segunda-feira, 27 de julho de 2015

LEGISLATIVAS 2015 - A ESCOLHA NÃO É DIFÍCIL

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Uma grande maioria dos portugueses está farta de partidos políticos. Essencialmente porque eles têm como primeiro objectivo zelar pelos seus próprios interesses, em detrimento dos superiores interesses do País e dos cidadãos.
 
Actualmente, a percentagem de votos entrados nas urnas e vendo bem os números da abstenção, são quase um exclusivo das pessoas ligadas aos partidos políticos, familiares e amigos e pouco mais. Os outros, uma grossa fatia dos portugueses, os que não são seguidistas nem fundamentalistas e não aprovam o decepcionante comportamento dos políticos, não vão votar porque acham que o seu voto é inútil e não é merecido por nenhuma das forças políticas em confronto.
 
Este procedimento só é exequível por pessoas que agem pela sua própria cabeça, independentes e livres dos ditames partidários. Felizmente ainda há muitos cidadãos em Portugal que nunca hipotecaram o seu livre pensamento e, por isso mesmo, estão em condições de agir, em cada momento, de acordo com as suas próprias convicções e nunca a reboque dos ditames, ideias e opiniões dos outros.
 
Nesse sentido e tendo em conta que se aproxima a data das eleições legislativas, as quais têm como principal objectivo aprovar ou reprovar a actuação do actual Governo de maioria PPD-PSD/CDS-PP, é necessário e imperioso que esses portugueses independentes façam a diferença, depois de analisarem responsável e cuidadosamente o que era o País em 2011 e o que é o País em 2015.
 
Essas pessoas livres e independentes, têm a enorme responsabilidade de não permitirem que o desumano pacote de austeridade imposto aos portugueses, durante quatro anos, tenha sido em vão. O País não pode voltar a cometer os mesmos erros (crimes) do passado, protagonizados por políticos gananciosos, corruptos, irresponsáveis e incompetentes.
 
É verdade que me incluo no número que abomina a política e os políticos. Se eu tivesse poderes para tal, uma grande parte deles estaria na prisão com os seus bens totalmente confiscados para, de alguma forma, ressarcir o Estado e os portugueses pelos prejuízos incalculáveis que lhe causaram.
 
Porém, o regime democrático em que vivemos, é feito com os partidos e quer queiramos quer não, são eles os principais protagonistas na condução dos destinos do País. Nesse sentido, é necessário verificar com rigor aquilo que uns e outros fizeram no passado e, sem dúvidas ou hesitações, definir se vamos apostar naqueles que, embora com medidas duras e impopulares evitaram o abismo ou naqueles que empurraram o País para essa dolorosa situação.
 
Que os fanáticos não vejam o melhor caminho a seguir para o bem de Portugal e dos portugueses e votem nos seus partidos, é absolutamente normal e não seria de esperar outra coisa. Mas quem faz ganhar eleições e maiorias são os independentes, aqueles que em cada momento sabem avaliar com responsabilidade, rigor e independência o mérito ou demérito dos que governam o País e daqueles que já o governaram.
 
É claro que o voto é secreto e as pessoas são livres de optar por qualquer uma das formações políticas. Porém, no actual espectro político e no que me diz respeito, se decidir ir votar no dia 4 de Outubro, o que ainda não decidi, o meu voto será dado sem dúvidas ou hesitações à actual Maioria, PSD/CDS, por terem sido capazes, no meio de tão grandes dificuldades/contrariedades, devolver a Portugal a confiança e a dignidade perdida.
 
Outro resultado eleitoral que não seja a vitória da actual Maioria, é desacreditar Portugal, regressar ao passado e premiar a incompetência e a irresponsabilidade.
 
EU NÃO ALINHO NISSO.
 

sexta-feira, 24 de julho de 2015

MAXI PEREIRA PASSA DE BESTA A BESTIAL!!!


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Estamos todos habituados, neste pequeno País à beira-mar plantado, a ver pessoas promovidas, de um momento para o outro, de bestial a besta e vice-versa.
 
