sexta-feira, 22 de agosto de 2025

FOGOS - TODOS OS ANOS AS MESMAS TRAGÉDIAS!!!


Os portugueses estão  fartos de assistir todos os anos à tragédia dos fogos que causam ao País centenas de milhões de prejuízos e afectam directamente milhares de famílias a quem o fogo roubou os bens materiais de uma vida de trabalho e, em alguns casos, até a própria vida.

Não há palavras para descrever a angústia, o desespero e o sofrimento das pessas atingidas pelos fogos. As populações e os bombeiros lutam com o fogo até à exaustão e, infelizmente, muitas vezes, as intensas lavaredas levam a melhor, destruindo tudo à sua passagem.

É tempo de se olhar para o problema com olhos de ver e fazer algo na prevenção que evite esta tragédia dos fogos todos os anos.

Quem sou eu para dar conselhos sobre a matéria, no entanto, face à inoperância das actuais estruturas responsáveis pelo combate aos fogos, não vou deixar de dizer aquilo que penso.  

Os sucessivos governos pós-25 de Abril de 1974, têm cometido as maiores atrocidades no que ao combate aos incêndios diz respeito. Até 25 de Abril de 1974, a paisagem verde em todo o território de Portugal, era deslumbrante com serras e montes densamente arborizados. Para onde quer que se viajasse, só se via arvoredo, em contraste com a triste situação actual que só se vê terra queimada, pedras negras e uma paisagem triste e desoladora.

Antigamente havia guardas florestais e cantoneiros que eram os guardiões dessa grande riqueza que então havia em Portugal nas florestas. Em 50 anos de democracia, quase tudo foi queimado e o País e as pessoas ficaram muito mais pobres. Há que arrepiar caminho e investir o dinheiro que se gasta com os prejuízos dos fogos, na prevenção para evitar que eles aconteçam.

Por outro lado, a divisão administrativa seria aproveitada para resolver uma boa parte do problema dos fogos. Ninguém melhor que os autarcas das respectivas regiões, Distritos, Concelhos e Freguesias, conhece melhor aquelas áreas do que eles próprios e, por isso, eu penso que as Juntas de Freguesia e as Câmaras Municipais deveriam estar na linha da frente no combate aos fogos e na implementação de medidas de prevenção ao longo do ano, com dotações orçamentais próprias que deveriam ser retiradas do Orçamento do Estado.

Infelizmente, os fogos têm alimentado muitas clientelas ao longo dos anos e o Estado não se preocupou em adquirir os equipamentos necessários para um combate eficaz ao fogo, nomeadamente, meios aéreos de asa fixa e helicópteros, máquinas de rasto, camiões cisterna e todo o tipo de equipamento moderno de ataque ao fogo. Todos os Municípios deviam ter equipamentos de combate ao fogo, pelo menos autotanques e máquinas de rasto e as juntas de Freguesia também devem possuir equipamentos que lhes permitam atacar os fogos à sua nascença. Há muito a fazer e muito a alterar, se se pretende prevenir estas tragédias anuais.

Por último, quero também lembrar que os bombeiros das respectivas regiões, são uma parte importante para o combate aos fogos, em coordenação com as autarquias, justamente, porque conhecem a região e, nesse caso, o Comandante da Corporação local, tem que ser o principal coordenador. Deixem-se de Protecções Civis, deixem-se de arranjar tachos a torto e a direito para os boys e ponham em primeiro lugar os interesses das populações e do País, algo que não tem sido feito nestas cinco décadas de regimme democrático.

O Povo está cansado de tanta incompetência e irresponsabilidade.

terça-feira, 19 de agosto de 2025

A MÃE NATUREZA AVISA REPETIDA E INSISTENTEMENTE O HOMEM

 


Homem, meu filho inquieto,

a quem dei o azul dos céus,

o verde das florestas,

o frescor das águas,

o calor do sol e o aconchego da terra.


Tudo te entreguei com amor,

para que vivesses em plenitude, 

em harmonia comigo, 

e com respeito por tudo o que respira.


Mas deixaste-te cegar pelo brilho da ambição,

esqueceste que não és dono, 

apenas hóspede desta casa comum.

Cortaste-me as veias que são os rios,

poluiste os Lagos e os Oceanos,

feriste-me a pele que  são as matas,

envenenaste o ar que a ti mesmo dá vida.


E ainda assim, com infinita paciência,

tenho-te avisado com trovoadas e secas, 

com ventos furiosos e mares revoltos,

na esperança de que despertes.


Mas, homem, não te iludas:

se não arrepiares caminho, 

chegará o tempo em que direi basta.

