A FRELIMO tomou conta do poder logo após a independência, a 25 de Junho de 1975, portanto à 49 anos e nunca mais largou mão desse poder, o qual tem mantido à custa da brutal repressão sobre a população, que eleição após eleição sai à rua para contestar e denunciar graves irregularidades na contagem dos votos mas é sempre brutalmente reprimida pela força.
A FRELIMO não abdica do poder, mesmo perdendo as últimas eleições, como parece ser o caso, já que Venâncio Mondlane, apoiado pelo partido Podemos, afirma ser o vencedor, baseando-se em actas e editais de votação mas também nas declarações de alguns observadores independentes que afirmam que houve casos de fraude. Porém, a CNE moçambicana, fiel ao regime instalado, declarou vencedor o representante da Frelimo, Daniel Chapo, com 70,6% dos votos.
A população veio para a rua protestar mas foi brutalmente reprimida com gás lacrimogénio, disparos com balas de borracha e até balas reais, ferindo e matando alguns manifestantes.
Moçambique entrou numa espiral de violência porque a população moçambicana, farta da situação miserável de pobreza a que a Frelimo conduziu o País, quer mudança, quer que os recursos do País sejam distribuídos pelo povo e quer melhorias, quer reformas profundas e mais progresso a nível de todo o País e, desta vez, está disposto a lutar por uma vida melhor, forçando a mudança de governo porque a Frelimo já provou que não é capaz de realizar as reformas necessárias porque esteve meio século a governar o País e não as fez.
A Frelimo imita o que se passa em Angola, onde o MPLA também governa desde 1975. Também ali já houve eleições fraudulentas e repressão da população que ousou sair à rua para contestar a essas fraudes.
Estes dois Países desviaram-se dos caminhos da democracia e não hesitam em reprimir violentamente o povo para se manterem no poder. Tudo isto vai acabar mal porque só haverá mudança de governo através da força.