DA IGREJA

Se a perfeição e a qualidade dos membros do Clero rivalizasse com a dos monumentos que ao longo dos séculos mandou construir, a Igreja seria, sem dúvida, uma Instituição ao serviço de Deus e serviria de exemplo para todos os homens.


Ao longo dos séculos, sucederam-se os mais insólitos escândalos protagonizados pelo Clero, dando uma imagem muito negativa da Igreja. Muitos desses escândalos dizem respeito a atos pedófilos praticados pelos seus membros, em todas as hierarquias e em todo o mundo.
 
Na grande maioria das instituições religiosas direcionadas para os jovens houve e continua a haver abusos sexuais. Num passado não muito distante, os abusos eram prática comum, com conhecimento dos mais altos dignatários da Igreja que nada faziam para pôr fim a práticas tão perversas, contribuindo com o seu silêncio para encorajar essas práticas perante crianças inocentes e indefesas que nada podiam fazer para as denunciar porque ninguém lhes dava crédito e se o fizessem, ainda acabavam por ser severamente castigadas.
 
Infelizmente, essas práticas do passado, horrendas e monstruosas, chegaram até aos nossos dias e a Igreja continua a dar péssimos exemplos aos seus seguidores.

Recentemente surgiu mais um caso no Seminário Menor do Fundão, onde o vice-reitor foi detido por suspeita de abusos sexuais de menores. Na sequência do caso, o porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa reafirmou desconhecer a existência de mais casos de pedofilia no seio da Igreja, dizendo até que em mais de quatro anos a desempenhar tais funções, nunca lhe chegou nenhuma queixa(!).

É sintomático: a Igreja, tal como os pedófilos, negam até à exaustão o cometimento dos seus crimes e juram e rejuram pela felicidade das pessoas que estimam e até pela alma do pai e da mãe que estão inocentes. Até hoje, nunca vi um pedófilo reconhecer e confessar a prática dos seus crimes. Com a Igreja acontece a mesma coisa: nega até não poder mais e afirma sempre desconhecer casos de pedofilia; só quando se vê confrontada com os escândalos que vêm a público é que dá a mão à palmatória.

A Igreja não aposta na prevenção, fazendo campanhas nacionais e mundiais acerca do assunto, sem tabus e chamando às coisas pelos seus próprios nomes. É necessário instruir os paroquianos para estarem atentos e identificarem os pedófilos à mínima suspeita, sem medo das represálias, tal e qual como se alertam os turistas em Lisboa e nas grandes cidades para o perigo de ficarem sem os seus pertences se não tomarem atenção à atividade dos carteiristas.

A Igreja tem que passar das palavras aos atos e apostar na prevenção, fazendo tudo quanto está ao seu alcance para erradicar do seu seio a chaga tenebrosa da pedofilia. Não pode continuar a falar apenas sobre casos  consumados que vão sendo conhecidos e a persistir, tranquila e obstinadamente, a negar despudoradamente a prática pedófila por parte dos seus membros.

Há uma convicção generalizada de que a Igreja jamais dará um passo firme e decisivo no combate à pedofilia se não acabar urgentemente com a imposição do celibato. O  celibato é uma mentira e um dos maiores equívocos da Igreja. Nas Escrituras do Antigo e do Novo Testamento em nenhum momento é referido que os representantes da Igreja na Terra não podem constituir família e é contra os desígnios de Deus relativamente ao conceito de família e à sagrada missão que incumbiu a Adão e Eva: "crescei e multiplicai-vos".

Os padres são homens e como tal, têm as mesmas necessidades dos demais. Nesse sentido, os padres devem poder casar e constituir família pois tal medida, para além de resolver as suas necessidades sexuais, obrigaria o padre a outras responsabilidades e afazeres familiares que não lhe deixariam tanto tempo livre para arquitetar fantasias com crianças e mulheres com responsabilidades matrimoniais.

