segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

GUERRA RÚSSIA/UCRÂNIA: BLUFF OU REALIDADE?

 


Não sou formado em direito internacional e muito menos em geostratégia militar, para poder emitir uma opinião válida acerca do ambiente de hostilidade que se vive na fronteira Ucrânia/Rússia, o qual não pode deixar de ser encarado, no mínimo, como uma clara provocação ao estado soberano da Ucrânia.

Há, no entanto, uma coisa que eu sei perfeitamente: as guerras são acontecimentos terríveis e trágicos que semeiam a destruição e a morte nas regiões onde se desenrolam e dos quais resultam também graves consequências para outras regiões do mundo que nada têm a ver com o conflito. 

A primeira e a segunda guerra mundiais, ainda presentes na memória de muitas pessoas, lembram-nos o enormíssimo grau de destruição que sofreram os Países que nelas participaram e os milhões de mortos e estropiados, civis e militares, a maioria jovens na casa dos 20/30 anos a quem foi roubada a possibilidade de poder desfrutar de longos anos de vida.

Para além disso, as guerras afectam sempre muito mais as populações mais vulneráveis e desprotegidas, sem grandes possibilidades económicas, incapazes de poder fazer face à inflacção galopante e à forte escassez de produtos.

Em pleno século XXI, imaginava que nenhum País tivesse a ousadia de provocar por razões políticas, económicas ou territoriais, uma nova guerra mundial, porque um acontecimento desta natureza não proporciona nenhum benefício à humanidade, antes pelo contrário, acarreta barbaridade, sofrimento e miséria.

Nesse sentido, eu creio que o Senhor Putin está a ir longe de mais, se nos lembrarmos que a Rússia já anexou a Crimeia e está envolvida na ajuda aos separatistas pró-russos das autodeclaradas Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk. O presidente russo diz que todo este imbróglio tem a ver com o facto de a Ucrânia querer pertencer à NATO. Ora, também neste aspecto, Putin não tem razão. Se a Ucrânia é um Estado soberano, deve poder decidir se quer ou não quer pertencer à NATO. Portanto, creio que este aspecto não passa de um pretexto para de facto levar por diante as suas ambições expansionistas e voltar a anexar territórios que já pertenceram à ex-URSS.

Em minha opinião, não obstante Moscovo ter as costas quentes com o apoio declarado do gigante chinês, Putin está a levar por diante esta política de provocação invasora porque a Europa e os outros países democráticos do mundo, nomeadamente os EUA, Austrália, Canadá e Japão têm tido uma atitude muito passiva perante toda esta agressividade russa. A partir do momento em que o mundo democrático resolver unir-se e falar a uma só voz, respondendo com firmeza a esta loucura russa, o Senhor Putin vai meter a viola no saco e acabar com esta demonstração de poder, visto que ele sabe que em caso de guerra, iria sofrer um monumental revés e arrastar o seu País para uma dramática situação económica.

Cabe à NATO o papel importantíssimo de dissuadir o ditador russo a terminar com estas provocações e ajudar a criar condições de estabilidade na Europa e no Mundo.

1 comentário:

Oswaldo Jorge do Carmo disse...

Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa

Exmo Senhor
Autor,

Não sendo eu, um Estratega Militar, sei muito bem o que é que este Senhor quer.

Ele e os restantes ditadores que vivem na Rússia, jamais vão perdoar aos culpados das Independências que eles, na altura, sem vontade nenhuma, tiveram que dar.

Vendo este Senhor, tanta falta de coragem do actual Presidente dos USA e a falta de união da Desunião Europeia, Nato incluída,não vai descansar enquanto não voltar à antiga União Soviética.

Agora, se este Senhor, tivesse um Presidente Americano, chamado RR ou outro chamado JFK, pensava várias vezes no que está a fazer e que até, se quiser, vai conseguir.

O primeiro, disse aos Russos para deitarem o Comunismo no Caixote do Lixo, e o segundo obrigou-os as tirar os Mísseis que colocaram em Cuba, para atacar os Americanos.

Realmente, foi preciso ter muita lata e ousadia!

Depois, este Senhor sabe que, com tanta incompetência e falta de Coragem, dos dois lados, mesmo sem a ajuda da China, ganha qualquer guerra.

Com a idade que tenho, sempre os vi a fazer Armas mais Potentes Modernas e Sofisticadas, para atacar a Europa e os USA.

Ou seja, isto não é BLUFF,isto é a pura realidade!

Basta a Ucrânia dizer que são Independentes, logo, querem decidir como tal e pertencer à Nato e à União Europeia, para a GUERRA começar!

Como nos conflitos, agora, não se pára para ir Almoçar, este, se vier a acontecer, vai ter consequências de toda a ordem, para todo o Mundo. Aliás, elas já se estão a fazer sentir em todos os Sectores da Sociedade.

Só peço que Deus nos livre de tamanha TRAGÉDIA!!!
Laranjeiro, 16-02-2022