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Ao longo da vida conhecemos pessoas que pela sua irrepreensível forma de agir conquistam a nossa simpatia e pelas quais sentimos um grande respeito e admiração.
Porém, algumas dessas pessoas, em determinada altura do seu percurso, acabam por nos desiludir e decepcionar porque foram capazes de praticar acções que nos desgostaram e causaram grande surpresa.
Ultimamente, uma das pessoas que muito me desiludiu foi o Senhor Bastonário da Ordem dos Advogados, quando afirmou no Programa Grande Entrevista da RTP que "algumas detenções realizadas no decurso do Processo de Pedofilia da Casa Pia visaram decapitar o Partido Socialista, em acções orientadas pela Polícia Judiciária".
Mais recentemente, o Senhor Bastonário afirmou também que considerava excessiva a prisão preventiva do antigo administrador do BPN, Oliveira e Costa, responsável pela delapidação de mais de 800 milhões de euros em negócios ruinosos, créditos malparados e outras extravagâncias que causam perplexidade a qualquer cidadão honesto.
Por outro lado, o Senhor Bastonário refere-se com frequência à impunidade que se verifica nos chamados crimes de colarinho branco e à necessidade de uma actuação mais eficaz por parte da Justiça.
Então em que ficamos, Senhor Bastonário? Os seus bem intencionados princípios de equidade e justiça não são para ser aplicados a todos os casos e em todas as situações?
Pelos exemplos referidos e outros que também aqui podiam ser apresentados, parece-nos que não, daí a enorme decepção que nos causou o homem que tínhamos como corajoso, frontal, justo e detentor dos mais elevados padrões éticos e morais. Que pena!