A pandemia Covid-19, teve início oficial em Portugal a 2 de Março de 2020 e durante mais ou menos um ano, o plano de vacinação coordenado por Francisco Ramos, passou por uma série de episódios rocambolescos, nomeadamente vacinas desviadas para pessoas que não estavam abrangidas e autorizadas a tomálas e processo com algum atraso.
A 3 de Fevereiro de 2021, a ministra da saúde nomeou o Vice-almirante Gouveia e Melo coordenador do Plano de Vacinação contra a Covid-19 e a partir desse momento, a campanha entrou nos eixos, passando a ser um exemplo de eficiência e vacinação record que foi notícia em todo o mundo.
Em consequência do seu óptimo desempenho, o então Vice-almirante Gouveia e Melo, ganhou a simpatia e a admiração da população portuguesa e também um merecido reconhecimento internacional.
O seu bom trabalho na coordenação da campanha de vacinação contra a covid-19, deve ter contribuído também para a sua nomeação a Chefe do Estado-Maior da Armada e à promoção ao posto de Almirante, a 27 de Dezembro de 2021.
Gouveia e Melo, a partir de certa altura, devido aos bons resultados obtidos na campanha de vacinação, começou a ser apontado como provável candidato à Presidência da República, cuja eleição terá lugar em 2026. Até agora o Almirante nunca se referiu ao assunto mas a sua rejeição à recondução no cargo de Chefe do Estado-Maior da Armada, poderá querer dizer que pretende estar livre para poder, no momento oportuno, apresentar a sua candidatura ao mais alto cargo da Nação.
Mas pelos vistos, pelo que se tem visto, caso a sua vontade se concretize, terá imensa gente interessada em desacreditá-lo, inclusivé a imprensa escrita e falada que tanto o elogiaram durante a pandemia. Passámos agora para o plano político e, nesta dimensão, deixa de haver reconhecimento e rigor na apreciação dos méritos de alguém. Na política, o combate não é leal nem justo, cada um procura descredibilizar o adversário, servindo-se de esquemas eticamente reprováveis e, neste momento é o que parece estar a acontecer com o Almirante. Há forças políticas que não gostam nem querem a candidatura do ex-Chefe do Estado-Maior da Armada, porque sabem que ele é um forte candidato e, como tal, põe os seus objectivos em risco.
Esta deve ser a razão para que de repente o Almirante Gouveia e Melo passe a ter mais defeitos que virtudes, sendo alvo de críticas que revelam a intenção de fragilizar e desacreditar a sua possível corrida a Belém.
Resta saber se a simpatia, o respeito e a admiração que grageou ao serviço da saúde pública, não será mais do que suficiente para vencer qualquer adversário do SISTEMA.