E quando esse basta ecoar, 

será como silêncio após a última nota,

e a tua própria existência poderá extinguir-se.


Ainda há tempo, meu filho.

Estende-me a tua mão em cuidado,

e eu voltarei a ser generosa contigo.

Protege-me e eu serei abrigo.

Ama-me e eu serei eternidade.


Lembra-te:

quando feres a Mãe,

feres a ti mesmo.

Quando cuidas de mim,

é a vida que salvas em ti.

SÚPLICA DE ALERTA DA MÃE NATUREZA

 

Homem, filho do Maravilhoso Planeta Terra, ouve-me:

Eu te dei rios cristalinos para a tua sede, florestas para o teu abrigo, frutos para o teu sustento e ar puro para a tua vida. Fui generosa, abundante e paciente contigo.

Mas tu, no teu cego egoismo e na tua ambição sem limites, esqueceste que não és dono do Planeta Terra mas apenas guardião. Desrespeitas-me e maltratas-me quando rasgas os meus bosques, envenenas as minhas águas, sufocas os meus céus. Não percebes que ao ferir-me, é a ti mesmo que feres, é o teu futuro que queimas, é o chão que sustenta os teus filhos que destróis?

Eu tenho-te dado grandes avisos: a cada tempestade sem medida, a cada seca implacável, a cada incêndio voraz, eu grito desesperada para que despertes mas tu insistes em ignorar os sinais.

Não te iludas: se não arrepiares caminho, chegará o tempo do meu BASTA. E quando eu disser BASTA, não haverá poder humano que resista. E se esse momento chegar, a sobrevivência da tua própria espécie, será posta em risco.

Ainda há tempo. Volta a olhar-me com respeito. Reconhece em mim a tua Mãe e aprende a viver em harmonia com o que te ofereci. Se me protegeres, eu continuarei a ser tua aliada. Se me desafiares, serás tu a perder.

Homem, escolhe bem.

O futuro da Terra é o futuro da tua própria vida.

quarta-feira, 13 de agosto de 2025

OLÁ PAI

 


Olá pai, que Deus na sua imensa magnanimidade, te proporcione no Céu, a felicidade que nunca conseguiste alcançar na Terra.

Partiste sem termos tido uma oportunidade para uma última conversa de pai para filho, de homem para homem, sobre tantas coisas ruins que não deviam ter acontecido na tua vida mas especialmente em relação à tua mulher e aos teus filhos que a partir de certa altura abandonaste para te juntares a outra mulher que também era mãe de 3 ou 4 filhos.

Pai, a mãe não merecia que a tivesses abandonado e a obrigasses a carregar o peso e a responsabilidade de tomar conta de seis filhos, todos menores. A mulher que abandonaste e maltrataste enquanto viveste com ela, foi-te sempre fiel e salvou-te a vida quando os familiares da mulher com quem casaste te sovaram e iam matando. Mesmo sendo traída, a mãe cuidou de ti e procurou a assistência necessária para te salvar a vida e evitar que ficasses inutilizado para o resto da tua vida.

Meu Pai, como pudeste abandonar e trocar a tua mulher e os teus lindos filhos por uma outra mulher e por outros filhos, com quem passaste a conviver e a quem passaste a dar a ajuda e a assistência que devias dar aos teus? Como pudeste cometer tão grande traição à tua verdadeira Família, à tua Família de sangue? 

Meu Pai, abandonaste os teus maravilhosos filhos quando eles mais precisavam de ti. Precisavam do teu amor, do teu carinho, da tua presença e da tua ajuda na alimentação, na educação e em todas as outras necessidades próprias dos jovens.

Meu Pai, essa outra família serviu-se de ti e do teu dinheiro, fruto do teu trabalho e dos teus sacrifícios, para pagares férias, baptizados, casamentos e até para construírem uma imponente moradia em Castelo Branco. Essa família não te tinha amizade, essa família só queria o teu dinheiro. Até as poucas economias que tinhas depositadas no Banco te roubaram de forma fraudulenta, em conluio com o gerente e aproveitando a tua debilidade mental, devido ao facto de te privarem de tomar a medicação que o médico te prescreveu. Esse dinheiro, segundo me tinhas confidenciado, era para dividir pelos teus filhos e essa gente nojenta, depois de tanto te explorar, não permitiu que tu realizasses esse teu desejo e, de certa maneira atenuasses a culpa que sentias por não teres sido um bom pai.