Atualmente, a Igreja está confrontada com um grave problema devido a todo esse passado vergonhoso de pecado, com a prática da homoxexualidade e da pedofilia: não tem autoridade moral para intervir em muitos dos problemas da atualidade, nomeadamente no movimento GAY que alastra e se propaga como um vírus infeccioso por todo o planeta, completamente contrário à doutrina da  Igreja e às leis da natureza, já que do casamento de duas pessoas do mesmo sexo, não pode cumprir-se a determinação de Deus: "crescei e multiplicai-vos".

A Igreja, através dos maus exemplos de parte dos seus membros, também contribuiu, e muito, para o estado de depravação a que chegou a humanidade e agora está de mãos atadas porque, neste mundo, são essencialmente os atos e não as palavras, os melhores exemplos e a forma mais convincente para converter ou mudar o comportamento das pessoas. Quando o comportamento e os exemplos da Igreja são tão maus, torna-se difícil, através da palavra, pretender convencer as pessoas a deixar de fazer aquilo que os seus membros praticam.

A Igreja tem-se preocupado, ao longo dos séculos, em construir grandes monumentos, a que despropositadamente chama "casas de Deus". Vive na sumptuosidade e na ostentação, uma prática que contraria a palavra de Deus quando diz que o homem deve viver de forma humilde e simples e repartir com aqueles que nada têm. A sumptuosidade dos seus monumentos e o nível de vida faustoso dos seus membros, são um atentado à dignidade de todos aqueles que diariamente lutam para vencer a fome e sobreviver às doenças.
 
A Igreja é muito teimosa, conservadora e lenta a produzir as mudanças necessárias e não tem acompanhado a vertiginosa evolução da ciência e da sociedade. Nesse sentido, a Igreja não é apelativa para a sociedade em geral e muito menos para os jovens, os quais, cada vez menos se interessam pela prática religiosa, não sendo difícil adivinhar o seu lento definhamento que a levará à decadência, engolida por outras religiões mais expeditas.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

LIGA DOS CAMPEÕES - BENFICA REPETE SEMPRE A MESMA TRISTE HISTÓRIA

 
 
O Benfica chegou à última jornada da fase de grupos no segundo lugar, em igualdade pontual com o Celtic, porque nos jogos com o Spartak, a equipa mais fraca do grupo, os escoceses ganharam os dois jogos e o Benfica foi a única equipa a quem os russos conseguiram ganhar. Portanto, o Benfica não passou aos oitavos-de-final da Liga dos Campeões por ter perdido e empatado com o Barcelona mas por não ter feito duas vitórias contra o Spartak.
 
Desta fase de grupos, fica uma má imagem do Benfica no jogo que realizou em casa com o Barcelona, onde permitiu um domínio avassalador da equipa catalã, acabando por perder por duas bolas sem resposta mas podia ter perdido por uma diferença maior. Achei que o Benfica entrou em campo com medo e rendeu demasiada vassalagem à equipa adversária. Creio que se a equipa tivesse sido ousada e tivesse jogado com garra e sem medo, o resultado teria sido outro. Se o Celtic ganhou ao Barcelona porque não poderia também ganhar o Benfica?
 
No jogo de hoje, contra todas as previsões, os encarnados até podiam ter vencido em Camp Nou, dadas as inúmeras oportunidades de golo desperdiçadas. Para mim, a grande pecha do Benfica é, precisamente o desperdício de oportunidades flagrantes de golo. Assim, não é possível conquistar vitórias e títulos.
 
Nesta edição da Liga dos Campeões, o Benfica está no topo das equipas mais rematadoras e com mais oportunidades de golo e depois olhamos para a tabela classificativa e constatamos que apenas marcou 5 golos, menos de um golo por jogo.
 
Mais, das 32 equipas presentes nesta fase de grupos da Champions, apenas 4 equipas marcaram menos golos do que a equipa portuguesa.
 
É pena esta eliminação prematura porque a equipa encarnada tinha valor para alcançar pelo menos o segundo lugar no grupo e seguir para os oitavos-de-final da Champions. Para desespero dos adeptos benfiquistas, esta é uma história que se repete demasiadas vezes.
 
