sábado, 31 de janeiro de 2015

LUIS FIGO - UMA CANDIDATURA CORAJOSA A PRESIDENTE DA FIFA!


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Os portugueses reagiram com entusiasmo à notícia sobre a candidatura de Luis Figo à Presidência da FIFA, o órgão máximo  do futebol mundial. Esta sua decisão para além de corajosa e patriótica, pois não é todos os dias que Portugal é citado em todo o mundo por ter um candidato a Presidente da FIFA, o organismo que gere o futebol mundial.
 
Luis Figo que foi indubitavelmente um dos maiores jogadores portugueses de todos os tempos, pautou a sua actuação ao longo da carreira, dentro e fora dos rectângulos, de forma extraordinariamente exemplar e, por isso mesmo, não tenho dúvidas, possui todas as características e capacidades para desempenhar exemplarmente as funções de Presidente da FIFA, ultimamente tão mal representada pelo Senhor Joseph Blater que tem tomado algumas atitudes sensuráveis que põem em causa o seu dever de independência e neutralidade, relativamente a muitas matérias do mundo do futebol.
 
Sou daquelas pessoas que pensam que o valor do futebol português, tanto ao nível de clubes como da Selecção Nacional, está muito acima do valor dos títulos internacionais até agora conquistados. Infelizmente, umas vezes por manifesta falta de sorte e outras por erros grosseiros das arbitragens, o futebol português foi privado de alcançar mais alguns títulos.
 
Provavelmente, por ser um País pequeno e com falta de representatividade nos dois principais organismos de futebol, a UEFA e a FIFA, Portugal nem sempre foi respeitado, tendo sido muitas vezes prejudicados os Clubes e a Selecção, a nível internacional.
 
O prestígio mundial do futebol português merece uma maior representação na UEFA e na FIFA e, nesse sentido, a candidatura de Luis Figo ao mais alto cargo do futebol mundial, foi uma boa notícia para os portugueses que, tal como eu, pensam que é hora de Portugal iniciar o "assalto" aos cargos de topo do futebol mundial para, finalmente, obter respeito e tratamento igual.
 
A Federação Portuguesa de Futebol deve exercer toda a sua influência internacional para angariar os apoios necessários junto das diferentes Federações e prestar ao Luis Figo toda a ajuda que porventura venha a precisar. 
 
Fico a torcer para que Luis Figo tenha êxito neste seu ambicioso projecto, simultaneamente prestigiante para Portugal.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

A PROPÓSITO DE BARBA E CABELO COMPRIDO

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Lembro-me que enquanto jovem costumava usar cabelo e barba compridos, despreocupadamente, sem influências de qualquer modelo ou moda que então estivesse em voga. Talvez o fizesse por comodismo, fugindo da obrigação de desfazer a barba todos os dias e de cortar o cabelo, pelo menos uma vez por mês. No fundo, tal atitude não seria mais do que um pequeno  acto de rebeldia próprio de um jovem, entre os 17/18 e os 25 anos de idade.
 
Porém,  esta excelente fase da minha idade jovem foi atropelada e desfeita pelo inesperado e brutal processo de descolonização, na sequência do golpe militar de 25 de Abril de 1974, uma vez que vivia na ex-Província de Angola. O tal processo de descolonização resultou numa imensa tragédia que roubou a vida a milhares de portugueses e arruinou a felicidade de centenas de milhar de famílias que perderam os seus entes-queridos e se viram espoliados de todo o seu património,  construído ao longo de muitos anos e até de muitas gerações, fruto de muito trabalho, dedicação e espírito de sacrifício.
 
Por temerem ser mortos a qualquer momento, ser presos e julgados sem culpa formada ou maltratados, humilhados e torturados, os portugueses fugiram em debandada, como puderam, por terra, mar ou ar, com a roupa do corpo, rezando para que Deus os guiasse até um porto seguro. Pelo mesmo motivo, eu e a família, temendo o pior, numa terra em que a população foi abandonada à sua sorte pelas autoridades portuguesas, completamente vulnerável ao saque e à chacina dos diversos grupos rivais de bandoleiros, fortemente armados, abandonámos a nossa casa e todos os nossos pertences e viajámos para Portugal onde, infelizmente, continuou a nossa má sorte durante mais alguns anos.
 
