O mais brilhante intérprete da literatura portuguesa que escreveu em verso os feitos gloriosos da pátria lusitana, até à sua época, nascido algures no ano de 1524 e falecido a 10 de Junho de 1580, apenas com 56 anos, em condições miseráveis, está a ter, 500 anos depois da sua morte, as honrarias que lhe deviam ter sido prestadas em vida e que tão injustamente lhe foram negadas.
A extensa obra literária de Camões, com seu expoente mássimo assente n"OS LUSÍADAS", é um património patriótico valiosíssimo que deixou a Portugal que o imortalizou e é, sem dúvida, um imenso orgulho para todo o povo português.
CAMÕES, à distância de cinco séculos, continua a ser a grande referência para todos os portugueses que tendo talento como ele (os Camões desta vida), são preteridos, esquecidos, injustiçados porque não lhes é dado o valor que realmente merecem, porque tal como Camões, naquela época, não se calam perante as arbitrariedades de quem governa.
É muito estranho que após 500 anos da sua morte não tenha sido possível encontrar o local e a data do seu nascimento e conhecer o percurso da sua infância e juventude. Que é feito dos investigadores históricos? Foi feito tudo quanto era possível para encontrar documentos que pudessem esclarecer o que falta saber sobre Camões? Sinceramente, tratando-se de uma personalidade tão marcante da nossa História, possuidora de um tão brilhante e elevado grau de erudição, acreditamos que deve haver, algures, documentos capazes de desvendar o desconhecimento ainda hoje existente sobre o nosso imortal Luis Vaz de Camões.
Mas sobre as comemorações dos 500 anos do nascimento do autor de "Os Lusíadas", não podia deixar de realçar o mau gosto que presidiu à cunhagem da moeda de 5 euros, integrada nas comemorações dos 500 anos do seu nascimento.
A imagem que pretende representar o Poeta mais brilhante da história da literatura portuguesa, é horrível e acredito que a maioria dos portugueses tem a mesma opinião. É um trabalho numismático que não abona a favor do seu ou dos seus autores.
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