Ainda hoje estou para saber porque razão caí na asneira de há cerca de um ano ter decidido empregar as minhas poucas economias adquirindo uns quantos milhares de acções do Millenium BCP em Bolsa.
A verdade é que, embora não sendo um expert na matéria, entendi que poderia fazer um bom negócio comprando acções de uma das maiores Instituições Bancárias do País, a 92 cêntimos, tendo em conta que as mesmas já valeram em bolsa mais de 5 euros.
Lembro-me que logo de seguida se verificou uma valorização, tendo a cotação ultrapassado 1 euro por acção e que a partir daí se iniciou uma queda vertiginosa das mesmas que só parou nos 60 cêntimos (!!!) e por aí se mantêm, num enervante e desesperante sobe e desce diário que dá muito jeito a todos quantos negoceiam diariamente em bolsa mas que é frustrante para quem, como eu, pretendeu realizar algumas mais-valias a curto ou a médio prazo.
Portanto, esta situação interessa a muita gente. Quase todos os dias, invariavelmente, as acções do Millenium BCP valorizam e desvalorizam (sobem e descem) 2, 3, 4 ou 5 cêntimos, imitando na perfeição o caranguejo mas servindo às mil maravilhas para proporcionar bons ganhos a quem compra e vende todos os dias.
Compreendo hoje que fiz uma péssima avaliação da grandeza e do valor do Millenium BCP, a começar pelos seus gestores, porque de facto não é um Banco com a capacidade e a estabilidade que lhe cheguei a reconhecer, situação profusamente denunciada na comunicação social com a divulgação de notícias escandalosas que não abonam a sua reputação e que são do conhecimento geral.
A cotação actual das acções do BCP (23.08.2010), é 62 cêntimos! Se realmente fosse um Banco com grande saúde financeira, as acções estariam ao preço da uva mijona, em saldo e já teria sido alvo de uma OPA; se isso não aconteceu é porque os potenciais investidores não vislumbram grande negócio e daí o desinteresse na sua compra.
No final de um ano, feitas as contas, uma vez que comprei as acções a 92 cêntimos e elas estão cotadas a 62, estou a arder com 30 cêntimos por acção o que equivale a uma desvalorização de cerca de 33%.
Não sei se chegarei a recuperar o meu investimento porque um dia destes canso-me desta situação e vendo as acções a qualquer preço mas uma coisa pelo menos eu aprendi: jamais investirei um cêntimo que seja em acções nacionais ou estrangeiras.
Esta actividade é muito perigosa para incautos como eu, já que, para além de não saberem nada sobre os segredos da bolsa, também não têm acesso às informações privilegiadas que muita gente bem relacionada recebe e à custa das quais realizam importantes mais-valias.
Que o Millenium BCP é um cancro maligno com poucas hipóteses de cura, não tenho dúvidas nenhumas mas pelos vistos, o resto da Banca portuguesa padece igualmente dessa doença corrosiva que mina e fragiliza as suas estruturas e que a pode "matar".
A não ser que haja qualquer acontecimento surpresa e um inesperado volte-face na actual situação estrutural e financeira do Millenium BCP, dificilmente ocorrerá uma valorização significativa das suas acções em Bolsa e, nesse sentido, tanto eu como aqueles que se encontram na mesma situação, terão muita dificuldade em reaver o dinheiro que investiram.
Gostaria de estar enganado quanto ao meu pessimismo mas de facto todos os indicadores confluem no mesmo ponto: O Millenium BCP é um cancro.
19 comentários:
Ainda tem acoes BCP?
Infelizmente, amigo, ainda tenho ações do cancro BCP. Fiquei agarrado e mantenho em meu poder uns milhares delas vai para quatro anos!!! O seu valor de compra está reduzido a lixo e já não tenho esperança de algum dia poder recuperar pelo menos parte do investimento.
Os Bancos cometeram verdadeiros crimes de aliciamento, prestando informações falsas e os incautos, como eu, caíram como patinhos. Nessas ações foram enterradas as minhas economias e agora estou privado de fazer coisas que gostava de fazer e viver a vida.
