segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

UMA OPOSIÇÃO FROUXA E INCOMPETENTE MANTÉM UM MAU GOVERNO EM FUNÇÕES!!!

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Imagem retirada do Google

Num passado não muito distante, a oposição ao governo do PSD/CDS, formada pela esquerda e extrema esquerda, conseguiu em muitos momentos, por coisas muito menos graves do que aquelas que estão a acontecer no actual governo, provocar embaraçosas situações políticas e, em muitas ocasiões pediram mesmo a demissão do primeiro-ministro e de outros governantes.

Não me lembro de nenhum governo pós 25 de Abril onde tenham ocorrido factos tão graves e tão pessimamente questionados e explorados pela oposição, neste caso, composta pelo PPD/PSD e CDS/PP. Estes dois partidos não têm exercido uma oposição capaz, permitindo que o governo do Partido Socialista saia sempre airosamente de todas as trapalhadas em que tem andado constantemente envolvido.

Senão vejamos:
  • A trapalhada do Governo à volta da nomeação da Administração para a CGD e o impasse gerado  relativamente à apresentação das suas declarações de património e de rendimentos ao Tribunal Constitucional, foi uma telenovela caricata de escárnio e maldizer, em que os protagonistas se acusavam mutuamente, negando sistematicamente aquilo que previamente tinham acordado.
  • O vergonhoso reinado socrático que arruinou Portugal e os portugueses. Como pôde o seu amigo e fiel colaborador António Costa chegar a Primeiro-Ministro sem sequer ganhar as legislativas, com a agravante de ter sido Ministro de Estado e da Administração Interna no XVII Governo Constitucional, o pior Governo desde 25 de Abril de 1974? E depois, também é bom lembrar que em 2004, fazendo jus à sua amizade, António Costa apoiou Sócrates nas directas do PS, contra Manuel Alegre e João Barroso Soares. 
É incrível que a oposição do PPD/PSD e CDS/PP não tenha sabido explorar a tragédia socrática e a cumplicidade de António Costa. Na verdade, foi António Costa que explorou habilmente, até à exaustão, a governação austera da Coligação, a quem atribuiu todas as culpas da grave situação económico/financeira, não tendo nunca reconhecido que a Coligação fez o trabalho "sujo" de impor austeridade aos portugueses para retirar o País da bancarrota e ganhar credibilidade no mundo e especialmente perante os parceiros da CEE. Foi esse trabalho "sujo" realizado pela Coligação que permitiu a retoma da economia e tornou apetecível o poder.

António Costa, embora sendo derrotado nas legislativas, não perdeu a oportunidade de ser Primeiro-Ministro e com toda a lata que lhe conhecemos, não teve qualquer constrangimento em se unir às forças políticas da extrema esquerda para formar uma maioria parlamentar e usurpar o poder a quem ganhou as eleições.

