domingo, 25 de janeiro de 2009

CAIU O CARMO E A TRINDADE...

Caiu o Carmo e a Trindade com a arbitragem do Senhor Paulo Baptista no jogo Benfica/Sporting de Braga, da jornada 15, pelo facto de o Benfica ter marcado um golo em posição de fora-de-jogo e não ter sido marcada uma grande penalidade a favor do Braga.

Os comentadores desportivos nem sequer se deram ao trabalho de analisar alguns lances que prejudicaram o Benfica, nomeadamente algumas faltas por marcar, penalti sobre Suazo e um fora de jogo escandaloso que poderia ter dado golo. Esses mesmos comentadores desportivos também não se deram ao trabalho de lembrar outras arbitragens escandalosas como por exemplo a do jogo F. C. Porto/Leixões, dirigido, curiosamente, pelo mesmo árbitro Paulo Baptista, em que foi anulado um golo limpo, não foi marcado um penalti descarado e foi assinalado um fora de jogo escandaloso que daria golo, tudo em prejuízo do Leixões. Para além disso, o F. C. Porto foi beneficiado nos jogos com o Belenenses, Sporting, Naval, Guimarães e Marítimo, tendo sido apenas prejudicado no jogo com o Rio Ave.

O treinador do Sporting de Braga ajudou à festa ao afirmar que em 20 anos de carreira como treinador, nunca tinha assistido a tamanho roubo, sendo imitado pelo Presidente do Clube que fez o mesmo tipo de declarações.

Também o Treinador do Futebol Clube do Porto, aproveitando a maré do bota abaixo, afirmou no final do Jogo com o Trofense que enquanto o Porto tinha sido prejudicado, um outro concorrente directo tinha sido beneficiado, numa alusão ao jogo da Luz. Já sobre o jogo que ia disputar com o Sporting de Braga, foi categórico: "não estamos interessados em pagar facturas que não nos dizem respeito. Isso não". E sobre o árbitro nomeado, Paulo Costa, o treinador tem também um tirada interessante: "é um árbitro experiente e entende tudo o que se está a passar".

Em resultado de toda esta polémica, convem recordar o que aconteceu na última jornada da primeira volta: O Futebol Clube do Porto foi a Braga construir uma vitória, obtendo o primeiro golo em claríssimo fora-de-jogo e como se isso não bastasse, a equipa de arbitragem ainda lhe perdoou dois penaltis. Uma possível derrota, foi transformada em vitória, somando os três pontinhos da ordem na tabela classificativa.
De facto, a referência elogiosa feita à experiência e inteligência do árbitro por Jesualdo Ferreira, revelaram-se palavras sábias porque, como veio a verificar-se, o árbitro entendeu perfeitamente aquilo que ele queria dizer e agiu em conformidade.

Enquanto isso, no Restelo, quem assistiu ao jogo pôde verificar que o Benfica foi prejudicado, a partir do momento em que o Senhor árbitro fez vista grossa a pelo menos dois pemaltis, não esquecendo uma entrada duríssima sobre Di Maria que foi quase de imediato substituído e cujo autor beneficiou de completa impunidade por parte do árbitro. Foi, por conseguinte, uma vitória transformada em empate, tal como tinha acontecido no jogo com o Nacional, não esquecendo que o Benfica tem fortes razões de queixa da arbitragem, nos jogos disputados com o Rio Ave, P. Ferreira, Sporting, Leixões, Guimarães, Setúbal e Marítimo, traduzindo-se estas queixas, no mínimo, em oito pontos a menos na tabela classificativa, suficientes para continuar em primeiro, mesmo subtraindo os eventuais dois ou três pontos do jogo disputado com o Sporting de Braga.
Moral da história: O Futebol Clube do Porto para chegar à liderança, necessitou de uma arbitragem escandalosa em Braga e outra grande ajuda no Restelo. Só a conjugação dessas duas péssimas arbitragens de Paulo Costa e Elmano Santos, permitiram que o FCP passasse a comandar a classificação com um ponto de avanço.

A velha táctica de pressionar os árbitros antes dos jogos, para alguns clubes dá resultados. Achincalham-nos quando têm uma prestação menos feliz nos jogos que não lhes dizem respeito e depois quando são escandalosamente beneficiados, saem a terreiro em sua defesa, dizendo que errar é humano e que se deixem os árbitros em paz. Esta postura é reprovável e deve ser censurada e denunciada. Enquanto houver dirigentes desta natureza que protestam e insultam os agentes da arbitragem quando se sentem prejudicados e depois se calam ou os elogiam quando são beneficiados, o futebol português não poderá evoluir para um patamar superior, será motivo de guerrilha constante entre clubes e as Entidades que o dirigem e transmite para o Mundo um vergonhoso postal ilustrado da modalidade, o que é pena porque o Campeonato Português tem excelentes praticantes, óptimas estruturas e equipamentos e podia ser um dos melhores da Europa.

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