Então, o amigo também tem ações no BCP ou noutro banco qualquer? Acredito que não sou o único que caiu no conto do vigairo.
Se também está nessa triste situação, esqueça. Não deixe que esse problema lhe roube a alegria de viver e estraque os seus dias. Afina, o dinheiro não é tudo na vida.
Abraço de solidariedade.
Boa tarde,
Caros sócios, vocês como eu somos acionistas do BCP mas pelos comentários ainda não vi ninguém como eu que as comprei quase a €6,00,onze mil delas e agora? nada a fazer só esquecer, pode ser que daqui por uns anos possam ser transformadas em alguma coisa de jeito ou deixar de herança para a família pois ao preço que estão a menos de 0,04 centimos ninguém mas leva, mais digo se puder comprar mais umas milhares agora compro, porque, descer mais? impossível, o pouco que subir cobre-me o prejuizo que vou ter nas outras, penso que será a melhor maneira de vir a recuperar algum... COMPRAR MAIS...
CARO AMIGO
Também eu pensava que quando as ações chegaram a 9 míseros cêntimos que não iam descer mais e comprei mais 25.000, precisamente porque pensei como o meu amigo.
Veja o que aconteceu! Do dinheiro investido, mais de metade já voou e, pelos vistos, o resto vai pelo mesmo caminho!
Investir dinheiro num "cavalo" minado pela doença só pode dar maus resultados.
Eu acho que este cancro denominado BCP vai acabar por abrir falência e a grande maioria dos acionistas, pelo menos os de menor expressão, vão ficar sem todo o seu dinheiro.
Oxalá me engane, mas seja como for, jamais adquirirei qualquer ação desta vergonhosa instituição bancária que arruinou a vida de milhares de portugueses.
Bom dia, Caí de paraquedas neste blogue. Não sou trader, sou apenas um atento investidor em potencial. Já transaccionei com sucesso,mas não do BCP.
Aliás este banco nao seria nunca uma das minhas escolhas por vários motivos. A começar pelas reformas escandalosas que os seus administradores recebem (ouvi falar em 170.000 mil euros para o Jardim Gonçalves) uma fortuna a "premiar" os 1.200 M€ de prejuízo de 2012. Mas também nao me sinto fascinado pelas notícias anteriores que davam conta do perdão ao empréstimo de 10 M€ ao filho de Jardim Gonçalves, As confusoes com o Armando Vara, às confusões com o Berardo e a absurda decisão de lhe emprestar uma soma sem lhe exigir as garantias que nos exigem a todos... enfim demasiada confusão e má gestão para meu gosto.
A "arte de especular" obriga a um estudo pormenorizado que tem de ser feito pelo próprio, nunca confiado a terceiros, sabem porquê? Porque o dinheiro é nosso!
Eu ainda ando a aprender.
Se por um lado penso que 10 cêntimos nao representa o justo valor, por outro lado, os 1.200M€ de prejuízo gelam a vontade de acreditar numa recuperação.
O certo é que se o BCP nao fechar, as acções têm, na minha modesta opinião potencial para subir. Ou seja partilho da opinião do Carlos Dantas. não creio que se valorisem para 1€, mas paulatinamente irao subir como reflexo de um movimento de correcção ao valor efectivo.
Quem as tem, tem de aguentar, porque só se perde efectivamente, quando se vende.
Cumprimentos,
André PV
Eu prefiro investir em empresas em quem confio, em empresas em que acredito e em empresas que gosto.
Meu caro André PV
Apreciei o seu comentário que embora reconhecendo o grave estado de saúde financeira em que se encontra o Millennium BCP, ainda acredita que pode salvar-se de morte súbita e, quiçá, até vir a recuperar significativamente a sua cotação relativamente aos míseros 11 cêntimos actuais.
