terça-feira, 28 de dezembro de 2010

COM SANTANA LOPES O PAÍS ESTARIA BEM MELHOR


O ex-Presidente da República Jorge Sampaio, que exerceu a sua magistratura entre 1996 e 2006, cumprindo dois mandatos, actuou de forma leviana e irresponsável ao dissolver o Parlamento e convocar eleições antecipadas, em Dezembro de 2004, pois com tal atitude, deu início a um ciclo governativo ruinoso para Portugal e para os portugueses, dando origem a uma das maiores crises económicas de que há memória.

Se não fosse a sua ligação ao Partido Socialista e a obsessão pessoal de o guindar ao poder, jamais tomaria tal decisão, porque não havia motivos para tomar uma medida tão drástica e tão penalisante para o País, uma vez que o Governo de então funcionava em maioria e era sustentado por dois partidos idóneos e responsáveis.

O então Presidente da República acusou o Primeiro-Ministro de ser fértil em trapalhadas, pretexto habilmente utilizado para fazer chegar o Partido Socialista ao Poder, táctica que também foi adoptada pela comunicação social esquerdista e tendenciosa que à época se mostrou implacável contra o Primeiro-Ministro, inventando todos os dias uma "trapalhada" diferente para o destabilizar e desacreditar. Digamos que a imprensa escrita e falada se uniu ao Presidente da República para derrubar o Primeiro-Ministro e o seu Partido, o PPD/PSD, promovendo, em contrapartida o PS, ajudando-o a ganhar as Legislativas resultantes do decreto de dissolução da Assembleia da República que Jorge Sampaio não teve decoro ou relutância em assinar e promulgar.

Muita gente lúcida, não teve dúvidas de, na altura, reprovar severamente o comportamento do Presidente da República, mas hoje, volvidos quase seis anos, não só é possível constatar que essas pessoas tinham toda a razão do Mundo como ainda afirmar, sem qualquer receio de errar, que se Pedro Santana Lopes tem continuado a exercer as suas funções até ao final do mandato, o País não estaria hoje nesta tão difícil situação económica porque o ex-Primeiro-Ministro estava melhor preparado para exercer tão importante e difícil cargo, essencialmente pelas seguintes razões:

De entre os importantes cargos públicos que desempenhou, contam-se os de Presidente da Câmara Municipal de Lisboa e da Figueira da Foz, onde realizou trabalho merecedor de uma boa avaliação; não tem por hábito enganar e mentir aos portugueses; gosta de honrar a sua palavra; não consta do seu passado que se tenha envolvido em esquemas mafiosos, fraudulentos e corruptos; é honesto e a prova disso é que muita gente perversa já tentou chamuscá-lo ou mesmo queimá-lo e não conseguiu; por ser ponderado e respeitar o dinheiro proveniente dos impostos dos contribuintes, não embarcaria em projectos ruinosos e megalómanos; é um político e cidadão patriótico, preocupado com o País e o bem-estar dos portugueses.

Estas são algumas das razões que sustentam a afirmação do título da mensagem, mas há mais:

O seu Governo era constituído por personalidades de grande competência e prestígio, com provas dadas ao longo da vida e vale a pena recordà-las:

Álvaro Barreto, Ministro de Estado, das Actividades Económicas e do Trabalho; Paulo Portas, Ministro de Estado, da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar; Nuno Morais Sarmento, Ministro de Estado e da Presidência; António Bagão Félix, Super-Ministro das Finanças; António Monteiro, Ministro dos Negócios Estrangeiros e das Comunidades Portuguesas; Daniel Sanches, Ministro da administração Interna; José Pedro Aguiar-Branco, Ministro da Justiça; José Luis Arnaut, Ministro das Cidades, administração Local, Habitação e Desenvolvimento Regional; Carlos da Costa Neves, Ministro da Agricultura; Maria do Carmo Seabra, Ministra da Educação; Maria da Graça Carvalho, Ministra da Ciência, Inovação e Ensino Superior; Luis Filipe Pereira, Ministro da Saúde; Fernando Negrão, Ministro da Segurança Social, Família e Criança; António Mexia, Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações; Maria João Bustorff, Ministra da Cultura; Luis Nobre Guedes, Ministro do Ambiente e Ordenamento do Território; Telmo Correia, Ministro do Turismo; Rui Gomes da Silva, Ministro adjunto do Primeiro Ministro.

O competentíssimo e rigoroso Ministro das Finanças, jamais embarcaria em situações que não fossem transparentes e não pactuaria com engenharias financeiras para enganar o País. De resto, outras pastas importantes estavam igualmente bem atribuídas e episódios rocanbolescos como a construção do TGV, Aeroporto, 2ª Travessia do Tejo, 2ª auto-estrada norte/sul e outras obras megalómanas, não teriam acontecido, porque o Primeiro-Ministro, mais responsável e menos teimoso, reconheceria as dificuldades da economia portuguesa e não sancionaria tais encargos; era um Governo de maioria parlamentar que podia ter posto em prática grandes medidas para o País e realizar reformas importantes; era um Governo que não permitiria que acontecesse um conjunto de episódios gravíssimos como o caso Freeport, Face Oculta, TVI/Ongoing/PT, Tagus Park/Pedro Soares/Figo e muitos outros que para além de prejudicarem a economia do País, descredibilizaram os governantes e a classe política; também não creio que o Governo de Santana Lopes distribuisse tantos tachos e benesses como o que está em funções.

