
Em todas as sondagens de opinião realizadas, era vaticinada a vitória de Passos Coelho nas directas para a Presidência do PPD/PSD. Algumas ainda se atreveram a atribuir a Paulo Rangel um protagonismo que acabou por não se verificar já que Passos Coelho venceu com cerca de 61% dos votos, a grande distância do segundo classificado, Paulo Rangel, com 34,47%. Aguiar Branco não foi além dos 3,61% e Castanheira Barros contabilizou apenas 103 votos, equivalentes a 0,23%.
O grande vencedor foi sem qualquer margem para dúvidas, o Dr. Passos Coelho que desta vez ultrapassou a mera condição de candidato para se tornar o 18º Presidente do Partido.
Creio que a candidatura de Aguiar Branco dividiu e prejudicou o candidato Paulo Rangel. O acerto de contas que devia ter sido feito entre os dois, antes do Congresso e das Directas, por causa do episódio do anúncio da candidatura, não foi feito e as picardias, por parte de Aguiar Branco, sucederam-se ao longo dos debates televisisvos.
Pessoalmente, não gostei de algumas provocações a que assisti porque transmitiram para a opinião pública, dois candidatos a líderes ressabiados, incapazes de se entenderem e de colocar os interesses do Partido e do País, acima dos seus problemazinhos pessoais.
Embora me pareça que Pedro Passos Coelho ganharia de qualquer maneira, também não tenho dúvidas que a "guerra" entre os dois candidatos funcionou em seu benefício.
A tarefa do vencedor, a partir de agora, é tremenda, se nos lembrarmos que o Partido necessita de um gigantesco trabalho de união e que o País, à beira da bancarrota, clama por um Primeiro-Ministro competente, verdadeiro, conhecedor dos problemas que o atormentam, mais interessado em resolver os problemas do País e dos portugueses do que os do seu Partido, amigos e camaradas e, ao mesmo tempo, um Primeiro-Ministro que prestigie tão honroso cargo, exercendo-o com zelo e patriotismo, colocando o seu "selo" ético e moral em toda a sua actividade governativa.
Espero sinceramente que Pedro Passos Coelho, caso seja eleito Primeiro-Ministro, seja capaz de honrar Portugal e os portugueses, exercendo o cargo exemplarmente.