Desde que tomou posse até agora, passados que são dois anos, as trapalhadas deste XXI Governo Constitucional têm sido tantas e tão graves que não compreendo como ainda se mantém em funções. Aliás, sei. A culpa é da Oposição que tem sido frouxa, incompetente e incapaz de confrontar o Governo e o Primeiro-Ministro de forma assertiva, frontal e corajosa.
  • Roubo de armamento militar dos paióis de Tancos. Como foi possível roubar do Quartel de Tancos, do interior de um Paiol, uma quantidade tão grande de armas e munições? Onde está a vigilância e a segurança nos nossos quartéis?
  • As vergonhosas soluções encontradas nos casos dos Bancos Banif e BES. Desde Dezembro de 2015 que os lesados continuam à espera de poder movimentar os dinheiros das contas que então congelaram. Milhares de pessoas ficaram sem as poupanças de uma vida porque gestores, Governo e Banco de Portugal lhes mentiram descaradamente. 
  • As exonerações e nomeações para os quadros dirigentes da Protecção Civil. Após a investigação do Programa Sexta às 9, sabemos agora que houve descarados favorecimentos e compadrios e pelos vistos, pessoas leigas e incompetentes foram colocadas no lugar de pessoas competentes e com provas dadas.
  • Incêndios de Junho. Houve falhas de toda a ordem mas sobretudo do comando das operações e da rede de comunicações (SIRESP).
  • Incêndios de Outubro. Não foi retirada qualquer lição dos incêndios de Junho porque todas as falhas voltaram a repetir-se e, desta vez, ainda com maior gravidade.
  • Viagens ao Europeu de 2016 dos Secretários de Estado, pagas pela GALP
  • A austeridade encapotada sob a forma de CATIVAÇÕES, as quais, porque foram também feitas na área do combate aos incêndios, contribuíram também para agravar toda a imensa tragédia provocada pelos fogos que devoraram florestas, áreas de cultivo, casas de habitação, equipamentosa e roubaram a vida a mais de uma centena de pessoas.
  • Irregularidades na Raríssimas. Quase a fechar o ano, mais um estrondoso escândalo numa Instituição de carácter social, subsidiada pelo Estado e pelos portugueses que obrigou à demissão de um Secretário de Estado e que, pelos vistos, também o Ministro da Segurança Social, depois de receber algumas denúncias, não agiu em tempo oportuno e, por isso mesmo, não sai limpo deste processo.
  • Em 19.02.2017 fogem 3 reclusos do Estabelecimento Prisional de Caxias em Oeiras, serrando as grades da janela e fazendo um buraco na rede das traseiras. É de facto surpreendente a facilidade com que se foge das cadeias portuguesas, consideradas de alta segurança. Ficou perceptível através da vasta informação dada ao assunto que há falta de guardas prisionais e este governo, fortíssimo nas palavras, falha estrondosamente nos actos.
Em 2004, um Presidente da República utilizou a "bomba atómica" para dissolver o Parlamento e demitir o Governo presidido por Pedro Santana Lopes, suportado por uma maioria parlamentar, acusando-o de ter cometido uma série de trapalhadas. Na altura, escrevi que o verdadeiro motivo, foi ajudar o Partido Socialista a reconquistar o poder e levar Sócrates a Primeiro Ministro.

Hoje, essa minha convicção está plenamente confirmada e, como então escrevi, tal acto leviano e injusto, foi a causa principal do período catastrófico e ruinoso em que Portugal mergulhou e que só terminou com a intervenção da Troika e a derrota de Sócrates nas Legislativas de 2011.

Pelas razões apresentadas pelo então Presidente da República para dissolver o Parlamento e demitir o Governo, então, Sócrates tinha que ter sido demitido ao fim de poucos meses no exercício do poder e António Costa, pelas imensas trapalhadas que tem protagonizado, não tinha completado um ano de mandato.

Na política, como em muitos outros sectores de actividade, cada vez há menos justiça e, por isso mesmo, são os atrevidotes e os chico-espertos os que melhor se conseguem desenrascar.

1 comentário:

Oswaldo Jorge do Carmo disse...

Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa

Exmo Senhor
Autor,

De facto, tal como faz a Formiga, a única coisa que a Direita sabe fazer, é encher os Cofres de Dinheiro para outros gastarem.

Definitivamente, a Oposição, como sempre, não tem vocação para este papel.

Realmente, não têm aproveitado, de tantas, nenhuma oportunidade.

É pena pois nunca se viram tantas e por onde escolher.

Como os Presidentes são diferentes!!!

Vamos ver se o novo Chefe do Partido, acaba com este ciclo de Pobreza.

Para mostrar bons resultados à CE que, por termos pouco Peso, nos sufoca, todos os Governos fazem as famosas Cativações, no entanto, este vai muito além do que seria normal.

Assim, acabam por pagar, sempre os mesmos.

Paga Zé!
Laranjeiro, 09-01-2018