terça-feira, 26 de outubro de 2010

RECESSÃO ECONÓMICA OU RECESSÃO DE VALORES?



A crise económica está instalada há muitos anos em todo o Mundo. Grandes Grupos Económicos dos mais diversos sectores, abrem diariamente falência e mandam para o desemprego milhões de trabalhadores.

Os Governos gastam à fartazana, recursos que não têm e aumentam assustadoramente a dívida interna e externa, obrigando os cidadãos a pagar a factura, com o aumento de impostos e do custo de vida. É de tal forma aflitiva a asfixia financeira com que se deparam que, em alguns casos, estão muito próximos da ruptura financeira e por consequência, impossibilitados de honrar os seus compromissos.

Mas afinal, qual é verdadeiramente a causa desta desesperante situação económica a que chamam recessão? Porque se chegou a este beco sem saída? Então os Países não continuam a produzir? Não continua a haver Oferta/Procura? Anualmente, não continuam a produzir-se grandes riquezas? Existe mesmo uma recessão económica ou a raiz do problema tem a ver com a gritante crise de valores que se apoderou da sociedade?

Cá para mim, é indubitável que existe de facto uma gigantesca recessão de valores éticos e morais que está na génese de todos os problemas que apoquentam a humanidade. É essa monstruosa crise de valores, a causa de não haver honestidade, verdade e justiça e sem estes valores não é possível construir um modelo económico de sucesso nem um Mundo justo e solidário para todos.

Todas as crises são provocadas pela actuação criminosa do homem que não olha a meios para alcançar os seus interesses pessoais, corrompendo ou deixando-se corromper, mentindo, desfalcando, traindo e até matando..

Acham que se os dinheiros públicos e os biliões que entraram em Portugal provenientes da CEE (Comunidade Económica Europeia) fossem escrupulosamente geridos ou administrados, o País estaria na bancarrota? Quem beneficiou do maior quinhão dessas verbas astronómicas? Analisem quantas fortunas se fizeram desde a entrada de Portugal na CEE e comparem com os progressos sociais e bem-estar, em geral, das classes trabalhadoras. Atentem na irrisória quantia do ordenado mínimo nacional que serve de bitola à remuneração mensal de milhões de portugueses. Atentem também no acesso à saúde, à educação, à habitação e ao emprego e digam-me como é que a classe trabalhadora deste povo pode viver minimamente feliz.

Podem os governantes deste e dos outros Países berrar a plenos pulmões que as dificuldades que atravessam se devem a uma conjuntura económica internacional difícil que eu não lhes dou ouvidos. A causa de tudo quanto de grave está a acontecer, é sem dúvida de quem governa e de forma irresponsável e criminosa, coloca os interesses pessoais acima dos interesses do País e do bem-estar dos cidadãos.

Afinal, quem arrastou a economia global para a recessão? Respondo. Foram os homens sem ética e sem moral que na mira de alcançarem lucros fabulosos, fizeram negócios ruinosos que provocaram a falência de grandes Grupos Económicos e empurraram para o desemprego milhões de trabalhadores. A recessão resulta de sucessivos actos criminosos, fraudes gigantescas, perpetradas ao mais alto nível, com as consequências que todos conhecemos.

O pior, é que nada do que se passou serviu de exemplo, a avaliar pelos casos de corrupção e de fraude que todos os dias vemos noticiados, praticados por gentalha da mesma espécie que descarada e desenvergonhadamente continua a mentir de cada vez que abra a boca, insultando e faltando ao respeito a gente de bem que vive esmagada sob pesado fardo de impostos e todos os dias se mortifica para garantir uma mísera malga de sopa.

Até quando será possível suportar tão revoltante situação?


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