Peço perdão, na verdade, desviei-me um pouco do assunto que queria transmitir aos que seguem este blogue e que era o seguinte: antes do golpe militar de 25 de Abril, havia um código de conduta nas forças armadas portuguesas de trajar a farda a rigor, botas ou sapatos sempre bem engraxadas, usando cabelo curto e barba sempre cortada. No pós 25 de Abril, assistiu-se a uma degradação total dessa conduta e passou a ser "cool" os militares deixarem crescer a barba e o cabelo e trajarem a farda de qualquer maneira, até andar de tronco nu.
 
Os revolucionários, a maioria deles de formação espontânea, imediatamente após o golpe militar da madrugada de 25 de Abril de 1974, fizeram questão de ostentar a verdadeira imagem de marca:  barbas fartas e  cabelos compridos. Uma verdadeira bandalheira, completamente insuportável para quem tinha cumprido quase 4 anos de serviço militar sem nunca ter sido repreendido por estar mal fardado, mal barbeado ou com o cabelo fora dos limites autorizados.
 
Por ter ficado revoltado e com péssima impressão das forças armadas estacionadas em Angola com a missão de protegerem os cidadãos e os seus bens mas que infelizmente não protegeram coisíssima nenhuma eu, que até tinha adoptado um certo desleixo relativamente à barba e ao cabelo, passei a andar impecavelmente barbeado e com o cabelo sempre bem cortado porque não queria, de forma nenhuma, ser associado à maioria dos "revolucionários" de meia tigela que nasceram como cogumelos a partir da madrugada de 25 de Abril para, oportunisticamente e de forma despudorada, em nome da revolução, ensaiarem todo o tipo de práticas extremistas, abusivas e criminosas, afrontando e perseguindo muitas pessoas de bem, a quem rotulavam de fascistas. Nesse período, os regressados das ex-colónias, apelidados de "retornados", também foram vítimas dessa gente "revolucionária", a quem discriminaram no acesso ao emprego e a tantas outras coisas e usaram como "bodes expiatórios" para explicar as causas de tudo quanto acontecia de mal em Portugal.
 
Presentemente, a barba e o cabelo voltam a ser a imagem de marca, não dos "revolucionários" do 25 de Abril de 1974 porque esses ou já estão velhos ou já nem sequer pertencem ao número dos vivos, mas dos extremista jihadistas radicais e, por esse motivo, vou continuar a ter muito cuidado com a minha barba e cabelo, de forma a que a minha imagem não possa ser confundida com um desses combatentes de Alá, apesar da cor da minha pele ser bastante morena. Não quero nada com essa gente que mata indiscriminadamente inocentes e fuzila e decapita barbaramente tanto os prisioneiros de guerra como jornalistas, funcionários da Cruz Vermelha e de outras organizações internacionais que estão no terreno para ajudar os refugiados, os doentes e os feridos.

Nada tenho contra a sua religião nem contra os motivos políticos que perseguem. Porém, sou absolutamente contra os métodos hediondos que utilizam para intimidar e espalhar o terror, fazendo atentados suicidas em locais públicos para matar o maior número de pessoas e fuzilando e degolando todos aqueles que não comunguem dos mesmos ideais políticos e religiosos.

Eu sei que a barba e o cabelo comprido não definem, por si só, o carácter de um homem. Mas aquela difícil e dolorosa experiência do "25 de Abril" com a actuação dos "revolucionários" e agora esta tragédia protagonizada pelos extremistas e radicais jihadistas, fazem com que, mesmo não querendo, acabe por associar certo tipo de barbas, aos então "revolucionários" e aos agora"jihadistas".

Quando se vivem experiências tão dramáticas e traumáticas, é difícil esquecê-las e impossível não lembrar os seus autores.

Barbas? Não! Obrigado.



 
 
  

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

SYRIZA!!! - VITÓRIA HISTÓRICA DA EXTREMA ESQUERDA GREGA!!!

FINALMENTE!!! A ESQUERDA GREGA PASSA DAS PALAVRAS AOS ACTOS!!!



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Creio que esta nova missão da extrema esquerda grega é bastante mais difícil do que tem sido até agora, já que não é a mesma coisa, passar da cómoda situação de estar sempre contra e dizer mal de tudo e de todos, para a área do poder, com a responsabilidade de governar o País e de cumprir as promessas feitas aos cidadãos gregos durante a campanha eleitoral, aos quais foram prometidas benesses muito difíceis de concretizar, nomeadamente, acabar com a austeridade e devolver ao povo grego as regalias perdidas, a prosperidade e a felicidade de outrora.
 
