IMAGEM RETIRADA DO GOOGLE
O tempo se encarrega, tal como a natureza, de colocar as coisas no seu devido lugar, desde que se tenha paciência para esperar. Neste caso, o tempo veio dar razão a um homem que em 2004 foi violentamente atacado e injustiçado por muita gente que o devia ter defendido, especialmente aqueles que ganharam estatuto e notoriedade ao serviço do mesmo Partido, o PSD.
Nessa altura, em 2004, deu jeito ao actual Presidente da República rotular o candidato do Partido Social Democrata às eleições legislativas de "má moeda", mesmo sabendo que a personalidade a que se referia, era possuidora de grande coragem, forte nobreza de carácter e impoluta, atributos que muitos dos que o Presidente da República selecionou como "boa moeda" não tinham, nem têm.
Este infeliz rótulo da autoria do actual Presidente da República, aconteceu numa conjuntura em que se preparava para ser candidato à Presidência da República, pretendendo com essa maldosa demarcação, prejudicar o candidato do seu partido, Pedro Santana Lopes para agradar aos socialistas e contribuir para a sua vitória nas legislativas de Fevereiro de 2005, pois só dessa forma tinha hipóteses de ser eleito Presidente da República, tendo em conta que o povo, por norma, nunca elege um PR do mesmo Partido do Primeiro-Ministro.
Sendo o candidato a Presidente da República, Cavaco Silva, militante e ex-presidente do PSD, ao serviço do qual foi ministro das finanças e primeiro-ministro, a sua atitude, favorecendo claramente o candidato do Partido Socialista em detrimento do candidato do Partido Social Democrata, na corrida a primeiro ministro, é própria de gente que não olha a meios para alcançar os seus objectivos, numa palavra, é traição.
Pois o actual Presidente da República teve o descaramento e a pouca vergonha de ter recusado fazer parte de um outdoor alusivo às eleições legislativas de 2005, ao lado de Pedro Santana Lopes e de outras figuras políticas do PSD, declarando então, solenemente, referindo-se ao actual Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa que "é preciso separar a boa da má moeda".
Passaram entretanto 9 anos sobre essa data e tudo se alterou. O tempo, como atrás referi, é uma fórmula infalível para repôr a verdade e desmascarar o carácter ganancioso e pérfido dos desonestos.
Entretanto, há uma ilação a tirar: neste interregno, alguém passou de besta a bestial e de bestial a besta ou, se quisermos ser mais precisos e concretos, utilizando a mesma linguagem do PR, alguém passou de boa, a má moeda e de má, a boa moeda.
Adivinhem quem foi!.............
Sobre este tema, li o comentário do Dr. Pedro Santana Lopes publicado no "CM" de 29.03.2013, do qual gostei e que com muito prazer publico no meu blogue.
Adivinhem quem foi!.............
Sobre este tema, li o comentário do Dr. Pedro Santana Lopes publicado no "CM" de 29.03.2013, do qual gostei e que com muito prazer publico no meu blogue.
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As Fases da Lua
Voltou a boa moeda igual a si próprio
A "boa moeda." Criaram-no, agora aturem-no. Gostam, alguns, muito de dizer que José Sócrates foi lançado para Primeiro-Ministro nos debates que mantivemos, em 2002 e 2003. Percebo a ideia, mas não foi. Sócrates ganhou e "reinou" porque viveu em lua de mel com muitos centros de poder em Portugal.
Muitos, a começar pelo próprio Presidente da República – mas não só – andaram embevecidos com José Sócrates, nos primeiros anos da sua governação. Agora já odeiam, não gostam ou estão afastados. Pois, mas andaram com o "menino de oiro" "ao colo".
A Vida, muitas vezes, é assim. Durante anos, ele usou comigo e com o meu Governo a manipulação em que é exímio e a que recorreu, abundantemente, na quarta-feira à noite na RTP. A começar pela burla do tal défice de 6,83% em 2005 que é dele e de mais ninguém.
Na altura, quase todos colaboraram com essa impostorice. O silêncio de Seguro em relação a Sócrates, tive-o eu de Marques Mendes, quando me sucedeu na liderança do PSD.
Agora, muitos mais se irritam com as engenhosas construções do ex-Primeiro-Ministro? Custou ouvi-lo a falar de deslealdades quando foi o primeiro a romper a solidariedade institucional? Pois é! Pois não é agradável...
Anteontem, Cavaco Silva, Teixeira dos Santos, Passos Coelho, Manuela Ferreira Leite, António José Seguro, António Costa, entre outros, por diferentes razões, terão experimentado – em maior ou menor grau, consoante os casos – uma sensação muito desagradável.
Eu conheço a sensação. Sei o que se sente quando apetece estar lá na vez de quem tem José Sócrates pela frente para o desmentir e dizer a verdade. Pois! É que, se não for na hora, já não é igual. E a mensagem passa até porque é repetida muitas vezes.
Não disse verdades? Disse, algumas e uma ou duas significativas. E disse-as com força e com desassombro, igual a si próprio. Eu sempre lhe reconheci qualidades, nunca o menosprezei. Mas nunca estive do lado dele, nunca o apoiei, sempre o combati. A diferença é essa.
Porreiro, pá!