Para o ano há mais.
 
 

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

GRANDE TONY CARREIRA!!!


IMAGEM RETIRADA DO GOOGLE
 
É claro que tenho uma admiração muito grande por todos os portugueses que conseguem triunfar honestamente na vida e muito mais por aqueles que não nasceram em berço doirado e subiram a pulso todas as etapas do caminho que os levou ao sucesso.
 
Habituei-me desde há muito a respeitar um homem bom, simpático e simples que através das suas melodiosas canções românticas alcançou brilhantes êxitos, no país e além-fronteiras, sendo hoje um artista respeitado internacionalmente e um ídolo para milhões de fãs.
 
Não é qualquer artista que esgota a lotação do Pavilhão Atlântico e arrasta multidões onde quer que seja anunciada a sua presença. Tony Carreira tem uma maneira muito própria de cantar e atuar e está plenamente demonstrado que é superiormente apreciada pelos seus seguidores, em todo o mundo.
 
Hoje, trago o nome de Tony Carreira ao meu blogue, não para elogiar as suas canções ou falar da sua carreira mas tão só porque para além do artista de sucesso, está também um homem de corajosa frontalidade e um patriota atento ao que se passa no seu País.
 
Sendo um homem bem instalado na vida, sem problemas económicos, podia muito bem abster-se de fazer comentários políticos desagradáveis dirigidos aos governantes, em geral, numa época em que muitos preferem esconder-se no cinismo e na hipocrisia para poderem viver tranquila e comodamente, simultaneamente, com Deus e com o Diabo.
 
Tony Carreira distancia-se dessa gentalha e assume a sua condição de homem de carácter para dizer a verdade, mesmo que essa sua honestidade lhe possa causar desagradáveis surpresas por parte daqueles que enfiaram a carapuça.
 
Eis o que disse Tony Carreira numa recente entrevista, entre muitas outras coisas:
 
"O que está a acontecer em Portugal não me parece de forma alguma justo - que o povo português tenha de pagar os erros de todos os políticos que tiveram Portugal nas mãos nestes anos todos. E não estou a condenar só o governo que está no poder neste momento, lá para trás já houve muito mau trabalho. Vejo gente de 50/60 anos a emigrar, cruzo-me com elas nos aviões. E o povo português não vai poder aguentar mais. Porque se já ganhava mal antes das coisas estarem como estão, agora simplesmente não vão conseguir."
 
Bravo Tony, estou inteiramente de acordo e agradeço-lhe que tenha enviado essa valiosa mensagem a todos aqueles que contribuíram para a situação de miséria a que chegou o País. Uma mensagem desta natureza vinda de alguém que não é político e tem um estatuto público invejável e respeitado, mercê da admirável carreira de sucesso que construiu, será concerteza apreciada e tida em conta pelo povo português. 
 
Obrigado e felicidades Tony Carreira.
 

O QUE FAZ CORRER O SECRETÁRIO-GERAL DA CGTP?


IMAGEM RETIRADA DO GOOGLE

O atual Secretário-Geral da CGTP-IN anda numa roda viva. Aparece em todos os locais onde haja contestação ao Governo, faz discursos inflamados e anuncia uma série de greves e manifestações que apenas contribuirão para agravar ainda mais a péssima situação económica do País e tornar ainda mais difícil o dia-a-dia dos trabalhadores.
 
O que faz correr o Secretário-Geral da CGTP? Qual é o seu verdadeiro objetivo? Salvar o País da bancarrota? Defender o salário dos trabalhadores ou o seu posto de trabalho? Criar dificuldades ao Governo ou derrubá-lo? Ou fazer a vontade ao Partido Comunista Português?
 
Decretar greves e manifestações numa conjuntura económica tão grave, não pode ser com intenção de salvar o País da bancarrota nem defender o bem-estar dos trabalhadores porque o País não tem possibilidades de atender as suas reivindicações, em muitos casos irrealistas e utópicas, sem qualquer sentido de responsabilidade.