Este partido do Syriza, numa conjuntura económica extremamente difícil da Grécia, mergulhada numa dívida  gigantesca e com o povo a viver uma austeridade insuportável, teve a coragem de dizer ao povo grego que se lhe dessem a vitória acabaria com a austeridade, restituiria as regalias retiradas, baixaria os impostos e como principal consequência deixaria de pagar a dívida. Esta posição do Syriza e do seu líder Alexis Tsipras, para além de corajosa é também desafiante, afrontando e defrontando os líderes europeus que de duas uma: ou expulsam a Grécia do euro por não honrar os compromissos ou então aceitam as suas reivindicações e Alexis Tsipras, o jovem líder do Syriza, passará a ser um herói para os gregos a quem vão divinizar e render todo o tipo de vassalagem nas próximas décadas.
 
As forças políticas do poder, aquelas que sempre governaram na Grécia, mereciam esta monumental e histórica derrota em que um partido da extrema esquerda cilindrou o partido do governo, a Nova Democracia e quase fazia desaparecer o histórico Partido Socialista (PASOK) que apenas conseguiu 4,68% dos votos e 13 deputados eleitos, porque passaram décadas a mentir ao povo, fazendo promessas que nunca cumpriram, permitindo-lhe um nível de vida acima das possibilidades económicas do País e ignorando as reformas estruturais, até ao dia em que as finanças públicas colapsaram e tiveram que pedir ajuda externa para pagar ordenados e pensões e fazer face a uma dívida pública monstruosa. Portanto, as forças políticas que têm governado a Grécia são responsáveis pela sua falência económica e pela miséria em que se encontra uma boa parte do povo grego mas são também totalmente responsáveis por esta vitória histórica de um partido de extrema esquerda, construída com o voto de protesto dos descrentes e contestatários, antes apoiantes das forças políticas da área da governação, Partido Socialista e Nova Democracia.

Gostei da vitória do Syriza porque também eu me revejo na revolta e indignação do povo grego pela factura de austeridade que lhe foi exigida, em consequência da má governação dos partidos agora derrotados; também eu tenho vontade de exercer um voto de protesto mas o meu voto de protesto é muito mais descrente do que o dos gregos porque eles ainda acreditaram noutro partido e eu não acredito em partido nenhum; para mim, são todos farinha do mesmo saco, uma cambada que apenas persegue os seus objectivos pessoais, acima de tudo e de todos. Para quê votar em gente que só tem dado provas de incompetência, tanto no governo como na oposição? Eu não sou masoquista.

Mas gostei muito da vitória do Syriza. A partir de agora, estou extraordinariamente curioso quanto à actuação do primeiro-ministro grego Alexis Tsipras para testemunhar se realmente os tem no sítio e vai cumprir rigorosamente o que disse em campanha eleitoral ou se, pelo contrário, é mais um mentiroso, um despudorado, que é capaz de enganar milhões de pessoas para alcançar também os seus objectivos, o PODER.

Fico a aguardar.
 
 

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

SERÁ VERDADE?...

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Na Indonésia há pena de morte e o recém-eleito Presidente Joko Widodo, declarou tolerância zero aos crimes de tráfego de droga e deixou claro que rejeitará os 64 pedidos de clemência apresentados por indivíduos condenados à morte por crimes dessa natureza. Nesse sentido, todos aqueles que se aventuram a traficar droga em território indonésio, correm o risco de ser apanhados e condenados à morte.

Na semana passada foram executadas por fuzilamento seis pessoas que tinham sido condenadas à pena máxima, estando entre elas o cidadão brasileiro Marco Archer Cardoso que foi surpreendido no aeroporto de Jacarta, em 2003, com mais de 10 quilos de cocaína escondida nos tubos de uma asa-delta. Esteve 11 anos preso antes de ser cumprida a pena de morte por fuzilamento.
 
Mas há mais um brasileiro nos corredores da morte das prisões indonésias. Trata-se de Rodrigo Muxfeldt Gularte, de 42 anos, detido em 2004 com seis quilos de cocaína dentro de uma prancha de surf e o seu fuzilamento já foi agendado para o próximo mês.

A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, enviou pedidos de clemência ao seu congénere indonésio, para suspensão da execução e comutação da pena aos dois condenados brasileiros mas o seu pedido não foi atendido.

