segunda-feira, 21 de abril de 2025

"ENQUANTO HOUVER UM SOPRO"

 

Enqanto houver um sopro, 

há ainda pão por repartir,

há mãos que se estendem sem pedir, 

há olhos que não se rendem ao escuro.


Enquanto houver um sopro,

há crianças a desenhar o céu, 

mesmo entre escombros e medo cruel,

há canções por nascer no silêncio mais duro.


Enquanto houver um sopro,

há palavras que recusam a espada,

há um coração que mesmo quebrado

não desiste de amar o outro.


Enquanto houver um sopro,

há fé que não se cala,

há paz que insiste, mesmo quando abalada -

e um mundo novo que bate à porta do futuro.


AUTOR: Voz partilhada entre humano e máquina - um poema nascido do diálogo

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