Onde não há, não se pode tirar. O País está de tanga e estes "patriotas" sasonais, querem mesmo retirar-lhe essa pequena peça que lhe cobre o último pingo de dignidade.
 
Por outro lado, seria um absurdo pretender criar dificuldades ao governo atravês de greves e manifestações porque não são os governantes os atingidos e prejudicados com essas formas de luta mas sim os trabalhadores, precisamente os que mais carências têm.
 
Apostar na política de "terra queimada" a quem é que interessa? De facto, o incentivo às greves, ao incumprimento dos compromissos assumidos e à contestação sistemática ao Governo, é obra das forças de esquerda com o PCP na vanguarda. Então a Central Sindical CGTP defende os trabalhadores ou anda a reboque e ao sabor dos interesses do Partido Comunista Português?

Infelizmente, há muita gente que tem a ambição de ser rei a qualquer preço, mesmo sabendo que não possui um reino nem perfil ou linhagem para governar. Querem a todo o custo pisar os palcos da fama, ainda que seja para destruir e fazer triste figura, adotando e incentivando práticas políticas ruinosas, completamente contrárias aos interesses de Portugal e dos portugueses.
 
Esta é uma reflexão que deve ser feita pelos genuinos trabalhadores portugueses. São eles que têm que avaliar o papel da Central Sindical na sociedade portuguesa e concluir se ela é útil ou nefasta. É em função dessa análise que os trabalhadores devem decidir se na conjuntura que atravessamos se justifica a adesão às greves ou, se pelo contrário, é hora de todos assumirmos uma atitude responsável e contribuirmos, da melhor forma que estiver ao nosso alcance, para a recuperação económica do País.
 
Só podemos reivindicar e fazer exigências se tivermos consciência de que há possibilidade de satisfazê-las. Atualmente, em Portugal, isso não é possível, por isso mesmo, embarcar em esquemas de greves e contestações sem qualquer viabilidade de sucesso, é contribuir deliberadamente para o agravamento das condições de vida de todos os portugueses.
 
É esse o objetivo do Secretário-Geral da CGTP? E os trabalhadores vão atrás?

O líder da Central Sindical deve agir em função da realidade económica e dos verdadeiros interesses dos trabalhadores e do País e não como correia de transmissão de um partido, cujos métodos e ideias dificilmente serão concretizáveis em Portugal.
 
Na qualidade de reformado  e com 39 anos de serviço prestado ao Estado, nunca compreendi verdadeiramente o papel dos sindicatos e, por isso mesmo, nunca me sindicalizei. Nunca necessitei de interlocutores ou intermediários para resolver assuntos que me dissessem respeito e sempre fui capaz de fazer valer os meus argumentos e reivindicar honorários compatíveis com as minhas aptidões profissionais.

Por outro lado, se nunca assumi um vínculo sindical, foi porque ao observar o papel dos colegas funcionários, delegados sindicais, jamais aprovei a sua atuação. Verificava que os serviços eram muito prejudicados com a sua atividade sindicalista. Davam sucessivas faltas ao serviço ao longo do mês, a pretexto da sua atividade e os colegas tinham que fazer o seu trabalho. Acontecia até que dada a sua qualidade de sindicalista, os superiores não tinham coragem de lhes chamar à atenção, pelo que no final do ano, em vez de serem penalisados, ainda lhe atribuíam boas notações de serviço, por vezes superiores às daqueles funcionários que lhes executavam o serviço.

Era um verdadeiro regabofe e creio que as coisas ainda não mudaram.

A política gera controversas divisões e disputas desleais porque os interesses das forças políticas da oposição estão focados no insucesso de quem governa.
 
As forças políticas que "lutam" para derrubar o Governo, deviam usar todo esse esforço e energia para ajudá-lo  a cumprir o seu mandato, colaborando com lealdade e sentido patriótico.