Do ponto de vista humanitário, concordo com o pedido de clemência da Presidente Dilma Rousseff para os dois condenados brasileiros por tráfico de droga e, até mesmo, pelo facto de no Brasil não existir pena de morte.

Porém, já acharia absurdo e um total disparate, o governo brasileiro decretar três dias de luto pela morte de um cidadão condenado na Indonésia pelo crime de tráfico de droga. Acredito que a notícia veiculada na internet seja falsa pois não me passaria pela cabeça que a Presidente do Brasil cometesse uma gafe tão estapafúrdia que a ridicularizaria e lhe roubaria respeito e prestígio.

Uma coisa é certa: as execuções aconteceram e as declarações do Presidente indonésio Joko Widodo sobre tolerância zero ao tráfico de droga são verdadeiras. O mundo tomou conhecimento das execuções de 15 de Janeiro e já sabe que outras vão ter lugar em Fevereiro. Portanto, os "corajosos" membros dos cartéis do narcotráfico que ignorarem a "mensagem" e continuarem a traficar, não devem depois enviar pedidos de clemência mas assumir "corajosamente" a sentença que condenou os seus actos criminosos.

 

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

LUIS FIGO - DECLARAÇÃO POLÉMICA EM DESABONO DE CRISTIANO RONALDO!


 
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Luis figo, um dos melhores jogadores portugueses de todos os tempos, proferiu recentemente uma declaração polémica que bem podia ter evitado, até porque tal declaração não vai ser do agrado da maioria dos portugueses que obviamente o vão censurar.
 
Luis Figo afirmou o seguinte: "No meu tempo, tive a felicidade de jogar ao lado de grandes jogadores e de defrontar grandes jogadores, possivelmente melhores que Ronaldo e Messi".
 
Na qualidade de português, ex-jogador e ex-colega de Ronaldo no Sporting e na Selecção, esta declaração podia e devia ter sido evitada porque na realidade, Cristiano Ronaldo é, sem dúvida, o melhor jogador do mundo. O número de títulos ganhos e o número impressionante de golos marcados, não mentem. Nenhum outro jogador, a nível individual ou colectivo, ganhou tantos títulos e, nessa perspectiva, faltou a Luis Figo a lucidez, a ponderação e a responsabilidade que sempre pautaram a sua actuação dentro e fora dos relvados, reconhecendo a superioridade do seu compatriota sobre todos os outros, mesmo daqueles em que eventualmente tenha pensado.
 
Aceito que Johan Cruijff, o Presidente da UEFA, o Presidente da FIFA e tantos outros tenham afirmado que o título de "melhor jogador do mundo" foi mal atribuído porque, na qualidade de estrangeiros e com pouca simpatia por Portugal, gostariam de ver o troféu entregue a atletas dos seus países, mesmo não o merecendo. Porém, não aceito e é para mim decepcionante verificar que um dos maiores jogadores de todos os tempos, por quem os portugueses têm grande respeito, carinho e admiração, põe em causa o valor de CR7, ao fazer tão polémica declaração.
 
Cristiano Ronaldo não deve ter ficado nada satisfeito com a opinião de Luis Figo e acredito mesmo que a sua relação, a partir de agora, nunca mais será igual. É verdade que todos temos liberdade para dizer o que bem entendermos, assumindo, naturalmente, as necessárias responsabilidades mas no caso de Luis Figo ao dizer o que disse, perde muito mais do que o que ganha, mas perde essencialmente uma boa parte do prestígio que granjeou no seio dos portugueses.
 
Cristiano Ronaldo é o orgulho e a bandeira do País, os portugueses adoram-no e rejubilaram de alegria com a conquista da sua terceira bola de ouro. Espero que Luis Figo não tenha dito o que disse por inveja ou ciúme porque isso seria muito feio e deselegante.
 
Na verdade, meu caro Luis Figo, não havia necessidade...
 
 
 

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

"BOMBAS HUMANAS" - A TEMÍVEL E MORTÍFERA ARMA DOS RADICAIS ISLÂMICOS JIHADISTAS


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Em nome de falsas causas políticas, religiosas, económicas ou outras, o homem sempre arquitectou vinganças e praticou actos de terror, matando indiscriminadamente pessoas honradas e inocentes, completamente alheias aos motivos que o levaram a cometer tão bárbaras actuações.
 