Ainda quanto a Pedro Santana Lopes, o Primeiro-Ministro demitido por razões que a razão não entende, demonstrou a sua impolutabilidade em todos os altos cargos que desempenhou anteriormente e tal postura garantia que na qualidade de Chefe do Governo, iria ser ainda mais rigoroso e exigente. Não lhe permitiu essa demonstração o Presidente da República que para agradar aos seus apaniguados, interrompeu extemporaneamente o seu mandato, dando a sua importante contribuição, com tão desajustado acto, para colocar no seu lugar, alguém da mesma cor política, com muito menos competência, bem patente nas trapalhadas que tem protagonizado ao longo de quase seis anos de governo, essas sim, trapalhadas muito mais graves, merecedoras de um tratamento mais severo por parte do actual Presidente da República.

O Governo do actual Primeiro-Ministro é responsável pela grave degradação económica e política que se apoderou do País devido à sua inabilidade governativa, teimosia e arrogância sem limites e a toda uma série de péssimos exemplos comportamentais que tem dado aos portugueses.

Jorge Sampaio correu com Santana Lopes para abrir os braços ao seu camarada Sócrates e o resultado está à vista. Sócrates, é de longe, o pior Primeiro-Ministro de sempre e há muito que devia ter sido demitido. Um Primeiro-Ministro não pode mentir e se o fizer tem que ser imediatamente posto no olho da rua. Uma das facetas mais características da democracia portuguesa, é sem dúvida o facto de um Presidente da República poder exonerar um Primeiro-Ministro e um Governo que nada fez de mal para uma tal tomada de posição e, ao mesmo tempo, poder manter em funções um outro Primeiro-Ministro que há muito devia ter sido demitido.

Se neste País os culpados fossem responsabilizados pelos actos ruinosos que praticam, Jorge Sampaio não se livraria de ser incluído na lista daqueles que contribuíram para a degradação económica e política do País, merecedores de severa punição.

Mas neste País as coisas não funcionam assim, uns cometem toda a espécie de crimes e arruinam a economia do País e nada lhes acontece e outros, as vítimas dessa espécie de governantes incompetentes, têm que apertar o cinto e suportar toda a espécie de privações e cortes nas regalias sociais, salários, pensões e reformas, adquiridas com tanto sacrifício ao longo de uma vida.
Santana Lopes foi prejudicado na sua carreira política e pode queixar-se da falta de isenção do Presidente da República mas o Povo Português foi quem acabou por pagar a maior factura e, pelos vistos, quanto a apertar o cinto, ainda a procissão vai no adro.


quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

VÍTIMA DE EXTORSÃO CONSENTIDA


Cuidado com o nº 62956. As autoridades que investiguem a quem pertence

Porque pago a factura de telefone através do Sistema de Débito Directo, só ao terceiro mês de vigarices me apercebi que a TMN estava a facturar mensagens de valor acrescentado, a 1,667 euros cada, enviadas do meu número de telemóvel para o número 62956, sem que eu alguma vez tivesse emitido qualquer mensagem para o dito número, como pode ser facilmente comprovado.

Em média, foram facturadas oito mensagens em cada mês, no valor global de 40,038 euros. Esta importância foi-me extorquida porque eu não enviei qualquer mensagem para o número referido. É, portanto, um roubo autorizado que provavelmente está a ser feito a muitos outros cidadãos.

Quem se vê numa situação destas, para além de ficar indignado e revoltado, não pode deixar de colocar a seguinte questão: como é possível praticar vigarices desta natureza? Como é possível facturar a alguém, mensagens que nunca enviou? A quem devo pedir responsabilidades? Quem me vai ressarcir do montante facturado indevidamente?

Liguei para o número de apoio ao cliente da TMN para reclamar e mandar barrar imediatamente o serviço de mensagens de valor acrescentado e do lado de lá, o funcionário que me atendeu, disse-me imediatamente que eu devia enviar uma mensagem para o número 62956 para desistir do jogo, o que é bizarro, porque eu tinha-o informado que nunca participei em nenhum jogo e não enviei mensagem nenhuma. Por outro lado, quanto ao pedido de barragem do Serviço de Valor Acrescentado, disse-me que o não podia fazer sem que eu assinasse uma declaração nesse sentido.

Esta situação é inacreditável!!! Então o titular do número de telemóvel lesado, devidamente identificado (tive que dizer a morada e o número de contribuinte), não pode mandar barrar o referido serviço através do telefone? Afinal, pelo telefone, só se podem resolver os assuntos que são do interesse da operadora? Se isto se não tivesse passado comigo e me tivessem contado, provavelmente não acreditaria.

A operadora não zelou pelos meus interesses e facturou mensagens de valor acrescentado sem me avisar e, por outro lado, accionou o Sistema de Débito Directo sem prévia autorização, o qual esteve em vigor praticamente sem que eu desse conta porque não tomei conhecimento do conteúdo da carta em que a Caixa Geral de Depósitos me dava essa informação.

Face à gravidade do sucedido, cancelei imediatamente o Sistema de Débito Directo e, logo que oportuno (o mais brevemente possível), mudarei de operadora porque não gostei do tratamento que me dispensou e não admito que alguém, sem a devida autorização, possa retirar dinheiro da minha conta.

É claro que este seria um caso para entregar nas mãos da Polícia Judiciária e posteriormente aos tribunais mas tendo em conta o estado deplorável da Justiça, prefiro não tomar tal decisão, para não vir a sofrer, em pleno Tribunal, a desilusão e a humilhação de uma sentença favorável aos vigaristas, como acontece todos os dias, miseravelmente, nos tribunais deste pequeno País.