Greves? Não, obrigado. Quem já adquiriu antecipadamente o seu bilhete de transporte, não pode ser duplamente penalisado. Quem quer ir ao médico, ao hospital ou a uma qualquer repartição pública, não pode estar dependente da vontade daqueles que têm poder reivindicativo e podem decretar greves.

sábado, 1 de dezembro de 2012

CARTA ABERTA AO GOVERNADOR DO BANCO DE PORTUGAL

 IMAGEM RETIRADA DO GOOGLE
 
Senhor Governador do Banco de Portugal
 
Em 2007, depois de me ter reformado e ter recebido uma pequena importância relativa a retroativos, resolvi ir ao meu banco, a Caixa-Geral de Depósitos, solicitar aconselhamento para empregar esse dinheiro. Na oportunidade, o funcionário sugeriu compra de ações e indicou alguns fundos de investimento. Acabei por rejeitar as ações e aceitar dividir o dinheiro por 3 Fundos que o funcionário me aconselhou, dizendo-me que não correria riscos. Aliás, foi o próprio funcionário que ao sugerir-me aqueles produtos, me falou deles com entusiasmo, fazendo-me crer que eram uma boa opção para empregar o meu dinheiro. Passados 5 anos, os tais fundos que o funcionário me aconselhou, Caixagest Ações Europa, Caixagest Ações Portugal e Caixagest Rendimento Oriente, no montante de 29.402,53 €, valem atualmente 17.816,42 €.
 
Senhor Governador do Banco de Portugal
 
Eu depositei na Caixa-Geral de Depósitos cerca de 30 mil euros para através deles conseguir mais algum rendimento que me ajudasse a superar as dificuldades económicas que uma família sem fontes de receita para além do magro vencimento, tem diariamente. Em 2008, 2009 e 2010 ainda recebi cerca de 600 € anuais de juros do Fundo Caixagest Rendimento Oriente mas em 2011 já não recebi nada e em 2012 também nada vou receber porque nas manhosas condições de subscrição (agora do meu conhecimento), é referido que caso o fundo não tenha uma variação igual ou superior a 15% desde a data da constituição, não será distribuído rendimento.
 
Senhor Governador do Banco de Portugal
 
Perante tão estranho e incompreensível clausurado, procurei levantar o dinheiro investido e para meu espanto fui informado que sim senhor, poderia resgatar o Fundo, mas à cotação atual ou seja 13.638,40, em vez dos 20.000 euros que eu deposidei na Caixa-Geral de Depósitos. De salientar que na altura da subscrição fui informado pelo funcionário que me atendeu que o capital investido estaria sempre garantido.
 
Senhor Governador do Banco de Portugal
 
A questão essencial que lhe quero colocar nesta minha Carta Aberta, é a seguinte: Sendo o Banco de Portugal o regulador e o fiscalizador da atividade bancária no nosso País, como é possível permitir que as instituições bancárias enganem os cidadãos e utilizem as suas poupanças para investir em negócios extremamente duvidosos e de elevado risco que se derem certo engordam os cofres da instituição mas se derem errados, o cliente é o único responsável pelos prejuízos?
 
Como é possível que uma instituição bancária possa veicular publicidade enganosa, prestar informações de conveniencia para caçar o dinheiro dos clientes e depois administrá-lo de forma tão irresponsável e ruinosa, sem que nada lhe aconteça?
 
No que me diz respeito, um leigo que nada percebia de investimentos bancários, a Caixa teve um comportamento condenável, não me transmitiu a verdade e sem que eu me apercebesse, arrastou-me para um precipício perigoso, no qual acabei por cair.
 
Senhor Governador do Banco de Portugal
 
Há cinco anos que tenho uma importância de cerca de 30.000 euros depositados numa instituição bancária que me enganou, sem qualquer proveito e neste momento reduzida a 17.816,42 euros. Perante esta situação de crise insuportável para a qual em nada contribuí e porque necessito muito do dinheiro, venho solicitar a V. Excia, Senhor Governador que me dê orientações claras sobre a forma como devo reaver o meu dinheiro, antes que eu tome alguma atitude contrária à lei e tente reavê-lo por outros meios.
 