Também eu gostaria de poder acreditar nessa revalorização mas sinceramente não tenho essa percepção. Os investimentos ruinosos, eu diria mesmo criminosos que foram feitos, condenaram a Instituição a uma agonia lenta e enervante para os investidores.
Não é tolerável e admissível que uma Instituição bancária que chegou a ser avaliada em mais de 15 mil milhões de euros, não valha neste momento mais que uns míseros patacos.
O que me revolta e indigna é que os criminosos que conduziram o Banco a esta insustentável situação, foram premiados com reformas principescas e gozam a vida "à grande e à angolana", já não é à francesa, como noutros tempos, porque também eles andam com as calças na mão como nós e a justiça, conhecedora de todas as suas maningâncias, rende-lhe homenagens e concede-lhes total impunidade.
O País é o espelho do trabalho sujo de todos esses criminosos e ninguém tem a coragem de os julgar e condenar pelo mal que fizeram ao País e aos cidadãos que estão a passar por situações de carência inimagináveis, pagando pelos desmandos que outros cometeram. Não é justo!!!...
Obrigado pelo seu comentário.
Quem comprou a alguns centimos/acção, acredito q + ou - mês vai ter possibilidade de as resgatar com algum lucro. O BCP já tomou decisões importantes como diminuir as despesas fixas e com respeito a gestores sérios e não basta serem só sérios têm q ser corajosos e nesse aspecto nenhum banco deve ter um gestor com estas qualidades como Rui Rio q entrou hà 1 mês p os quadros do BCP. Também sou um pequeno jogador de bolsa q actuo quase instintivamente, mas a entrada do Rui Rio levou-me a comprar uns milhares de acções do banco em causa e agora só tenho q vigiar o Rui Rio. S ele abandonar o barco nestes próximos meses é porque ele chegou nà conclusão q é mesmo um cancro, daqueles q n têm cura. Isto é a minha análise.
Totalmente de acordo com os comentarios do Manuel C.Meirelles.
Temos todos vindo a ser vitimas de uma Mafia com cara de santos (sim, porque o Sr. jardim Gonçalves esta _ou já esteve - ligado à Opus Dei...)
Pena não termos um Papa Francisco a controlar em Portugal a Opus deste DEI, e outros, que envergonham o seu País e a sua religião. Uns em nome do povo, outros em nome de Deus...vão roubando quem tenta, através de ferramentas que parecialm legitimas e sérias, melhorar os seus rendimentos.....
Tb. tenho acções compradas a quase 5 euros.......Mas: Deus nos dê saúde....e a VIDA continua. Só me pergunto se essa gente consegue dormir....
Exma Senhora Otília Novais
Exactamente, temos todos vindo a ser vítimas das instituições públicas e privadas que actuam em Portugal e que eu apelido de organizações mafiosas autorizadas, instaladas em todos os sectores da vida nacional que vigarizam descaradamente todos os cidadãos honestos e ao mesmo tempo,incautos, utilizando toda a espécie de esquemas fraudulentos e ilícitos mas a que a justiça (?) faz ouvidos moucos e vista grossa.
O caso do BCP e da generalidade da Banca, é bem o exemplo da vergonhosa impunidade a que se assiste, quando a justiça deixa prescrever sentenças condenatórias aplicadas a alguns responsáveis pelas trafulhices orquestradas nos seus bancos, em benefício próprio e dos amigos e que resultaram em prejuízos para o erário público de milhares de milhões de euros.
Neste País que se vangloria de viver num regime democrático (?), só os pobres são condenados pela justiça.
Espero que as acções do cancro BCP subam mais uns cêntimos para vender as acções que detenho desde 2007, mesmo com acentuado prejuízo.
Boa semana.
E eu que adquiri uns milhares uns milhares nesta última Oferta Pública e, passada uma semana, já perdi 200 euros....
Enfim, vão-se os anéis, fiquem os dedos...
Boa noite!
Também eu comprei, sob conselho de um gerente de agência, talvez com a única intenção de alcançar objectivos.Resta-me aguardar que subam, para as despachar e minimizar as perdas.
