segunda-feira, 26 de setembro de 2011

MUITA GENTE A MANDAR E POUCA A TRABALHAR

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Eu sabia que em Portugal há muita gente a mandar e pouca a executar. Abundam os chefes e escasseiam os trabalhadores. Isso constata-se com frequência, neste País, especialmente nos Serviços Públicos dependentes do Estado.

Vivo numa urbanização com pouco mais de quatro anos de existência, a qual é dotada de uma área apreciável de zonas verdes. Por falta de rega e manutenção por parte da entidade responsável, algumas árvores e arbustos secaram e uma área de jardim que devia estar bem cuidada e embelezar o local, acaba por ser um péssimo cartão de visita, dando a ideia que os moradores são uns vândalos, responsáveis pelo estado lastimável em que se encontram os espaços verdes.

Os Serviços competentes da Câmara já foram alertados por várias vezes para esta situação mas sem qualquer resultado prático porque tudo continua igual.

Há porém um procedimento por parte das entidades responsáveis que me deixa desconcertado: é que de cada vez que se denuncia a situação, aparecem no local uma série de pessoas (engenheiros e arquitectos paisagísticos), para se inteirar dos factos e estudar uma solução mas depois não acontece rigorosamente nada e tudo continua como estava antes.

Pergunto: o que foram fazer aqueles técnicos ao local duas ou três vezes, se até hoje as árvores que secaram não foram substituídas e por outro lado, nenhum arbusto foi replantado? Custa a acreditar nestas situações mas a verdade é que elas acontecem e nós não podemos fazer nada.

A Associação de que sou Presidente da Direcção já propôs à Câmara uma parceria e o estabelecimento de um protocolo para tratar dos espaços verdes mas nem sequer obteve resposta.

Para que servem as visitas dos técnicos ao local e os estudos elaborados, se depois não são executados? E, por outro lado, serão necessárias tantas pessoas para verificar que umas tantas árvores e uns quantos arbustos secaram?

Não! Claro que não! Em vez dos engenheiros e dos arquitectos paisagísticos, é apenas necessário um jardineiro competente que seja capaz de identificar as árvores e os arbustos sem vida e substituí-los por outros da mesma espécie.

O que não se pode admitir é que uma situação que se arrasta desde meados de 2007 não seja objecto de uma solução por parte da entidade responsável, uma vez que a mesma já foi denunciada por diversas vezes e se permita que uma zona que devia ser ajardinada e alegre se transforme num baldio triste e desolador.

1 comentário:

Oswaldo Jorge do Carmo disse...

Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa

Exmo Senhor

O mal já vem de longe, mas, agora é pior!!!

Na década, distante, de 60, do Século passado, um Senhor, onde eu trabalhei, teve um Problema, por ser Agente da Sacor, num Disjuntor da Bomba do Gasóleo. Eu disse ao tal Senhor, que o Problema era no Disjuntor. Perguntei-lhe se eu o podia abrir e verificar. O Senhor disse-me que não. Ele disse-me que tinha que se comunicar à Sacor, em Luanda, para eles mandarem ver o que se passava.

Entretanto, o escravo continuava a ter que vender o Gasóleo, com a Bomba Manual. A tal Sacor, mandou três Equipas de Engenheiros e Técnicos, verificar o que se passava com a Bomba do Gasóleo.

Os Experts Engenheiros e Técnicos, das Três vezes, regressaram a Luanda, dizendo que iam estudar o Assunto.

Moral da História: Eu é que acabei por desmontar o Disjuntor, ver o que tinha e repará-lo.

Isto aconteceu há 53 Anos!!!!!!!

Actualmente, não é a mesma coisa. É cem vezes pior!!!!!!

Como V. Excelência, há-de reparar, uma coisa aconteceu na chamada Ditadura. Agora acontece, Diariamente, na Democracia!!!!!!!!!!

Conclusão: A culpa parece não ser deles. A culpa, desta e de outras situações, é nossa. Nós permitimos que nos façam tudo o que há de pior.