VOLTA A PORTUGAL EM BICICLETA

Imagem retirada do Google

A Equipa da EFAPEL Glassdrive demonstrou ao longo da competição que era, sem dúvida, a equipa mais forte e com mais probabilidades de vencer a 75ª Volta a Portugal em Bicicleta, individual e colectivamente. Estranhamente, para espanto dos entendidos da modalidade e de quem gosta de ciclismo, isso não aconteceu, segundo a opinião dos especialistas, devido a decisões polémicas do Director Desportivo em momentos chave da partida.
 

A equipa da OFM - Quinta da Lixa acabou por conquistar a camisola amarela e vencer individualmente a volta no contrarrelógio da penúltima etapa, porque a EFAPEL se colocou a jeito, não tendo feito o que devia nas etapas de alta montanha para ganhar tempo suficiente aos seus mais directos adversários e, pelos vistos, foi um erro de que o Director Desportivo se deve penitenciar.

 

Na etapa que terminou no Alto da Torre, a equipa da EFAPEL podia e devia ter feito mais e melhor para que o seu líder Rui Sousa pudesse ter amealhado os segundos necessários para garantir um contrarrelógio tranquilo, sabendo que tanto Gustavo Veloso como Alejandro Marque da OFM - Quinta da Lixa lhe iriam ganhar tempo, o que acabou por acontecer. O vencedor ganhou 1m28s a Rui Sousa e 36 segundos ao seu colega de equipa, o suficiente para vencer a etapa e ganhar a camisola amarela, já que tinha partido com uma desvantagem de 32s para Veloso e 38s para Rui Sousa.

 

O desfecho da 75ª Volta a Portugal em Bicicleta não podia ter sido pior para as cores da EFAPEL, cujo 3º lugar de Rui Sousa é muito pouco para a melhor equipa da prova, como demonstrou, vencendo por equipas, mas que por circunstâncias tácticas erradas acabou por ser severamente penalizada.

 

Ganhou o conjunto que passou a volta na expectativa e deixou que as outras equipas fizessem o trabalho duro e desgastante de controlar a corrida. Os dois corredores que ficaram em 1º e 2º lugar, podiam ter ficado definitivamente arredados nas etapas de montanha mas a descoordenação da equipa técnica da EFAPEL não o permitiu pelo que o triunfo de Alejandro Marque acaba por ser justo já que fez um contrarrelógio fantástico, bem secundado pelo seu colega de equipa Gustavo Veloso que haveria de perder a possibilidade de conquistar a camisola amarela e a volta por uma diferença de apenas 4 segundos.

O veterano Rui Sousa, agora com 37 anos de idade, ao não vencer esta 75ª edição da Volta a Portugal em Bicicleta, deve ter hipotecado definitivamente essa possibilidade.