São muitos os casos que poderíamos apresentar como exemplo, em todas as áreas de actividade mas vou referir-me apenas ao caso específico de Maxi Pereira, área do desporto, onde são mais frequentes estas bizarrias.
 
Maxi Pereira esteve ao serviço do Benfica durante 8 épocas e foi, sem dúvida, na sua posição, um jogador fundamental, cheio de raça e brio profissional, um atleta que nunca virava a cara à luta e nunca dava uma jogada como perdida.
 
Enquanto foi jogador do Benfica, nunca recebeu um elogio vindo do rival Futebol Clube do Porto mas, em contrapartida, foi muitas vezes acusado de ser um "caceteiro" e um jogador muito faltoso, ao ponto de Pinto da Costa ter afirmado que se os árbitros fossem competentes, Maxi Pereira seria expulso em todos os jogos.
 
Agora, Pinto da Costa tece rasgados elogios a Maxi Pereira, afirmando que "é um jogador à Porto" e são dele as seguintes declarações:
 
"Surgiu esta oportunidade, pois ele terminou o contrato com o clube no qual estava e é um jogador de classe média/alta, que entendemos que cabia perfeitamente no FC Porto, tanto pela forma como joga, como pelo seu caráter e espírito. Com a saída do Danilo abriu-se uma vaga e não o podíamos substituir com um jogador qualquer. Pelo seu perfil, pela sua forma de jogar e pela sua entrega total à camisola que veste, era o ideal. Com o Maxi Pereira vai-se manter uma sucessão dos números dois a ficarem na história do FC Porto, como o João Pinto, Jorge Costa ou Danilo. Tínhamos essa camisola disponível e acredito que vai ser um digno número dois do FC Porto. Pela sua dedicação e entrega, é um jogador à Porto".

"Pode acrescentar aquilo que queremos e precisamos num lateral: total disponibilidade, saber jogar, lutar os 90 minutos e fazer golos. O Maxi Pereira tem todo o perfil para o conseguir. Queremos sempre ter a melhor equipa possível. Com a saída do Danilo, conseguimos de imediato um jogador à altura para o substituir. São dois grandes jogadores que dão e sempre deram o máximo nos clubes por onde passaram".
 
Abatem-se ou promovem-se as pessoas conforme os interesses e as conveniências. O Maxi Pereira quando era jogador do Benfica não tinha qualidade, mas agora que passou a ser dragão, já é um jogador à Porto e de classe média-alta. Por conveniência, passou de besta a bestial, promovido por aqueles que mais o criticaram e enxovalharam.
 
Não critico Maxi Pereira por ter trocado o Benfica pelo Futebol Clube do Porto. Um profissional joga onde lhe pagarem o ordenado e onde recompensarem melhor os seus serviços. O facto de ter jogado 8 épocas de águia ao peito, devia ter pesado na sua decisão mas, pelos vistos, o dinheiro sobrepôs-se ao amor que dizia ter pelo Clube da Luz.
 
Porém, critico os dirigentes do F. C. Porto, pela sua rivalidade hipócrita e desonesta e uma falta de ética confrangedora, onde o cavalheirismo e o respeito pelas diferentes Instituições desportivas não existe. Se existisse, o F. C. do Porto nunca contrataria um atleta do Benfica à revelia da Direcção, sem que houvesse um acordo de cavalheiros.
 
Sinceramente, só espero que Maxi Pereira seja capaz de honrar a camisola que vestiu durante 8 épocas, evitando fazer declarações que desrespeitem e desprestigiem a Instituição Sport Lisboa e Benfica. 

quinta-feira, 16 de julho de 2015

SERÁ UMA TRAIÇÃO DE JORGE JESUS O SALTO PARA O ETERNO RIVAL?

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Oiço muita gente a dizer que Jorge Jesus traiu o Benfica, Clube onde exerceu a profissão de Treinador durante as últimas 6 épocas e onde conquistou 3 Campeonatos Nacionais, 1 Taça de Portugal, 5 Taças da Liga e 1 Supertaça Cândido de Oliveira.
 