José Martins
Tarde acabei por dar com este blogue. E não resisto a deixar aqui um comentário genérico. O problema também está em nós. Não vejo ninguém a questionar a raiz do problema. Comecemos pelo fim... Desde o início da crise, em 2008, que se assiste em todos os países à imposição de crescentes restrições do funcionamento do setor financeiro em geral e da banca em particular. Recentemente (início deste ano de 2016) foram apresentados projetos-lei com vista a eliminar as comissões de manutenção de contas à ordem, a eliminar outros tipos de comissões e.... imagine-se (!!!) a obrigar os bancos a cumprir contratos. A aflição de sobrevivência da banca leva mensalmente ao agravamento dos preçários e,entramos num ciclo vicioso, o Estado vê-se obrigado a cercear estes exageros. Quando o Estado "aperta" os bancos criam outras situações, que, a médio prazo vêm a ser objeto de mais regulamentação. Eis um paradoxo: a banca, entidade que mais pugna pela iniciativa privada, obriga a crescentes intervenções dos reguladores nesa iniciativa. Porém quando a banca (denfensora priviligiada da iniciativa privada) se sente em mãos lençóis) estende o chapéu pedindo grandes esmolas e gritando insistentemente: acudam, acudam... Por outro lado, a propensão inata da banca para abusos e esbulhos, cujo ADN é por natureza deformado (pois que contém em si a doença da cleptomania - não estou a ironizar, estou a falar muito a sério, em resultado de um longuíssimo histórico da evolução deste sistema) lava-a também, na sua eterna sanha de roubo a apropriar-se das cartilhas de todos os partidos que defendem a destruição do capitalismo (lembro aqui a implosão, não de centenas, mas de milhares de bancos por esse mundo fora). Quer queiramos quer não (a menos que nos sintamos avestruzes para vergonhosamente enterrarmos a cabeça na areia para não ver) a banca faz juz à dialética profundamente estudada não pelo Karl Marx comunista mas pelo Karl Marx cientista: aevidência de que o pior dos capitalistas é o seu próprio pior inimigo. Hoje, dia 14Fev2016 o Capital Própio que o BCP tinha em 30Set2015 já está reduzido a menos de metade (nessa data cada ação estava cotada a 8 cêncimos e agpra apenas a 3,25 cêntimos. E só não vê quem não quer (pois que o pior maluquinho é aquele que não se reconhece) que o BCP segue a par e passo o caminho de uma agonia voraz que o BANIF acaba de experimentar. Daqui vos digo: não vale a pena sonhar em recuperar o que quer que seja dos vossos investimentos feitos nas ações.
Exmo Senhor Corino Tarso
De facto, o seu comentário veio confirmar amargamente aquilo que eu escrevi em Agosto de 2010 em "O MILLENIUM BCP É UM CANCRO MAS A BOLSA NÃO É PARA TODOS". Nessa data eu visionei um Banco que vendia ilusões a incautos como eu, publicitando uma estabilidade financeira que na verdade não tinha. Mentia descarada e criminosamente, com a cumplicidade,compreensão e tolerância das entidades reguladoras, tendo com essa vergonhosa mentira arrastado milhares de cidadãos incautos, como eu, para a ruína, entregando as suas poupanças de uma vida a um Banco falido, em troca de umas acções que em pouco tempo passaram a valer metade e que desde então afundaram consecutivamente, sendo actualmente a sua cotação em bolsa 0,0319.
Tendo como exemplo o que se passa em Portugal ao nível da Banca mas também no Mundo inteiro, não tenho dúvidas que é muito arriscado colocar as poupanças à sua guarda. Hoje, para se ter uma conta aberta em qualquer instituição bancária, é preciso pagar uma série de taxas, cujas importâncias retiram da conta sem pedir autorização ao seu titular e, por outro lado, quando há problemas (pirataria informática), por exemplo, sacodem a água do capote e culpam o cliente de não ter acautelado os dados da conta.
