sábado, 16 de maio de 2009

UMA ELOQUENTE LIÇÃO DE GESTÃO

Brilhante!
Ouvi extasiado a entrevista conduzida por Judite de Sousa ao Presidente Executivo da Portugal Telecom, Engº Zeinal Bava, um jovem gestor de 43 anos, possuidor de invejável currículo que conta com três eleições para melhor director financeiro da Europa.
A sua lucidez e clareza de ideias, aliadas às respostas prontas e objectivas às questões que lhe foram colocadas pela entrevistadora, revelaram um profundo conhecimento dos dossiers da sua Empresa mas também uma eloquente desenvoltura na forma como respondeu aos outros temas.
Para além disso, a convicção com que anunciou novos projectos para a PT e a forma como nos fez acreditar no sucesso das suas medidas em tempo de crise, mostraram também uma grande capacidade de mobilização e, nesse sentido, transmitiu audácia e confiança aos mais cépticos e indecisos nesta difícil conjuntura económica.
Zeinal Bava ainda aconselhou de forma veemente e firme os empresários portugueses a não terem medo de investir porque é nos momentos de crise que se podem fazer óptimos negocios.
Estamos habituados a ouvir diariamente os nossos políticos que falam muito e não dizem nada.
Vivem da intriga e da baixa política, em detrimento dos grandes temas nacionais e da defesa intransigente dos interesses de Portugal e dos portugueses.
Muitos nem sequer sabem falar e numa pequena frase, dão normalmente dois ou três erros.
Os governantes deste País têm muito que aprender com Zeinal Bava em capacidade de trabalho e organização e sobretudo na forma de comunicar com os cidadãos, a quem mentem constantemente e a quem só sabem exigir sacrifícios para compensar a sua incapacidade de gerir o País.
Costuma dizer-se que ninguém é completamente agnóstico nem apolítico mas neste caso, gostaria que este reputado gestor mantivesse uma certa equidistância dos partidos políticos e da política, dada a falta de credibilidade que todos lhes reconhecemos na actualidade.
Zeinal Baba, é um óptimo testemunho do que temos afirmado inúmeras vezes: em Portugal há muitos e bons gestores mas os melhores raramente têm oportunidade de alcançar cargos governativos, porque esses estão destinados aos dirigentes dos partidos que ganham as eleições, independentemente da sua formação académica, capacidade e competência para ocupar cargos de tanta responsabilidade.

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