De facto, todos os dias acontecem os crimes mais bizarros, praticados por pessoas que tiveram acesso a cargos de grande responsabilidade mas que se tivessem sido devidamente escrutinados antes de os ocuparem, jamais isso seria possível, devido ao cadastro sujo, impreparação política e profissional e, consequentemente, de honorabilidade muito duvidosa.
O partido Chega está a colher aquilo que efectivamente semeou. Fez péssimas sementeiras e agora está confrontado com ruinosas colheitas. Se tivesse sido averiguado o seu passado, este cidadão açoreano, não teria condições para ser deputado.
O cidadão Miguel Arruda, cabeça de lista do Chega pelos Açores, eleito deputado à Assembleia da República nas últimas eleições legislativas em 2024, pelos vistos, aproveitou a circunstância de viajar regularmente de e para os Açores, para roubar malas de viagem dos tapetes rolantes de bagagens, nas zonas de chegadas dos aeroportos de Lisboa e Ponta Delgada.
Com tanto stock de roupa roubada, abriu conta na VINTED, uma das maiores plataformas do mundo de compra e venda de roupa em segunda mão e inciou este negócio de venda de roupa e outros objectos roubados, praticamente desde que iniciou as funções de deputado, em Maio de 2024.
É inacreditável que depois de praticamente confirmada a prática destes crimes, pelos vistos e segundo as notícias, com abundantes provas, o deputado ladrão possa passar a deputado não inscrito ou independente e com isso, passar a auferir mais cerca de sessenta mil euros anuais para fazer face às despesas de deputado independente. Isto é inadmissível! Alguém que perdeu toda a honorabilidade possa continuar na casa da democracia desempenhando as funções de deputado.
Ele, Miguel Arruda, não tem culpa, quem tem culpa são as leis desta República Democrática das Bananas que são criminosamente permissivas e um autêntico maná para os criminosos portugueses e estrangeiros que por aí proliferam. Em casos desta natureza, as pessoas deviam ser imediatamente suspensas de funções até completa resolução do processo incriminatório. Após o final do processo, se fossem culpadas não teriam direito a receber os vencimentos e no caso de provarem a sua inocência, então receberiam todos os retroactivos a que tivessem direito.
Em primeiras declarações, o furtador de malas tinha dito que tomou a decisão de passar a deputado não inscrito para "única e exclusivamente proteger o partido de possíveis ataques" mas depois em declarações ao jornal Polígrafo apresentou nova versão: "Estão f------ porque lhes passei a perna. Queriam ser eles a expulsar-me. Como me antecipei, estão doidos"
Vejam ao que chega o descaramento deste desprezível deputado que se dedicou a furtar malas com pertences pessoais de outras pessoas, a quem causou, temos a certeza, imensos transtornos, ainda a ufanar-se de ter sido mais esperto do que os órgãos do partido!
É obra!!!
Mas o mundo anda, desgraçadamente, completamente às avessas. Nos Estados Unidos da América, foi recentemente eleito um Presidente que estava acusado de se ter apoderado de documentos do Estado, altamente secretos e confidenciais e de ter promovido o assalto ao Capitólio, bem como de outros crimes sexuais e fiscais.
Ora bem, se num País que é a maior potência militar e económica do mundo pode ser eleita uma personagem com este perfil, porque é que em Portugal, um simples e desprezível ladrão de malas de viagem, não há-de poder continuar a desempenhar a sua função de deputado na Assembleia da República?
Chega de tanta permissividade!
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