Meu Pai, sei que ficaste desesperado e cego de raiva quando descobriste que a conta estava a zeros e, naquele momento achaste que a tua vida não tinha mais sentido, acabando por teres posto termo à vida naquele poço tão perto da casa onde vivias. Creio que esse episódio inqualificável te fez chegar finalmente à conclusão que as pessoas que escolheste para tua família não eram tuas amigas e apenas queriam o teu dinheiro, algo para que eu, uns anos antes, já te tinha alertado. Lembras-te que te fui buscar a Castelo Branco para ficares comigo em Lisboa? E que durante uns meses te acompanhei às consultas de psiquiatria para tentarmos recuperar a tua saúde? 

Meu Pai, estavas bem melhor, tinhas recuperado daquela situação de grande debilidade mental e até já tinha sido aliviada a carga medicamentosa. Porém, lá em Castelo Branco, a mulher que apenas estava interessada no teu dinheiro e na tua reforma, não desistia de o conseguir e veio a Lisboa para te levar novamente. Pedi-te que não fosses mas tu acabaste por ir e, com essa tua decisão, assinaste a tua sentença de morte pois acabarias por pôr termo à vida pouco tempo depois, a 20 de Março de 1990, com 68 anos de idade.

Meu Pai, num último acto de descontentamento, indignação e raiva, impedi que o funeral se realizasse em Castelo Branco e tratei com as autoridades locais as formalidades legais para a tua transladação para o Cemitério do Lumiar em Lisboa, visto que, de forma nenhuma estava disposto a aceitar que aquela gentalha que tão mal te maltratou em vida pudesse, cinicamente, tratar do teu funeral e fingir a dor da tua perda.

Meu Pai, sei que morreste amargurado e arrependido por não teres feito mais pelos teus filhos. É a vida Pai. Cá se fazem, cá se pagam. Expiaste, com juros altos, cá na Terra, todos os teus pecados. Podias ter sido feliz junto da tua verdadeira Família mas escolheste outro caminho. Apesar disso, os teus filhos nunca te abandonaram e gostaram sempre de ti.

Meu Pai, também sei que Deus te perdoou todos os teus pecados porque Deus perdoa a todos os seus filhos que partem para o Seu Reino para poderem gozar a felicidade eterna; também da parte dos teus filhos, podes descansar em paz porque eles sempre gostaram de ti e te perdoaram.

domingo, 10 de agosto de 2025

QUEM ATEIA FOGOS DELIBERADAMENTE, DEVE TER UM JULGAMENTO EQUIVALENTE A TERRORISTA

O País está todo a arder! É um mar de fogo e um rasto gigantesco de negro a substituir a anterior paisagem verde de árvores e arbustos! Ainda há alguma coisa para arder?! 

Milhares e milhares de hectares de floresta ardida, terrenos agrícolas dizimados, equipamentos, armazéns e casas de habitação destruídas, animais mortos e bombeiros e população civil feridos e com as vidas em risco.

Todos os anos os fogos são uma enorme tragédia e as autoridades responsáveis não são capazes de tomar medidas eficazes para alterar este estado de coisas, numa época em que há tantos meios à disposição fornecidos pela Inteligência Artificial!

A Floresta tem que ser constantemente vigiada, dia e noite para impedir que os terroristas incendiários cometam tão horrendos crimes. Antigamente havia os Guardas Florestais e os Cantoneiros, responsáveis pela vigilância da floresta e pela limpeza das bermas das estradas nacionais e estradas municipais. Essas estruturas fundamentais foram extintas no pós 25 de Abril de 1974, deixando as florestas indefesas e as bermas das nossas estradas cheias de silvas e toda a espécie de mato.

O resultado dessa extinção fez com que, ano após ano, os fogos tenham dizimado uma grande parte da floresta portuguesa, feito centenas de mortos e feridos e causado milhares de milhões de euros em prejuízos que afectaram o erário público mas também e sobretudo, uma grossa percentagem das famílias portuguesas, a quem o fogo não poupou casas, equipamentos e animais.

Relativamente aos incendiários, é lamentável que a nossa justiça seja tão branda e permita que alguém que foi condenado por fogo posto num determinado ano, possa cometer o mesmo crime no ano seguinte.

Algo está muito errado relativamente à justiça em Portugal. Neste caso, a justiça devia ela própria ser condenada a penas efectivas e pesadas, através dos juízes que administram a justiça. Não se compreende que um crime tão grave tenha condenações tão leves!

Acusa-se o Partido Chega de ser irresponsável e populista por querer penas mais pesadas para os incendiários. Sinceramente, neste País anda tudo ao contrário! O Chega tem carradas de razão e exprime o sentimento da maioria do povo português. Porém, é inacreditável que haja forças políticas que se manifestem contra o agravamento das referidas penas quando assistimos diariamente a cenas tão violentas no combate aos fogos e observamos os riscos terríveis que bombeiros e populações envolvidas correm.