Curiosamente, ou talvez não, o seu palmarés em títulos conquistados ao serviço do Benfica não é ainda mais vasto, porque em algumas finais demonstrou falta de ambição e não teve capacidade para arquitectar a melhor táctica para contrariar o jogo do adversário e sair vencedor. Em alguns momentos cruciais vacilou, teve medo, cometeu erros e, por via disso, não conquistou mais alguns títulos que estavam perfeitamente ao seu alcance.
 
Jorge Jesus, é bom que se reconheça, ressuscitou o Benfica; não o Benfica demolidor das décadas de 60 e 70 que fazia maravilhas e cilindrava os adversários mas um Benfica competente e eficaz que passou a discutir todos os títulos nacionais com os seus mais directos adversários, algo que já não fazia há décadas. Jorge Jesus tem esse mérito e ninguém lho vai tirar, digam os adeptos benfiquistas o que disserem em seu desabono.
 
Independentemente do seu profissionalismo e das coisas boas que proporcionou ao Clube e aos benfiquistas, houve muita gente que não gostou da forma como o ex-treinador benfiquista saiu e eu incluo-me nesse grupo.
 
Está provado que Jorge Jesus iniciou conversações com os dirigentes sportinguistas muito antes de terminar o contrato de trabalho que o ligava ao Benfica, à socapa, e já teria o acordo concluído quando Luis Filipe Vieira ainda tentava negociar a sua continuação. O ex-treinador do Benfica adoptou um comportamento censurável e desonesto para com o Clube e os dirigentes, demonstrando uma vez mais a sua falta de carácter.
 
Tirando isso que não é pouco, continuo a dizer que Jorge Jesus não traiu o Benfica; Jorge Jesus traiu-se a si próprio, como irá reconhecer dentro de poucos meses, quando cair na real e se der conta da embrulhada em que se meteu.
 
Um treinador não faz contratos vitalícios e, nesse sentido, a coisa mais natural, é renová-lo no final do contrato ou mudar de clube. Mas um treinador pode até nem cumprir o contrato, caso aconteça uma rescisão amigável ou litigiosa. Jorge Jesus saiu no final do contrato que o ligava ao Benfica, não se podendo considerar a sua saída como uma traição.
 
Os dirigentes encarnados tiveram tempo suficiente para negociar a renovação do contrato. Se o não fizeram, foi porque entenderam ser a melhor solução. Esta decisão foi de encontro aos desejos de uma larga percentagem de benfiquistas que desde há muito reclamavam a sua saída. Ninguém esqueceu aquela humilhação no final da época 2012/2013, em que dos 4 títulos possíveis (Campeonato, Taça de Portugal, Taça da Liga e Liga Europa), não ganhou nenhum, em confronto com o F. C. Porto, Vitória de Guimarães, Sporting Clube de Braga e Sporting Clube de Braga.
 
Pessoalmente, agradeço ao Presidente Luis Filipe Vieira não ter renovado o contrato porque o Benfica precisava de um treinador que para além de saber da profissão, soubesse também dizer duas palavras em bom português, coisa que Jorge Jesus não era capaz, servindo as suas calinadas para alimentar o anedotário nacional, para gáudio dos rivais e adversários. 
 
Rui Vitória preenche na perfeição o lugar deixado vago pelo actual treinador do Sporting, porque já deu provas da sua competência ao serviço de outros clubes, nomeadamente do Vitória de Guimarães, onde fez um trabalho excelente. Mas Rui Vitória é, simultaneamente, um treinador que sabe expressar-se em bom português, um gentleman que sabe lidar de forma responsável, educada e conciliadora com os atletas, equipa técnica, dirigentes e adeptos.
 
Em suma e para finalizar, dizer que o Benfica fica muito melhor servido com Rui Vitória. É só saber esperar. O tempo se vai encarregar de me dar razão.
 
 

APOIANTES SYRIZISTAS - DEPOIS DA EUFORIA, A DESILUSÃO


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Todos os partidos da esquerda radical que apoiaram o Syriza antes e após a inesperada vitória nas eleições gregas, preparavam-se para colher dividendos nos respectivos escrutínios eleitorais a realizar nos diferentes países da Europa, caso as suas revolucionárias reivindicações obtivessem êxito nas negociações com os parceiros europeus.
 
