A justiça dos homens é uma tragédia. Condena pessoas inocentes e absolve os verdadeiros culpados. Quem tem poder económico, consegue "comprar" os agentes que têm a responsabilidade de fazer a justiça. Os pobres são os bodes espiatórios da justiça dos homens, os eternos condenados da perversa maldade humana que hipoteca o seu carácter e a sua honra por dinheiro.
Mas pensam aqueles que escapam à justiça dos homens que também podem fazer o mesmo relativamente à justiça do Criador. Enganam-se. Todo o ser humano tem que responder perante a justiça divina e aqueles que foram injustiçados pelos homens, serão recompensados pela justiça Divina.
Por vezes deparamos com pessoas tão más que nos apetece fazer justiça com as nossas mãos. Mas não, esse não é o caminho. Não temos o direito de nos substituirmos à justiça dos homens nem à justiça de Deus porque, em vida, todo o ser humano que comete crimes, de uma forma ou da outra, vai ajustar contas com uma ou com a outra justiça.
Deus castiga sem pau nem pedra e não permite que através da justiça dos homens, haja seres humanos gozando de total impunidade. Deus castiga os criminosos mas também aqueles que não cumprem a nobre missão de fazer justiça.
Todos nós conhecemos casos de gente importante e menos importante que cai em desgraça, porque a vida não lhes corre bem. São azares atrás de azares. Muitos lamentam-se que têm pouca sorte. Porém, não é nada disso. Cada um colhe, em vida, aquilo que semeou. Se não foi uma boa pessoa para o seu semelhante e andou a fazer coisas desagradáveis aos olhos de Deus, vai ter que expiar essa sua conduta e sofrer as consequências, porque a impunidade dos homens é depois rectificada pelo Criador.
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