Para concluir, quero só contar-lhe o final da história das minhas acções (100.000) adquiridas a 92, 71 e 65 cêntimos. Deixei-me afundar completamente, sempre na esperança que se desse um volte-face, até que me cansei de esperar e livrei-me delas por uma bagatela de 19 cêntimos por acção.
Presumo que continue a haver incautos e ingénuos como eu, tendo em conta o sucesso que o "conto do vigairo" continua a ter no nosso País.
Obrigado pelo seu comentário.
Estimado Meirelles,
Ainda bem que vendeu a 0,19€/acção pois estão hoje a 0,018€/acção.
Não dá para comprender como uma acção que abriu 2008 a 2,93€, teve que se meter mais 1,27€ em aumentos de capitais e hoje, as 22 acções que resultaram só valem 0,22€.
Um visinho meu vendeu tudo o que tinha e, em 2007, comprou acções do BCP! A sorte é que, no entretanto, morreu e quem perdeu foram as herdeiras.
O BCP não foi em nada diferente do BPN, BES ou BPN e só não faliu porque houve quem metesse dinheiro nos aumentos de capital.
Não penso que deva haver esperança numa recuperação, talvez daqui a nada, cada 50 acções vai ser reduzida 1 acção contada a 0,90€ e, se não falir de todo, nunca mais irá a lado nenhum.
Não serão os mercado eficientes no sentido de que agregam toda a informação disponível? O que correu mal na transmissão dessa informação ao mercado?
economicofinanceiro.blogspot.com
Meu caro amigo
Explicações para o descalabro da Banca portuguesa que arruinou milhares de famílias, há com certeza, porque há sempre causas para o que acontece de bom ou de mau em qualquer ramo de actividade. Muitas dessas causas têm sido amplamente noticiadas na comunicação social: aldrabices nos relatórios anuais para enganar as entidades supervisoras; créditos sem garantia a determinadas empresas, amigos e familiares; negócios ruinosos para beneficiar interesses particulares (corrupção); desvios fraudulentos (desfalques, roubos), administradores irresponsáveis e sem qualificação impostos pelos Partidos Políticos e tantas outras coisas que fizeram da Banca Portuguesa um monstro devorador da economia do País e que os contribuintes, sacrificadamente, vêm pagando ao longo dos últimos 8/9 anos.
A Banca tem vindo sistematicamente a cometer crimes económicos gigantescos mas muitos dos seus responsáveis são detentores de grandes fortunas e gozam de principescas mordomias, ao invés daqueles que foram as suas vítimas que lutam desesperadamente para garantir o sustento diário e recomeçar as suas vidas.
Não é fácil acreditar e ter esperança no futuro quando acontece tanta impunidade para quem merecia prisão máxima e confisco de todos os bens até à terceira geração.
Dizem que o tempo cura tudo. Pode ser. No entanto, por enquanto e durante muitos anos a revolta, a raiva e a indignação ocuparão um espaço privilegiado no coração e na mente das pessoas que sofreram a perda das economias de uma vida de trabalho.
Explicações? Os portugueses são inteligentes. Eles sabem bem o que se passa na Banca e no resto do País.
hoje negociar em ações é arruinar-se- Em grandes crises devia este cancro ser encerrado por vários meses. Quem entende isto: quando os juros bancários em depósitos a prazo eram altissimos
os dividendos das ações eram muito inferiores aos juros e as ações altissimas, agora que deveria ser o contrário, isto é juros a 0% e dividendos a 3 e 4% as ações estão de rastos e 80 a 90% inferiores ao real valor. PORQUÊ? por causa dos gatunos e corruptos á solta? Helder Silva
Caro José Silva
A Bolsa é um tipo de negócio que não tem lógica nenhuma e só serve os interesses daqueles que têm acesso a informação privilegiada. Esses ganham milhões porque sabem quando as acções vão ser valorizadas ou desvalorizadas. O resto dos accionistas é carne para canhão. É como jogar na roleta russa: só com muita sorte conseguirão realizar alguma mais valia. Para mim, o negócio da bolsa não passa de uma actividade potencialmente criminosa porque a informação que é publicitada das empresas cotadas não é verdadeira. Vendem gato por lebre. Eu diria mesmo: vendem lixo ao preço do ouro.