Depois de pouco mais de 5 meses de governo, a coligação liderada pelo Syriza, para além de não ter conseguido fazer vingar as suas irrealistas propostas à mesa das negociações com o Eurogrupo, acabou também por quase paralisar o País, por falta de financiamento, pois até os bancos tiveram que fechar por falta de liquidez.
 
O acordo que o Primeiro-Ministro Alexis Tsipras acaba de negociar com o Eurogrupo, já não contempla uma grossa fatia das benesses que prometeu aos gregos durante a campanha eleitoral, cedeu em toda a linha e, nesse sentido, só tinha uma coisa a fazer para salvar a face e manter intacta a sua idoneidade como homem de palavra: DEMITIR-SE.
 
Se de facto Alexis Tsipras não tomar a decisão de se demitir, então haverá razão mais que suficiente para pôr em causa a sua idoneidade e considerá-lo igual a todos os outros políticos que mentiram e enganaram o povo grego para chegar ao poder e arrastaram a Grécia para esta calamitosa situação.
 
Segundo os noticiários internacionais, o governo de Alexis Tsipras é responsável pelo forte agravamento da economia grega e das condições de vida do povo, tendo ficado provado que não se pode prometer aquilo que não se pode dar, criando falsas expectativas e que o aventureirismo esquerdista revolucionário não é a via correcta para resolver os graves problemas económicos da Grécia.
 
Nesse sentido, todos aqueles partidos que festejaram euforicamente a vitória do Syriza nas eleições gregas ocorridas em Janeiro/2015, pensando que a mesma lhes traria grandes benefícios, neste momento já perceberam que a colagem a um partido que não vai cumprir nada do que prometeu aos seus eleitores e se encontra à beira da desagregação, não os vai beneficiar em próximos actos eleitorais, porque o desastroso fracasso da sua política governativa, aconselha os cidadãos a não confiarem o seu voto em partidos da mesma família ideológica.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

SOLIDARIEDADE PARA COM O POVO GREGO

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Sinceramente, gostava de compreender os entusiásticos apoiantes do partido Syrisa e do seu Governo. É verdade, gostava muito, porque isso significaria que eu admitia que os syrizistas têm razão. Infelizmente, não é isso que eu penso e por isso mesmo não posso concordar com esse apoio  porque entendo que os dirigentes do partido de extrema esquerda não foram responsáveis durante a campanha eleitoral e continuam a não sê-lo, agora na qualidade de governantes.
 
Não está em causa ser solidário para com o povo grego que não tem culpa dos crimes económicos que foram cometidos na Grécia pelos sucessivos governos e que levaram a esta gravíssima situação de bancarrota, mas não posso alinhar com os apoiantes syrizistas portugueses, porque sempre honrei os meus compromissos, muitas vezes, à custa de desumanos sacrifícios e privações mas nunca deixei de cumprir. Não há desonra maior do que não cumprir a nossa palavra. Quem o faz, perde o respeito e a credibilidade e passa a ser considerada uma pessoa desonesta, sem honra.
 
Honrar a palavra dada e assumir integralmente os seus deveres e compromissos, distingue os homens de forte carácter daqueles que o não têm.
 
Portugal, por culpa dos sucessivos governantes da era democrática, viu-se caído em desgraça e envolvido num doloroso "programa de resgate" que empobreceu os portugueses e lhes roubou a esperança e a alegria de viver. Centenas de milhar de famílias atingiram situações horríveis de desespero, por perderem os empregos, por não poderem pagar a prestação da casa e, pior do que isso, por não terem meios de sobrevivência.
 
O Governo português, à custa da monstruosa austeridade que impôs ao povo durante 4 anos, conseguiu honrar os compromissos com os credores e recuperar a credibilidade que o País havia perdido perante os parceiros europeus, a Europa e o Mundo.
 