Não sou minimamente conhecedor do alcorão, o livro sagrado do islamismo, mas respeito o direito de cada cidadão a professar o culto que melhor satisfaça as suas crenças religiosas.

Os seguidores das diferentes religiões, enquanto seres humanos, são absolutamente iguais à nascença e só depois, em função dos hábitos civilizacionais do país ou região onde nascem, adoptam determinados padrões de vida. É natural que sejamos cristãos se nascemos no seio de uma família católica. É natural que sejamos muçulmanos se nascemos no seio de uma família muçulmana. O meio em que se nasce e vive influencia o carácter das pessoas, as quais absorvem com naturalidade o seu modus vivendi. Já imaginaram o que aconteceria a uma criança que fosse colocada desde bébé numa comunidade de macacos? Provavelmente iria crescer com os mesmos hábitos, a produzir os mesmos sons vocais e a procurar os mesmos alimentos... o que seria absolutamente normal.

Infelizmente, cometem-se excessos em todas as áreas da actividade humana. A área do HUMOR não é excepção. Há profissionais que exageram e usam a imaginação e a caneta para além do razoável, ofendendo e ridicularizando pessoas e instituições. Posso até reconhecer grande talento a esses profissionais porém, não colhem a minha simpatia. Sempre detestei aqueles que fazem carreira e ganham a vida denegrindo, insultando, ofendendo e ridicularizando os outros. Claro que pelo facto de não apreciar o trabalho desses profissionais, jamais imaginaria atentar contra as suas vidas. Vivemos num regime democrático em que há liberdade de expressão e órgãos próprios para fazer justiça e julgar os excessos.

Ora, é aqui que reside o grande problema: não se pode lidar com as pessoas e instituições que não vivem em estados democráticos da mesma forma que se lida com quem vive e foi educado em regimes democráticos com plena liberdade de expressão. O conceito de liberdade de expressão de uns e outros é completamente diferente, mesmo dos muçulmanos mais moderados. De um lado há compreensão e tolerância e do outro, especialmente dos extremistas mais radicais, intolerância, revolta e vingança, porque foram instruídos para reagir desta maneira.

Não se pode lidar de forma igual com coisas completamente diferentes. Na Europa e noutros países democráticos, há liberdade de expressão, igualdade de direitos entre homens e mulheres, liberdade religiosa, respeito pela Declaração Universal dos Direitos do Homem e há igualdade de oportunidades e acesso dos cidadãos à educação, à saúde, ao emprego e à segurança social.

Enquanto esses países não alcançarem o patamar da democracia, será difícil aceitarem e entenderem os valores por que se regem e actuam os cidadãos e as instituições dos países democráticos. O mundo democrático deve unir-se e trabalhar em conjunto, de forma solidária e pacífica, para conseguir instaurar a democracia nesses países, em colaboração com as autoridades locais.

Eminentes figuras públicas muçulmanas têm vindo a público defender o islão, dizendo que os actos de terror praticados por indivíduos ao serviço de organizações terroristas, em defesa da honra do islão, não são verdadeiros muçulmanos e nem tão pouco essas organizações representam o islão porque o Alcorão não advoga a violência. Dizem que tais actos são obra de radicais islâmicos jihadistas que subvertem a doutrina do Alcorão e prejudicam e ofendem os verdadeiros seguidores de Allah. Nesse sentido, o mundo dos genuínos muçulmanos deverá condenar inequivocamente os atentados terroristas e manifestar-se vigorosamente contra aqueles que praticam o terror em nome do islão.

É temível e mortífera a arma dos radicais islâmicos que utilizam "bombas humanas" para as fazer explodir em qualquer parte do mundo, em alvos previamente escolhidos pelas diferentes organizações terrorista. São homens e mulheres, crianças e adultos, treinados e mentalizados para morrer como mártires, em nome e na defesa do islão, missão que aceitam com honra e orgulho porque através do martírio sabem que irão alcançar a salvação e a felicidade eterna.

Disse atrás que os homens nascem todos iguais, o meio em que são criados é que altera o seu carácter e a sua visão sobre o mundo. Por vezes ponho-me a pensar nos "homens bomba" e interrogo-me como é que pessoas adultas livres e na posse de todas as suas faculdades, aceitam morrer em nome de causas religiosas e a troco de promessas que são irrealizáveis quando, por exemplo, nos países da Europa, uma criancinha aos 4 ou 5 anos de idade, já não acredita na existência do Pai Natal e creio, muito menos aceitaria, a partir dos 10/12 anos de idade, uma proposta para matar pessoas, fazendo-se explodir num qualquer alvo pré-determinado.

