Imagem retirada do Google
Pelo que tenho lido e ouvido nestes últimos dias sobre o desempenho da Presidente da Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras (Raríssimas), estamos perante mais um caso de abuso de poder, prepotência, administração danosa e uso indevido dos dinheiros da Instituição.
Pelos vistos, esta senhora fazia o que lhe dava na real gana com os recursos financeiros da Associação, os quais, em boa parte, são oriundos de gestos de solidariedade, donativos e subsídios do Estado e, portanto, também dos contribuintes, em geral.
Seria lógico que as despesas efectuadas pela presidente da Raríssimas fossem devidamente escrutinadas pelos seus Órgãos Sociais competentes e, desde logo e em primeiro lugar, pelos membros da Direcção que não deviam pactuar com gastos supérfluos e descontextualizados da acção interventiva da Associação.
Mas não funcionando capazmente a Direcção, por medo ou subserviência, então essas irregularidades cometidas pela presidente da Raríssimas, deviam ter sido apuradas e denunciadas, tanto pela Assembleia Geral como pelo Conselho Fiscal e, pelos vistos, nenhum destes Órgãos detectou qualquer irregularidade!
Na verdade, tanto nesta como noutras Instituições do género, os Órgãos Sociais de fiscalização não funcionam, limitando-se os seus membros a colocar a assinatura nos documentos que os membros da Direcção lhes dão para assinar. Normalmente, esses lugares nos Órgãos Sociais são preenchidos por gente importante, governantes no activo ou ex-governantes, banqueiros, catedráticos, deputados, etc., etc., etc. E o problema dessa gente, é que para além de não honrarem o compromisso que assumiram, ainda dificultam a tarefa na hora de descobrir a verdade, porque não querem ver o seu nome associado às irregularidades de pessoas sem carácter e totalmente desprovidas de ética e moral, a quem facilitaram essa acção negativa e sensurável.
Mas pelos vistos, na Raríssimas, os problemas não eram só com a Presidente mas também ao nível da prestação de serviços, segundo queixas que já haviam sido apresentadas mas que só agora se ficaram a conhecer. Vejamos o que diz esta Senhora:
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Dinis, o filho de Rita Sequeira, sofre da síndrome de
Prader-Willi, uma doença genética rara que faz com que as pessoas tenham sempre
apetite. Quando soube do diagnóstico do filho, Rita recorreu à associação
Raríssimas mas hoje, arrepende-se. A auxiliar de saúde contou a sua experiência
à SÁBADO, na primeira pessoa.
"A Raríssimas não me ajuda, nunca ajudou. Telefonei quando
soube o diagnóstico do Dinis, em 2014. Lá explicaram-me a doença de uma forma
geral. Disseram que me podiam enviar uns guias orientadores, para que eu
soubesse como se age. Depois propuseram-me uma consulta na Casa dos Marcos, na
Moita.
Lá obrigaram-me a fazer-me sócia para conseguir preços mais vantajosos, mas que acabaram por ser quase iguais aos do sector privado. As sessões eram vendidas em pacotes. Cada pacote de dez custava cerca de €275. Os preços eram talvez menos €2, €1. Paguei €25 no dia em que me fiz sócia.
Eu não
sentia diferenças no Dinis com a terapia. Sei que com a doença do Dinis não é
possível ter grandes mudanças, mas devia haver um apaziguamento depois das
sessões. Cada uma na Casa dos Marcos durava menos de 60 minutos.
Eu assisti a uma ou duas sessões e não
era espectacular. O serviço da Casa dos Marcos não era melhor que o do privado.
Achei primeiro que eram uma benesse, mas apercebi-me de que me estavam a mandar
areia para os olhos.
Têm uma sala de snoezelen
[terapia multisensorial para diminuir níveis de ansiedade e tensão], que é uma
coisa de outro mundo: há uma piscina de bolas, música ambiente de acordo com os
doentes, um colchão sensorial e outro de água, uma parede de luzes rítmicas
para os miúdos descontraírem. Quando os funcionários viam que eu estava a ficar
irritada com eles, levavam o Dinis à sala de snoezelen.
Mas quando ele mais precisava, isso não acontecia.
Deixámos
de ir há dois anos, quando mudei de horário. Na escola onde o Dinis está tem
acesso às sessões comparticipadas pela Segurança Social. Está a ser acompanhado
no hospital da Estefânia, e no hospital de Santa Maria.
Basta
entrar na Casa dos Marcos para perceber a ostentação. A casa de banho é de
luxo, o chão é todo de mármore polido, de uma opulência absurda. A sala de
fisioterapia tem equipamentos topo de gama. Os tectos da casa são altíssimos,
lá dentro estão sofás de designer. Trabalhei num atelier de arquitectura, aprendi a
reparar nestas coisas. E quem não tem dinheiro para pagar o chão de mármore,
não pode ir lá.
Uma das pessoas que fundou a Raríssimas é mãe de uma boa amiga minha. Quando a associação foi fundada, sentiu esperança. Hoje ela não pode ouvir falar dessa senhora [Paula Brito e Costa]. O que ela me disse foi: 'Rita, eu deixei de levar lá a minha filha quando percebi que só queriam o meu dinheiro. Era uma cliente, não uma utente.'
Gostava
que daqui a pouco tempo a Paula Brito e Costa fosse impedida de entrar na
Raríssimas, de tocar em crianças. Ou ser presa. E quero que a Raríssimas se
reerga com um comportamento normal de responsabilidade social, para ajudar.
Devia mudar-se toda a direcção. Todos foram coniventes."
AFINAL, SEGUNDO ENTENDI DAS PALAVRAS DE RITA SEQUEIRA, A RARÍSSIMAS TAMBÉM SE COBRAVA BEM PELOS SERVIÇOS QUE PRESTAVA!!! ENTÃO, APOIAVA SOCIALMENTE OU FAZIA NEGÓCIO? HÁ MUITA COISA A EXPLICAR...
1 comentário:
Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa
Exmo Senhor
Autor,
Como não me enviou esta Publicação para o meu E.E., só hoje me apercebi da mesma.
Quanto a este caso, em concreto, é tudo igual, vira o disco e toca a mesma coisa.
Eles sabem que, façam o que fizerem, a Justiça não actua.
A Justiça só age contra os Pobres.
Não é por acaso que cada vez há mais Criminalidade a todos os Níveis!
Isto já não parece o Brasil, porque, tendo em atenção o tamanho do País, aqui consegue haver mais Crimes e Criminosos.
Efectivamente, para uma Aldeia tão pequena, há muita gente, impunemente, a ir ao POTE!
As Pessoas têm, infelizmente, que se convencer, que mais de 90% destas Organizações, é só fachada. Existem só para enganar as Pessoas.
Aliás, vê-se pelo Testemunho da Senhora que foi lá com o Filho ou o teve lá, em tratamento.
Eu pergunto: Quando isto foi descoberto, porque é que, pelo menos a Responsável máxima, da Raríssimas, não foi, de imediato, impedida de entrar nas Instalações e detida?
Eu sei do que estiveram à espera.
Laranjeiro, 02-01-2018
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