Perante tão dramática situação dos portugueses neste período, onde esteve a solidariedade dos nossos parceiros? Que ajudas recebemos? Que eu saiba, nenhuma. Ficámos entregues a nós próprios e tivemos que fazer das fraquezas forças para podermos avançar e sair da situação económica dramática em que nos encontrávamos. Felizmente que conseguimos e não passámos pelo triste e miserável espectáculo que os gregos estão a viver com os bancos encerrados, os hospitais inoperacionais, bem como todos os sectores de actividade, com a população em grande desespero.
 
Numa situação económica tão dramática, não se compreende que os gregos usufruam de regalias sociais superiores às dos portugueses, a começar pelo ordenado mínimo que é de 684 € e que Tsipras quer repor nos 751 €, contra 505 € dos portugueses (mais 179 €). Já lhes foi perdoada uma enorme fatia da dívida (100.000 milhões de euros), uma verba superior a todo o empréstimo concedido a Portugal (78.000 milhões de euros) e já se fala em perdoar mais 50.000 milhões de euros, para além de estar na forja a renegociação da dívida e o alargamento dos prazos.
 
Se Portugal tivesse beneficiado de um perdão desta magnitude, os portugueses não teriam sido vítimas de tão trágica austeridade. Solidariedade sim, mas responsabilidade também. Ninguém está disposto a ser solidário com alguém que viveu à "grande e à francesa", à custa da solidariedade dos outros.
 
O partido Syrisa ganhou as eleições na Grécia à custa de promessas absolutamente irreais, dada a situação de bancarrota que o País vivia. Cavalgou a onda da irresponsabilidade e agora está a colher os frutos da sua actuação leviana e aventureira, em negociações dificílimas com os parceiros europeus que não estão disponíveis para continuar a injectar dinheiro nos cofres gregos sem obterem uma garantia de que o governo grego vai realizar reformas profundas para reabilitar a economia e garantir o retorno dos empréstimos.
 
No fundo, o Primeiro Ministro Alexis de Tsipras, se chegar a concretizar um acordo que garanta um novo empréstimo e mantenha a Grécia na Zona Euro, será através de significativas cedências e recuos sobre as promessas eleitorais, situação que representa uma clara condenação da visão e das políticas de extrema esquerda, encarnadas pelo Syriza, que teve a veleidade de imaginar que se podem fazer omeletes sem ovos. Em suma, será uma humilhante desautorização.
 
Se simpatizo com o povo grego? Claro que simpatizo, tal como simpatizo com todos os povos do mundo. Mas este problema é do povo grego, ao qual cabe tomar as medidas necessárias para o resolver. Pessoalmente, fui obrigado a contribuir com milhares de euros para ajudar Portugal a resolver os seus problemas. Não é justo pedirem-me mais sacrifícios para ajudar outros povos quando tenho família e amigos a necessitar da minha ajuda.
 
Solidariedade sim, mas para aqueles que têm a humildade de reconhecer que erraram e estão dispostos a tomar medidas para rectificar esses erros.
 
Governar um País não é a mesma coisa que presidir a um Partido de extrema esquerda e estar sempre na cómoda situação da oposição, contra tudo e contra todos. Governar um País exige bom senso, tomar medidas, resolver os problemas, dialogar, ser flexível e ter a capacidade de colocar de parte as ideologias extremistas para adoptar as políticas que melhor sirvam o País e os cidadãos. Alexis de Tsipras não fez isso e por isso está a ter grandes dificuldades em chegar a acordo com as Instituições Credoras e com os parceiros europeus que não estão dispostos a passar-lhe um cheque em branco.
 
Apesar de tudo, desejo que a Grécia continue a fazer parte da grande família europeia, fazendo parte integrante do grupo dos 28 Estados membros.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

O VERÃO E O INFERNO DOS FOGOS FLORESTAIS



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O inferno dos fogos florestais que delapidam as nossas florestas e causam enormes prejuízos todos os anos aos agricultores, é uma consequência directa da forte industrialização dos tempos modernos. Para a indústria do papel serve todo o tipo de madeira mas não podemos esquecer também a indústria dos contraplacados e outras que utilizam como matéria prima, a madeira. Para alimentar e tornar rentáveis estas empresas, é necessária muita matéria prima e uma das formas mais lucrativas, é o recurso à madeira queimada, a preço de saldo.
 
