MUITO POUCO FUTEBOL DO LÍDER DO CAMPEONATO!

 Bruno Lage não aprendeu nada com o jogo da primeira mão e voltou a ser derrotado por Sérgio Conceição.

Ontem vi um líder demasiado frágil para se opor e impor com êxito ao seu maior rival de sempre, o Futebol Clube do Porto, o qual iniciava o encontro com 7 pontos de atraso e que, em caso de vitória, a equipa encarnada ficaria a 10 pontos, numa situação privilegiadíssima para renovar o título de campeão. 

É verdade que a equipa encarnada continua em primeiro lugar, agora com apenas 4 pontos de diferença para o rival, mas fica numa situação menos confortável e cai para uma situação de maior pressão pois basta-lhe mais um deslize para colocar em risco a liderança.

Um campeão tem que demonstrar dentro das quatro linhas que joga melhor que as demais equipas e merece esse título. Ora, o Benfica, campeão em título e líder actual da classificação, não demonstrou ser melhor do que o Futebol Clube do Porto e, nos jogos anteriores, vimos exibições muito fracas e descoloridas contra o Belenenses, Aves, Paços de Ferreira, Rio Ave e Famalicão, cujas vitórias tangenciais foram muito sofridas.

Se o Benfica estivesse a jogar o melhor futebol do campeonato e tivesse ganho os dois jogos contra o Futebol Clube do Porto, nesta altura, à 20ª jornada, teria 13 pontos de vantagem e praticamente garantida a conquista do 38ª campeonato da sua longa história.

O jogo disputado ontem entre os dois velhos rivais não foi um grande espectáculo. Houve imensas quezílias e paragens e também alguma dureza por parte dos portistas nem sempre bem interpretada pelo árbitro que me pareceu bastante caseiro. 

Porém, o Benfica não perdeu o jogo por causa do árbitro mas por culpa própria. Entrou em campo demasiado passivo, provavelmente a pensar no empate, deixando o adversário jogar insistentemente no seu meio campo e criar vários lances perigosos para a sua baliza. Para além disso, cometeu imensos erros e a defesa esteve mal, tendo cometido um penalti e feito um autogolo. Foram as ofertas benfiquistas que deram a vitória ao adversário.

Uma vez mais Bruno Lage colocou em campo o onze que lhe pareceu mais competente e capaz. Porém, dadas as características guerreiras do jogador argentino, Franco Cervi, que tem feito grandes exibições, não se compreende porque não fez parte do onze inicial.

Bruno Lage disse recentemente que também ele vai evoluindo e aprendendo com os jogos e o decorrer do campeonato. Espero que aprenda rápido e tire proveito dos jogos com o Futebol Clube do Porto, para que no próximo embate, provavelmente a final da Taça de Portugal, saia vitorioso da contenda.