quinta-feira, 1 de setembro de 2011

SOBRANCERIA E GRAVE ERRO DE AVALIAÇÃO

Imagem retirada do Google

A esta hora, a elite dos árbitros portugueses e os seus dirigentes, já devem estar arrependidíssimos do braço de ferro que protagonizaram com o Sporting Clube de Portugal e que originou a nomeação de um árbitro da 1ª categoria distrital B da Associação de Futebol de Aveiro. É caso para dizer que o tiro saiu pela culatra.

Se a ideia foi sancionar ou causar dificuldades ao Sporting pelo facto de o seu Presidente ter feito declarações que punham em causa a seriedade de certas arbitragens, o objectivo foi completamente falhado porque o jogo de Aveiro, com o Beira Mar, foi superiormente conduzido por um juiz dos escalões secundários e, nesse sentido, avolumou ainda mais as desconfianças relativamente aos árbitros da primeira categoria do apito nacional que constantemente e incompreensivelmente cometem erros grosseiros.

Surpreendentemente, ou talvez não, o árbitro dos distritais, Fernando Idalécio Ferreira Martins, dirigiu excelentemente o jogo Beira Mar/Sporting referente à segunda jornada da Liga Zon Sagres, acompanhando bem de perto os lances, ajuizando bem as infracções e agindo correctamente técnica e disciplinarmente. Fernando Martins, árbitro dos distritais, deu uma lição de bem apitar que deve ter deixado com bastante azia os "gurus" da arbitragem portuguesa que estariam à espera que a actuação do juiz dos distritais descambasse para o torto.

Porém, tal não aconteceu e o Juiz demonstrou estar à altura dos acontecimentos, ser conhecedor das leis do jogo e, como tal, apitando com acerto, sem medo e com sobriedade.

A exemplar actuação de Fernando Idalécio Martins, veio confirmar o que sempre pensei acerca da arbitragem e dos árbitros que todos os anos são promovidos e despromovidos nas diferentes categorias.

Eu nunca tive dúvidas que nas categorias inferiores há excelentes árbitros que nunca chegam a ver reconhecido o seu valor porque a progressão na carreira, nem sempre se faz por mérito mas antes por conveniência ou compadrio. Ser familiar, amigo e conhecido ou ter conhecimentos nas estruturas dos órgãos que dirigem a arbitragem, em muitos casos, é o suficiente para alcançar sucesso na carreira, mesmo que não tenha qualidades para o desempenho da função. Só assim se compreende que alguns incompetentes e habilidosos indivíduos tenham chegado ao topo da arbitragem portuguesa.

A recusa de João Ferreira, por um lado veio confirmar que os árbitros não têm capacidade para gerir as críticas e não sabem conviver com elas e, por outro, que a missão de um árbitro se pode tornar fácil e competente, quando o mesmo entra em campo com humildade e com o único propósito de ser leal e criterioso nas suas decisões.

Constatar que um árbitro dos distritais de Aveiro realizou um trabalho sem erros e que até colheu rasgados elogios das equipas em confronto e da crítica desportiva, em geral, é de facto uma satisfação para os verdadeiros desportistas, mas não deixa de ser uma situação delicada e embaraçosa para os árbitros de primeiro plano e para os dirigentes, já que jornada após jornada se verificam erros grosseiros incompreensíveis que prejudicam as equipas em confronto.

Este exemplo é suficientemente demonstrativo da qualidade de muitos árbitros dos escalões secundários e que poderiam ser utilizados para actuar, de vez em quando, a título de prémio, em jogos do Campeonato Nacional da 1ª e da 2ª Divisão, até para contribuirem, com as suas actuações, para que as "vedetas" da arbitragem nacional perdessem um pouco do seu vedetismo e se concentrassem também num único objectivo: dirigir os jogos, qualquer jogo, com critérios equitativos, sem distinção de emblemas, tal qual como se na sua presença estivessem duas equipas que nunca conheceram e nem sequer ouviram falar delas.


O caricato episódio do jogo da 2ª jornada, entre o Beira Mar e o Sporting, se for visto com olhos de ver pelos dirigentes da arbitragem, servirá para dele tirarem preciosas ilacções e até contribuir para solucionar algumas questões complicadas da arbitragem.


Abram os olhos!!!


2 comentários:

Oswaldo Jorge do Carmo disse...

Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa

Exmo Senhor,

Este, recambolesco, Episódio, só vem, mais uma vez, provar que, tal como nos normais Empregos como o que eu, V. Excelência, e outros, tivemos, onde, o que conta é o amiguismo e aquele que melhor limpar os Sapatos do Chefe, levando, por isso, que as Pessoas, matem, se matem e apanhem graves DEPRESSÕES, na Arbitragem, se passa, infelizmente, a mesma coisa.

Unknown disse...

Estou a leste do futebol.
Não sei nem comento. Respeito as opiniões abordadas e no final sempre digo:

- Que ganhe o melhor...