Este inferno dos incêndios, é uma tragédia dos tempos modernos porque, na verdade, nem sempre foi assim. Na minha juventude, década de 50 e 60, não havia estes incêndios e Portugal tinha uma área florestal imensa. Para qualquer local que me deslocava, dentro ou fora do concelho de residência, só se viam florestas. Não se viam serras completamente dizimadas como agora, onde até as pedras estão negras. Quando me desloco, ocasionalmente, à minha terra de nascimento, fico desolado ao ver aquelas serras e montes completamente queimadas, sem uma única árvore.
 
A 500 metros da minha aldeia, começava a serra, uma área imensa de pinheiros, castanheiros, carvalhos e uma grande diversidade de arbustos, nomeadamente, as giestas, as estevas, os sargaços,  os zimbros, etc.
 
Actualmente, por qualquer ponto do País por onde passo, o cenário é idêntico: áreas imensas queimadas, transformando a paisagem outrora verdejante e povoada de imponentes árvores, num cenário tristemente fúnebre, cinzento e desolador.
 
Porque é que há 50 anos não havia incêndios e as nossas florestas eram religiosamente respeitadas? E porque é que a partir de determinado momento, deixou de haver esse respeito e qualquer indivíduo, por vontade própria ou a mando de terceiros, incendeia as florestas com a facilidade e o à-vontade de quem bebe uma cerveja?
 
Infelizmente, não vejo debatido este problema de forma objectiva e racional. Os poucos debates sobre o tema são inócuos e ridículos porque me parece que ninguém está interessado em apurar as verdadeiras causas do inferno dos fogos de verão e quando apanham um pirómano em flagrante, em vez de tentarem recolher toda a informação possível sobre a origem e as causas do crime, logo se apressam a desresponsabilizar o coitado, informando a opinião pública que sofre de perturbações do foro psiquiátrico.

De ano para ano, a floresta vai sendo dizimada e Portugal fica cada vez mais pobre. Nem os principais Parques Nacionais escapam à acção criminosa dos pirómanos, perdendo-se  àrvores seculares de rara beleza que puderam ser contempladas por nós e pelos nossos  antepassados mas as gerações futuras não terão esse privilégio.

Para quando uma política que defenda e proteja a floresta e proceda à reflorestação das áreas ardidas?

 

segunda-feira, 6 de julho de 2015

"ESQUEÇA TUDO O QUE SABE"

 
 
"ESQUEÇA TUDO O QUE SABE" é o título do primeiro livro da autoria de Marco Meireles, cujo lançamento teve lugar no passado dia 1 de Julho, pelas 19 horas, nas instalações da FNAC, Centro Comercial Vasco da Gama.
 
O evento superou todas as expectativas, já que estiveram no local cerca de 250 pessoas, o que fez com que o espaço e as zonas circundantes ficassem completamente apinhadas,  num ambiente de muito calor, devido ao mau funcionamento do sistema de ar condicionado.
 
O importante, é que as pessoas não arredaram pé, ouvindo com muita atenção o autor do Prefácio, Henrique Neto que já anunciou concorrer à eleição para a Presidência da República, e o autor do livro, Marco Meireles que abordou resumidamente a matéria do livro, de forma notável, merecendo no final uma vibrante e calorosa salva de palmas.
 
Depois das intervenções, seguiu-se uma longa maratona de autógrafos que se prolongou até cerca das 23 horas, porque a maioria dos presentes esperaram pacientemente que chegasse a sua vez pois  fizeram questão de cumprimentar e dar os parabéns ao autor e, ao mesmo tempo, levar o livro autografado e com uma dedicatória, já que a grande maioria das pessoas que ali estavam eram conhecidas e amigas do autor.
 
Não é todos os dias que se escreve um livro. No caso de Marco Meireles, a sua concretização resulta de uma experiência profissional que já conta com mais de 20 anos, ao longo dos quais criou e aperfeiçoou métodos que lhe permitiram ter sucesso, ajudando pessoas a ter sucesso.
 
