É impressionante! Em qualquer local onde nos desloquemos, deparamos com gente que vive da mendicidade e nos solicita ajuda. É de facto uma triste realidade ver tanta gente vagueando pela cidade, sem rumo e sem norte, com o único objectivo de conseguirem garantir alguma coisa para matar a fome.
Mas os mendigos não são só aqueles que vivem na rua, sem condições económicas para pagar o aluguer de um quarto. Mendigos são também aqueles que tendo um teto, ainda que modesto para não dizer miserável, vivem constantemente de mão estendida e sobrevivem à custa dos apoios das organizações de carácter social.
E são justamente essas organizações de solidariedade social que nos revelam que se inscrevem cada vez mais pessoas solicitando ajuda, pessoas que outrora tiveram uma vida desafogada, sem problemas económicos e que, de repente, devido às políticas erradas dos governantes relativamente às famílias e às pessoas que em determinado momento das suas vidas necessitam da compreensão e da ajuda do Estado e são trucidados com coimas, arestos e penhoras.
Em Portugal, actualmente, há muitos cidadãos com emprego, que mesmo trabalhando continuam a ser pobres porque o miserável ordenado mínimo que levam para casa no final do mês, só dá para pagar a renda da casa e, em muitos casos, nem para isso dá.
Nesta trágica situação, só resta a essas pessoas estender a mão à caridade para poderem garantir alguma alimentação diária, ou então morrer de fome.
Em Portugal há cerca de 4,5 milhões de pessoas pobres, mas esse número desce para cerca de 2 milhões graças aos apoios sociais, representando, ainda assim, cerca de 20% da população!