Senhor Governador do Banco de Portugal
 
Quem provocou a crise e administrou mal o dinheiro é que deve ser penalisado. Eu, em vez de aproveitar e gozar a vida com a pequena importância que recebi de retroativos, após a reforma, fui depositá-la numa instituição bancária para acautelar o futuro e obter mais algum rendimento. Foi esse o meu objetivo. A instituição bancária fez-me crer que era isso que ia acontecer. Não posso aceitar que ao fim de 5 anos, para além de não usufruir de qualquer rendimento, também não tenha direito sequer ao capital investido.
 
Senhor Governador do Banco de Portugal
 
Tenho afirmado inúmeras vezes e em diversas circunstâncias que a situação atual de Portugal se deve em primeiríssimo lugar aos políticos e à irresponsabilidade e incompetência dos sucessivos governantes, mas também à ineficácia da justiça à portuguesa e à intervenção pouco rigorosa e séria da Banca, mercê de investimentos arriscados, talvés até fraudulentos que descambaram em negócios ruinosos para a instituição, para o País e para os portugueses.
 
Senhor Governador do Banco de Portugal
 
Sou um cidadão cumpridor, amante da lei e da ordem, com um percurso de vida pautado pela honestidade e respeito, nunca pactuando com esquemas enviesados que muitas vezes me foram propostos por gente sem escrúpulos, ao longo da carreira profissional de 39 anos ao Serviço do Estado, nas diversas instituições públicas onde exerci a minha atividade. Porém, devido aos desmandos criminosos que políticos, governantes, autarcas e administradores do sector empresarial do Estado, essencialmente, têm cometido no nosso País e que o levaram à bancarrota, sem que ninguém tenha sido responsabilizado por tão ruinosos atos de gestão, não está a ser fácil continuar a manter essa minha conduta exemplar porque a revolta que se apoderou de mim, de há uns tempos a esta parte, por vezes é tão intensa que consegue descontrolar-me e apontar-me caminhos que nunca quis trilhar.
 
Senhor Govenador do Banco de Portugal
 
O erário público foi delapidado em muitos biliões de euros. Gente irresponsável, incompetente e desonesta, serviu-se das funções privilegiadas que exercia na estrutura do Estado para “roubar” as suas receitas e, dessa forma, atentar contra a honra e a dignidade de todos os portugueses que neste momento passam por situações inenarráveis.
 
Senhor Governador do Banco de Portugal
 
Se todos os culpados da situação dramática que vivemos, pelo desvio de tantos biliões de euros puderam gozar de total impunidade da justiça à portuguesa, por que razão um modesto e pobre reformado há-de ser vítima e espoliado das suas míseras economias?
 
Senhor Governador, era isto que pretendia transmitir-lhe, mais palavra menos palavra, porque pretendo esgotar todas as formas possíveis de diálogo para resolver o meu problema, antes de enveredar por outros caminhos.

V. Excia sabe melhor do que ninguém o que foram os irresponsáveis abusos da atividade bancária em Portugal e, por isso mesmo, não tenho dúvidas que compreende perfeitamente o conteúdo desta carta.
 
Com os melhores cumprimentos.

(Carta Aberta enviada ao Senhor Governador do Banco de Portugal)

RESPOSTA DO BANCO DE PORTUGAL

Exmo Senhor

Recebemos a exposição em assunto, dirigida por V. Excia a este Banco e cujo conteúdo foi por nós analisado com a devida atenção.

Informamos, contudo, que a entidade competente para se pronunciar é a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, pelo que consideramos encerrada a nossa intervenção.

Com os melhores cumprimentos.

assinam Fernanda I. Matias (Coordenadora de Núcleo) e Carlos A. Farinha (Coordenador de Área)

NOTA: - Espero divulgar a resposta da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários, caso obtenha resposta à carta que lhe vou endereçar.