É o próprio autor que escreve na página 28 do seu livro: "este não é um livro de autoajuda, com conceitos abstractos, escrito para o fazer sentir-se melhor. Este é um livro suportado pela ciência e por anos de prática com protocolos recolhidos das neurociências, psicologia cognitivo-comportamental e do desporto de alta competição, para obter resultados muito concretos. Tudo o que vou recomendar já experimentei em mim e garantiu, também, resultados a centenas de pessoas".
 
Resta dizer que o autor do livro, Marco Meireles, é meu filho, pelo que é com uma pontinha de vaidade e muito orgulho que presto esta informação aos leitores de "Direito de Opinar", aos quais aconselho a sua leitura, na certeza de que o seu conteúdo lhes irá agradar.
 
Parabéns Marco Meireles e que o livro alcance o sucesso e o reconhecimento que merece e tu idealizaste.
 
 
 
 

sábado, 4 de julho de 2015

O ESTADO E A SOCIEDADE EM GERAL, NÃO PODEM DESUMANIZAR OS VELHINHOS!!!

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Por vezes arrepio-me ao ver quadros tão desumanos relativamente ao tratamento de pessoas idosas. Vejo mendigos e sem-abrigo, curvados e de rostos sulcados pelo peso dos anos, arrastando-se pelas ruas, em busca de uma esmola para poder matar a fome.
 
Estes velhos já nem seres humanos são, porque já ultrapassaram todos os patamares de dignidade que um ser humano pode suportar. São pessoas que não têm família ou então foram abandonados por ela; não têm casa, não têm emprego, não têm higiene, não têm amigos e não têm afectos nem carinhos. Em suma, não têm vida, absolutamente nada!...
 
Os velhos são pessoas que durante o tempo em que estiveram no activo, contribuíram com o seu trabalho e com o seu saber, para o desenvolvimento do País e para a criação e formação de novas gerações de portugueses. Não devia ser possível uma tão grande tragédia humana neste escalão etário. Estas pessoas mereciam todo o respeito, carinho e solidariedade humana e o Estado devia ter Centros devidamente equipados para receber todos os velhos que não têm quem cuide deles numa fase da vida em que mais precisam de ajuda.
 
Há um egoísmo monstruoso na nossa sociedade que nos impede de sermos solidários e de obedecer aos sentimentos que constantemente nos dita o coração.  Muitos mecenas vivem obcecados pelo pecado da gula e da luxúria, rodeados de sumptuosidade supérflua. Esbanjam fortunas e estragam equipamentos e alimentos que dariam para cuidar dos velhinhos de forma a viverem o resto dos seus dias com um pouco de dignidade e minimamente felizes.
 
O que leva o ser humano a ser tão desumano e cruel? O que é que as pessoas que podem fazer alguma coisa pelos velhos e não fazem pensam sobre este tema tão pungente? Será que nunca pensaram que também vão ficar velhos e precisar de quem cuide deles? Será que não se incomodam e dormem descansados, ao ver a miséria em que vivem tantos velhinhos?
 
E o Estado? Porque não toma o Estado medidas urgentes para salvaguardar situações de velhice tão degradantes? É imperioso que o Estado aplique uma taxa a quem tem maior poder económico para poder suportar os encargos com a velhice. De livre e espontânea vontade, ninguém colabora porque o egoísmo está enraizado na maioria das pessoas. Então que sejam obrigadas a colaborar à força, instituindo uma taxa com força de lei, para que ao tirar-lhes um pouco que não lhes faz falta, o Estado possa tratar com respeito e dignidade os velhinhos.
 
Para complementar a minha ideia, deixo a carta que um idoso anónimo escreveu ao seu filho e que, no fundo, não é mais nem menos, do que lembrar os cuidados que se devem ter com os idosos na sua etapa derradeira da vida.
 
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Carta de um Idoso escrita a um filho

" O dia em que este velho não for mais o mesmo, tem paciência e, compreende-me;
Quando derrramar comida na minha roupa e me esquecer de como apertar os sapatos, tem paciência comigo e lembra-te das horas que passei a ensinar-te a fazer as mesmas coisas.