Uma coisa é certa, os muçulmanos, os bons muçulmanos, aqueles que utilizam a religião com tolerância e amor pelo próximo, têm uma grande tarefa pela frente que é explicar aos jihadistas fundamentalistas islâmicos radicais que os seus actos terroristas não têm razão de ser porque matam pessoas inocentes e ofendem o islão e os verdadeiros muçulmanos.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

A SELECÇÃO PORTUGUESA DE FUTEBOL NUNCA ALCANÇOU RESULTADOS COMPATÍVEIS COM A VALIA INDIVIDUAL DOS SEUS JOGADORES!

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Portugal não tem conquistado, ao nível da Selecção Nacional de Futebol, resultados compatíveis com o valor individual dos atletas que a integram, no presente e no passado.
 
Esta minha constatação não é nova. Desde a década de 60, altura em que comecei a gostar de futebol e a seguir com entusiasmo e paixão o Clube da minha simpatia que verifico essa incapacidade de a Selecção Nacional alcançar o sucesso que a maioria dos jogadores que a integram alcançam nos clubes que representam.
 
Muitas vezes me perguntei porque razão a Selecção Portuguesa de Futebol não conquistou até hoje um título europeu ou mundial, quando outras Selecções, aparentemente com muito menos valia, foram capazes de o conquistar?
 
É portanto natural que no meu espírito pairem algumas interrogações: A que se deve tal insucesso? Aos treinadores, pela utilização de métodos de treino e tácticas erradas  ou pela não utilização dos melhores jogadores em cada momento? Aos jogadores por não terem sido guerreiros e efectuarem exibições inferiores à sua valia? Às duas partes? Ou ainda aos responsáveis da FPF por eventuais planeamentos deficientes?

Algo se passa de errado que tem privado a Selecção Portuguesa de conquistar um título. Estou a lembrar-me, por exemplo, do Euro 2004, em que Portugal baqueou por duas vezes, uma na fase de grupos e outra na final, frente à Grécia, uma selecção reconhecidamente mais fraca mas que acabou por "roubar" o título de Campeão da Europa a Portugal, em Lisboa, no Estádio do Sport Lisboa e Benfica, perante uma assistência record de mais de 63.000 pessoas.

Tanto no Euro 2004 como noutros eventos desportivos importantes em que a Selecção participou, Portugal podia e devia ter feito mais e melhor. O colectivo em 2004 era extraordinário e dele faziam parte Cristiano Ronaldo, Pauleta, Luis Figo, Deco, Rui Costa, Maniche, Ricardo, Ricardo Carvalho, Miguel, Costinha, Jorge Andrade, Nuno Valente, Nuno Gomes, Paulo Ferreira e muitos outros bons jogadores.
 
No tempo do Eusébio, havia um conjunto de jogadores fabulosos e, no entanto, apenas conseguiram um honroso 3º lugar no Campeonato do Mundo de 1966, tendo sido o "pantera negra" considerado o melhor jogador desse mundial.

Em todas as épocas houve grandes jogadores, alguns dos quais brilharam ao serviço de clubes portugueses e estrangeiros e, no entanto, quando ao serviço da Selecção, esta nunca alcançou resultados compatíveis com o valor desses atletas.

Independentemente das interrogações que atrás formulei, há um outro dado extremamente negativo que tem prejudicado o rendimento da Selecção e que se prende com o facto de alguns selecionadores, por motivos nem sempre válidos e compreensíveis, deixarem de fora das suas convocatórias, jogadores importantes, em bons momentos de forma.

Este exemplo podia ser transposto para o mundial de 2014, no Brasil, onde de facto actuou uma Selecção que integrava alguns jogadores num mau momento de forma e até lesionados, como depois se constatou, ficando de fora algumas unidades que podiam ter feito a diferença e evitado parte do monumental fiasco da Selecção Portuguesa que não passou da fase de grupos, ficando atrás da modesta Selecção dos Estados Unidos da América!

Muitos outros exemplos negativos podiam ser apontados para demonstrar que a culpa do fracasso da Selecção Portuguesa não é só dos jogadores mas, neste momento, o que interessa é que o actual seleccionador não cometa os mesmos erros de alguns dos seus antecessores ao preterirem jogadores que fazia todo o sentido serem convocados.