sábado, 17 de março de 2012

"FALTA DE LEALDADE INSTITUCIONAL", CRITICA CAVACO SILVA


 IMAGEM RETIRADA DO GOOGLE

Depois das críticas organizadas e ferozes da elite socialista ao Prefácio do Presidente da República no livro de intervenções “Roteiros VI”, com data de 9 de Março de 2012, veiculadas pela imprensa diária, fiquei bastante curioso e não descansei enquanto não li na íntegra o referido prefácio.
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De facto, depois de ler o documento, que reproduz fielmente a actuação do actual Presidente da República relativamente aos muitos alertas de (des)governação que fez ao Executivo socialista, percebo perfeitamente o desnorte, a irritação e a histeria que reina no partido da rosa relativamente ao conteúdo do referido prefácio porque elas, as críticas, lhe assentam que nem uma luva.
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Percebo perfeitamente o contra-ataque desesperado e sem nexo de um partido que colaborou cega e incondicionalmente com a má governação socrática e que infelizmente, mesmo depois do monumental fracasso, continua a defender um ex-Primeiro-Ministro arrogante, fanfarrão e disparatado, merecedor de forte censura e reprovação por parte da maioria dos portugueses.
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Percebo perfeitamente a reacção do maior partido da oposição às verdades inquestionáveis contidas no Prefácio do livro "Roteiros VI", no momento em que são oficialmente divulgadas e conhecidas dos portugueses.
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Percebo perfeitamente que tais verdades doam como golpes profundos de punhal àqueles que, deliberadamente, não quiseram ouvir atentamente o Presidente da República e agir em conformidade, preferindo ignorá-lo e fazer chacota e tábua rasa dos seus avisos.
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Percebo perfeitamente o silêncio do ex-Primeiro-Ministro, lá longe, no seu exílio dourado, gozando dos rendimentos e, ao mesmo tempo, segundo se consta, estudando e valorizando o seu curriculum vitae, tentando compensar uma licenciatura duvidosa conseguida em Portugal, com um diploma passado ao domingo.
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Percebo perfeitamente! E porquê? Porque após 37 anos de democracia, pude constatar que a acção dos partidos se revelou muito nefasta para o País, já que colocam os seus interesses acima de tudo e, por outro lado, representam um encargo para o erário público, suportado pelos impostos de todos os portugueses, insuportável, consumindo sem dúvida uma percentagem considerável do OE.
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Nesse sentido, percebo perfeitamente o comportamento incorrecto do Partido Socialista, porque verdadeiramente, na defesa intransigente dos seus interesses, a todo o custo e sem olhar a meios, não lhe interessa fazer o que está certo porque tal procedimento não defende os seus interesses. Para os partidos, defender os seus interesses, é contrariar sistematicamente o adversário, ainda que este tenha carradas de razão.
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Se os partidos defendessem os interesses do País como defendem os seus, tenho a certeza que Portugal se encontraria numa situação bem mais vantajosa para todos os portugueses.
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As críticas feitas pelo Presidente da República no referido Prefácio à actuação do ex-Primeiro-Ministro Sócrates e ao seu governo, são uma pequena gota de água no imenso oceano se comparadas com o rol imenso de atropelos à lei, mentiras e deslealdades que contribuiram  para o descalabro das finanças públicas e o descrédito do País perante o Mundo.
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O Presidente da República diz que a deslealdade institucional do primeiro-ministro José Sócrates ficará registada na história da nossa democracia. Perante os factos conhecidos, o tratamento dado pelo Chefe de Estado ao ex-responsável pela governação de Portugal que lhe foi desleal e lhe sonegou informação importante para o futuro do País e dos portugueses, é muito, mas mesmo muito lisonjeiro.
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O Presidente da República deveria ter demitido Sócrates logo que confirmou que o mesmo lhe mentiu e lhe foi desleal, já que não teve a coragem necessária para o demitir, ainda no primeiro mandato, pela sua notória incompetência e pelos "casos" em que andou constantemente envolvido: Vale da Rosa, Cova da Beira, Freeport, Face Oculta, Licenciatura, Luis Figo e tantos outros.
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Fui um dos muitos críticos do Presidente da República por não ter rompido com a ruinosa política socrática, ainda no primeiro mandato, já que com tal actuação, teria porventura evitado o recurso de Portugal à ajuda externa e poupado muitos sacrifícios aos portugueses. Porém, esta denúncia, embora tardia, ainda vem a tempo, "mais vale tarde do que nunca", essencialmente porque vem confirmar oficialmente, aquilo que todo o País já sabia há muito.
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Depois deste primeiro passo, é agora absolutamente necessário que o Presidente da República faça a denúncia de toda a política socrática de terra queimada e bancarrota.

3 comentários:

Anónimo disse...

Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa

Exmo Senhor,

Para mim, isto resume-se a poucas Palavras: Como é possível que este ou qualquer outro Governo, permita que, quem comete os chamados Crimes Menores, vá parar à Cadeia e lhe sejam aplicadas, tendo em conta, a actual situação, pesadas Multas, e, no entanto, aos Senhores do Governo, perante tudo isto, não lhes acontece nada?

Desde que existimos, cada vez que somos Governados por Sistemas Partidários, sem escrúpulos, chegamos, sempre, a este caminho, sem saída.
Laranjeiro, 18-03-2012

Anónimo disse...

Olá estimado Manuel,

Não resisto aos seus textos, às suas opiniões.
É mesmo isto, que eu sinto.
Mas, ó Manuel, se houvesse um só partido a governar e não só, estaríamos num regime, a que chamam Ditadura?
Nunca tivémos em Portugal, graças a Deus. Tivemos Feudalismo com Corporativismo, isso sim. E os cofres, os do Estado, estavam cheios. Exportar AO MÁXIMO, importar, só o estritamente necessário.
Precisamos de uma mão forte, que mande em nós, como o nosso pai ou mãe.
Tanto beijam, como dão uma estalada.
Quem dá o pão, também dá a educação, dizemos.
Sabe, que aprecio a postura, a elegância de dsiscurso e o acatamento de Passos Coelho. Pedimos, temos de pagar. Toda a vida, assim foi.
Mas, isto faz lembrar, que quando um filho se endivida é o pai, que tem de pagar, para salvar a honra do Convento. É quem vem a seguir. Todos os governos socialistas, tiveram, sempre estas políticas desgovernadas, desorientadas, e depois, têm de ser os de Direita, que remendam a situação. É difícil num tecido roto, pô-lo, como novo. Pomos remendos, fazemos o melhor, que sabemos.

MAS, JÁ NÃO HÁ PAIS FORTES, DETERMINADOS E ATÉ, UM POUCO AUSTEROS.

A mim, far-me-ia bem, porque sou muito mimada, mas muito arrumada mentalmente.

Um abraço.
Então, quando é que passa lá por "casa"?

Anónimo disse...

Ola estimado Manuel,

Obrigada pela visita, que me fez. Gostei muito.
Ah! Com os textos, em prosa, já me consegue compreender melhor. Ainda bem.
Sabe, que hoje, dia 21 de Março, se comemora o DIA MUNDIAL DA POESIA, e eu, como não poderia deixar de ser, fiz um poema. Leu? Gostou?
Eu não sou, assim tão doida, como aquilo, que escrevo. Tudo, no sítio, acredite.

Vá aparecendo.
Um abraço de estima.