 Se, quando ao conversares comigo, repito e repito as mesmas palavras e sabes de sobra como termina, não me interrompas e escuta-me.

 Quando estivermos reunidos e sem querer, fizer as minhas necessidades, não fiques com vergonha e compreende que eu não tenho culpa disto, pois já não as possso controlar - pensa quantas vezes, aquando criança, te ajudei, estando pacientemente ao teu lado esperando que terminasses o que estavas a fazer.

 Não te sintas triste, enojado ou impotente por me ver assim. Dá-me o teu coração, compreende-me e apoia-me como eu fiz quando começaste a viver.

 Da mesma maneira que te acompanhei no teu caminho, peço-te que me acompanhes para terminar o meu.

 Dá-me amor e paciência, que eu te devolverei gratidão e sorrisos."

quinta-feira, 2 de julho de 2015

ATENÇÃO EQUIPA TÉCNICA DO BENFICA: A MELHOR DEFESA É O ATAQUE

legenda

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Vamos a ser claros: eu incluo-me no universo de adeptos que viam com bons olhos a entrada de Marco Silva no Sport Lisboa e Benfica para treinar a sua equipa principal de futebol, por lhe reconhecer competência, a qual ficou bem evidenciada ao serviço do Estoril Praia e do Sporting.
 
Por motivos que desconheço, essa não foi a opção da Direcção do Benfica, a qual achou por bem contratar o ex-treinador do Vitória de Guimarães, um profissional de corpo inteiro e um verdadeiro gentleman que fez trabalho muito meritório ao serviço dos minhotos.
 
Se a Direcção do SLB escolheu Rui Vitória é porque está convicta que é o treinador certo para continuar a conquistar vitórias e a ganhar títulos e, nesse sentido, a partir de agora, é também o meu treinador e o treinador de todos os benfiquistas que não deixarão de lhe dar todo o apoio, nos bons e nos maus momentos.
 
Há, porém, um conselho que gostaria de dirigir ao novo treinador e à sua equipa técnica, baseado em exemplos de épocas anteriores: assisti a jogos em que a equipa foi pouco ambiciosa, medrosa até, em alguns momentos do jogo e, por via disso, sofreu alguns resultados negativos, nada consentâneos com o seu valor, alguns dos quais, frente a adversários de muito menor valia.
 
Se o Benfica entra em todos os jogos para ganhar, tem que jogar ao ataque, fazer as despesas da partida, ter posse de bola, imprimir velocidade ao jogo e pressionar com intensidade o adversário sempre que perde a bola, logo a partir da intermediária do meio-campo contrário, não permitindo ao adversário ataques pensados organizados. As grandes equipas jogam desta maneira e o Benfica se quiser retomar a hegemonia no futebol português que já foi sua durante décadas, tem que imitar o Futebol Clube do Porto que passeou a sua classe no Campeonato português mas também nas competições europeias, durante aproximadamente três décadas.
 
A equipa tem que ser estruturada para jogar em velocidade, ter posse de bola e fazer pressing sobre o adversário sempre que perde a bola. O jogo mole, permite a qualquer adversário de menor valia, equilibrar o jogo e num golpe de sorte, marcar um ou mais golos e depois remeter-se à defesa, acabando por roubar pontos preciosos que depois vão fazer falta para assegurar o 1º lugar na classificação.
 
Meu caro Rui Vitória, quem tem medo fica em casa ou então compra um cão. Perder por perder, prefiro que seja jogando ao ataque e com a crítica a dizer que o Benfica foi superior ao adversário mas que por manifesta infelicidade não concretizou as inúmeras ocasiões de golo.  Na verdade, todos sabemos que às vezes há jogos incríveis, em que uma equipa massacra o adversário mas porque está em dia ou noite "não", pode tentar mil vezes que não faz um golo.
 
Espero que o Benfica na nova época 2015/2016, não tenha dias nem noites "não" e que o treinador Rui Vitória seja capaz de levar o Sport Lisboa e Benfica à conquista do TRI.
 
BOA SORTE.