Não é aceitável nem deveria ser possível que alguém que investe hoje 50.000 euros em acções, no dia seguinte só já tenha um terço desse valor. Lembrar que alguém, como eu que compra através online, através do seu Banco, só ao terceiro dia útil é que pode vender. Antes de poder movimentar, já viu o seu investimento ser drasticamente diminuído, sem poder fazer nada.
A Bolsa é para os figurões da nossa praça. Para quem tem grandes conhecimentos na Bolsa e nas Empresas cotadas. O cidadão comum deve fugir da bolsa como o diabo foge da cruz, caso contrário, arrisca-se a ficar sem as poupanças de uma vida, num ápice.
Eu fiz o meu caminho. Levei porrada mas aprendi. Jamais investirei um cêntimo Em Bolsa mas também em qualquer outro produto bancário. Os Bancos são os maiores cancros da sociedade e hoje, mais do que nunca, qualquer cidadão está sujeito a ficar sem as suas poupanças, até mesmo na conta à ordem, sem que a instituição bancária assuma a responsabilidade sobre a violação das nossas contas. Os administradores ganham ordenados chorudos para desbaratarem os activos bancários com operações e negócios ruinosos, favorecimento de familiares e amigos e gastos pessoais milionários que o banco paga como sendo despesas ao seu serviço.
Quem faz negócios com a banca sujeita-se a ser enganado.
Eu aprendi amargamente a lição. Comigo não ganham nem mais um cêntimo.
Eu revejo-me muito na mensagem original e nas outras, mas com uma diferença.
O ser pequeno investidor também oferece protecção.
Há anos que venho acompanhar a evolução do bcp e finalmente está-me apetecível.
O sector financeiro, mesmo o Português é resiliente não pelos melhores motivos, e pessoalmente acredito que vai sobreviver à crise, o bcp em particular.
Recentemente declararam um lucro de 27 milhões de euros, isto porque a banca em geral mudou a sua natureza, de bancos de depósitos e investimentos a comissões indevidas.
O segredo é comprar em baixa e vender em alta e comprar em quantidades que não prejudiquem nem ponham em causa o futuro financeiro imediato ou de médio prazo da bolsa de cada um, para esperar calmamente pelo próximo ciclo de "bull market" (alta). Que há-de surgir.
Ter uma carteira de acções diversificada, construída calmamente.
Não venho aqui contar novidade nenhuma.
O bcp está maduro não para comprar mas para ir comprando (as acções assim o permitem).
E se o bcp fechar portas, o rombo não vai ser grande.
Caro Anónimo
Excepcionalmente, vou permitir o registo do seu comentário porque só aceito comentários das pessoas que se identificam. Mas faço-o também para emitir a minha opinião acerca do mesmo.
De facto, não comungo dos seus optimismos quanto ao mercado de acções e especificamente às acções da banca, em geral.
Não sou contra quem compra acções dos bancos nem tenho nada a ver com isso. O que eu sei é que só ganha dinheiro em acções quem tem informação privilegiada e sei também que os bancos abusam da publicidade enganosa. Quando dizem que estão financeiramente fortes, é para desconfiar porque, como se tem visto, é o que tem acontecido.
Pessoalmente, jamais comprarei acções da banca mas se por hipótese o fizesse, nunca as compraria ao cancro Millennium BCP que um dia destes, quando menos se esperar, vai entalar mais uns quantos otários.
O negócio da bolsa não é para todos. É bom para aqueles que sabem de fonte segura quando devem comprar e vender. O resto são peões, carne para canhão.
A bolsa é um negócio sem rede. Uma empresa pode valer hoje mil milhões de euros e amanhã não valer nada ou um quinto ou um décimo do seu valor.
Não, á minha custa, ninguém enche os bolsos. Boa sorte.
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